2007-11-25

DRA FLAVIA MPF

Oficio 050/2006




EXMA. DRA. FLÁVIA RIGO NÓBREGA
PROCURADORA DA REPÚBLICA
CRICIÚMA / SC





O IBAMA e DNIT estão disponibilizando apenas R$ 200 mil reais (Doc. em anexo) para a criação das Unidades de Conservação da AMESC, incluindo o Sistema Lagunar entre a Lagoa Mãe luzia e a Sombrio, o Remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande e o banhado do Piritu em SJS, o Ecossistema do Morro dos Conventos e os Morros urbanos do Meleiro e Turvo, como medida compensatória pelos impactos ambientais que a duplicação da BR-101 causa a estes recursos naturais afetados diretamente pela obra. A proposta dos técnicos de Brasília ‘’ofende’’, por exemplo, todo o sistema lagunar afetado diretamente pela rodovia, como a Lagoa do Sombrio – a maior de água doce do Estado de SC, porque se a legislação fala em compensação ambiental a natureza pelos danos causados por empreendimentos, portanto nada mais justo reivindicarmos parte dos recursos dos R$ 16 milhões para aplicar-mos na recuperação das áreas de preservação que serão transformadas em Unidades de Conservação - UC. Entendemos a preocupação dos técnicos do IBAMA em atender os Parques Nacionais do Itaimbezinho e São Joaquim, sob sua jurisdição, mas devem os mesmos entenderem a necessidade e direito das áreas municipais apontadas nos estudos enviados, atendendo inclusive orientação do instituto.

Os municípios já gastaram em estudos e levantamentos mais de R$ 50 mil reais para transformar as Áreas de Preservação Permanentes - APPs apontadas em Unidades de Conservação - UC na esperança de buscar recursos para a elaboração de Planos de Manejos e Bacias que venham indicar e orientar o devido uso destas áreas, como também implantar programas e projetos de recuperação e revitalização.

OBS. No nosso entendimento não estão seguindo a orientação da Resolução Nº 02, de 18 de abril de 1996, que é bem clara quando fala que ‘’as áreas beneficiadas dever-se-ão se localizar, preferencialmente, na região do empreendimento e visar basicamente a preservação de amostras representativas dos ecossistemas afetados’’

Observamos que no projeto/obra de duplicação da rodovia BR-101existem ao longo do trecho catarinense, vários conflitos sócio ambientais não solucionados pelo empreendedor e licenciador. Temos tentado, sem muito sucesso, junto MPF algo que faça os responsáveis reverem alguns pontos de relevância ambiental ou mesmo de aspectos preventivos relacionados à segurança da futura rodovia. Para situá-la da dificuldade que existe em tentar ajustar e/ou adequar o projeto desta importante obra as necessidades da população de entorno ou usuária, nada se consegue com os órgãos responsáveis, com a exceção da transposição da duplicação por fora do perímetro urbano de Araranguá, reivindicado pelo Movimento pro-Araranguá (49 Entidades), só obtendo por causa da interferência do BID.


Atenciosamente


Tadeu Santos
Araranguá, SC, Novembro de 2006.



Sócios da Natureza ONG Fundada em 1980.
(PRÊMIO FRITZ MULLER 1985)


’’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA
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UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

Mitt foto
Araranguá, Sul de SC, Brazil
Nascido em 22/07/1951, em Praia Grande/SC, na beira do rio Mampituba, próximo às encostas dos Aparados da Serra, portanto embaixo do Itaimbezinho, o maior cânion da América do Sul, contudo, orgulha-se de haver recebido em 2004, o Título de Cidadão Araranguaense. Residiu em Fpolis onde exerceu por dez anos a função de projetista de edificações e realizou o documentário em Super 8 sobre as eleições pra governador em 1982, onde consta em livro sobre a história do Cinema de SC. Casado, pai de dois filhos (um formado em Cinema e outro em História) reside em Araranguá. Instalou uma das primeiras locadoras de vídeo do estado. Foi um incansável Vídeomaker e Fotógrafo. Fã de Cinema sempre. Ativista ambiental da ONG Sócios da Natureza (Onde assumiu a primeira presidência do Comitê da bacia hidrográfica do rio Araranguá – na época um fato inédito no ambientalismo). É um dos autores do livro MEMÓRIA E CULTURA DO CARVÃO EM SANTA CATARINA: Impactos sociais e ambientais. www.vamerlattis.blogspot.com