tag:blogger.com,1999:blog-340977902024-03-12T17:54:39.484-07:00Um Olhar Socioambiental sobre a Região Sul de Santa Catarina.Informativo semanal com um olhar socioambiental sobre fatos, denúncias, interpretações, sugestões, opiniões e críticas descritas com uma linguagem de ONG ambientalista.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.comBlogger71125tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-34681534655829044472008-02-12T06:39:00.000-08:002008-02-12T06:40:17.507-08:00Um Olhar Socioambiental sobre o Sul de Santa Catarina<strong><span style="font-size:130%;">SOM ALTO NO ARROIO<br /></span></strong>Domingo estávamos no Hugs, no Arroio, quando um folgado passou com uma camionete com um som tão alto que parecia um daqueles trios elétricos da Bahia, possivelmente acima de 100 decibéis. Algo assustador, pois o elemento estava sozinho no veiculo, diferente de um bloco trans-vestidos de alegria com um volume suportável. Com que direito este idiota impõe este desconforto aos ouvidos da população? Infratores, irresponsáveis e exibicionistas como este, existem aos ’’montes’’ no Arroio e em Araranguá. Com certeza dentro do veículo não estava tão alto (ou estava!). Talvez a solução para impedir esta baderna pública – que só a sociedade que está vendo e escutando, seja a doação de fones de ouvidos a estes motoristas que adoram divertir-se com som alto! Durante o carnaval no Arroio, constatou-se que a grande maioria da população não suporta mais, inclusive parte da juventude também acha que estão extrapolando no volume. <br />OBS. São estes tipos de moleques irresponsáveis que desobedecem a legislação que propiciam a ocorrência de acidentes como o que matou uma família inteira na semana passada.<br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">O óbvio que mata. Paulatinamente, mas mata!</span></strong><br />Não somos peritos em carvão, não somos técnicos e nem estudiosos, enfim não somos mestres ou doutores, mas não somos infantis ao ponto de não perceber que a exploração do carvão mineral é atualmente uma das atividades mais degradantes do meio ambiente. Os fatos e as fotos comprovam a brutal agressão aos recursos naturais da região sul de Santa Catarina. O pH da água coletada no rio Mãe Luzia, principal formador da bacia do rio Araranguá ou no rio Sangão da bacia do rio Urussanga, já seriam motivos suficientes para que a FATMA embargasse as mineradoras ou que o Ministério Público Federal acionasse juridicamente as mineradoras (SIECESC). A emissão de gases venenosos pelas chaminés da usina Jorge Lacerda são monitorados pela própria empresa (o infrator monitora a infração, Kafkiano, não!). Da queima do carvão mineral resultam SO² e NO² que comprometem a qualidade do ar que respiramos e provocam a temerosa chuva ácida que afeta a biodiversidade regional. O outro gás é o CO², responsável pelo desequilíbrio da camada de ozônio resultando na alteração da climatologia da terra. Estão nos matando, paulatinamente, mas estão!<br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Tão culpado quanto...</span></strong><br />Quem tem poder e nada faz pra acabar com a poluição é tão culpado quanto o poluidor!<br />O Estado não existe entre outras coisas apenas para governar, mas também para disciplinar e orientar a população. Os humanos que trabalham para o Estado são chamados de servidores – diga-se originário da palavra servir. Servidor pode ser desde um humilde faxineiro de rua até um presidente da república. Uma significativa parcela dos servidores brasileiros faz jus ao salário que recebem, enquanto que uma outra não merece, uns por corrupção outros por improbidade administrativa. Muitos não gostam de serem denominados de servidores, mas de outros prenomes como cargos ou conquistas de carreira – o que não vem ao caso estarmos a discutir. O que realmente queremos é o que os servidores cumpram com seus deveres e obrigações e façam com que a população cumpra a legislação, enfim que sejam honestos e competentes. Só isso! Nada mais. <br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Vênus</span></strong><br />Longe de ser o suave paraíso que alguns imaginavam. Vênus é o lugar do sistema solar que mais lembra o inferno. Mas hoje, como antigamente, há viajantes que ousariam visitar o inferno. A razão de Vênus ser um inferno que parece, é o efeito estufa. A luz do sol penetra as nuvens e aquece a superfície, mas a densa atmosfera a abafa, não deixando que ela elimine o calor. Extraído do DVD COSMOS de Carl Sagan (1934 – 1996)Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-55831631854019836362008-02-05T07:21:00.000-08:002008-02-05T07:24:18.289-08:00JANEIRO DE 2008<strong><span style="color:#009900;">O QUE JÁ FIZEMOS?<br /></span>O que realmente a ONG Sócios da Natureza já fez pela natureza e por uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina? É possível quantificar, mensurar ou relacionar?<br />Entendemos ser impossível quantificar ou mensurar, mas é possível enumerar as ações realizadas pela ONGSN ou no qual a mesma participou de uma forma ou de outra. No blog www.sociosdanatureza.blogspot.com consta a relação das principais atividades da ONGSN desde 1980 até o final de dezembro de 2007 (mas ainda incompleta). No blog www.aramericano.blogspot.com constam os informativos socioambientais de Araranguá e região sul de SC e no blog www.tadeusantos.blogspot.com constam alguns textos e artigos sobre a posição geopolítica da ONG e de seus integrantes. Quem estiver interessado em conhecer a performance dos Sócios da Natureza acesse os blogs e tirem as suas conclusões antes de emitir opiniões favoráveis ou desfavoráveis.<br />OBS. Ainda não temos um site, mas estamos batalhando para obter, enquanto isso utilizamos os blogs gratuitos do Google.<br /><br /></strong><strong><span style="color:#009900;">ACESSO MORRO E ARROIO<br /></span>Concordo com os moradores e veranistas do Morro dos Conventos que não querem a ligação lajotada ou asfáltica porque irremediavelmente aumentarão os índices de barulho no balneário, principalmente os promovidos por veículos, mas entendo também que a ligação deve ser melhorada. Acho que o desenvolvimento dos dois balneários depende desta ligação pública e preferencialmente que seja de qualidade. Tão importante também é o acesso de Ilhas a Barra Velha. O desenvolvimento trás benefícios, mas junto sempre vem encrenca quando não é planejado ou sem ordenação, por isso insistimos na urgente discussão do Plano Diretor em Araranguá. Como os moradores do Morro preocupam-se com os possíveis barulhos dos folgados e irresponsáveis, Ilhas corre o risco de invasão imobiliária já que é um paraíso ainda não descoberto. Se não houver planejamento no uso do solo e ordenação na expansão urbana da localidade, haverão seríssimas agressões ambientais e a comunidade nativa será ’’expulsa’’, pois serão seduzidos pelas propostas imobiliárias.<br />OBS. Alguém não está gostando do que escrevemos sobre poluição sonora, pois parece que estão ‘’perseguindo-me’’ como fazem os poluidores do carvão!<br /><br /><span style="color:#009900;">LUIS FERNANDO VERISSIMO - O MÚSICO.</span><br />Durante o show, o artista Luis Fernando Veríssimo anunciou que estava lançado um novo CD e que estaria à venda com o empresário ali presente. Terminada a apresentação do ‘’JAZZ 6’’ no palco da LOOP, em Torres, adquiri o CD e me dirigi ao escritor Luis Fernando Veríssimo para autografá-lo. Enquanto assinava comentei que a minha frustração em não poder assistir o Woody Allen tocar em Nova York havia acabado ao assisti-lo! Que admirava toda sua obra e até tolerava por ser colorado, mas não concordava com alguns posicionamentos ligados ao meio ambiente. Nada comentou, mas na seqüência conversando com o empresário a respeito de uma possível vinda do JAZZ 6 ao sul de Santa Catarina através da Zions Comunicação, repentinamente informou que estarão adotando uma linha ambiental nas apresentações, não entendi muito bem e na agitação não deu para conversarmos mais sobre o que realmente seria esta preocupação ambiental.<br />Na seqüência houve apresentação da banda do também portoalegrense Fernando Noronha & Black Soul com uma excelente mistura de ritmos fortes de rock e blues que lembraram a saborosa banda Trouble Man do araranguaense Mauricio.<br /><br /></strong><strong><span style="color:#009900;">O ÓBVIO QUE MATA. PAULATINAMENTE, MAS MATA!<br /></span>Não somos peritos em carvão, não somos técnicos e nem estudiosos, enfim não somos mestres ou doutores, mas não somos infantis ao ponto de não perceber que a exploração do carvão mineral é atualmente uma das atividades mais degradantes do meio ambiente. Os fatos e as fotos comprovam a brutal agressão aos recursos naturais da região sul de Santa Catarina. O pH da água coletada no rio Mãe Luzia, principal formador da bacia do rio Araranguá ou no rio Sangão da bacia do rio Urussanga, já seriam motivos suficientes para que a FATMA embargasse as mineradoras ou para que o Ministério Público Federal acionasse juridicamente as mineradoras (SIECESC). A emissão de gases venenosos pelas chaminés da usina Jorge Lacerda são monitorados pela própria empresa (o infrator monitora a infração, Kafkiano, não!). Da queima do carvão mineral resultam SO² e NO² que comprometem a qualidade do ar que respiramos e provocam a temerosa chuva ácida que afeta a biodiversidade regional. O outro gás é o CO², responsável pelo desequilíbrio da camada de ozônio resultando na alteração da climatologia da terra. Estão nos matando, paulatinamente, mas estão!<br /><br />Informações mais completas sobre os temas abordados acesse os blogs:<br />www.sociosdanatureza.blogspot.com e www.aramericano.blogspot.com<br /><br /><br />OBS. UM QUESTIONAMENTO OPORTUNO: QUEM MAIS POLUI O MEIO AMBIENTE EM ARARANGUÁ?<br /><br /><br /><br /><span style="color:#009900;">CIRCULAR COM SOM ALTO TAMBÉM É CRIME!</span><br />Circular com som alto nas vias públicas é tão grave quanto consumir drogas altamente perigosas, então é possível que os infratores estejam fazendo as duas coisas simultaneamente em Araranguá ou uma espécie exibicionista de dizer ‘’cheguei’’. Pra fazer o que fazem é preciso muita coragem, ‘’cara de pau’’ ou estar induzido a bagunçar! Não somos só nós que reclamamos, ultimamente tem aumentado o número de pessoas exercendo cidadania, que com coragem denunciam os folgados que não respeitam o direito dos outros. As autoridades não tem dado atenção as reclamaçoes da sociedade civil, não há rigor na aplicação da lei, permitindo assim que os desobedientes continuem a determinar qual o tipo de música que devemos ouvir ‘’na marra’’ (além das propagandas sonoras e zunidos de motos acima do permitido). A mesma imposição que os poluidores do carvão fazem aos recursos hidricos do rio Araranguá, isto é, poluem nossas águas em nome do lucro e novamente as autoridades nada fazem! Tanto lá quanto aqui os poluidores se acham ‘’imunes e impunes’’. O que fazer? Continuarmos calados pra que façam mais barulho?<br />Coordenação da ONG Sócios da Natureza.<br /><br /></strong><strong><span style="color:#009900;">VIADUTO SOBRE O DESVIO E O ACESSO NORTE.<br /></span>O Deputado Décio Góes nos repassou informação obtida junto ao Diretor do DNIT, Eng. João Jose dos Santos, que a estrutura do desvio de Araranguá definitivamente será com elevado (portanto sem aterro) e com um acesso ao perímetro urbano após o início do desvio na família Carneiro. Esclareceu ainda que a demora da definição se deve a análise do Tribunal de Contas da União TCU, já que houve um acréscimo de 17 milhões do valor original da obra. Tão logo haja liberação do TCU, o mandato do Deputado juntamente com a Assembléia Legislativa irá promover uma ‘’audiência pública’’ em parceria com o DNIT, para finalmente a sociedade araranguaense conhecer os detalhes do ‘’desvio da BR-101’’, onde começa, onde termina, onde será a nossa segunda ponte sobre o rio Araranguá, entre outras especificações técnicas e urbanísticas. OBS. A CODESC também finalmente marcou data para os editais dos Planos Diretores dos municípios da AMESC, apesar de não confiarmos nesta ‘’jogada administrativa’’, afinal a CODESC foi criada pra cuidar de loterias...<br /><br /></strong><strong><span style="color:#009900;">OS PESQUEIROS E A MATA CILIAR DO RIO ARARANGUÁ<br /></span>Todo cidadão tem direito à pescar nos rios, lagos e mares, principalmente se forem para o seu sustento, mas desde que obedeça a legislação. Adaptar-se às exigências da lei é complicado, às vezes nem tanto para os que realmente precisam, pois se organizam e sabem que dependem daquilo pra sobreviver, mas para os que pescam mais por esporte, a legislação é sempre um empecilho e por isso a burlam frequentemente. A solução mais adequada ainda é a construção de pesqueiros coletivos públicos de concreto com instalações sanitárias, lixeiras e a implantação de um programa de educação ambiental para todos os inscritos, óbvio que só é possível a utilização pública das margens dos rios (APP) através de um Termo de Ajuste de Condutas TAC. Por outro lado, alertamos para a necessidade de uma Audiência Pública sobre qualquer decisão que venha ser adotada, na qual também a sociedade possa se manifestar a respeito do uso das margens do Rio Araranguá.<br /><br /><span style="color:#009900;">CARVÃO - A PERMANENTE AMEAÇA ÀS NOSSAS VIDAS.</span><br />Primeiro foi o Tomalsquini da EPE e agora é o Kelmann da ANEL ameaçando com as térmicas a carvão caso não consigam empurrar goela abaixo as grandes hidrelétricas na Amazônia (Hidrelétricas mais para atender indústrias do metal e aço pra exportação – aramericano.blogspot.com). Ora, já não basta o insistente e assustador pânico causado pelos mineradores carboníferos, agora vem o governo chantagear e intimidar em vez de debater com a sociedade brasileira o modelo de desenvolvimento que queremos, nossas reais necessidades e os impactos socioambientais. Estudos comprovam que a ‘’repontencialização’’ resolve a ansiedade dos técnicos do governo em relação ao apagão e atende a demanda brasileira enquanto aguardam-se os resultados dos investimentos nas fontes renováveis, como as eólicas, por exemplo!<br /><br /><br /></strong><strong><span style="color:#009900;">NATAL VERÃO E O DESVIO PELA VIDA DA DUPLICAÇÃO DA BR-101 EM ARARANGUÁ<br /></span><br />Idealizada e criada para ser uma festa comunitária, popular e de encanto, de integração e lazer, com objetivo de também divulgar Araranguá e suas potencialidades, assim foi a interpretação que fiz da idéia original do médico Marco Burigo, em meados de 1998, exatamente na mesma época que surgiu a idéia do desvio, do qual, diga-se já começamos a escrever a história desta significativa conquista da sociedade civil organizada araranguaense.<br /><br />O projeto inicial do Natal Verão foi tão convincente e original que convidei o Burigo para apresentar no COMTUR (na época presidido pelo Pedro Gaspar/Golférias) de onde surgiram outras e outras reuniões até a realização do primeiro evento.<br /><br />O Burigo se espelhava muito na dinâmica de Gramado, com uma programação festiva acompanhada de eventos culturais e o fortalecimento do folclore local, a valorização do período natalino no imaginário popular e na busca de valores éticos e sociais da cidadania, concluindo com o embelezamento da cidade e do acesso ao Morro dos Conventos, por exemplo. Lembro que uma das minhas contribuições foi a inserção da chegada do Papai Noel pelo rio Araranguá, mas infelizmente não cheguei a participar da comissão oficial por questões de estratégias ‘’políticas’’ com alguns integrantes do grupo, mas mesmo assim acho que a primeira edição foi maravilhosa e tinha tudo para melhorar ainda mais não fossem as interferências despropositadas.<br /><br />Proponho o resgate do Natal Verão como havia sido imaginado originalmente, porque da forma como está sendo realizado não é mais o ‘’Natal Verão’’, mas apenas uma festa, que pouco tem de espírito natalino. Tenho um amigo que não acredita mais num ordenamento de projetos para o desenvolvimento de Araranguá por questões ‘’culturais’’ dentre outras razões, enquanto que ainda acredito, basta ver o exemplo do desvio da duplicação e a recente criação da Fundação Ambiental FAMA ou o exemplo do processo de criação das Unidades de Conservação, que pouco falta pra ser concluído. É preciso acreditar que tudo é possível desde que haja tentativas de mudança, pois não havendo projetos sérios e abrangentes o município não evoluirá do tamanho de suas potencialidades. Precisamos urgentemente repensar Araranguá porque senão em breve perderemos a posição de município pólo do vale para o Turvo ou para o Sombrio, que diga-se já estão ultrapassando Araranguá em alguns setores.<br /><br />Como a Arte é tudo menos qualquer coisa, os interesses, objetivos e metas que realmente trazem benefício ao coletivo devem ser rediscutidos, porque sem cultura e educação a população passa a ser refém do capitalismo selvagem que nada faz senão a busca do lucro – a tal de ganância infecciosa que o guru do Banco Central Americano Alan Greespan tão bem definiu. Partindo deste principio, desafio a rediscussão e a elaboração de um projeto de desenvolvimento para Araranguá. Um projeto com a participação de toda a sociedade civil e produtiva, algo que crie impacto na opinião pública, que mexa com os corações e mentes das pessoas, enfim, as definições vocacionais que nortearão o desenvolvimento sustentável e ordenado do município de Araranguá. Poder-se-ia começar com a implantação do processo de criação e atualização do Plano Diretor, por exemplo!<br /><br />OBS. Parece que o imbróglio entre o DNIT e a CODESC está para ser resolvido e finalmente os municípios terão seus Planos Diretores. O problema desta medida compensatória é a forma impositiva como os municípios receberão o projeto do Plano Diretor. Se a sociedade civil, MP e as administrações municipais não estiverem atentas, as empresas vencedoras da licitação entregarão ‘’PACOTES’’ prontos de PD.<br /><br /><span style="color:#009900;">EXTREMO MAU GOSTO</span></strong><br /><strong>Nota zero em educação e 10 para o mau gosto dos tais proprietários "folgados" de veículos atulhados de alto-falantes. Proliferando por todas as praias e locais, eles estacionam em áreas comuns, abrem o bagageiro e dá-lhe som a todo volume, obrigando todo mundo ao redor a ouvir, muitas vezes, o que não querem. Geralmente músicas regionalistas ou o tal de funk brabo, que agridem ouvidos mais sensíveis, perturbando a paz.<br />O desabafo acima não é meu, mas do colunista Cacau Menezes, publicado no dia 04/01/08 no DC. Aposto que a moda começou aqui no Arroio do Silva, em frente ao Paulista, por volta de 1995, quando jovens disputavam quem poluía mais, eles ou o córrego que deságua no mar. Nossa luta contra esta desobediência civil vem desde 2000, quando publicamos as primeiras reclamações. Estamos sendo processados por um promotor de justiça e um comandante da polícia militar porque desabafamos que as autoridades não estavam tendo competência para solucionar o gravíssimo problema da poluição em Araranguá. Estes ‘’folgados’’, citados pelo colunista, existem aos montes aqui em Araranguá e região, e pior ainda, circulam pelas vias públicas diariamente importunando o trabalho e perturbando o sossego das pessoas, inclusive nas madrugadas dos finais de semana, causando pânico e sobressalto na população que repousa, principalmente em crianças e idosos.<br /><br /></strong>Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-91344339424101892062008-01-09T18:26:00.001-08:002008-01-09T18:34:29.652-08:00RELAÇÃO DOS INFORMATIVOS SOCIOAMBIENTAIS (e assemelhados publicados anteriormente)<br /><br /><br />Olhar Socioambiental<br />19.12.2007<br /><br /><br /><br />PENSANDO ARARANGUÁ OU AH SE EU FOSSE O PREFEITO – Ousando descrever suas necessidades em poucas linhas. Seria mais ou menos assim, ou não?<br />Buscar as soluções mais adequadas para os problemas sociais do Município, investindo na educação, cultura, saneamento, segurança e em sistemas preventivos de saúde, proporcionando fomento para o desenvolvimento econômico, preservando seus recursos naturais e criando espaços para o lazer público. Estas seriam diretrizes programadas com discussão coletiva sobre formas de implantação seguindo o inovador Estatuto da Cidade, que moraliza o Plano Diretor, com a Agenda 21 e o Comitê de Bacias, além de outros mecanismos que bem aplicados resultam numa cidade ainda mais saudável do que já é a nossa querida Araranguá.<br />Por outro lado haveria a revitalização do urbano e das suas potencialidades eco-turísticas, como a super-iluminação da Praça do Relógio do Sol – o cartão de entrada de Araranguá com o ajardinamento de flores super-coloridas, passando pela revitalização da Praça Alcebíades Seara, as margens da Rui Barbosa até a iluminação das falésias do Morro dos Conventos, concluindo com o reaproveitamento do Morro Centenário, entre outras idéias está a colocação do nome ARARANGUÁ igual Hollywood. OBS. O trecho de sete 7KM da rodovia BR-101 que passa ao município merece atenção em todos aspectos urbanísticos. Com certeza muitas outras idéias brotam nos corações e mentes dos araranguaenses. Estou divulgando as minhas! <br />TadeuSantos - Socioambientalista – agora ‘’ameaçado’’ pelos poluidores do rio Araranguá! Não recuaremos jamais! Até porque não somos covardes. Insistimos que a integração homem x natureza é imprescindível para o equilíbrio do meio ambiente.<br /><br />A DUPLICAÇÃO E O BID<br />Já havia sinais de que haveria falta de recursos pra continuidade da obra de duplicação da BR-101 a partir de 2008. O Governo Lula ‘’milagrosamente’’ investiu 650 milhões de recursos próprios equivalente a quase 1/3 do valor total da obra. Sem a verba da CPMF tornar-se-á muito difícil o Governo Federal continuar bancando a obra sem a parceria do BID, que poderá ‘’voltar a financiar’’ após o DNIT/MT cumprir com as exigências do banco, desde o investimento inicial já cumprido e a instalação do pedágio no trecho norte ainda não cumprido. Com o BID envolvido na duplicação, esperamos que evoluam outros aspectos emperrados na obra, como os ambientais e os relacionados à segurança da rodovia. Seria este o provável cenário da duplicação da BR-101 para 2008?<br /> <br />TOTALMENTE NA CONTRA MÃO<br />Enquanto o mundo discute em Bali a redução da emissão de gases efeito estufa, o órgão licenciador estadual FATMA libera licença pra usina a carvão USITESC 440MW, em Treviso, no sul de Santa Catarina (justamente na região do inédito furacão Catarina), apesar de havermos solicitado mais uma Audiência Pública fora de Treviso (já que o impacto é regional) e a necessária complementação do EIA-RIMA. <br />FRAGRANTES DO ARARANGUÁ<br />É preciso muita coragem, excesso de álcool (ou muitas outras coisas...) para cometerem as irregularidades que estão diariamente ocorrendo de forma abusiva no trânsito de Araranguá, como as poderosas motos com descargas alteradas e veículos extrapolando com som alto nas vias públicas, infrações óbvias que não precisam de decibelímetro para perceber a desobediência a legislação! Um policial respondeu que não podem multar ou fazer a apreensão do veiculo porque é necessário o registro da infração pelo decibelímetro! Ora, mas com certeza não precisam de um aparelho para apreender ou multar um veículo circulando a 120 km por hora dentro de uma cidade? A infração é fragrante, é óbvia! Enquanto isso a maioria da população urbana sofre calada com a poluição sonora sem coragem de denunciar, de enfrentar o problema... alguns poucos cidadãos e cidadãs se sujeitam a denunciar publicamente e arcando com represálias. <br /><br />CEARÁ CONVIDA<br />Sócios da Natureza são convidados especiais a participar de audiência pública no Estado do Ceará porque a multinacional Vale do Rio Doce está ameaçando instalar uma usina a carvão no interior do estado nordestino, óbvio que com carvão importado, pois lá não têm o combustível fóssil mais poluente do planeta. <br /><br /><br />Informativo Socioambiental<br />Data 13.12.07<br /><br /><br /><br />TRAVESSIAS URBANAS DA DUPLICAÇÃO<br />Quando procuramos o Reitor da UFSC em 2005, acompanhados das 15 entidades mais representativas de Araranguá, para solicitar apoio na elaboração do EIA-RIMA sobre um projeto do DOH para fixar a foz do Rio Araranguá, o mesmo foi taxativo dizendo que não apoiaria, mas fez questão de informar e mostrar que estava concluindo um interessante estudo sobre a duplicação do trecho norte, apontando altíssimos índices de acidentes com atropelamento e mortes nas travessias urbanas da rodovia. Posteriormente tentamos conseguir acesso ao trabalho do Reitor, mas sem sucesso, pois gostaríamos de indicar aos técnicos do DNIT (ou mostrá-los, se ‘’algum dia’’ realizarem alguma reunião pública em Araranguá), com objetivo de convencê-los de que a mureta New Jersey não será suficiente para impedir que pessoas tentem atravessar a pista duplicada, que é necessária e indispensável a implantação de uma tela de aço sobre a mureta de concreto, caso contrário o trecho sul também continuará a contribuir com a sinistra contabilidade de mortos, não mais de choque frontal entre veículos, mas do facilmente evitável atropelamento de pessoas. <br /><br /><br />ESTRANHAMENTE ENGEPLUS<br />O Nei Manique, apesar de não nos conhecermos, me convidou pra escrever sobre filmes pro sitio da Engeplus. Durou pouco, sem explicação alguma cortaram minhas resenhas no sitio que é patrocinado pela SATC. Sem problema algum criciumense Nei Manique, ‘’afinal o carvão parece estar sempre acima da cultura, da arte, do cinema, da cidadania, do caráter e do meio ambiente dos quais defendo acima de tudo’’. Tadeu Santos Ex-Cineasta Araranguá<br /><br />GUARDA MUNICIPAL EM ARARANGUÁ<br />Porque a administração municipal não investe na Guarda Municipal pra cuidar do trânsito de Araranguá? Tem custo! Tem, mas em apenas um ano o custo beneficio passa a valer a pena. A lei possibilita a responsabilidade do Ciretran ao município, o que passa a render aos cofres municipais todo arrecadamento desde o licenciamento de veículos até as multas efetuadas no trânsito. Senhor Prefeito, pense a respeito! <br />Qual o nosso interesse na Guarda Municipal? A organização e o planejamento do trânsito na cidade das avenidas, mais qualidade de vida a população araranguaense e menos barulho!<br />E o estacionamento rotativo aprovado pela Câmara Municipal?<br /><br />ESCLARECIMENTOS (PRA HISTÓRIA) SOBRE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC.<br />A Região do Extremo Sul de SC pode ter deixado passar a rara oportunidade de receber recursos das medidas compensatórias da duplicação da rodovia BR-101, por falta de dinâmica política da AMESC, que não viabilizou junto aos prefeitos a decretação das áreas estudadas e aprovadas pela quase totalidade da população em Unidades de Conservação UC conforme o IBAMA havia solicitado para liberar os recursos. Idealizamos a proposta por volta de 2000, insistimos na importância da transformação das APPs em UC como forma de garantir a preservação dos ecossistemas e a habilitação para angariar recursos que proporcionassem a implantação de infra-estruturas adequadas para o uso público destes potenciais sistemas ecos-turísticos. Os prefeitos da AMESC numa visão de futuro perceberam a importância da proposta e abraçaram a causa socioambiental e turística, investindo mais de 30 mil em levantamentos, estudos e articulações. Dedicamos-nos intensamente e voluntariamente pela continuidade do processo até a conclusão das Consultas Públicas, até que repentinamente e estranhamente nada mais andou... Quando também nos recolhemos! Afinal não temos estrutura para bancar as ausências e omissões do estado, que tem a obrigação constitucional de proteger seus recursos naturais e promover o fomento ao desenvolvimento sustentável. Talvez sejam por causa destas situações que a região é considerada a segunda mais fraca economicamente apesar de toda a riqueza em recursos naturais únicos como, por exemplo, os Aparados da Serra, o Morro dos Conventos, a costa atlântica e o sistema lagunar, destacando a lagoa do Sombrio como a maior de água doce do Estado de SC. <br /><br />Informativo Socioambiental<br />Data 05/12/2007<br /><br /><br />AMEAÇA<br />Fui ferozmente ‘’ameaçado’’ pelo minerador e ex-deputado José Paulo Serafim após audiência pública sobre mina de carvão em Criciúma, por ter solicitado a paralisação da atividade mediante os brutais danos ambientais que a mesma tem causado a comunidade agrícola de São Roque, localizada no entorno da extração do famigerado combustível fóssil e ao rio Sangão, formador do rio Mãe Luzia que por sua vez desemboca no Rio Araranguá, causando não apenas impacto ambiental, mas prejuízos sociais e econômicos ao município de Araranguá, que poderia na pesca ajudar na complementação da escassa ceia alimentar das famílias de baixa renda. A mina está funcionando sem licença ambiental da FATMA, porém amparada em mais um Termo de Ajuste de Condutas / TAC promovido pelo MPF de Criciúma.<br /><br />BOICOTE A POLUIÇÃO<br />Talvez pelo fato de haver vivido em Fpolis (1969 a 1984) confesso que sempre que possível passo os olhos na coluna do Cacau Menezes, para manter-me informado sobre a dinâmica da ilha que ainda não se planejou adequadamente, mas que poderia, por exemplo, ser auto-suficiente em energia elétrica com o potencial eólico que dispõe, dando exemplo ao mundo. Na edição do DC 30/11/07, o colunista propõe boicote a produtos americanos que utilizam energias que contribuam com o aquecimento global, como forma de protestar contra a teimosia do petroleiro/carbonífero Bush em não assinar o protocolo de Kyoto. Propomos então iniciarmos a redução do uso de energia produzida com a queima de combustíveis fósseis – maiores emissores de gases efeito estufa, como a gerada pela Jorge Lacerda que utiliza o carvão da região carbonífera de Criciúma, responsável também pela caótica situação ambiental do sul de SC. <br /><br />ECO POWER<br />Não participamos do evento porque não temos recursos (como algumas OSCIPS e ONGs chapas brancas que vivem de gordurosas verbas oficiais sem proporcionar benefícios à natureza), mas parabenizamos a iniciativa da Eco Power que pelas informações da mídia mais de mil pessoas participaram ouvindo os palestrantes, principalmente as duas estrelas vencedoras do Nobel defenderem a urgente implantação das fontes de energias renováveis, que no nosso entender não é a burocracia o maior entrave a sua implantação em nosso estado, mas a falta de vontade política do atual governo! Porém chamou-nos atenção e nos intrigou a adesão de Santa Catarina ao Chicago Climate Exchange – uma espécie de bolsa que negocia créditos de carbono, onde a FATMA passará a monitorar as emissões de carbono no estado, mas se não monitora nem os gases emitidos pela Jorge Lacerda, como ficará este compromisso firmado com testemunhas de tamanha celebridade como Mohan Munasinghe e a própria Eco Power? <br /><br />FERROVIAS NO BRASIL<br />Nenhum governante ousará pensar em implantar uma rede ferroviária atravessando o Brasil de sul a norte, com as respectivas ramificações transversais, tornando o transporte de passageiros mais seguro, confortável e barato, tornando o transporte de cargas de forma mais eficiente e com menos custo, enfim se poupariam divisas e vidas humanas. O dilema está no lobby criado pelas multinacionais do transporte rodoviário como a Mercedez Benz e a Scania, a Good Year e a Pirelli, a Shell e a Petrobrás, apenas para citar alguns, que investem milhões em políticos brasileiros no Congresso Nacional e na administração do Executivo para barrar qualquer projeto que venha contrariar os seus interesses. <br /><br />FAMA<br />Proposta do Projeto de Lei para a criação da FUNDAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ / FAMA elaborada pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil foi entregue a Administração Municipal e vai para a apreciação do Poder Legislativo com possibilidade de ser aprovado até o final do ano, já que é indiscutivelmente de interesse público.<br /><br /><br /> Na próxima edição:<br />BREVE PROVOCAÇÃO PRA REFLEXÃO GEOPOLÍTICA SOBRE ARARANGUÁ<br />AS PERIGOSAS TRAVESSIAS URBANAS DA DUPLICAÇÃO DA BR-101<br />A AMEAÇA DE ABERTURA DE MINAS DE CARVÃO NA REGIÃO DA AMESC?<br />E AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC?<br /><br /><br />Informativo Socioambiental<br />Data 29.11.2007<br /><br /><br /><br />KAREN SUYAN CLEZAR BORGES<br />Já tinha respeito e admiração pelos seus falecidos pais, o saudoso Ari Pedro Borges, que veio da vizinha Pirataba em Torres/RS, na década de 60, casado com a bela Beatriz, filha do Sr. Júlio Clezar Magnus, primeiro industrial do município, com a fabricação em série dos fogões a lenha de marca Clema – produto de excelente qualidade, reconhecido em toda região sul de SC e norte do RS. Além de industrial seu avô foi um competente e dinâmico Prefeito assim como seu pai nos dois mandatos, que sua mãe foi uma guerreira primeira dama, primeira vereadora da história de Praia Grande e filha da Dona Picucha, no qual tínhamos muito carinho quando estudávamos em Torres e morávamos numa edícula de sua propriedade. O Ari quando prefeito nos contratou para projetar o jardim da praça central de Praia Grande – já que na época eu atuava como Técnico em Edificações em Fpolis, quando criamos uma maquete dos Aparados da Serra, um lago com o formato do município e a implantação de uma pedra monumento no centro do jardim. Poderia falar muito mais sobre seu querido pai, mas precisaria de muito mais páginas, desde a viabilização em 1969 dos nove jovens que foram estudar na ETEFESC / Fpolis, até o apoio ao meu Tio depois que brutalmente retiraram a vida da minha Tia, um dia antes das eleições municipais de 1987. Vamos aguardar a publicação do livro da sua Tia Wilma Clezar que certamente descreverá com mais profundidade os fatos e histórias sociopolíticas da família, que de uma forma ou de outra influíram na vida dos praia-grandenses.<br />Volto a agradecer o honroso convite de participar de seu programa de rádio (Nativa/Sombrio) e estaremos torcendo para que assumas a administração do município de Praia Grande, implantando um projeto que proporcione de forma abrangente o desenvolvimento social, econômico e ambiental nesta única e encantadora Terra dos Canyons. <br /><br />PARABÉNS DELEGADA ELIANE <br />Na sexta-feira, dia 23/11/2007, fomos convidados pela atuante Delegada Eliane M. Viegas a comparecer no 1º DP para assinar um ‘’Termo de Declaração’’ sobre a apreensão que a Policia Civil havia feito de 2.500 (dois mil quinhentos) discos ilegais piratas (DVD e CD) comercializados clandestinamente na parte superior da loja Big Show, do Sr. Valdir (preso em fragrante / Art. 184 do Código Penal), no centro de Araranguá, quando na oportunidade declaramos como integrante da ADALCA – Associação em Defesa do Audiovisual da Comarca de Araranguá, que as locadoras de DVD vem a algum tempo sendo intensamente prejudicadas em virtude da pirataria de filmes em discos de DVD, diga-se de péssima qualidade, mas de baixíssimo preço, fazendo com que os usuários não procurem mais as locadoras para locar produtos legais e de qualidade (com os respectivos impostos e direitos autorais embutidos). Uma concorrência desleal, injusta e ao mesmo tempo criminosa!<br />A pirataria do DVD está ameaçando a sobrevivência das locadoras como o CD pirata fechou as lojas de CD legal. Portanto, além do prejuízo econômico para quem trabalha com produto legal e de qualidade, a pirataria fomenta outras ações ilícitas como o tráfico de drogas e a prostituição infantil, por exemplo.<br />Vender e comprar DVD pirata pode até ser considerado um pequeno crime, mas é um crime! Quem o defende pode ser considerado um potencial contraventor de outros pequenos crimes. Imagine se todos nós começarmos a praticar pequenos delitos ou infrações! Como será a Ordem Constitucional? Como ficará o Estado de Direito dos Cidadãos? <br />OBS. O pirateiro da moto e o pirateiro distribuidor foram presos em fragrante – prisão inafiançável, enquanto que o segundo pirateiro já está solto mediante liminar, o fornecedor do produto - o traficante continua solto para seduzir outros comerciantes que preferem o lucro fácil do crime.<br /><br />Tadeu Santos<br />ADALCA<br /><br />PARABÉNS DELEGADO SALA<br />Matéria publicada no site Contato, na sexta dia 23/11/07, nos tranqüiliza quando o Delegado Regional Vanderlei Sala declara que não permitirá poluição sonora no Arroio do Silva e no Morro dos Conventos, ou seja barulho, baderna e desobediência civil, termos fortes, mas é isso mesmo! O Delegado Sala adverte que se conselho não resolve, quis dizer que medidas preventivas e educacionais não são assimiladas por parte da população, então é preciso o rigor da lei. Concordamos que a autoridade seja mais firme, mais decidida, pois os infratores estão ultrapassando todos os limites possíveis, emitem sons e ruídos sem preocuparem-se com os vizinhos, colégios, casas de saúde, igrejas, enfim não respeitam o direito de ninguém!<br />Esperamos que a anunciada reunião do dia 29 (quinta) seja pública, onde a sociedade civil possa democraticamente manifestar-se a respeito de um dos maiores malefícios da modernidade urbana, uma das que mais tem registros de ocorrência policial tanto por telefone (190 e 191) quanto nos Boletins de Ocorrência / BO, que as autoridades da Comarca também sejam mais rigorosas com a baderna sonora no centro de Araranguá, que está se tornando insuportável para quem vive e trabalha no centro! Esta semana que passou as motos estraçalharam os decibéis permitidos na Av Getulio Vargas, uma das pistas preferidas pelos que ‘’ainda não apreenderam a curtir a performance de uma moto!’’.<br /><br /><br />Na próxima edição:<br />BREVE PROVOCAÇÃO PRA REFLEXÃO GEOPOLÍTICA SOBRE ARARANGUÁ<br />E AS FERROVIAS ATRAVESSANDO O BRASIL?<br />AS PERIGOSAS TRAVESSIAS URBANAS DA DUPLICAÇÃO DA BR-101<br />A AMEAÇA DE MINAS DE CARVÃO NA AMESC?<br />ARARANGUAENSES CONSTAM DE PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE O FURACÃO CATARINA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS A SER APRESENTADO NA COP 13 EM BALI. <br /><br /><br />Olhar Socioambiental<br />Data 21/11/2007<br /><br /><br />COOPERAR<br />No sábado dia 16/11/2007, visitei a sede da Cooperar no Lagoão e fiquei encantado com a estrutura da cooperativa de reciclagem de lixo, que faz coleta seletiva em alguns bairros de Araranguá, mas que deveria ser em todo o município. Vamos torcer por isso. Está de parabéns a Diretoria, mas principalmente o Dé Valdelir Cesconetto e o Vereador Geraldo Mendes. É assim que se constrói, é assim que se promove desenvolvimento, é assim que se exerce cidadania, é assim que se valoriza a natureza, é assim que se valoriza o ser humano, é assim que se vive com dignidade, porque se está fazendo algo pela natureza e pelo coletivo! <br /><br />COLUNA ADELOR LESSA<br />Rogério Lodetti, Criciúma, por e-mail: "Criciúma está cuspindo no prato que comeu. A região carbonífera é o que é graças ao nosso carvão. Nenhuma outra atividade econômica rendeu tantos dividendos, econômicos e políticos, quanto à extração do carvão. Se os procedimentos de proteção ambiental, já previstos em lei, forem cumpridos, não há motivo para paralisar as atividades. Se não forem cumpridos, temos órgãos de fiscalização capazes de determinar as correções necessárias".<br /><br />AO ADELOR LESSA<br />A declaração do Sr. Lodetti nao é tudo o que aparente ser. Criciúma detonou com Siderópolis e toda a bacia hidrográfica do Araranguá e Urussanga para enriquecer uma minoria. Outros setores produtivos trouxeram muito mais riqueza para a região sem detonar com o meio ambiente. Os procedimentos ambientais não são cumpridos pelas mineradoras porque sabem que o orgão fiscalizador nao é suficientemente competente para fazer cumprir a legislação, haja vista a quantidade de processos contra a mesma em todo o estado de SC.<br /><br />Ficar escrevendo pequenas notinhas pro jornal em defesa do carvão é muito fácil, porque encarar o caos ambiental da região é preciso coragem! O pH da água do rio Mãe Luzia e do rio Carvão são duas provas incontestáveis de que continuam poluindo e que a ‘’maquiagem’’ não resolve. Dizer que existem novas tecnologias na exploração e queima do carvão nao é o suficiente, nem mesmo os ajustes de condutas estão fazendo com que a natureza seja adequadamente recuperada. <br /><br />Lessa, na região está faltando além do ‘’pacto’’ entre políticos / governantes em prol do desenvolvimento, uma dinâmica socioeconômica, onde a qualidade de vida da população acompanhe o crescimento do setor produtivo. Um diálogo/debate sério entre o setor produtivo que polui e a comunidade ambientalista passa por esta dinâmica também. Seria esta ‘’aproximação’’ uma solução? Não saberíamos dizer! Mas do jeito que está também parece não ser a mais consensual, se é que podemos definir assim a aproximação de dois extremos com objetivos diferenciados.<br /><br />VALEU LESSA!<br />Esta é a democracia que queremos na imprensa do sul de SC! Oportunidades da livre expressão a todos os leitores sem distinção, porque afinal apesar de não bancarmos nenhum patrocínio, compramos diariamente o exemplar do A Tribuna, somos consequentemente a valorização final do veículo de comunicação, o lemos com curiosidade, às vezes gostamos outras não, mas mesmo assim assimilamos informações que de uma forma ou de outra enriquecem a nossa formação cultural. Poderíamos dizer que sem nós leitores a mídia não existe! Há, mas vocês ambientalistas são muito críticos, não importa! Muita gente nos apóia, como também nos odeia, mas é esta dinâmica da relação mídia x povo, que faz vender, que faz retorno ao caixa da empresa e que mantém os sempre admirados profissionais da imprensa!<br /><br />Na próxima edição, abordaremos:<br />Karen Borges Tiscoski - Fomos privilegiados em estrear o programa de entrevistas da praiagrandense Karen Borges na Rádio Nativa do Sombrio.<br /><br />Participaremos como palestrantes de seminário sobre educação ambiental em Praia Grande, dia 21/11/2007.<br /><br />FATMA - Protocolamos na FATMA ofício solicitando mais outra Audiência Pública sobre o projeto da USITESC, mas que seja em Criciúma ou mesmo em Araranguá, já que os impactos ambientais são de alcance regional.<br /><br />Mudanças Climáticas - Participamos da Audiência Pública sobre Mudanças Climáticas na SATC, em Criciúma, coordenada pelo prestigiado Senador Renato Casagrande.<br /><br /> Informativo Socioambiental<br />Data 14/11/2007<br /><br /><br />USINA A CARVÃO – ‘’NA CONTRA-MÃO DA HISTÓRIA’’<br />O setor carbonífero do sul de SC poderá num breve espaço de tempo viabilizar mais uma ou duas usinas a carvão, contrariando o protocolo de Kioto, as recomendações das Conferências de Meio Ambiente (CNMA), as diretrizes do Estatuto da Cidade (10.257/2002), da Agenda 21, a Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 e o Artigo 225 da Constituição Brasileira. Os técnicos do IPAT/UNESC apresentaram na audiência pública ocorrida no dia 10/11/07 (em Treviso/SC pela terceira vez, porque não em Criciúma ou Araranguá, já que o impacto e contaminação é comprovadamente regional?), um parecer favorável à queima do combustível fóssil mais poluente do planeta, ao mesmo tempo em que os empreendedores afirmam ser a USITESC/440MW uma nova maravilha tecnológica verde que não polui, porque possui queima limpa e emissão zero, enfim uma beleza! Que a FATMA emitirá a licença para a USITESC habilitar-se urgentemente no rendoso leilão da ANEL, que após a instalação da usina termelétrica, o município de Treviso tornar-se-á uma referência de ‘’desenvolvimento’’ a exemplo de Capivari de Baixo/SC, que acolhe a condenada multinacional Jorge Lacerda/856MW, com uma baixíssima qualidade de vida e atmosfera totalmente comprometida!<br /><br />CUMBRE IBERO-AMERICANA INTEGRACIÓN DE LOS PUEBLOS<br />A Cúpula alternativa ocorrida no Chile é uma versão paralela a oficial existente entre governantes dos paises ibero americanos, uma espécie de FSM mais localizada. Poderia ser maior, mais organizada e com infra-estrutura mais adequada, mas com certeza esbarram na falta de recursos. Percebe-se uma predominância das mulheres no comando e um certo excesso de radicalismo nas idéias e posições políticas adotadas, enquanto que mais nos impressionou foram as feições e politização das mulheres campesinas do Chile, Bolívia e Peru, engajadas nas injustiças sociais e nas mudanças climáticas que interferem negativamente na biodiversidade de suas comunidades rurais. <br />Apesar de ser convidado, conflitei com algumas lideres coordenadoras do evento porque não concordaram com algumas colocações como também não concordei com as criticas das mesmas ao Al Gore, porque também acho que todos somos um pouco culpados pelas mudanças climáticas, porque afirmei existir omissão nas mulheres independentemente da opressão que os homens exercem sobre as mesmas (ou até vice-versa!), mas enfim, é esta diversidade de conceitos que abrilhantam a democracia, daí haver apreendido muito com outras culturas e raças. No entanto, quanto as fontes energéticas, o posicionamento é o mesmo, também quanto ao desordenado uso da terra e da água. A Monsanto e a Cargill são emblemáticas não só para a agricultura brasileira, mas para toda a América Latina, a monocultura da soja e da cana de açúcar para o álcool também foram duramente criticadas, por tornarem o solo improdutível e pelo trabalho escravo dos peões dos canaviais. <br /><br />OBS. Santiago, uma metrópole organizada, limpa e segura, com uma rica arquitetura colonial e muitos monumentos, largas avenidas e enormes parques urbanos, além da visualização das cordilheiras e do rio Mapocho incrivelmente correntoso atravessando a cidade. A visão do vôo sobre as cordilheiras é inesquecível e indescritível. O negativo urbano são as buzinas, por qualquer motivo buzinam. Percebemos muitos cães aparentemente de rua, mas visivelmente saudáveis nas praças e nos parques públicos. <br /><br />CALÇADÃO DE ARARANGUÁ<br />Pelo visto as autoridades policias atenderam as reclamações da sociedade que utiliza o Calçadão como lazer, como também dos comerciantes e moradores, encerrando a idiota programação musical imposta todos os domingos a tarde neste espaço – que está merecendo mais atenção da administração municipal e do comercio ali estabelecido num projeto de revitalização. Ocorre que domingo passado, dia 11 de novembro, tanto no calçadão quanto no perímetro central de Araranguá veículos e motos praticaram acrobacias circenses colocando em risco a segurança da população. Estudos apontam que são através destes focos de rebeldia que a violência se expande, portanto é dever das autoridades constituídas a aplicação de medidas preventivas e mesmo repressivas se necessário for. ‘’Diversão Sim, Bagunça Não!’’<br /><br /><br /><br />INFORMATIVO Socioambiental<br />Data 07/11/2007<br /><br /><br />A HISTÓRIA DO DESVIO DE ARARANGUÁ.<br />O Desvio Duplicação da BR-101 em Araranguá – Uma significativa, inédita e histórica conquista sócio-ambiental, será relatada a princípio numa cartilha contida num projeto elaborado pela ONG Sócios da Natureza a convite da diretoria do Centro de Apoio Sócio Ambiental – CASA, uma espécie de fundação que trabalha com temas relacionados a um programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, denominado de ‘’Iniciativa para a Integração Regional Sul-Americana - IIRSA’’ - um plano de investimentos em infra-estrutura que pretende desenvolver e integrar as áreas de transporte e energia da América do Sul, no qual se insere a obra de Duplicação da Rodovia BR-101.<br />O objetivo é contar e divulgar a história do movimento Pró-Araranguá que articulou a polêmica alteração do projeto da Duplicação da BR-101, iniciado em 1998 pelos Sócios da Natureza, chegando ao total de 49 entidades representativas do Município de Araranguá; relatando o decisivo apoio da Missão do BID em 2002 (na época financiador da obra), concluindo com a resistência do empreendedor DNIT/MT em adotar a proposta da ONG-SN de um sistema de ‘’viaduto/elevado sob pilares’’ para não obstacularizar as violentas cheias do Rio Araranguá e um acesso norte ao perímetro urbano da cidade e culminando com a decisão do Tribunal de Contas da União / TCU, que indeferiu recurso impetrado por empresários com negócios situados as margens do traçado atual.<br /><br />FÓRUM PARLAMENTAR CATARINENSE.<br />De passagem por Fpolis fomos informados que haveria uma ‘’plenária’’ do FPC no dia 29/10/07 e como havia tempo disponível fomos lá pra conhecer e sentir a dinâmica política dos parlamentares que representam o povo Barriga Verde em Brasília. No entanto, assistimos apenas a breve apresentação dos convidados da administração estadual expor seus projetos, plataformas e reivindicações desde a Secretaria de Turismo, Agricultura, CELESC e CASAN, quando percebemos que pela importância histórica e democrática do evento deveria ter sido não numa pequena sala de hotel, mas no auditório da ALESC, num cordial gesto do legislativo estadual para com os nobres irmãos parlamentares federais, proporcionando com a iniciativa a rara oportunidade da sociedade civil (seus eleitores) presenciar a performance de seus representantes na Câmara e no Senado. Democracia sem participação da população nas decisões governamentais não é democracia.<br /><br />AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ‘’CONDENADO’’ CARVÃO.<br />Participamos da Audiência Pública (em 30/10/07), promovida pelo PMF e Justiça Federal no auditório da UNESC, em Criciúma, onde solicitamos: A inclusão no GTA de um representante da sociedade civil e dos Comitês de Bacias afetados pela poluição da mineração do carvão; que as calhas dos rios passem a ser consideradas áreas degradadas pela atividade carbonífera; a inclusão de mineradoras que não foram condenadas, mas que continuam a poluir criminosamente os recursos naturais, principalmente os hídricos, como o rio Araranguá que continua apresentando um baixíssimo pH, causando não só prejuízo ambiental, mas social e econômico ao município, já que famílias poderiam na pesca complementar a escassa ceia alimentar. <br /><br />MAL AGRADECIDOS!!!<br />Em nome da ONGSN, defendo com unhas e dentes a integridade dos recursos naturais do município de Araranguá e da Região Sul de Santa Catarina, divulgo regionalmente, nacionalmente (e agora até internacionalmente) nossas potencialidades ecoturísticas, ao mesmo tempo que denuncio as agressões ambientais, reivindico recursos para melhorar a qualidade de vida da população sul-catarinense, enquanto que ouso apontar os degradadores da natureza, enfim exerço cidadania com cara e coragem, mas parece que uma parcela da população não gosta! Fazer o que então? Acomodar-me, encruzar os braços! Não farei isso pois decepcionaria uma grande maioria que concordam com as nossas ações, que simpatizam com a causa ambiental, que discretamente admiram nosso trabalho, que acreditam que um outro mundo é possível!!! Viva a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade! <br />Informativo Sócioambiental<br /><br />‘’Edição da Coordenação da ONGSN’’<br /><br /><br />EM TEMPO DE CPI DAS ONGs<br />Sócios da Natureza - Costumamos classificá-la como uma ONG diferente, transparente e independente! A linha de atuação da ONG Sócios da Natureza possui características próprias e únicas, em relação às demais do Estado, tendo várias frentes de batalha e/ou missões no município e região resultante de um trabalho estrita e comprovadamente voluntário, sem apoio oficial ou privado. Agora com a CPI das ONGs, pode ser que passe a sobrar recursos para quem trabalha de forma voluntária e seria, tanto que passaremos a buscar recursos através de projetos realmente transformadores. A nossa atuação tem sido numa ampla esfera regional, com destaque aos temas abaixo relacionados:<br />· Resistência contra a poluição causada pela atividade carbonífera da região de Criciúma: Se está um caos assim, imagine se nada fizéssemos?<br />· Para o processo do desvio de duplicação da rodovia BR-101: Será executado sobre pilares e haverá o acesso norte?<br />· Criação das unidades de conservação com as medidas compensatórias: Estranhamente não houve continuidade.<br />· Pela proteção e respeito aos cães de rua: Pelo visto não existe vontade política da administração municipal em dar uma solução adequada aos animais...<br />· Combate à poluição sonora em Araranguá: A cada dia fica mais difícil, a cada dia, novos barulhentos aparecem na cidade...Já que teremos que ouvir na marra a programação imposta pelos disc-jóqueis públicos, poderiam então incluir música clássica, sertaneja, samba, jazz e blues por exemplo. <br />· Combate à ignorância e ao engessamento dos corações e mentes: Dá vontade de desistir, porque a degradação ambiental é óbvia e flagrante, só não vê quem não quer enxergar e só não escuta quem não quer escutar como as pessoas só não amam porque não querem amar! <br /><br />CPI das ONGs.<br />Duas entidades das três denunciadas em Santa Catarina não são ONGs ambientais, mas estão na mira da CPI das ONGs como Organizações Não Governamentais: O Projeto Baleia Franca gerenciado pela ‘’Coalizão Internacional da Vida Silvestre’’ / IWC é o que mais se aproxima de uma ONG Ambiental, já a entidade ‘’Anjos do Tempo’’ de Laguna é uma espécie de prestadora de serviços e a ‘’Fetraf-Sul’’ como diz o próprio nome é a Federação de trabalhadores na agricultura familiar da região sul. Caso comprovadas as denúncias estarão estas entidades, que não são ONGs, com seu histórico complicado. No estado de SC existem muitas entidades que foram criadas como ONG e agem com características sociais e ambientais, mas só atuam com interesse em ganhar dinheiro. Como a legislação permite, os oportunistas ao criarem uma entidade a denominam de ONG para ganhar recursos. No estado existem muitas destas que se aproveitam e vivem buscando recursos oficiais para enriquecerem seus espertos e cafajestes integrantes. A FEEC deveria mobilizar uma campanha contra estes oportunistas que denigrem a imagem e a história de ONGs sérias e honestas, que comprovadamente praticam trabalho voluntário em defesa da natureza e das causas sociais.<br /><br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CÚPULA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIREITOS HUMANOS<br />O sócio ambientalista Tadeu Santos, da ONG Sócios da Natureza de Araranguá, participará como ‘’convidado especial’’ da Rede Brasileira de Justiça Ambiental na Cúpula pela Amizade e Integração dos Povos, evento internacional com enfoque nas questões dos Direitos Humanos e Mudanças Climáticas, que ocorrerá entre 06 e 09 de Novembro de 2007, em Santiago do Chile (OBS. O outro convidado brasileiro é um representante indígena da região amazônica).<br />A persistente luta contra a poluição causada pela atividade carbonífera na região sul de SC e seu dramático envolvimento pessoal com o furacão Catarina em 2004, o qualificaram a participar deste importante evento ambiental – de interligação mundial que convergem a Conferência das Partes / COP (passando, portanto a ter grande possibilidade de ainda vir a participar no próximo ano da Conferência Mundial sobre Aquecimento Global na ONU). A intensa dedicação à causa ambiental, de forma estrita e comprovadamente voluntária, tem resultado em ações comprometidas com a busca de soluções e adaptações às mudanças climáticas, como a coordenação do Primeiro Encontro na região do Catarina sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas, em 2005; a palestra e depoimento no Fórum Social Mundial FSM, em 2005; a palestra na UNICAMP, em 2006 e as participações em seminários ocorridos em Brasília e no Rio de Janeiro, em 2007, sobre Energias Renováveis e Justiça Ambiental e Climática, por exemplo.<br /><br />OBS. A assustadora coincidência da ocorrência do furacão Catarina justamente na região de maior emissão de CO² da América Latina (pela queima do carvão através da Jorge Lacerda 856MW), em toda a imensa costa do Atlântico Sul, tem causado preocupação a comunidade ambientalista e científica, mas principalmente a quem vivenciou o pânico diretamente com a violência dos ventos na noite da madrugada de 28 de março de 2004.<br /><br /><br />UM OLHAR Socioambiental<br />Tadeu Santos<br /><br />ÁGUA NO LIMITE (no Oeste e no Sul de SC)<br />O Diário Catarinense DC publicou no dia 17/10/07, oportuna matéria com o título ÁGUA NO LIMITE, baseado no assustador diagnóstico do Plano Estadual de Recursos Hídricos, realizado pelo Governo do Estado. A publicação na terceira e quarta página do maior órgão da imprensa escrita catarinense demonstra a preocupação com o mais importante recurso natural do planeta, a água.<br />O esboço do editorial aponta: O Sul e o Oeste catarinenses se destacam pela qualidade da água, pior do que nas demais regiões. A situação mais crítica é a do Oeste, com comprometimento dos recursos hídricos pela poluição proveniente das criações de suínos sem sistema de tratamento de resíduos. No Sul, o problema da poluição é amplificado pela extração de carvão. Os resíduos da exploração de carvão contaminam a água com metais como o ferro, que aumentam sua acidez e impedem seu consumo. Conforme a substância presente nessa água, ela pode se acumular em órgãos como os rins e provocar várias disfunções no organismo.<br />Transcrevemos nossa participação na matéria: Já para o ambientalista e diretor da Ong Sócios da Natureza, Tadeu dos Santos, a melhor iniciativa para reverter o atual quadro de disputa pela água é um plano de bacias "bem elaborado" pelo comitê da bacia hidrográfica do Rio Araranguá<br />Se você olhar no Google Earth, a situação entre Praia Grande e Forquilhinha é tão ameaçadora quanto aquela gerada pelo carvão na Região Carbonífera. Há um processo de desertificação. As nascentes de planícies estão comprometidas e restam apenas as localizadas no Costão da Serra – constata.<br />Santos é contra a instalação da barragem do Rio do Salto como solução imediata. O ambientalista entende que o empreendimento beneficia os agricultores e resolve só o problema de áreas urbanas próximas (Timbé do Sul, Meleiro, Turvo, Ermo), sem atingir maior contigente populacional, como Araranguá.<br /> <br />PROJETO UFSC. Num evento na sede da ADESUL, no município de Turvo, na segunda passada, dia 15/10/07, técnicos da UFSC apresentaram o projeto TECNOLOGIAS SOCIAS PARA A GESTÃO DA ÁGUÁ, com patrocínio da PETROBRÁS e apoio da EPAGRI e EMBRAPA, onde a professora Eliane Scremin nos acompanhou, já que havíamos sido convidados especiais, entre outras entidades da bacia hidrográfica do rio Araranguá. <br /><br />O projeto elaborado pelos técnicos da UFSC abrange outras bacias catarinenses. Na do Araranguá, o foco será a inserção de tecnologias de previsão do ciclo hidrológico, redução do consumo de água e a valorização da produção orgânica do arroz. A proposta é inovadora, se cumprida eficazmente poderá além da instalação da infra-estrutura, aproximar as pessoas na busca das melhores soluções no uso dos escassos Recursos Hídricos. <br />DESMATAMENTO I. A denúncia sobre a ameaça de desmatamento na Serra Velha II – localizada nas encostas dos Aparados da Serra, gerou desdobramentos inimagináveis, com a gerência da FATMA de Criciúma pedindo ao MPF medidas cabíveis contra a ONG Sócios da Natureza, apenas porque estávamos atendendo o apelo de representantes da comunidade rural na defesa da natureza.<br />DESMATAMENTO II. Outra ameaça de desmatamento nas encostas da Serra Geral preocupa jovens cidadãos de Lauro Muller, que coincidentemente também nos procuraram neste final de semana. <br />DESMATAMENTO III. Estão desmatando o Morro dos Conventos e seu entorno, não tão agressivamente como fizeram nossos antepassados no início do século, na qual ainda não existia o Código Florestal e muito menos consciência ecológica. Agora os espertinhos se utilizam do ‘’sistema formiguinha’’, inicialmente roçam a vegetação rasteira e vão derrubando uma árvore ali e outra aqui sem ninguém perceber. <br /><br />Nas próximas edições falaremos sobre:<br />EM TEMPO DE CPI DAS ONGS QUE NÃO SÃO ONGS...<br />A HISTÓRIA DO DESVIO DA DUPLICAÇÃO DA BR-101 EM ARARANGUÁ.<br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CÚPULA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIREITOS HUMANOS.<br />REUNIÃO DO MOVIMENTO PELA VIDA DEBATE AP USITESC E OUTROS TEMAS REGIONAIS.<br />PARTICIPAÇÃO DA ONG NO ENCONTRO NACIONAL DO FÓRUM BRASILEIRO DE ONGS E MOVIMENTOS SOCIAIS / FBOMS, EM CURITIBA<br />EMPRESÁRIOS CIDADÃOS DÃO EXEMPLO DE PRESERVAÇÃO EM ARARANGUÁ.<br />O QUE FAZ (E O QUE NÃO FAZ) O COMITÊ DE GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARARANGUÁ (CGBHRA).<br />CIDADE LIMPA É O MELHOR CARTÃO DE VISITA.<br />E AS ABENÇOADAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC?<br /> POLUIÇÃO SONORA – ‘’A QUE PREJUDICA SILENCIOSAMENTE!’’<br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br />Nº 021 Data 17.10.2007<br /><br /><br /><br />‘’VOLTAIRE e o DESVIO’’<br />Caros leitores, respeito opiniões contrárias a minha, respeito ideologias adversas a que defendo, respeito pessoas que lutam pelos seus interesses, mesmo sendo radicalmente contra aos que defendo, até porque ainda sou daqueles que defenderão até a morte o direito constitucional das pessoas se manifestarem, mesmo não concordando com o que elas vão dizer (Voltaire). Como nas artes, quando costumamos parafrasear que a ‘’Arte pode ser tudo, menos qualquer coisa’’, na liberdade da expressão também tem um limite quando o indivíduo passa a dizer bobagem. Como muita gente faz ao folhear um jornal, não perco tempo com algumas áreas específicas, porém me pediram que lesse a coluna do Senhor J. Nunes, no Jornal O Tempo. Reconhecemos o louvável trabalho do mesmo em defesa da ecologia, principalmente a animal, mas quando o assunto é desvio da Duplicação da BR-101, muitas inverdades e mesmo muitas bobagens são ditas, sempre tentando nos desqualificar. Agora está maldosamente tentando dar uma versão ficcional para o movimento pró-desvio liderado pela ONG Sócios da Natureza (fundada em 1980). Senhor J. Nunes: pesquise, investigue antes de tornar pública uma informação ou mesmo uma denúncia. Sua elogiável dedicação aos indefesos passarinhos trás muito mais benefício à natureza do que ficar falando coisas sem fundamentação técnica e histórica a respeito desta gratificante conquista sócio-econômica e ambiental do município de Araranguá (...e reconhecida nacionalmente!). Social porque a comunidade de entorno ganha segurança, econômica porque ganha um trecho de 7KM de rodovia e uma segunda ponte, ambiental porque reduz a poluição sonora, concluindo com as indesejáveis cheias sobre a pista, além de outras justificativas de comprovação técnica. Assinado Tadeu Santos - Socioambientalista. <br /><br />LIXO/ENTULHO NO PARQUE INDUSTRIAL<br />Prefeitura Municipal de Araranguá usa terreno do Parque Industrial para depósito de entulho / lixo. Se estavam achando que a licença para o PI estava demorando na FATMA, agora então poderá ficar ainda mais complicado com as denúncias formuladas pelo Poder Legislativo de Araranguá, conforme tomamos conhecimento. Ao passo que a incompreensível prática de descaso demonstra despreparo dos responsáveis pelo setor, pois é de conhecimento público que a destinação de entulho, lixo ou qualquer coisa deste gênero precisa de projeto e licenciamento ambiental. Simpatizamos com a administração do Mariano, mas se na sua administração continuar estes devaneios ou omissões de conotação anti-ambiental tornar-se-á difícil continuar a apoiá-lo ou defendê-lo. <br /><br />Apenas um raciocínio!<br />O que incansavelmente procuramos em nossas vidas seria numa primeira resposta a felicidade, não? Estaríamos querendo saber de onde viemos e para onde vamos? Eu não, mas se alguém descobrir, me avise! Estaríamos querendo descobrir formas de longevidade ou a cura para todas as doenças? Eu não, até porque nem concordo com isso, já que se isso ocorresse haveria um descontrole global. Estaríamos querendo ser superiores aos nossos semelhantes? É possível? Impossível, porque afinal somos todos iguais, temos o mesmo fim. Estaríamos querendo então momentos de alegria, paz, saúde, conforto e de amor, por exemplo. Esta sim seria uma atitude racional, viável e possível, afinal a família nos oferece estes momentos de felicidade todos os dias, com durabilidade e intensidade variadas...<br /><br />MORRO DOS CONVENTOS<br />Quem tem um balneário como o Morro dos Conventos não era para valorizar cada metro quadrado? Questionamento feito a mim por um visitante quando me encontrava filmando lá pelos idos de 2000, quando ainda saia com uma filmadora e uma máquina fotográfica para captar as belezas do santuário ecológico do Morro dos Conventos, incluindo Ilhas e todo o estuário do Rio Araranguá. Lembrei do fato citado ao observar umas fotos enviadas pela minha amiga Coruja da internet, sobre a forma como os americanos cuidam de uma praia na costa leste, com muita limpeza, praças confortáveis e lixeiras entre muitas flores. Além de salva-vidas, guardas vigiam a segurança dos banhistas, enfim muita organização e planejamento.<br /><br />SOCIALISTA OU AÇORIANO!!!<br />Às vezes fico a pensar se sou um socialista anti-capitalista ou na verdade esta configuração pessoal seja resultado do comodismo e preguiça açoriana portuguesa.<br /><br />SOBRE A SOLICITAÇÃO DA ACIVA AO MP, TEMOS A SEGUINTE OPINIÃO:<br /><br />Não é a obrigatoriedade de realizar audiências públicas ou reuniões de interesse coletivo a noite que solucionará os problemas de uma comunidade ou de uma cidade, não é esta imposição que tornará o cidadão mais participativo ou atuante frente aos problemas de sua rua, bairro município ou região. A grande maioria destes eventos têm ultimamente sendo realizados a noite (quando de duração não superior a três horas). Já participamos de audiências públicas no período noturno (com início 19:00 hrs) com pouquíssima presença pública, enquanto que noutras ocorridas no período diurno registrou-se grande presença de público, é portanto muito relativo. Entendemos que tudo depende de uma complexa dinâmica de detalhes, que existem ações, decisões e diretrizes muito mais sérias pra se preocupar pelo desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida para a população, como por exemplo, exercer cidadania de fato! É preciso envolver corações e mentes nas dinâmicas sociais, culturais, econômicas e ambientais, em ações que comprovadamente constroem o bem estar social, tudo isso concomitantemente com a vida profissional e familiar.<br /><br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS.<br />O sócio ambientalista Tadeu Santos, da ONG Sócios da Natureza de Araranguá, participará como ‘’convidado especial’’ de evento internacional sobre Mudanças Climáticas / Aquecimento Global, no Chile, entre 06 e 09 de Novembro de 2007.<br /><br />A persistente luta contra a poluição causada pela atividade carbonífera na região sul de Santa Catarina e seu dramático envolvimento pessoal com o furacão Catarina em 2004, o qualificaram a participar deste importante evento ambiental - uma espécie de preparação a Conferência das Partes / COP (passando, portanto a ter grande possibilidade de ainda vir a participar no próximo ano, de conferência mundial sobre Aquecimento Global na ONU). A intensa dedicação à causa ambiental de forma estrita e comprovadamente voluntária, tem resultado em ações comprometidas com a busca de soluções e adaptações às mudanças climáticas, como a coordenação do Primeiro Encontro na região do Catarina sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas, em 2005, a palestra e depoimento no Fórum Social Mundial FSM, em 2005, a palestra na UNICAMP, em 2006 e as participações em seminários ocorridos em Brasília e no Rio de Janeiro, em 2007, sobre Justiça Ambiental e Climática, por exemplo.<br /><br />OBS. A assustadora coincidência da ocorrência do furacão Catarina justamente na região de maior emissão de CO² da América Latina (pela queima do carvão através da Jorge Lacerda 856MW), em toda a imensa costa do Atlântico Sul tem causado preocupação a comunidade ambientalista e cientifica, mas principalmente a quem sofreu diretamente com a violência dos ventos na noite de 28 de marco de 2004.<br /><br /> Coordenação Sócios da Natureza<br /><br /><br />Infor Informativo Socioambiental<br />Nº. 020 - Data 10/10/2007<br /><br />Tadeu Santos<br /><br /><br />CALÇADÃO DE ARARANGUÁ<br />Calçadão de Araranguá nos finais de semana perde a finalidade para o qual existe, principalmente nos domingos final de tarde e a noite, quando jovens exageram em quase tudo, começando pelo altíssimo som emitido pelas potentes caixas instaladas nos veículos, excessivo uso de álcool e possivelmente de drogas, algazarras e palavrões, gestos obscenos, sendo que alguns até urinam entre os veículos estacionados. Moradores, comerciantes e clientes estão assustados com os desdobramentos desta incômoda e inadequada farra pública. Por várias vezes constatamos a baderna, já ligamos para o 190, que prontamente enviou viatura, mas tão logo saem do local a desobediência civil volta a atuar. Sempre que ocorrem distúrbios desta natureza, nos procuram quando respondemos que nada podemos fazer, pois também somos vítimas deste malefício urbano. Sempre sugerimos a denúncia pelo telefone 190 da PM ou o registro de Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima. Estamos apostando que o novo Promotor da Comarca com o novo Comandante da Policia Militar, juntamente com a Administração Municipal e a sociedade civil organizada, ainda encontrem soluções para resolver este grave conflito socioambiental em Araranguá, que como qualquer poluição, nunca mata na hora, mas comprovadamente causa incômodo no trabalho, perturbação do sossego e deixa seqüelas irreversíveis na saúde humana (e de animais)! <br /><br />SEIXO ROLADO (CASCALHO)<br /><br />Um dos problemas ambientais mais preocupantes atualmente na região não se trata tão somente da famigerada atividade de exploração, beneficiamento e queima do carvão, do indevido destino do lixo e esgoto e da agricultura desordenada, mas da voracidade que empresas estão retirando o seixo rolado (cascalho) dos cursos dágua, alterando criminosamente a dinâmica dos rios. Dirão os defensores que obedecem aos projetos, que só o fazem com a licença ambiental e que estão dando condições de trafegabilidade à população com estradas encascalhadas. Justo, mas se caso os critérios preservacionistas fossem obedecidos e se não houvessem abusos na retirada.<br /><br />OBS. A enorme quantidade retirada para a obra da Duplicação da BR-101 equivale à necessidade de todos os municípios da AMESC e da AMREC, portanto uma destinação inadequada e ambientalmente injustificável. A prioridade deveria ser o atendimento aos municípios que possuem poucos recursos e dificuldades, ao contrário das poderosas empreiteiras da duplicação.<br />OBS. Ao questionarmos o respeitado Geólogo Jornada Krebs, ontem à noite no Comitê da Bacia do rio Araranguá, o mesmo concordou com as nossas preocupações e alertou para o perigo da retirada de seixos abaixo de uma determinada linha entre a Serra e o oceano. <br /><br />O contraponto da polêmica questão é quando da ocorrência de enchentes, não necessariamente como a de 1974, 1995 ou 2002, por exemplo, onde vidas humanas pagaram um altíssimo preço em nome do progresso ou crescimento, mas até de pequenas cheias que se tornam mais violentas quando a dinâmica das calhas dos rios é alterada pelo homem. A natureza é sábia, a profundidade e largura de um rio determinam a velocidade das águas e a configuração de suas curvas, alterar esta dinâmica natural é uma provocação a natureza. Queremos o desenvolvimento sustentável, onde o beneficiado maior seja toda a população da atual geração e das futuras também. A nossa região é propensa a ocorrência de cheias violentas, só a do natal de 1995, vinte e nove (29) pessoas foram arrastadas pela reação da natureza, que quando agredida e alterada de forma brutal, também mata.<br /><br />Tudo tem uma solução, esta solução pode ser adequada para o homem, mas péssima para a natureza, ou ser adequada para a natureza e péssima para o homem, correto? Agora pergunto qual você escolheria, a primeira ou a segunda? A primeira está comprovadamente dando provas de que não está funcionando para todos os humanos ou animais, pois estamos indo na direção de algo indiscutivelmente catastrófico, portanto por que não passamos a tentar a segunda alternativa como forma de ainda salvar este planeta?<br /><br />ANIVERSÁRIO DO SEMANANEWS<br />Numa entrevista ao Canal 20 em Criciúma, o Lessa na apresentação anunciou o polêmico Tadeu Santos, confesso que no momento não assimilei bem a ‘’carinhosa’’ definição, quando que hoje ao comentar sobre o depoimento do polêmico Zé Luis na homenagem aos dois anos do SemanaNews, uso da mesma argumentação. O Zé Luis queiram ou não, conquistou seu merecido espaço na história de Araranguá como atuante comunicador. Culto e severo crítico da hipocrisia, do charlatanismo, da idiotice política e de outras tantas distorções sociais, ambientais e econômicas, comanda dois dos três jornais do município (o outro é O Tempo, do também herói Quirino Loser). O Semcensura e o SemanaNews procuram cumprir com o compromisso de repassar informações a população araranguaense e do sul de Santa Catarina, enfatizou emocionado o jornalista e estudante de Pedagogia Jose Luis de Jesus na pequena, mas calorosa comemoração com a família, funcionários e colunistas no dia 05/10/2007.<br /><br />Informativo Socioambiental<br />Nº 019 Data 03/10/2007.<br /><br /><br /><br />SUJEITOS ESQUECIDOS SUJEITOS LEMBRADOS<br /><br />O encanto da noite de lançamento do livro do escritor, professor e historiador Antônio José Spricigo, no Colégio Murialdo faz a gente perceber o quanto a cidade carece destes momentos de rara beleza lítero-cultural. Apesar do auditório do colégio estar lotado percebeu-se a ausência da comunidade negra e de ilustres figuras araranguaenses ligadas a cultura. Por outro lado a formação cultural da coletividade araranguaense deixa a desejar, com quase 60 mil habitantes, comprovadamente pouco lê, haja visto não existir uma livraria de fato, quando que no nosso país vizinho Argentina encontraríamos no mínimo duas numa cidade com a mesma população. Tentativa de se ter uma livraria em Araranguá não vingou<br /><br />O livro ‘’Sujeito Esquecidos Sujeitos Lembrados’’ aborda a escravidão na freguesia do Araranguá (ou sul de Santa Catarina), resultado da sua brilhante dissertação de mestrado na UFSC e pelo comentário do seu colega escritor Mauricio Selau do Colégio São Bento de Criciúma, a abordagem da obra é inédita. Outra observação oportuna partiu do representante da ONG Anarquista Contra o Racismo, Ivan Ribeiro, da UNESC, que a leitura do trabalho do Spricigo revitaliza a auto-estima dos descendentes da raça negra na luta contra o preconceito racial. O prefeito Mariano não estava, mas foi bem representado pelo Diretor Cultural Vanio Coral.<br /><br />Preconceitos ainda existem, alguns, infelizmente ficam mais acentuados com o passar do tempo, o do racismo pode não estar incluído nesta direção, mas ainda continua nas mentes (nos corações não!) de muita gente. Acreditamos que a obra do César em muito contribuirá para a pesquisa e a própria redução do preconceito racial na região sul do Brasil. Parabéns César Spricigo – um escritor araranguaense!<br /><br />OBS. Apesar de não haver herdado traços / características, mas uma das minhas bisavós era bugre, do interior de Torres, hoje Mampituba/RS, no qual sempre que falo sobre a árvore genealógica familiar orgulho-me especificadamente muito desta origem, não o fazendo o mesmo para a descendência portuguesa, por exemplo. <br /><br />Apenas um raciocínio!<br />O que incansavelmente procuramos em nossas vidas seria numa primeira resposta a felicidade, não? Estaríamos querendo saber de onde viemos e pra onde vamos? Eu não, mas se alguém descobrir, me avise! Estaríamos querendo descobrir formas de longevidade ou a cura pra todas as doenças? Eu não, até porque nem concordo com isso, já que se isso ocorresse haveria um descontrole global. Estaríamos querendo ser superiores aos nossos semelhantes? É possível, mas impossível, afinal somos todos iguais, temos o mesmo fim. Estaríamos querendo então momentos de alegria, de paz, de saúde, de conforto e de amor, por exemplo. Esta sim seria uma atitude racional, viável e possível, afinal a família nos oferece estes momentos de felicidade todos os dias, com durabilidade e intensidade variadas...<br /><br />Recuperação e Revitalização do Açude Mané Angélica<br />A proposta de recuperação e revitalização do Açude Mané Angélica – importante ecossistema dentro do perímetro urbano de Araranguá, no qual foi elaborada pelos técnicos da UFSC, é um grande avanço socioambiental da administração Mariano Mazzuco. O recurso proveniente do Ministério das Cidades serviu para custear o projeto, falta, portanto a verba pra a recuperação e revitalização de fato. A principal ação consta na limpeza do açude, envolvendo uma draga, a construção de um vertedouro, com uma pista de atletismo contornando o açude e uma ponte. O estudo sugeri a iluminação do açude com a energia gerada com a queima do metano de uma usina junto a Estação de Tratamento de Esgoto, a ser implantada nas proximidades. O custo é de 800 mil reais e poderá ser reivindicado junto ao DNIT com os recursos das medidas compensatórias da duplicação ou junto ao Ministério do Meio Ambiente e/ou das Cidades. <br />Além de garantir a preservação do manancial hídrico de grande relevância para o município, já que é quase impossível contar com a água do rio Araranguá totalmente poluída pelo carvão, agrotóxico, lixo e resíduos industriais diversos, a revitalização do açude Mané Angélica proporcionará um equipamento de lazer urbano pra comunidade de entorno.<br />A proposta está boa, mas precisa ser melhorada e adequada as circunstancias locais. Sugeriremos a administração municipal a execução de uma ponte de madeira ou pênsil no meio do açude, a ampliação do reservatório até uma remanescente de Mata Atlântica abaixo do local onde funcionava o curtume e a implementação de um programa de educação ambiental com placas e cartilhas ecológicas.<br />O estudo da UFSC apontou uma nascente no lado sul do açude próximo à curva do desvio da duplicação, no qual será enviado ao DNIT para avaliação. Como já havíamos nos manifestado que não simpatizávamos com a acentuada curva, ficaremos torcendo para que os técnicos projetistas do DNIT alterem o projeto para o desvio adentrar ao atual traçado na altura da balança. <br /><br /><br />MAIS QUESTIONAMENTOS PREOCUPANTES SOBRE A BARRAGEM DO RIO DO SALTO, EM TIMBÉ DO SUL, NO SUL DE SC.<br /><br /><br />Continuam a fazer propaganda enganosa e eleitoreira na mídia regional sobre a proposta da barragem do Rio do Salto, projetada para Timbé do Sul, sul de Santa Catarina. Seus defensores, mais interessados na execução ‘’em si’’ do empreendimento de 60 milhões, alegam que o reservatório irá garantir o abastecimento de 100 mil pessoas de vários municípios, incluindo Araranguá e Balneário Gaivota, o que contestamos não ser verdade. Que irá garantir a irrigação de quase 20 mil hectares beneficiando 1.500 propriedades rurais, que poderá produzir energia, entre outras impossibilidades, comprometendo a veracidade das informações. Alertamos ao empreendedor mais seriedade na proposta. Conclamamos as autoridades mais rigor com o descaso do empreendedor demonstrado até agora. Nossa região comprovadamente não suporta mais impactos ambientais, principalmente se desnecessários. Existem alternativas viáveis!<br /><br />Por outro lado, consta nas diretrizes do Banco Mundial, da ANA e do Ministério da Integração, que a finalidade deste referido recurso é especificadamente para o abastecimento humano. Ora, então está havendo desvio de finalidade na aplicação do recurso! Como também está em desacordo com a Lei Nº. 9.433/97 de Recursos Hídricos que determina o uso da água, em situações de escassez, a prioridade para o abastecimento humano, ficando em segunda opção a dessedentação de animais e em terceiro a agricultura. Todo mundo sabe que o reservatório é para atender quase que exclusivamente a rizicultura.<br /><br />Empreendimentos como estes, deveriam antes do EIA-RIMA, passar pela leitura técnica de uma espécie de “Estudo de Avaliação Ambiental e Econômica” para determinar a viabilidade do mesmo. Torcemos pelo desenvolvimento da região sul de SC, mas com obras realmente necessárias de interesse do coletivo. O setor agrícola regional precisa de atenção, apoio e investimentos, mas não deste tipo que atenderá uma faixa de agricultores diretamente responsáveis pela escassez e comprometimento dos recursos hídricos, com o intensivo e desordenado sistema de irrigação adotado pelos mesmos. A rizicultura pode até ser um dos principais fatores que incrementam o setor agrícola da região, mas comprovadamente é degradante como é a mineração do carvão, além de gerar poucas frentes de trabalho, já que toda a operação é mecanizada...<br /><br />O satélite do Google Earth nos mostra uma assustadora visão entre o Oceano Atlântico e os Aparados da Serra numa faixa de quase 80 KM, uma planície totalmente sem verde e sem nascentes, uma área propensa a desertificação (Lado norte/catarinense da Bacia do Mampituba e lado sul do Araranguá (América do Sul pode perder, com a desertificação, até um quinto de suas terras produtivas até 2025, alerta a Convenção das Nações Unidas (ONU) para o Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês). O lado norte da bacia do rio Araranguá é reconhecida nacionalmente como uma das 14 áreas mais poluídas do Brasil de acordo com o decreto Federal Nº. 85.206 desde 1980. Ou seja, não é mais apenas conversa de ambientalista ou de ONG, são informações e dados públicos, portanto disponíveis para quem duvidar ou não acreditar. <br /><br />“Há um ciclo em que um fenômeno alimenta o outro. Se o meio ambiente édegradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água diminuem,aumentando as áreas desertas", afirma o conceituado técnico Heitor Matallo, da UNCCD/ONU.<br /><br />Segundo informações repassadas na audiência pública em 08/08/06 existe na localidade rural de Areia Branca 84 famílias de agricultores que plantam feijão, batata, milho, mandioca, que criam gado, porcos, galinha, que possuem horta com cebola, alface, perto de arvoredo com pés de laranjeira e bergamoteiras e ainda tem jardim em frente à residência. Estes agricultores serão indenizados e serão expulsos de suas terras, isto mesmo, expulsos! Vivem uma vida inteira em suas terras como seus antepassados e de repente tem que sair porque um técnico disse que precisaria construir uma barragem para resolver o problema dos rizicultores, ora, esta proposta contraria totalmente o Art 225 da Constituição Brasileira. Numa audiência pública na localidade de Areia Branca / Timbé do Sul / SC, onde o incompleto e insatisfatório EIA-RIMA foi apresentado pelo empreendedor, um agricultor desabafou chorando ‘’que não entendia porque que tinha que sair das suas terras se nunca havia prejudicado a natureza’’. <br /><br />Dentre as solicitações encaminhadas na audiência pública promovida pela FATMA, em Areia Branca, solicitamos um relatório sobre os atingidos pela barragem do rio São Bento, onde moram e que fazem atualmente? Até o presente momento em nada fomos comunicados e muito menos recebemos algo como resposta. A única solicitação por nós formulada na AP que está sendo desenvolvida é a avaliação com um parecer do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá.<br /><br />Tem nos preocupado imensamente artifícios oportunistas, muito utilizados por políticos e governantes para justificar que atenderam tal situação ou problema com a aplicação de recursos financeiros, primeiro para facilitar os urubus famintos por verbas públicas e segundo para usar eleitoralmente que ajudou tal região, mesmo sabendo que solucionou realmente o problema / conflito. O caso em questão é exemplar, pois não resolverá o gravíssimo problema / conflito rural da região, muito pelo contrário poderá complicar ainda mais. O empreendedor governamental / privado (CASAN) não quer discutir abertamente/democraticamente com a sociedade civil organizada, além de ficar culpando as deficiências da administração as ONGs ou sindicatos, por exemplo. <br /><br />Concluindo:<br />Esperamos que as irregularidades apontadas pelos técnicos da FATMA sejam solucionadas no EIA-RIMA.<br />Esperamos que, caso venha a ser construída a Barragem do rio do Salto, o governo estadual amplie a Reserva Biológica do Aguaí como medida compensatória para garantir a preservação das nascentes que abastecerão o reservatório.<br />Esperamos que, caso venha a ser construída a Barragem do Rio do Salto, o governo estadual promova a transferência dos agricultores através de programas de acompanhamento via ajuste de condutas, como forma de garantir qualidade de vida não menos inferior a que atualmente levam na Areia Branca. <br />Esperamos que o MPF avalie nossas preocupações observadas verbalmente na AP e registradas em documentos.<br />Esperamos que as denúncias no TCU, Banco Mundial, ANA e Ministério da Integração promovam um redirecionamento do recurso em benefício dos agricultores citados e aos recursos hídricos.<br /><br />OBS. Algum tempo atrás, os opositores da preservação ambiental rebatiam que os alertas sobre mudanças climáticas não passavam de alardes exagerados dos ambientalistas e das ONGs, ao passo que agora são cientistas do mundo inteiro e da ONU, na verdade estão reafirmando o que a comunidade ambientalista tanto pregava (...e continua!).<br /><br />INFORMAÇÃO - No Brasil, um (1) milhão de pessoas já foram atingidas diretamente pela construção de barragens e 3,4 milhões de hectares de terra estão alagadas pelos reservatórios. Após a formação dos lagos, a cada 10 mil famílias atingidas, apenas três receberam algum tipo de indenização. Entre as famílias que conseguiram nova moradia, o índice de empobrecimento é muito alto, já que elas perderam seus meios de produção - a terra para o cultivo e os rios para a pesca. <a href="http://www.mst.org.br/">www.mst.org.br</a><br /><br />Informativo Socioambiental<br />Tadeu Santos (<a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a>)<br /><br /><br />EUA / KIOTO / AL GORE / IRAQUE / BUSH E BRASIL...<br />Para quem acha que controla o mundo como os EUA (...e o pior é que controla mesmo!), é humilhante aceitar regras impostas por outros povos, mesmo sabendo que sejam as mais adequadas e que sejam as únicas. Apesar da teimosia do Bush em não assinar o protocolo de Kioto, já existe nos EUA um rígido processo de redução das emissões dos gases efeito estufa em alguns estados, onde as usinas a carvão são obrigadas a adotar filtros eficazes e sistemas de leito fluidizado (que mesmo assim não resolverão...). Por outro lado lá a fiscalização é bem mais atuante e rígida! Não permitem mais abusos como os cometidos com as bacias hidrográficas do Araranguá, Urussanga e Tubarão. Se o Bush não tivesse roubado a eleição do Al Gore, os EUA teriam assinado Kioto, não teriam invadido o Iraque e o mundo teria chances de ser um pouco melhor... Portanto, nem todo americano é burro como o Bush. E queiramos ou não, são avançados em quase tudo, na ciência, na literatura, no cinema, na corrida espacial, na medicina, na informática entre outras, mas vamos parar por aqui pra não humilhar a nossa histórica incompetência em lidar com coisas sérias... já que fomos descobertos juntos, possuímos um ecossistema territorial semelhante em quase tudo e somos considerados terceiro mundo... Mas a realidade é outra, ficamos a mercê deste idiota durante oito anos, um atraso quase que irrecuperável para o mundo. Colocações polêmicas, provocativas, mas sugestivas para uma reflexão ou mesmo um debate!<br /><br /><br />O IMOBILISMO E A NORMOSE!!!<br />Apesar de não haver ouvido a entrevista com o araranguaense nato Alceu Pacheco no programa ‘’Reunindo Amigos’’, simpaticamente comandado pelo Flávio Roberto e pelo Lony Rosa, fui informado que um dos temas debatidos foi o ‘’imobilismo’’. Como o assunto é instigante e sedutor, não resisti ao impulso de transcrever alguns comentários a respeito. Há uns tempos atrás encontrei na internet o termo ‘’normose’’ definindo-o como uma espécie de engessamento dos sentimentos, tipo as pessoas não mais se importarem com um indigente deitado na calçada, com a degradação dos rios e lagos ou com a absurda poluição sonora das cidades. Tanto a ‘’normose’’ quanto o ‘’imobilismo’’ podem ser atribuídos em grande parte aos políticos, aos empresários e a sociedade civil, que não decidem, que não ousam, que não contestam, que não criam, enfim, que não exercem a verdadeira cidadania. Por razões político-partidárias o desenvolvimento do município é prejudicado porque alguns setores produtivos que não apóiam a administração e vice-versa, quando o real desenvolvimento de uma cidade ou município está acima de tudo. Cidadãos criticam os políticos e a administração, mas votam sempre nos mesmos e nada fazem para mudar. Isso é imobilismo e normose!<br /> <br />COLETÂNEA SOCIOAMBIENTAL<br />Já temos aproximadamente 500 mil palavras escritas e centenas de fotos sobre a temática socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina, através de textos, artigos, cartas, denúncias e até capítulos já publicados em livros, por exemplo. Quando tivermos recursos pretendemos lançar uma espécie de coletâneas que retratariam um significativo olhar sobre a história da nossa região. Nossas escritas e apontamentos iniciaram por volta de 1995, portanto mais de dez anos de persistência, ‘’hobby e teimosia’’ em defender a natureza e uma melhor qualidade de vida para a região. Não temos nenhum dom literário, muito pelo contrário, temos muitas fraquezas e dificuldades que tentamos superar. Entendemos que o importante é que fatos significativos sejam de uma forma ou de outra registrados. Como na fotografia, existem as que são bem batidas e as que não apresentam qualidade, mas que têm seu valor pelo conteúdo, pelo momento captado. A escrita também tem suas graduações, sendo que nos situamos no primário, ainda como aprendizes.<br /><br /><br />SEMANA DA HISTÓRIA DA UNESC. Fomos convidados para participar de uma mesa redonda na semana da HISTÓRIA, SOCIEDADE E NATUREZA: O BRASIL NA PERSPECTIVA AMBIENTAL na UNESC a ser realizada em 4/10/07 cuja temática será sobre a COLONIZAÇÃO, AGRICULTURA, MINERAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS NA HISTÓRIA DA REGIÃO CARBONÍFERA DE SC. Mais outra oportuna atitude da UNESC em democratizar o debate sobre o maior conflito ambiental da região: a exploração, beneficiamento e queima do carvão. Estaremos lá defendendo a integridade do Rio Araranguá e a qualidade do ar que respiramos. Estaremos lá argumentando que desenvolvimento de fato só ocorre numa cidade ou região se houver benefício econômico a toda a população proporcionando com qualidade de vida (Que contemple o tal de IDH). Nossa concepção socioambiental de uma universidade também é proporcionar aproximação com a sociedade civil organizada, o que a UNESC está sabiamente fazendo. Parabéns! <br /><br /><br />ALTHOFF e o CPURMA.<br />Andam dizendo as más línguas que o embargo ao supermercado Althoff foi de iniciativa da ONG Sócios da Natureza. Nada fizemos contrário a licença do empreendimento, muito pelo contrário somos favoráveis a necessária e oportuna instalação de mais um supermercado na cidade. Nada temos a construção no local, desde que adotem as especificações técnicas contidas na legislação. Quando que irão parar de apontar a ONG como culpada disso ou daquilo? Apenas comentamos na ocasião a lamentável ausência de debate no Conselho de Política Urbano e Rural – CPURMA. Afinal as entidades participam das reuniões e estão lá para quê? E por falar em CPURMA, não ocorreram mais reuniões para construir o futuro urbanístico do município de Araranguá. Pode não parecer importante para muitos que só visualizam resultados imediatos, mas é assim que ocorrem as mudanças nas diretrizes dos Planos Diretores e ninguém dá atenção ou importância, claro que até o momento que passe a prejudicar seus interesses privados.<br /><br />Informativo Socioambiental<br /><br /><br /><br />11% CULTIVÁVEL - Eis mais um dado preocupante, apenas 11% do planeta é cultivável e mais da metade está ameaçada pela errônea forma de uso do solo, da água e das florestas, que obrigatoriamente tem que produzir para alimentar 6,3 bilhões de pessoas e que em 2020 terá que abastecer 8,2 bilhões de pessoas. A afirmação é do responsável pelo Programa de Meteorologia para a Agricultura da Organização Mundial de Meteorologia - OMM, Mannava Sivakumar, portanto mais uma vez não é declaração de ambientalista ou de ONG ambiental. No processo de transformação das Áreas de Preservação Permanentes da AMESC, em Unidades de Conservação ouvimos muitas ‘’bobagens’’, como por exemplo, que não tínhamos conhecimento de causa entre outras reclamações de agricultores e até insinuações de técnicos da EPAGRI. Insistimos que a nossa região já está em processo de desertificação com conseqüências a curto prazo se não houver uma virada de concepção sobre como cultivar adequadamente as terras do vale do Araranguá. Os agricultores só pensam em lucro imediato e os técnicos não o contestam. O pró-varzea é uma prova do descaso para com a natureza, eliminaram a Mata Atlântica nas planícies e as protetoras matas ciliares das margens dos rios, em nome do progresso a qualquer custo. Uma comunidade rural de Meleiro, influenciada por idéias idiotas não concordou em transformação o Morro Albino em Unidade de Conservação (UC) demonstrando com isso que tem intenções de devastação em beneficio próprio, o mesmo discurso que tornou o lado sul da planície da bacia do rio Araranguá numa área ameaçada para o cultivo. <br /><br />VAMOS TENTAR ESCREVER UM POUCO DE HISTÓRIA POLÍTICA DE ARARANGUÁ! (já que ninguém está escrevendo ou está? Se está melhor ainda, pois haverão versões e interpretações diferenciadas sobre os acontecimentos).<br />O futuro cenário político de Araranguá está se redesenhando mais uma vez, os partidos políticos que não estão no poder articulam para ocupar o espaço dos que estão, uma rotina que se repetirá enquanto houver democracia. Atualmente o partido político PP ocupa o poder executivo municipal na pessoa do empresário Mariano Mazzuco com mandato até 2008. Foi eleito em coligação com o PPS, mas a coligação não funcionou conforme haviam estabelecido. O mandato do Mariano Mazzuco ainda está sendo avaliado pela população, uns o acham muito parado, outros acham que está fazendo uma boa administração, enquanto que outros acham que não está fazendo nada. A atual administração pouco divulga suas ações, diferentemente da anterior que excedia em gastos com propaganda, sendo inclusive criticada por ter um contrato exorbitante com a rádio local. O importante da divulgação não só para enaltecer o mandato do prefeito, mas para atender um direito do eleitor cidadão de tomar conhecimento da dinâmica pública. Enfim, a propaganda é alma do negócio, mas enfatizamos que gestão pública não é negócio, gestão pública é gestão pública! As verdadeiras obras não são aquelas de resultado imediato, mas aquelas de longo prazo, como na educação e na saúde. Se prevalecer a tendência estadual, o PT se coligará com o PP (do Amin) para enfrentar o PMDB (do LHS), o que certamente refletira aqui em Araranguá, já que a Senadora Ideli tem forte presença no município com a instalação da UFSC e do CEFET. Existem setores políticos e empresariais que ainda não perceberam a importância de uma universidade ou de uma escola técnica pública no fomento do desenvolvimento de um município ou região. Obvio que não é o suficiente, é preciso a complementação com outras necessidades básicas, mas uma universidade é mais importante que uma indústria, que pode fechar, enquanto que a educação fica nos corações e mentes das pessoas. <br />Este é no nosso olhar sobre o cenário político de Araranguá, óbvio que existem outros que divergem do mesmo, mas o que seria do vermelho se não fosse o azul! Afinal vivemos numa democracia e devemos apreender a conviver com as divergências de idéias...<br /><br />CELESC<br />Ainda não entendi porque a CELESC, uma empresa estatal mista, portanto quase a metade das ações (patrimônio) de propriedade privada, que cobra uma das taxas energéticas mais caras do mundo e utiliza áreas públicas municipais para distribuir a energia aos consumidores, que na verdade são os ‘’donos’’ das vias públicas. E tem mais, cobra das empresas de comunicação o uso das linhas telefônicas sobre os postes, que são de sua propriedade, mas que estão fincados sobre área pública e de graça!!! Posso estar errado, mas as prefeituras deveriam cobrar o uso através de uma medida compensatória como, por exemplo, iluminando as praças. Aqui em Araranguá poderia ser a Praça do Relógio, nosso cartão de primeira impressão da cidade, bem iluminada a noite daria um encanto a mais na arquitetura urbana, mas claro que de dia precisaria de bastante flores para continuar o encanto.<br /><br />BOLACHA RECHEADA - No sábado pela manhã uma menina aparentando 7 anos entrou na locadora pedindo dinheiro, dizendo que queria comprar algo para comer. Estava com o rosto e as mãos sujas, pedi para que fosse ao banheiro lavar as mãos, quando voltou ofereci uma sacola onde havia pacotes de bolacha doce e salgada, uma maçã e algumas balas. Abriu e reclamou que não havia bala, então peguei as que haviam sobrado e coloquei na sacola. Voltou a mexer na sacola e retirou todas as balas devolvendo a sacola com as bolachas e a maçã, dizendo que não queria, disse a ela que então levasse aos seus irmãozinhos, quando respondeu que eles também não gostavam, só se fosse bolacha recheada.<br /><br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br />‘’UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL’’<br /><br />Nº 13 Data 22/08/2007.<br /><br /><br /><br />Fatos recentemente ocorridos no meio araranguaense me fizeram lembrar esta parábola:<br />COMO NASCE UM PARADIGMA - Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula em cujo centro colocaram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam de pancada. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram então com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: " Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... " Não percam a oportunidade de passar esta história para os teus amigos para que de vez em quando se questionem por que fazem (ou não fazem) certas coisas neste município ou nesta região ".<br />Como disse o Einstein ‘’É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito’’<br /><br />A ENERGIA DA MORTE - Na China a energia elétrica está chegando às casas dos chineses com ‘’sangue’’. Esta semana mais 180 mineiros poderão estar mortos numa mina de carvão – a fonte energética mais poluente do planeta. No ano passado morreram 4.746 mineiros nas minas da China. Aqui na nossa região, no ano de 1984, 32 morreram em Treviso/SC e quantos que morrem com a doença do pulmão negro denominada de pneumoconiose? Todo o custo ambiental e humano para abastecer uma poderosa multinacional que queima o carvão para gerar ‘’comprovadamente’’ uma das energias elétricas mais caras do mundo. <br /><br />BANCO DO BRASIL - Condomínio Alcebíades Seara ficou durante cinco anos reivindicando a gerência do Banco do Brasil a retirada do ar condicionado que jogava um inconveniente ar quente nos aptos vizinhos, como também produzia um irritante ruído quando estava em funcionamento. Nos meses de março e abril passado trocaram todo o sistema de ar no qual trabalhavam a noite toda e nos finais de semana promovendo barulho sem nenhum respeito aos vizinhos. Considerando que iria melhorar, os vizinhos toleraram a baderna que os operários faziam, só chamando a policia em duas ocasiões em que a situação estava insustentável. Pode parecer inacreditável, mas agora ficou pior, pois o novo motor do ar condicionado funciona dia e noite e pasmem, até nos finais de semana, pra nada, já que não há ninguém no banco.<br /><br /><br />DESVIO DE FINALIDADE - 199 morreram no acidente da TAM, mas quantos morrem por dia nas estradas brasileiras? A Câmara Federal parece estar trabalhando exclusivamente no previsível acidente de Congonhas, quando coisas mais importantes para o país precisam ser debatidas pelos parlamentares. Já existem órgãos públicos habilitados e capacitados para investigar, como o MP e a Polícia Federal. A mídia oportunista entra na onda e só divulga a tragédia aérea, quando poderia comparar com a sinistra contabilidade de mortos nas esburacadas rodovias brasileiras e cobrar a implantação de ferrovias neste Brasil, por exemplo, mas não o fazem porque choca diretamente com os interesses da Petrobrás, da Good Year e da Mercedes Bez, apenas para citar algumas das companhias que são comprovadamente contrárias as estradas de ferro no Brasil. <br /><br />SERRA DO FAXINAL - Mais uma vez o Governo Estadual trata com descaso o extremo Sul de SC, prorrogando o início do asfaltamento da Serra do Faxinal, em Praia Grande, a minha querida terra natal que o folclore popular maldosamente a intitulou como a cidade das duas mentiras: não é praia e nem é grande, o que, como praiagrandense nato, me dá o direito de carinhosamente contestar: são três mentiras, porque também não é cidade, mas é a TERRA com os recursos naturais mais lindos e espetaculares do Sul do Brasil, com os exclusivos canyons dos Aparados da Serra. Enfatizo porque entendo ser muito mais conveniente e estratégico a denominação ‘’TERRA DOS CANYONS’’, onde o apelo ecológico é mais forte, mais natural, o que consequentemente atrai muito mais os urbanos das cidades. O desenvolvimento do município de Praia Grande está intrinsecamente dependente da parte superior dos canyons e vice-versa, portanto a ligação entre ambos precisa ser de qualidade, confortável e segura, para que o turista tenha oportunidade de apreciar e curtir o cenário cinematográfico. Um adequado Plano Diretor elaborado com o inovador Estatuto das Cidades proporcionará condições para um projeto de desenvolvimento... que passa pela Serra do Faxinal, já que na parte superior (onde é Parque!) não é permitida a construção de pousadas e hotéis, por exemplo. Esta promessa do atual governo de iniciar somente no próximo ano é assustadora e angustiante! <br /><br />AS PONTES DE CÁ... - A catástrofe da ponte de Minneapolis é uma adversão. Mais de 160.000 pontes nos EUA correm risco de desabamento. As estradas de longas distâncias, túneis e diques estão em tão más condições, que engenheiros, há muito tempo, dão alarme, até o momento, em vão. Este paragrafo dá inicio ao texto de Marc Pitzke, New York (<a href="http://www.reforme.com.br/">www.reforme.com.br</a>). Aqui no Brasil não é muito diferente, há pouco tempo a ponte da BR-101 sobre o Rio Urussanga caiu. Estaria a nossa ponte da BR-101, com o excessivo tráfego de cargas pesadas, em estado satisfatório? Tem sido vistoriada e avaliada pelos técnicos do DNIT?<br /><br />OBS. - A energia desperdiçada no Brasil equivale à geração de cinco usinas nucleares, com um total de 1.400MW, devido ao predatório consumo da energia, causado principalmente pelo uso de máquinas antigas e motores ultrapassados, lâmpadas obsoletas, usinas sem adequada manutenção, iluminação urbana descontrolada e precárias redes de transmissão.<br /><br />tadeusantos<br /><br />Breve e resumido relato dos principais problemas socioambientais do município de Araranguá, encaminhados ao Ministério Público Estadual desta Comarca, na expectativa que surja um democrático debate na busca de soluções entre os órgãos responsáveis, a administração municipal e a sociedade civil organizada.<br /><br /><br />Com a intenção de contribuir procuraremos informar com um olhar socioambiental os problemas e conflitos ambientais do município de Araranguá, que continuam sendo os mesmos de sempre. A busca pela sobrevivência faz com o homem exerça uma pressão desordenada sobre os recursos naturais, promovendo impactos ambientais muitas vezes de irreversível recuperação. Iniciaremos pelo mais importante recurso natural do município, o rio Araranguá, que vêem ao longo das últimas décadas recebendo diariamente resíduos piritosos da atividade carbonífera, causando não só prejuízo ambiental, mas socioeconômico, pois a poluição baixa o pH da água a níveis intoleráveis a qualquer tipo de vida, como os valiosos peixes, não permitindo assim que centenas de famílias possam através da pesca complementar a escassa ceia alimentar. A agricultura despeja agrotóxicos sem nenhum critério, a rizicultura extrapola com a irrigação comprometendo a dinâmica dos lençóis freáticos e devolvendo a água com toneladas de impurezas aos rios. Os postos de combustíveis largam clandestinamente resíduos de óleo no rio, o esgoto também vai para o rio junto com o lixo ou tudo aquilo que não serve mais para o consumo humano.<br /><br />No Morro dos Conventos, a ameaça à integridade do ecossistema é permanente. Construções irregulares, desmatamento de mata nativa e circulação de veículos sobre áreas de restinga e dunas eólicas. O mesmo pode-se dizer do estuário do rio Araranguá, incluindo Ilhas, Barra Velha e Morro Agudo. O sistema lagunar incluindo a Lagoa Mãe Luzia, dos Bichos, da Serra e do Caverá sofrem com o indevido uso de suas águas. O remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande sofre com desmatamento e caça predatória todos os fins de semana. Outro recurso natural que está seriamente comprometido é o açude Mané Angélica, como também o banhado entre a XV de Novembro e a Iracy Luchina. <br /><br />A cidade de Araranguá já foi uma das mais barulhentas do estado de Santa Catarina, como por exemplo, na passagem da rodovia BR-101. O EIA-RIMA da duplicação apontou 86 decibéis, o maior índice de todo o trecho entre Palhoça e Osório. A partir de 2002, alguns jovens passaram a incrementar seus veículos com potentes sons para circularem nas vias públicas, tanto de dia quanto a noite e mesmo na madrugada dos fins de semana. Atualmente pode-se afirmar que houve uma redução, mas todos os dias ainda ‘’se escuta na marra’’ esta idiota programação musical. No final de 2006, os jovens resolveram retirar o silenciador do escapamento (descarga) para produzir um ‘’ronco mais legal’’ no motor, mas junto retiram o catalizador, emitindo gases poluentes para a saúde pública e para o aquecimento global. Calcula-se que mais de 500 veículos e motos circulam com esta irregularidade em Araranguá. Motos circulam com descargas alteradas produzindo ruídos ensurdecedores, principalmente nos finais de semana, provocando pânico em pessoas enfermas, crianças e idosos. Carros de som com propaganda comercial extrapolam os decibéis permitidos e não respeitam colégios, casas de saúde e igrejas. Enfim, infrações bem mais prejudiciais que estacionar em local proibido, mas que não são devidamente fiscalizadas pela polícia e a administração municipal.<br /><br />Um outro grave problema que atinge toda a Comarca de Araranguá é o maltrato aos animais, desde os abandonados cães de rua até o bárbaro abate de animais. Para exemplificar, na semana passada mataram cinco cães na Coloninha, há dois meses quebraram a perna de uma idosa cadela muito popular na cidade, chamada de Catita. A Associação Bom pra Bicho não dispõe de recursos para atender a grande quantidade de animais com doenças, transformando-se, portanto num problema de saúde pública. No Maracajá existe um frigorífico que mata os animais a pauladas, quando já existem armas consideradas apropriadas para o abate humanitário (com o menor sofrimento possível). <br /><br />As soluções mais adequadas para os problemas e conflitos apresentados são várias, mas de difícil iniciativa da sociedade e do setor privado, como também por parte das administrações, tanto municipal quanto estadual. Como também é função das ONGs atuar nas questões de interesse ecológico que o Estado trata com descaso ou quando muitas vezes é omisso. <br /><br />Como dá para perceber o cenário é desolador e preocupante, por isso contaremos com a parceria do Ministério Público Estadual no que for viável e possível nesta empreitada pela preservação da natureza e por uma melhor qualidade de vida para a Araranguá e região. <br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br /><br /><br />‘’O QUE FIZ HOJE PELOS OUTROS?’’<br />Martin Luther King<br /><br /><br /><br />As praças e os jardins, assim como os rios e os lagos também são para ser apreciados. O que você pensa a respeito?<br />----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />Somos todos culpados pelos estragos na natureza do sul de Santa Catarina, desde a escolha do voto a políticos que não tem nenhuma preocupação com o meio ambiente, até o excesso de consumo de energia em nossas casas, que por sua vez faz com que aumente a exploração do carvão para queimar na Jorge Lacerda de Capivari, conseqüentemente poluindo ainda mais a natureza, desde a extração na região de Criciúma até a queima na multinacional Tractebel/Suez. Portanto, economize energia!!!<br />---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />REPÚDIO A DITADURA CASTRITA, MAS AMO CUBA!<br />------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />Abandonaram-me!!! Não sei precisar a hora ou o dia, mas quando percebi estava num lugar desconhecido onde nada me era familiar. Os que passavam não me davam atenção. Fiquei um tempo à espera de alguém e nada, então comecei a ficar com medo... A noite foi chegando, comecei a sentir frio e fome. Dormi num canto aquela noite e todas as outras seguintes. Com a dificuldade natural de comunicar-me, mesmo assim arrumei alguns amigos para brincar e outros para me alimentar. Ainda não sei por que fui abandonado como um cão de rua, mas afinal agora sou um deles! <br /><br />-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />A vida! Bom a vida é uma coisa simples, as pessoas que a complicam! Não lembro, mas foi alguém que fez este oportuno e sábio comentário ainda neste frio mês de julho.<br /><br />---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />VEJAM COMO UMA JOVEM ARARANGUAENSE DEFINIU SÁBIA E ACERTADAMENTE A PROVOCATIVA AFIRMAÇÃO DE QUE ARARANGUÁ PODERIA SER AINDA MELHOR DE SE VIVER :<br /><br />Araranguá poderia ser ainda melhor para se viver se não fosse a falta de consciência, interesse e ação de sua população. Que pouco sabe de sua força individual para a construção de um coletivo fortalecido e instruído, que investe na educação, meio ambiente, turismo, cultura e não em comportamento corrupto, que privilegia interesses pessoais, sem ser o "câncer" do planeta.<br />PSF<br />---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />Assinei a carta de compromisso do Live Earth, que consiste em 7 passos que podemos tomar para combater a crise climática. Depois dos shows do Live Earth, milhares de pessoas assinaram essa carta, mostrando o começo de um verdadeiro movimento global para salvar a humanidade e o planeta. Veja a carta nesse link e depois peça a 7 amigos para assinarem também: http://www.avaaz.org/po/global_climate_movement/<br />EU ME COMPROMETO:1. A exigir que meu país participe de um tratado internacional nos próximos 2 anos, que reduza em 90% a poluição responsável pelo aquecimento global nos países desenvolvidos e em mais de 50% em todo o mundo, para que a próxima geração herde um planeta saudável;2. A assumir atitudes individuais para solucionar a crise climática, reduzindo ao máximo as minhas emissões de CO2 e neutralizando o restante para me tornar uma pessoa "carbono neutra";3. A lutar pela suspensão da construção de qualquer gerador de energia movido a carvão, que não tenha a capacidade de reter e armazenar o CO2 com segurança;4. A trabalhar por um aumento significativo na eficiência do uso de energia da minha casa, trabalho, escola, espaço religioso e nos meios de transporte que utilizo;5. A lutar por leis e políticas públicas que ampliem o uso de fontes de energia renováveis para reduzir a dependência do petróleo e carvão;6. A plantar novas árvores e me unir a outras pessoas na preservação e proteção das florestas;7. A comprar produtos de empresas e apoiar líderes que compartilham do meu compromisso em solucionar a crise climática e construir um mundo próspero, justo e sustentável para o século 21<br />--------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />CARVÃO x NUCLEAR<br /><br /><br />Perdoem-nos os contrários as nucleares, mas talvez a gravidade maior esteja nas usinas a carvão, que comprovadamente causam um estrago real e irreversível, desde a famigerada exploração do minério, detonando com os recursos naturais, principalmente os hídricos, passando pelo irregular beneficiamento e inadequado transporte, até a criminosa queima com a emissão de gases SO² e NO² que produzem a traiçoeira e imperceptível chuva ácida, concluindo com o polêmico e ‘’agora’’ temível CO², que desequilibra a camada de ozônio, conseqüentemente alterando a climatologia da Terra.<br />Concordamos com o cientista inglês James Lovelock, autor de ‘’A Vingança de Gaia’’ e com o fundador do Greenpeace, Patrick Moore, que vêem na geração de energia nuclear a melhor alternativa para reduzir a emissão dos gases efeito estufa produzido pela queima de combustíveis fósseis, queiram ou não, ‘’o maior culpado’’ pelo atual estágio do irreparável e incontornável aquecimento global.<br />Entendemos que as usinas nucleares são verdadeiras ‘’bombas’’ que podem matar, mas o carvão também mata só que de forma paulatina, começando pelos mineiros que adquirem a incurável pneumoconiose, razão pela qual o Estado os aposenta com apenas 15 anos de trabalho. A população num raio de até 300KM pode ser afetada pelos gases e particulados, além da riquíssima biodiversidade de dois Parques Nacionais (Itaimbezinho e São Joaquim), a APA da Baleia Franca e a Reserva Biológica Estadual do Aguaí.<br />Temos percebido que a respeitada e poderosa comunidade ambientalista brasileira, representada pelos GTs / FBOMS, tem demonstrado empenho apenas contra o desmatamento da Amazônia e agora contra Angra 3, enquanto que a Jorge Lacerda 856MW continua emitindo dia e noite toneladas de CO². Sendo que mais duas (USITESC/440MW e Maracajá/375MW) estão em avançado processo de licenciamento aqui no sul de Santa Catarina (coincidentemente o epicentro do furacão Catarina, o único do Atlântico Sul) e mais outras duas no Rio Grande do Sul (Candiota e Cachoeira do Sul). <br />Concordamos com a preocupação nacional (desmatamento e a retomada nuclear), principalmente dos cariocas que vivem nas proximidades de Angra, que a iminente ameaça de um vazamento nuclear é assustadora, mas entendam que a poluição aqui no sul de SC é agora, está acontecendo! É real!<br /> INFORMATIVO Sócios da Natureza<br /><br />COMPARAÇÃO<br />As pessoas que passam pela Vila São João, em Torres/RS, espantam-se com o trambolho arquitetônico que está dividindo a cidade. Na semana passada recebemos telefonema de uma advogada de Terra da Areia / RS, cidade atravessada pela duplicação, solicitando informações sobre quem e como foi conseguido o desvio da rodovia BR-101 em Araranguá. Imediatamente explicamos que a conquista foi mérito da parceria e união das entidades da sociedade civil organizada araranguaense e que a pertinência resultou em sorte ao enviarmos um e-mail ao BID de Washington fazendo com que uma missão de acompanhamento da obra viesse a Araranguá avaliar o conflito local e que, sabiamente, decidiram em favor da alternativa defendida pela comunidade (na época o banco iria financiar a obra). Enfatizamos à gaúcha que infelizmente acordaram tarde para evitar o ‘’muro’’, que fatalmente criará inúmeros problemas para a cidade e que acreditamos não ter mais volta devido ao adiantado estágio da obra, mas que poderiam reivindicar medidas compensatórias e mitigadoras. <br /><br /><br />AL GORE E COLLOR<br />Ao tomarmos conhecimento que o Senador Fernando Collor de Melo, como Presidente da Comissão de Mudanças Climáticas do Senado, formalizou convite ao ex-vice-presidente dos EUA e renomado ambientalista Al Gore, para palestrar no Congresso Nacional sobre Aquecimento Global, enviamos mensagem ao também ex-presidente Collor parabenizando-o inicialmente pela corajosa medida em seu mandato presidencial de cortar a mordomia que o setor carbonífero recebia do governo federal com a retirada aos subsídios do carvão. Solicitamos também que viabilize a vinda do Al Gore à Araranguá, o epicentro do furacão Catarina, já que o mesmo cita o primeiro furacão do Atlântico Sul em seu filme ‘’Uma verdade Inconveniente’’. Ontem recebemos uma mensagem do Senador comunicando que ainda não está definida a data e as condições da visita do Al Gore ao Brasil, mas que continua empenhado no convite e prometeu que logo tenha uma definição analisará com afinco as possibilidades de sua agenda. Entendemos o recebimento da mensagem como um sinal positivo de que existe uma real possibilidade de Al Gore vir à Araranguá. São inúmeros os desdobramentos de uma visita deste quilate a nossa região e devemos aproveitá-los em todas as esferas sociais e governamentais.<br /><br /><br />CONSULTAS PÚBLICAS<br />Realizamos a primeira consulta pública sobre as Unidades de Conservação no município de Araranguá, no centro comunitário da Lagoa da Serra, na noite de sexta-feira dia 15 de junho. Estavam presentes aproximadamente 35 moradores do entorno, que significa uma baixa participação, mas nestes casos o que interessa é a qualidade e não a quantidade. Após apresentação da proposta houve vários questionamentos acerca dos recursos naturais, dos usos que serão permitidos ou restringidos de acordo com legislação que já existe desde a década de 60. Explicamos que com a UC é criado um conselho que passa a fiscalizar e executar o que será definido no plano de manejo que será elaborada com a participação comunitária. Ao passo que não houve por parte do público presente nenhum conflito ou rejeição à proposta de implantação da Unidade de Conservação no importante ecossistema da Lagoa da Serra. Esperamos que a administração municipal do Arroio do Silva acate a consulta pública realizada como parâmetro para decretar a Unidade de Conservação na parte que toca ao município. <br /><br />A segunda CP foi realizada no dia 16, no período da manhã, no centro comunitário de Ilhas, com pouca participação também. Entretanto, foi um encontro mais dinâmico e produtivo pela justa revolta dos pescadores que se sentem prejudicados com ‘’estrangeiros’’ pescadores que não respeitam as normas da Colônia e nem mesmo a legislação, resultando numa verdadeira desobediência civil, já que as autoridades responsáveis não atuam com rigor contra os infratores. Também não houve nenhuma contrariedade a UC de Ilhas, mas foi assumido um compromisso para ser elaborado, com urgência, um manifesto contendo todas as injustiças praticadas contra a já sofrida pesca artesanal de Ilhas, com objetivo de entregar às autoridades num encontro a ser promovido em Ilhas, com apoio da Administração Municipal, SAMAE, CTMA do FDESC e ONG Sócios da Natureza. Esperamos contar com o apoio de outras entidades civis de Araranguá na busca de uma solução para este gravíssimo conflito social.<br /><br /><br />27 anos de Sócios da Natureza!<br />O Dia Mundial do Meio Ambiente deveria ser uma data comemorativa mais do que especial. Outras datas, como o dia dos namorados, das crianças, das mães, dos pais ganha muito mais destaque e repercussão na mídia, porém, estas sabemos que são devido, sobretudo, por razões comerciais e de marketing.<br />O dia 5 de junho deveria merecer muito mais atenção, tanto que passa despercebido por diversas pessoas, quando teria que ser o contrário, ser um momento de muita reflexão para com a nossa Mãe Natureza. O que estamos realmente fazendo para contribuir com a mudança do preocupante cenário sócio-ambiental atual? Será que não estamos agindo mais como agentes poluidores do que procurando ser lideranças na nossa comunidade ou simplesmente ser um cidadão ecologicamente consciente?<br />Na verdade o meio ambiente deveria ser um tema para ser pensado, analisado, discutido todos os dias do ano na área educacional, governamental, privada, bem como de toda a sociedade civil. É ele que rege a nossa vida, tudo tem relação direta ou indireta com o nosso meio. Como ficará num futuro próximo, por exemplo, a situação do abastecimento de água, recurso indispensável para viver? Por que esperar chegar a um ponto ainda mais caótico se podemos desde já tentar mudar a realidade?<br />É com essa breve reflexão que se insere os Sócios da Natureza, que nasceu exatamente há 27 anos atrás, no Dia Mundial do Meio Ambiente de 1980. A preocupação com a vida do Rio Araranguá fez surgir esta Organização Não Governamental que hoje é uma das mais atuantes e antigas de Santa Catarina. O seu foco de atuação continua sendo a luta contra a poluição do Rio Araranguá causada principalmente pela mineração do carvão. Acompanhamos o debate mundial em torno do polêmico aquecimento global e a indústria do carvão, contraditoriamente, contribui com a emissão de CO2 através de suas usinas termoelétricas há mais de quatro décadas em nosso país.<br />É com muita disposição e força que os Sócios da Natureza tentam ao longo de sua trajetória proporcionar uma melhor qualidade de vida para região sul catarinense, atuando em várias frentes, com ênfase nesta questão do carvão, nas questões ambientais do processo de Duplicação da BR 101 e na preservação do ecossistema do Morro dos Conventos, entre tantas outras missões. Além disso, conta com a parceria de diversas entidades municipais, estaduais, nacionais e até mesmo internacionais para o fortalecimento do movimento ambiental que, infelizmente, torna-se difícil de obter resultados positivos num curto prazo, o que exige dos ambientalistas muita persistência e otimismo.<br />As ONGs em geral não passam muita credibilidade, já que várias são criadas com o objetivo único de angariar recursos, porém há de se acreditar que existem, diga-se pouquíssimas, que trabalham e são motivadas verdadeiramente pela causa ambiental. Os Sócios da Natureza são uma delas e ainda com o diferencial que durante todos estes anos vem sobrevivendo sem recursos, sendo, portanto, um trabalho estritamente voluntário e independente. Demonstrando, dessa maneira, verdadeira paixão pela natureza e também muita preocupação com as futuras gerações que herdarão um triste cenário ambiental, caso não seja revertido radicalmente. <br />Juliana Vamerlati<br />Historiadora e Mestranda em História na UFSC<br /><br /><br />PROJETO PARA O ESGOTO SANITÁRIO DE ARARANGUÁ<br />(Um olhar socioambiental)<br /><br /><br /><br />Administração Mariano Mazzuco inova através do SAMAE investindo no projeto de coleta, tratamento e disposição do esgoto sanitário para o perímetro urbano do município, que no nosso entender é a mais importante e maior obra da história de Araranguá. No auditório da AMESC, os técnicos da UFSC apresentaram uma rápida leitura da proposta, configurando as 13 bacias coletoras que se interligarão direcionando todo o esgoto para a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE, propulsionada através de três reatores com sistema anaeróbico, inicialmente projetada para um terreno baldio às margens da rodovia BR-101, próximo a Aravel. Quando em funcionamento a ETE produzirá resíduo em forma de lodo que poderá ser utilizado em aterro ou adubo para reflorestamento e gás metano que poderá gerar energia para iluminar o Parque do Jardim Mané Angélica, por exemplo. A água resultante será jogada no rio Araranguá sem bactérias, vírus e parasitas. Um dos impactos negativos das ETE existentes é o odor emitido, mas um controle rígido poderá evitar este inconveniente. <br /><br />A captação de água para abastecer a população araranguaense é feita no açude Belinzoni, localizado no centro do perímetro urbano, portanto, extremamente vulnerável a contaminação dos seus recursos hídricos subterrâneos. Uma segunda captação é feita na Lagoa da Serra, divisa com o município do Arroio do Silva e uma terceira na Lagoa dos Bichos no Morro dos Conventos, ambas vulneráveis a contaminação. O caudaloso rio Araranguá não poderá abastecer a população araranguaense pelos próximos 100 anos devido ao altíssimo comprometimento com a poluição causada pela mineração do carvão. Um prejuízo não só ambiental, mas econômico para o município, que nada tem sido feito para reduzir a criminosa poluição em seu mais valioso recurso natural ou mesmo exigir medidas mitigadoras ou compensatórias. <br /><br />Fomos entusiastas desde o início da idéia do diretor do SAMAE, Ernani Palma Ribeiro, principalmente quando nos informou que havia mantido contatos com a UFSC para iniciar a elaboração do projeto de revitalização do Jardim Mané Angélica e do esgotamento sanitário. A idoneidade da instituição que elabora projetos desta envergadura é decisiva para a qualidade do empreendimento, por isso estamos insistindo junto ao Prefeito Mariano que reivindique junto ao DNIT e mesmo ao Ministério Público Federal, que a administração municipal tem o direito de contratar a instituição que apresente as melhores condições para elaborar ou concluir o Plano Diretor do Município de Araranguá, com os recursos oriundos do PBA das medidas compensatórias da Duplicação da BR-101.<br /><br />Uma cidade que tem um sistema de esgoto sanitário implantado adequadamente é uma cidade privilegiada! Pode até não ser rica ou desenvolvida, mas saudável! Além de preservar o meio ambiente, principalmente os lençóis freáticos que dão a dinâmica aos escassos recursos hídricos, reduz os custos com o tratamento da água e reduz os índices de doenças nas camadas menos privilegiadas, resultando em melhor qualidade de vida a sociedade civil (Investir na prevenção ainda é o melhor investimento). A OMS prioriza e elenca o saneamento como condição indispensável para o desenvolvimento sustentável de um município, estado ou país. Porque afinal, o verdadeiro desenvolvimento é aquele que proporciona o bem estar a toda a população e o bem estar, incondicionalmente, depende da saúde das pessoas. Os organismos governamentais priorizam a liberação de recursos a fundo perdido aos municípios que evoluíram neste quesito, como esgoto sanitário, que eleva os Índices de Desenvolvimento Humano - IDH. Araranguá está despertando quando passa a investir em projetos sérios e abrangentes, projetos que exigem tempo de maturação e aperfeiçoamento, mas que proporcionam mudanças físicas positivas e de atitudes significativas. A instalação da UFSC e do CEFET, juntamente com a ETE são os maiores atrativos para o desenvolvimento sustentável do município de Araranguá, que virá de forma ordenada (soluções e obras imediatistas definitivamente não constroem bases sólidas). <br /><br />Agradecemos e parabenizamos ao Ernani Palma Ribeiro (próximo Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá!!!) e ao Prefeito Mariano Mazzuco (que aos poucos está demonstrando espírito participativo) pela oportunidade de participarmos deste histórico e momento único da vida araranguaense (inclusive solicitando que convocássemos pessoas preocupadas com Araranguá a participar da apresentação).<br /><br />OBS. Como a arcaica e retrógrada crença política diz que saneamento básico não dá voto, porque não aparece aos olhos do povo, sugerimos aos projetistas idéias inspiradas nos filmes futuristas como Blade Runner, mas talvez não seja necessário porque as coisas estão mudando e os tempos são outros, por isso contrapomos e afirmamos que dá voto sim, mas para os que fazem de forma responsável, não para aqueles que maquiam, até porque a opinião pública não é idiota. Uma obra de 20 milhões que reverterá em benefícios à cidade, com certeza aparecerá sempre nos corações e mentes das pessoas.<br /><br />Tadeu Santos<br />Socioambientalista<br />Araranguá / SC.<br /><br /><br />A beleza democrática da crítica construtiva!<br /><br />O Prefeito Mariano está fazendo, mas no nosso entender (e de muitos outros mais) poderia fazer muito mais na sua administração que chega à metade do mandato. Teria capacidade e honestidade para tanto, mas ‘’falta dinâmica e tomadas de decisão rápidas’’ (até porque o tempo passa...). Poderíamos citar dois fatores que atravancam o desenvolvimento em qualquer setor político governamental: primeiro, o excesso de discussão de uma idéia ou projeto (uma mania intransigente utilizada pelas esquerdas mais radicais) e o fator outro seria a não discussão (uma mania autoritária muito utilizada pelos atuais governantes). O respeitado filósofo italiano Domenico De Masi alerta para o perigo e prejuízo da burocracia (tanto na esquerda, centro ou direita), da ausência de criatividade e ousadia na condução de governos, do comprometimento da administração com cargos para filiados como forma de satisfazer orientação partidária. Uma pena, porque a incompetência dos ‘’escolhidos’’ geralmente é perceptível! E compromete a performance da administração. Nas avaliações da administração Mariano, sempre está presente a referência da administração anterior de oito anos de duração, que inicialmente implantou austeridade administrativa, ‘’know how’’ empresarial e teve decisivo apoio do governo federal.<br /><br />Obras de imensurável valor para a história do município poderão ser concretizadas no governo Mariano, como a UFSC e o CEFET, mas registra-se que projetos de autoria do governo federal com empenho da Senadora Ideli Salvatti e do ex-deputado Jorge Boeira que destinou valores consideráveis para viabilizar a implantação dos empreendimentos. Mas a população aguarda a divulgação de outras obras que a atual administração esteja viabilizando no município, como a revitalização do Jardim Mané Angélica via projeto da UFSC com recursos do Ministério das Cidades, elogiável, mas terá dificuldade de implantar e mesmo de conservar, se não houver o ‘’envolvimento’’ da comunidade de entorno do ecossistema, afinal foi ela que degradou o ecossistema com a ‘’anuência’’ do poder público responsável. Dia 15 (terça) no auditório da AMESC, os técnicos da UFSC apresentarão a proposta para o projeto de esgoto sanitário de Araranguá, uma excelente iniciativa do SAMAE, até agora, o projeto mais importante da administração Mariano no nosso ponto de vista, que para ser completo precisaria estar acompanhado com a reciclagem dos resíduos urbanos. Numas das reuniões do CPURMA, sugerimos a administração municipal que contrate também a Universidade Federal para concluir o Plano Diretor de Araranguá, que sem dúvida alguma, ficará melhor que a elaboração através da CODESC, já que a mesma se mostrou confusa e indecisa, neste complicado convênio com o DNIT.<br />Existem mais projetos e obras em andamento, que não estão sendo divulgados pela administração, esta é uma falha de comunicação. A ausência de reuniões públicas promovidas pelas administrações municipais e pelos órgãos responsáveis para debater democraticamente as idéias e projetos, que quando passam a ser participativos, tornam-se transparentes e legítimos. Uma atitude administrativa simples, séria e democrática, mas...<br /><br />Dia 08 de fevereiro o mutirão de cidadania apresentou um breve retrato dos conflitos socioambientais do município, propondo alternativas para a preservação do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida dos araranguaenses contidas em reivindicações de vários setores do município, que acreditam no desenvolvimento ordenado e sustentável. Até o momento não recebemos nenhuma posição da administração a respeito, numa demonstração de que a cúpula administrativa não é simpática ao espírito da participação pública e do compromisso com a sociedade. A mesma atitude tomou a direção Tractebel, apesar de ter insistido para que visitássemos a usina Jorge Lacerda, não forneceu nenhuma resposta às reivindicações apresentadas. Quem ganha e quem perde? A sociedade ou as instituições visitadas? <br /><br />Está a administração do Prefeito Mariano Mazzuco perdendo uma oportunidade única e histórica de inovar positivamente na direção de plantar sementes com diretrizes planejadas que venham a servir de norte para o desenvolvimento de Araranguá, não só aquelas a curto prazo, de forma imediatista apenas para atender uma minoria, mas as de conteúdo coletivo que atendam os interesses da grande maioria da população.<br /><br />Mesmo querendo o bem e o sucesso da administração do Mariano, seremos criticados por expor idéias que podem não ser exatamente às mesmas que o partido ou o mandatário defende, mas aí é que está a beleza do desprendimento e independência de se discutir as contradições (levantadas por Heráclito – A lei dos contrários), da liberdade de expressão e da democracia. O comentário justifica-se porque na nossa voluntária luta pela preservação ambiental e por uma melhor qualidade de vida aos araranguaenses e população civil da região sul sofremos represálias políticas de toda espécie, ações criminais e prejuízos comerciais privados. Mas enfim, também existem os ganhos no campo da cidadania e de toda a dinâmica apontada, de uma forma ou de outra, sempre resulta numa conscientização discreta ou mesmo ativa, o que depende muito da cultura política de cada um. <br />Tadeu Santos Socioambientalista Araranguá, SC. <br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br /><br /><br /><br /><br />GERENCIAMENTO COSTEIRO<br />A Audiência Pública sobre Gerenciamento Costeiro, ocorrida dia 18/05 no auditório Célia Beliziário, em Araranguá, coordenada pelo Dep. Décio Góes, Presidente da Comissão de Desenvolvimento e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, esclareceu alguns pontos sobre a legislação e formou uma espécie de grupo de trabalho para conduzir as próximas ações. Serviu também de alerta aos que pretendem construir na região costeira, pois se já é proibido em Áreas de Preservação Permanente, o plano pretende disciplinar adequadamente o uso do solo e da água e por isso insistimos na indispensável interação com os planos diretores e comitês de bacias. <br /><br />FUNDAÇÃO DE MEIO AMBIENTE<br />Um grupo de entidades representativas está construindo uma proposta para criação da Fundação de Meio Ambiente do Município de Araranguá. Objetivamente se busca um espaço e uma instância legítima e soberana que estude, avalie e encontre soluções aos conflitos socioambientais do município. <br /><br />BOM PRA BICHO<br />Numa iniciativa da Associação Bom Pra Bicho, no seu papel de esclarecer e conscientizar as pessoas acerca da posse responsável e aspectos ligados ao bem estar do animal, promoverá dia 23 1º Concurso de Cães SRD (sem raça definida) e Feira de Adoção de Filhotes e Adultos de Araranguá, a partir das 19 horas no Zimbauê Point Ball. <br /> <br />ATERRO SANITÁRIO DE IÇARA e O LIXÃO DE ARARANGUÁ.<br />A convite do Vereador Geraldo Mendes (Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara) e do Presidente da COOPERA, Dé Cesconetto, acompanhamos os mesmos numa visita a SANTEC e ao abandonado lixão de Araranguá, no qual abordaremos o tema numa próxima oportunidade.<br /><br />AINDA NÃO DERAM UM JEITO EM VOCÊ?<br />Tem uns amigos que carinhosamente quando me encontram sempre me cumprimentam por ainda estar vivo, outro brinca não acreditando que ainda não deram jeito em mim, entre outras formas de alertar-me sobre a insustentável intolerância dos gananciosos que só pensam em lucro não interessa como, se prejudicam o meio ambiente, se exploram o trabalho humano ou se ferem a dignidade humana. Quem sabe as brincadeiras não estejam carregadas de razão, afinal uma contestação contra uma atividade degradante quando atinge o objetivo pode causar enormes prejuízos na concepção de mercado traduzindo em redução de lucro (daí tem gente que não admite!). O risco existe, sabemos disto, mas faz parte da opção que fizemos, continuaremos nossa árdua e gratificante luta contra a degradação da natureza e por uma melhor qualidade de vida para a região sul de SC. Afinal está mais do que comprovado que o tão apregoado desenvolvimento não quer dizer aquele que o capitalismo deseja e que comprovadamente não tem resolvido o problema da humanidade. Desenvolvimento de fato é aquele que contempla vantagens não só ao empreendedor, mas a toda população. Um exemplo é a atividade carbonífera, que causa uma brutal agressão à natureza, o dono da mina enriquece exageradamente, os mineiros adquirem a pneumoconiose, continuam pobres e a população, bem, a população os admira... elegendo-os para cargos políticos e acreditando em tudo que suas rádios e jornais divulgam, por exemplo!<br /><br />PRA REFLEXÃO!!!<br />Por que a cada dia que passa aumenta o número de veículos circulando nas vias públicas na cidade de Araranguá com o escapamento alterado ou descarga aberta? <br /><br />Por que o pH da água do rio Araranguá continua cada vez mais baixo, portanto, mais ácido?<br /><br />Porque a ...<br /><br />OBS.<br />SITE ECOLÓGICO<br />A ONG Sócios da Natureza está procurando quem elabore gratuitamente ou patrocine um site. Retorno garantido. Já temos o domínio. <br /><br /> A Coordenação<br /> <br /><br /><br />Senhor Jose Machado<br />Diretor da ANA<br /><br /><br /><br />Senhor Diretor, é preciso reavaliar o projeto da barragem do rio do Salto (agora Areia Branca), pois comprovadamente trata-se uma obra que irá beneficiar apenas o bem sucedido setor da rizicultura de Turvo e Meleiro do Sul de Santa Catarina, responsável direto como os carboníferos pela escassez de água na sofrida Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. Acreditamos que no máximo 10 mil pessoas serão beneficiadas como o abastecimento do reservatório e não 100 mil como divulgam.<br /><br />Tanto a ‘’São Bento’’ já construída quanto a ‘’Rio do Salto’’ deveriam ser custeadas pelos mesmos, como medida compensatória pelos danos causados ao meio ambiente.<br /><br />84 famílias serão literalmente expulsas de suas terras trocadas por moedas no qual pouco contato tem, já que ainda são agricultores, ou melhor dizendo, colonos nativos que praticamente ainda vivem da troca de mercadorias. Das 84, apenas quatro concordaram em sair das suas terras.<br /><br />O processo todo está sendo empurrado ‘’goela abaixo’’ pela tropa do governo do estado conforme poderá verificar no documento em anexo, caso tenha interesse em conhecer o outro lado do conflito.<br /><br />Na audiência pública apresentamos uma série de condicionantes ao empreendedor, mas não levaram em consideração porque não estão preocupados com os aspectos sociais e ambientais, apenas com o político.<br /><br /><br />Atenciosamente<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza ONG<br />(Desde 1980 voluntariamente defendendo a natureza e uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina).<br />Araranguá, Santa Catarina - Dezembro de 2006.<br /><br /><br />INFORMATIVO Sócios da Natureza<br />Araranguá / Dezembro 2006.<br /><br /><br /><br /><br />ABRAÇO NO RIO ARARANGUÁ!<br />Que bom que algumas pessoas estão preocupadas com o rio Araranguá. Que bom seria se todas as pessoas estivessem preocupadas com o rio Araranguá. Estranhamente não convidaram a entidade que foi criada para combater a poluição do rio Araranguá e que tem combatido heroicamente desde 1980, principalmente contra os carboníferos - seus principais poluidores.<br />Toda ação que resulte na redução de corpos estranhos no curso d’água sempre é elogiável, entretanto quando vem acompanhada de educação ambiental adquiri status de sustentabilidade. Até bem pouco tempo atrás ainda havia uma placa dos Sócios da Natureza no ancoradouro da balsa escrita com uma das mais significativas frases de engajamento ambiental ‘’SÓ JOGUE NA ÁGUA O QUE O PEIXE PODE COMER!’’. Inclusive alguém de uma peixaria nos ligou propondo-se a bancar a confecção de outra, mas como perdemos o contato, devem ter pensado que não concordaríamos, muito pelo contrário, deveria haver centenas de placas fincadas em pontos estratégicos do município informando a importância dos recursos naturais. As placas funcionam dia e noite, com sol ou chuva, todos os dias, semanas, meses e anos, vejam o exemplo da que está no pátio da Igreja Matriz desde 1998, apesar de ser e estar discreta.<br /><br />COOPERA E A RECICLAGEM DO LIXO.<br />Assistimos uma cerimônia humilde, mas extremamente interessante. A Coopera (ex Secrea – criada em 99) apresentou um audiovisual das atividades dos integrantes da cooperativa e a assinatura de um convênio com a fundação do BB onde receberão a fundo perdido aproximadamente R$ 75 mil reais para aquisição de equipamentos. A Coopera atua no bairro do Lagoão, seis integrantes recolhem lixo seco, depositam num galpão e reciclam. Agora pretendem expandir para outros bairros. A idéia parece ser boa, gera emprego e ajuda a cuidar do meio ambiente.<br />Um cidadão presente repassou-me uma preocupação pertinente: acha ele que a taxa cobrada pelo IPTU de 0,50 centavos por M2 de área construída deveria ser destinada às cooperativas de reciclagem como forma de incentivo, já que a prefeitura não o faz, apenas recolhe e leva para o aterro sanitário (será mesmo sanitário?) de Içara.<br /><br />O ‘’ALEXANDRE BARROS’’ das Avenidas.<br />É o Cara! Sempre acelera ao máximo, não importa onde! Chama atenção aonde chega e quando sai, pois até pessoas com problemas de surdez conseguem identificá-lo, pois ele é o Cara! O ruído emitido pelo escapamento alterado deve atingir quase 100 decibéis, perturbando o trabalho e o sossego de quem estiver num raio de 700 metros, causando pânico em crianças, idosos, enfermos e até mesmo em animais! Cientificamente está mais do que comprovado que este ruído repetido afeta a saúde pública, provocando surdez, stress, hipertensão, irritação, insônia, entre outros malefícios. Estamos sendo processados porque desde 1998 estamos pedindo para que as autoridades encontrem soluções para reduzir esta maléfica poluição que, como qualquer outra, nunca causa efeito imediato, mas de forma paulatina. <br /><br /><br />Outras notícias:<br /><br />AMPLIAÇÃO DA ZONA AZUL EM ARARANGUÁ.<br />Reforçando as colocações do Advogado Sergio Schmidt em sua coluna sobre a falta de estacionamento no perímetro urbano de Araranguá, está mais do que na hora de se ampliar a zona azul para além do calçadão. Em frente a minha locadora, na XV de Novembro, as vagas de estacionamento ficam ocupadas durante todo o dia por veículos de comerciantes do calçadão ou mesmo da área, numa total falta de consideração para com os clientes. A zona azul definitivamente disciplina o uso de veículos e permite mais facilidade de estacionamento no perímetro central da cidade.<br /><br /><br />“”ACHAMOS QUE TAMBÉM SÃO SURDOS””<br /><br /><br /><br />Achamos que o diretor de trânsito da Prefeitura Municipal de Araranguá, além de incompetente, teimoso, temperamental, é surdo, pois não ouve o inconveniente e incômodo barulho na cidade (todos os dias) e que o promotor público da área ambiental é omisso. Omisso porque não é afetado, já que não sofre diretamente com a poluição sonora (veículos não circulam com som alto em frente ao Fórum e provavelmente o representante do MPE não reside em área urbana (não tendo vizinhos barulhentos). Já o comandante da PM, pelo que parece não quer se incomodar com ‘’estas coisas’’, afinal ninguém passa detonando som alto em frente ao quartel, daí deduzimos que não repassa aos dedicados e eficientes policiais militares de Araranguá a tarefa de controlar os motoristas mal educados, os idiotas das CDtecas ambulantes e outros perturbadores do sossego público (agora a moda é alterar a descarga de automóveis, também! Promovendo um barulho ensurdecedor e emitindo o venenoso gás CO2 na atmosfera), por isso Araranguá é, comprovadamente, a cidade mais barulhenta do Estado de Santa Catarina (o EIA-RIMA elaborado pelo Instituto Militar de Engenharia - IME apontou o Bairro da Cidade Alta como detentor do maior índice de decibéis em todo o trecho da rodovia da duplicação), porém, coincidentemente e, por conseqüência, é uma das cidades que menos cresce no estado, configurando com o cenário apontado pelo economista jornalista Cláudio de Moura Castro da Revista Veja, que defende a tese que o barulho em excesso não possibilita nenhum tipo de desenvolvimento.<br />TadeuSantos<br />Coordenador dos Sócios da Natureza (agora com 25 anos)<br />Araranguá / SC. 08/05/06<br /><br />‘’MAUS TRATOS A CACHORROS DE RUA’’<br /><br /> Cachorros de rua são maltratados a cadeiradas e pontapés no centro de Araranguá sempre que se aproximam de ''um determinado'' estabelecimento comercial. Esta agressiva atitude é considerada crime pela legislação, por isso sugerimos a Associação Protetora de Animais que tome as providencias necessárias, inicialmente alertando o individuo, caso não atenda a solicitação, que o denuncie e o processe se necessário for. Não suportaremos presenciar todos os dias estas brutais cenas de violência contra os ‘’cachorros de rua’’, já que acreditamos ser mais fácil fazer o animal homem entender que não pode maltratar o animal irracional, que fazer os irracionais entenderem que não podem passar pela calçada em frente ao estabelecimento do animal racional ! Somente indivíduos tomados de imbecilidade e idiotice podem maltratar o melhor amigo do homem. A legislação brasileira não é tão protetora dos cães, mas quando aplicada pode dar bons exemplos aos que se acham impunes.<br />Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 – Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. <br /> O Decreto 24.645/34 reza em seu artigo 1º que: "Todos os animais existentes no país são tutelados pelo Estado"; e em seu artigo 2º - parágrafo 3º, que : "Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das Sociedades Protetoras dos Animais". Logo, uma vez concluído o inquérito para apuração do crime, ou elaborado o Termo Circunstanciado, o Delegado o encaminhará ao Juízo para abertura da competente ação, onde o Autor da ação será o Estado. Se assim não for, tratando-se, por exemplo, de crueldade contra um cão ou cavalo, a competência será da Justiça Comum, dos Estados ou Distritos federal." Em suma: Qualquer pessoa pode registrar um boletim de ocorrência, na delegacia do local do crime contra o agressor.<br />Portanto, o comerciante que não os quer por perto porque acha que o ‘’cachorro feio’’ pode prejudicar o seu comércio, poderia apenas espantá-los como fazem as pessoas educadas e civilizadas. Alertamos que pessoas truculentas como estas podem fazer coisas piores aos indefesos animais! <br />OBS. Hoje, dia 03/07/06, só pelo fato de irmos à porta olhar o que havia acontecido com a indefesa vítima (já que os uivos de sofrimento nos chamaram atenção mais uma vez, ocasionados pelas cadeiradas) o agressor, aparentando valentia e propenso à violência, balbuciou palavras de provocação em nossa direção, que percebendo a gravidade do momento, não reagimos. Mas fica o registro: Como é difícil e perigosa esta vida de defensor da natureza e dos animais! <br />Tadeu Santos<br />ONG Sócios da Natureza<br />Araranguá SC, 03/06/06.<br /><br />INFORMATIVO<br />20/11/2006<br />Sócios da Natureza - ONG<br />Desde 1980 dedicando-se à causa ambiental,<br />estrita e comprovadamente de forma voluntária.<br /><br /><br /><br /><br />UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC – IBAMA e DNIT estão disponibilizando apenas R$ 200 mil reais para a criação das Unidades de Conservação da AMESC (Todo o Sistema Lagunar inserido o Remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande e o Ecossistema do Banhado do Piritu, o Ecossistema do Morro dos Conventos e Morros urbanos do Meleiro e Turvo) como medida compensatória aos impactos ambientais que a duplicação da BR-101 causa aos recursos naturais afetados diretamente pela obra. A proposta dos técnicos de Brasília ‘’ofende’’ todo o sistema lagunar afetado diretamente pela rodovia, como a Lagoa do Sombrio – a maior de água doce do Estado de SC, por exemplo. Se a legislação fala em compensação ambiental, nada mais óbvio então que seja ao ambiente afetado pelos empreendimentos, portanto nada mais justo reivindicarmos parte dos recursos dos R$ 16 milhões para aplicar-mos na recuperação das áreas de preservação citadas, que serão transformadas em Unidades de Conservação - UC. Entendemos a preocupação dos técnicos do IBAMA em atender os Parques Nacionais do Itaimbezinho e São Joaquim, sob sua jurisdição, mas deveremos fazer com que os mesmos entendam a necessidade e direito das áreas municipais apontadas nos estudos enviados, atendendo inclusive orientação do próprio instituto.<br /><br />MESA REDONDA NA UNESC - Participamos de uma mesa redonda na UNESC em função da Semana do Meio Ambiente da Engenharia Ambiental, onde foram abordados vários temas com predominância nos impactos que o carvão causa a natureza. Enfatizamos estar preocupados com a atuação do Comitê do Araranguá que infelizmente vem tomado decisões de interesses políticos partidários, favorecendo apenas os setores governamentais e produtivos. Mas o assunto que prevaleceu foi o polêmico projeto da USITESC após a desistência de captar água do rio Mãe Luzia, que voltamos a reafirmar: seria o mesmo que tentar tirar sangue de anêmico!<br /><br />POLUIÇÃO SONORA E DO AR - E como está a poluição sonora em Araranguá? Para quem reside no perímetro urbano continuam as mesmas fontes poluidoras de sempre, sendo que neste final de semana intensificaram os ruídos das motos até nas madrugadas de sexta e sábado, tudo em nome da diversão e prazer dos motociclistas em apertar a aceleração ao máximo, não importando se perturbam o sossego alheio ou se estão contaminando o ar. E eu, por defender a redução do barulho na cidade de Araranguá, por buscar o desenvolvimento sustentável, sem os desnecessários ruídos e barulhos, que são comprovadamente incômodos e prejudiciais à saúde pública, estou sendo injusta e incompreensivelmente processado por ação crime e indenizatória de 10 mil reais. Registramos que toleramos sim, mas o barulho de sirene das indústrias, de máquinas trabalhando, que geram divisas, empregos e etc. A nova resolução do CONTRAN Nº 204 vêm oportunamente regulamentar normas para que os órgãos responsáveis possam multar e apreender os veículos que desobedecerem a legislação (apesar de não concordarmos com índice de 80 decibéis, deveria ser de 60). Mas como podem perceber o problema não estava apenas no capricho de um ambientalista, mas uma preocupação nacional!<br /><br />ACESSO BARRA VELHA - Participamos da audiência pública que apresentou o EIA-RIMA do projeto de ligação entre Ilhas e Barra Velha promovido pela FATMA no salão paroquial de Ilhas. Registra-se uma excelente presença de público. A apresentação dos trabalhos foi aquém do que esperávamos para uma simples abertura de estrada de chão com apenas 3.500 KM, se bem que grande parte por cima de dunas e área de restinga. Nossa fala inicial foi de apoio à abertura como contrapartida em favorecer a abandonada comunidade de Barra Velha, mas condicionamos a implantação de um programa de educação ambiental com a colocação de placas informativas sobre a fragilidade e vulnerabilidade do ecossistema local, principalmente da avi-fauna. Informamos à consultoria que elaborou o EIA que deveria interar-se do processo de criação das Unidades de Conservação pela Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC / AMESC, para não haver duplicidade de ações.<br /><br />Poluição:<br />Como não mata na hora!<br /><br /><br />No Sul de Santa Catarina está localizado um dos maiores danos ecológicos do país. Desde 1980 a região é considerada pelo Decreto Federal Nº. 85.206/80 como uma das 14 áreas mais poluídas do Brasil. Quase 80% dos recursos hídricos da bacia do rio Araranguá e Urussanga estão contaminados com os resíduos piritosos do carvão, tornando a acidez água próxima a de bateria, em alguns rios coleta-se com pH 3 (o normal é 7), um fragrante crime ambiental! Vejam fotos em anexo. Centenas de famílias poderiam complementar a escassa ceia alimentar pescando do caudaloso rio Araranguá, mas não existem mais peixes e se existem podem estar comprometidos com metais pesados.<br /><br />Nesta região também está localizada a termelétrica Jorge Lacerda 856MW, a maior emissora de CO2 da América Latina pela queima do carvão – o combustível fóssil mais poluente do planeta, que desde 1970, dia e noite ininterruptamente tem contribuído com o efeito estufa na camada de ozônio, por isso o furacão Catarina, acreditam os eólicos que os ventos iniciaram num distante ponto do oceano atlântico escolhendo seu epicentro justamente aqui ! A coincidência é assustadora ! Ainda bem que estudiosos e governos estão admitindo que a intensificação das mudanças climáticas seja resultado do aquecimento global, que por sua vez ocorre por causa do efeito estufa que decorre da queima de combustíveis fosseis e queimadas.<br /><br />O dramático cenário tende a piorar com a instalação de mais uma usina a carvão, a USITESC com 440MW, em Treviso/SC, na mesma região, mais precisamente nas encostas dos Aparados da Serra, onde estão localizados os Parques Nacionais do Itaimbezinho, Fortaleza e São Joaquim, portanto dentro da área de risco da maléfica chuva ácida que ainda pode atingir as belas praias catarinenses interferindo na biodiversidade onde se cria o saboroso camarão de Laguna e Fpolis.<br /><br />Estamos sendo afetados diretamente, nossa qualidade de vida está seriamente comprometida, estudos alertam sobre doenças causadas com a poluição do ar, ‘’que como não matam na hora’’ como a violência e o trânsito, nem suas causas ou seus efeitos não são devidamente combatidos. Ninguém está fazendo nada de sério para reverter o quadro, nem iniciativa privada e nem governo!<br /><br />Contamos com a divulgação do conflito na esperança de fazer com que os órgãos fiscalizadores ‘’criem vergonha na cara’’ e os corações e mentes dos responsáveis sensibilizem com o caos anunciado !<br /><br /><br /><br /><br />Sócios da Natureza - ONG<br />Desde 1980 dedicando-se à causa ambiental estrita e comprovadamente de forma voluntária.<br /><br />Araranguá – SC, novembro 2006.<br /><br /><br /><br />Declaração Pública<br />Araranguá / SC, 02/10/2006.<br /><br />Ministério Publico de Araranguá propôs transação penal no processo 004.06.005592-1 – Notitia Criminis, em audiência ocorrida no dia 22/09/06, por termos criticado a atuação do Senhor Gilmar Monego, Comandante da Polícia Militar e do Senhor Isaac Sabbá, Promotor Público, no que se refere às questões ambientais da Comarca, principalmente no relacionado ao que consideramos como omissão na coibição a maléfica poluição sonora em nossa cidade. Neste caso, por decisão da diretoria, não concordamos com a precipitada acusação do Ministério Público de qualificar como crime significativas atitudes do exercício da cidadania, do uso da liberdade de expressão e da atuação em defesa do meio ambiente de um integrante dos Sócios da Natureza, ONG com comprovado histórico de atuação desde 1980, em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para a Araranguá e região sul de SC. <br /> Consideramos como sendo uma situação kafkiana a repentina proposta de pagar uma ou mais cestas básicas a uma entidade já na primeira audiência, quando somente na ocasião tomamos conhecimento do banal teor da acusação e qualificação criminal, sem ao menos sermos ouvidos anteriormente. Por outro lado, fica até patético e paradoxal pessoas que se dedicam a uma causa nobre, como defender o meio ambiente de forma estrita e comprovadamente voluntária, ter que gastar recursos próprios para se defender de servidores públicos bem remunerados que não aceitam nada que não sejam elogios a tudo e a todas suas atitudes.<br /> <br /> Voltamos a reafirmar as críticas aos graduados servidores públicos que não facilitam o diálogo na busca de soluções para o conflito sócio-ambiental, haja vista não ter convidado a ONG-SN ou outras entidades civis para apresentar e esclarecer o bem elaborado e eficaz programa SILÊNCIO PADRÃO do MPE (Eficaz quando devidamente aplicado!), como forma de reduzir os índices de poluição sonora na cidade e consequentemente a baderna nas noites dos finais de semana (que convenhamos reduziu, mas não satisfatoriamente nos últimos meses!). Ou seja, não está havendo diálogo nem competência na busca de solução estrutural e básica do problema. Os registros de reclamações nas delegacias e os telefonemas ao ‘’190'' falam por si. Portanto, não somos somente nós os reclamantes como dão a entender as autoridades que estão nos processando, frisamos que existem muito mais pessoas que gostariam de reclamar, mas que tem medo de fazê-lo. <br /><br /> A cidade não é tão pacata assim como desenha o promotor no contexto em questão, pois registramos que no dia 24/09/06 (dois dias após a audiência), um domingo portanto, inacreditavelmente o período da manhã foi mais silencioso que o da madrugada, já que veículos circularam a noite toda pelas vias públicas emitindo som em altíssimo volume e motos produzindo ruídos ensurdecedores pela madrugada araranguaense. A comunidade que reside no perímetro urbano central só pôde ter sossego a partir das 06h10min minutos quando finalmente desligaram o som da criminosa ''orgia e baderna sonora''. Que fique registrado e claro: Não fossem estes comprovados incômodos ao trabalho e ao sossego da coletividade araranguaense, com certeza não estaríamos nos incomodando ou incomodando as citadas autoridades responsáveis (cobrando o cumprimento da lei de uma forma um tanto diferenciada, jamais ofendendo ou injuriando!). Se elas dessem mais atenção às irregularidades apontadas, reduziriam os danos causados à saúde pública, desde o stress, surdez, hipertensão, insônia, irritabilidade, pânico, entre tantos outros malefícios que a poluição sonora provoca nos seres humanos que são afetados. <br /><br />Infelizmente parece que o aparelho decibelímetro doado a Polícia Militar pela Administração Municipal ainda não teve uso ''autorizado'', não se sabe por quê, visto que nunca se ouviu falar em qualquer operação em que o mesmo fosse utilizado ou notícias sobre o resultado de seu uso (que acreditamos repercutiria positivamente na opinião pública, fazendo com que o ''desinformado infrator'' passasse a ter mais noção e consequentemente mais responsabilidade de onde terminam os seus direitos e iniciam os das outras pessoas).<br /><br />Manifestamos nosso respeito e admiração à respeitável Corporação da Polícia Militar e ao atuante Ministério Público Estadual, aos quais nunca atacamos ou criticamos como injustamente atribuem, até porque entendemos que instituições não erram, quem erra é o servidor !<br /> <br /> Continuaremos a defender nossos objetivos e princípios, como também a soberana e inalienável liberdade de expressão para manifestar nossa opinião em relação às ações que de uma forma ou de outra afetem as nossas vidas, não recuaremos e/ou calaremos jamais porque degradadores do meio ambiente nos ameaçam ou porque poderosos funcionários públicos nos processam por capricho ou por se acharem incontestáveis e impunes. Manteremos nossa posição de defender o riquíssimo, mas abandonado rio Araranguá e a redução do barulho em nossa cidade, entre outras causas, pois contamos com apoio da sociedade araranguaense, que sabe que a nossa luta é comprovadamente em benefício do coletivo e da natureza, amparada pelo democrático Art. 225 da Constituição Brasileira e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 que diz em seu artigo XIX: ''Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão...''<br /> <br />OBS. Ainda não fomos notificados, mas uma outra ação indenizatória está sendo impetrada pelo Senhor Isaac Sabbá contra a nossa árdua empreitada por uma melhor qualidade de vida para os araranguaenses. Pelo jeito vamos nos incomodar, afinal será uma espécie de confronto Davi contra Golias! Não acreditávamos numa reação tão rude, apesar de sermos alertados da possibilidade de ações, já que a grande maioria das autoridades públicas não admitirem serem contestadas ou criticadas e quando o são, podem abusar dos instrumentos de que são portadores para intimidar quem os contestou. Mas se for para solucionar de vez este malefício que tanto prejuízo causa a saúde pública, valerá a pena o sacrifício, o transtorno, o incômodo e, estaremos cumprido com o nosso dever, mesmo de forma traumática! <br /> OBS. Uma só solicitação ao Juiz Eleitoral Júlio César Ferreira de Melo bastou para que o magistrado convidasse a ONG-SN e o Instituto da Cidadania a participar de uma reunião com os coordenadores de campanha eleitoral, polícia militar e civil para que na ocasião se definisse as áreas proibidas a circulação de veículos com propaganda sonora de candidatos, de acordo com a Legislação Eleitoral. Legislação que é sábia por ser preventiva, ao não permitir nenhum nível de som externo próximo a repartições públicas, colégios e casas de saúde por considerar perturbador ao trabalho e ao sossego (Depois somente o Art. 42 da Lei de Contravenções Penais é tão abrangente e protetor dos direitos do cidadão). Pelas informações obtidas, Araranguá talvez seja a cidade do estado que mais protegeu os direitos do cidadão de não ser importunado com a poluição sonora da campanha eleitoral. Parabéns Dr. Júlio! <br />OBS . Para mais esclarecimentos sobre o conflito e as diferenças de conceitos, sugerimos a leitura do documento ''COMENTANDO AS ACUSASÕES DO SABBÁ'' em anexo. <br /><br /><br />Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. CFB<br /><br /><br /><br />‘’CINCO PERGUNTAS SOBRE O CARVÃO’’<br /><br /><br /> A série ‘’Cinco Perguntas’’ iniciada com o carvão (na edição de 20/09/06) não correspondeu à nossa expectativa criada em torno da matéria, em função do real teor das respostas por nós elaboradas, já que as publicadas não refletiram com clareza o que realmente respondemos as cinco perguntas formuladas pela jornalista Milena Nandi. Com objetivo de esclarecer a opinião pública, solicitamos espaço para a publicação de um texto em forma de artigo contendo um resumo objetivo e claro sobre as nossas respostas.<br /> De qualquer forma, está o órgão ‘’A Tribuna’’ de Criciúma/SC de parabéns pela abordagem um tanto ousada em relação ao polêmico conflito sócio-ambiental que o setor carbonífero causa na região Sul de Santa Catarina. Ousada porque a mídia em geral (escrita, falada e televisionada) não costuma dar oportunidade a quem contesta a prejudicial poluição provocada pela atividade de extração, beneficiamento e queima do carvão. São estas matérias com perguntas consistentes e respostas entrelaçadas de atores envolvidos, mas de concepções diferentes, que fazem um jornalismo imparcial, aquele que provoca a reflexão e o debate junto à opinião pública.<br /> Aproveitamos a oportunidade para elogiar a matéria sobre ‘’A vida cada vez mais rara nos rios’’ publicada dia 04/09/2006.<br />OBS. Sugerimos a equipe de redação que ‘’destinem mais espaço’’ tipo duas páginas inteiras às outras temáticas que serão publicadas já que também serão de relevância a população da região.<br /> Abaixo a matéria extraída do site <a href="http://www.atribunanet.com/">www.atribunanet.com</a> e na seqüência, na integra, as nossas respostas às cinco perguntas. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza – Desde 1980 defendendo a natureza de forma estrita e comprovadamente voluntária.<br />Araranguá SC, 21/09/06.<br /><br /><br />A JUSTIÇA PODERÁ DEVOLVER ‘’A DIGNIDADE E A CIDADANIA’’ A COMUNIDADE RURAL DE ESPIGÃO DA PEDRA ?<br /><br /><br />''Uma obra de R$ 14 milhões poderá ser embargada pela Justiça” Com esta frase inicia a matéria do Jornal da Manhã (04/09/06) sobre a Penitenciária Sul, quase concluída na divisa do município de Araranguá com Criciúma. A chamada é ligeiramente tendenciosa, porque induz o leitor a pensar em prejuízo econômico de 14 milhões para o estado! Quando o prejuízo da comunidade afetada não pode ser mensurado!<br /> Esta obra tem que parar porque não deveria ter começado naquele local. Primeiro porque foi contra a vontade e protestos de toda a comunidade rural de entorno. Estas imposições são adotadas por governos ditatoriais e anti-democráticos. As novas políticas públicas sugerem, se necessário, exaustivas negociações onde debate-se toda a dinâmica da geopolítica, envolvendo desenvolvimento, cidadania, direitos humanos, meio ambiente, qualidade de vida, entre tantas outras temáticas que caracterizam os deveres do estado e os direitos do cidadão. O governo estadual extrapolou, não promoveu as necessárias audiências públicas obrigatórias para obras de grande impacto ambiental, prometeu o EIA-RIMA e não o fez, autoritariamente descumpriu os procedimentos legais de licenciamento ambiental e aleatoriamente decidiu que seria lá porque já tinham o terreno disponível e um prazo ''eleitoral'' para garantir a verba do governo federal. Empurrou goela abaixo um "dormitório de estranhos" numa área inadequada, desestruturando toda uma expectativa de ‘’dignidade e cidadania’’ de uma pacata, ordeira e nativa comunidade.<br /> O inovador e democrático Estatuto da Cidade (Lei 10257/01) não é só para o urbano, é também para o rural, quando determina que a aplicação dos Planos Diretores englobem o território do município como um todo. No caso em questão deveria o empreendedor elaborar além do EIA-RIMA, o Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV. Se não fez nenhum dos dois, é crime ambiental de acordo com a Lei 9.605/98 e uma maldosa ofensa ao Art. 225 da Constituição Brasileira.<br />‘’Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações’’ <br /> Sugerimos na época a construção ou reforma de presídios / penitenciárias em locais já impactados com a pressão que uma ''instituição'' deste tipo causa onde for ou está instalada, como no local onde existe o presídio de Araranguá às margens da 101 e no Santa Augusta em Criciúma. Uma outra sugestão foi direcionada para a imensa área degradada pela extração do carvão pela estatal CSN, em Siderópolis, com objetivo de dar uma função aos presidiários: recuperarem os estragos da “Marion" revitalizando-a e tornando-a novamente produtiva para a agricultura, por exemplo.<br /> Infelizmente grande parte da mídia regional, durante todo o processo de licenciamento, demonstrou simpatizar com a idéia governamental de suprir a carência de leitos para os condenados com a construção da penitenciária no Espigão da Pedra. Notas da Secretaria de Segurança Pública eram divulgados como matéria favorável à Penitenciária Sul. Tinha que ser feita e assim se fez. Durante o processo muito pouco divulgaram sobre as reais razões apontadas e defendidas pela comunidade rural e ambientalista, função inquestionável de uma mídia independente e imparcial, que deve sempre subsidiar a opinião pública as versões dos fatos para uma melhor avaliação, no caso a necessidade ou não da penitenciária naquele local.<br /> Ainda acreditamos que o local será transformado numa produtiva e exemplar escola agro-ecológica e eco-turística, com a concordância de todas as comunidades de entorno, harmonizando e sintonizando com as características da área que é predominantemente rural, mas também muito próxima de uma potencial região eco-turística, configurada pela lagoa dos Esteves e Mãe Luzia, da futura rodovia Interpraias, da Barra Velha, de Ilhas e do santuário ecológico do Morro dos Conventos.<br /> Mesmo que argumentem que será de segurança máxima, os 1400 presidiários (no Brasil não existe esta de uma cela para um ou dois, mas para quatro no mínimo) irão de uma forma ou de outra inibir o turismo e/ou possíveis investimentos em chácaras ou pousadas com a abertura da interpraias, por exemplo. PENITENCIÁRIA NÃO ! ESCOLA SIM !<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />ONG Sócios da Natureza - desde 1980 defendendo a natureza e melhor qualidade de vida para o Sul de SC, de forma estrita e comprovadamente voluntária.<br />Araranguá, 06/09/06. <br /><br />A JUSTA HOMENAGEM<br /><br /><br /> O Poder Legislativo de Araranguá está de parabéns ao conceder o titulo de Cidadão Araranguaense ao Juiz de Direito Julio César Machado Ferreira de Melo, ilhéu da antiga Desterro, agora Florianópolis. Uma carreira exemplar de magistrado. Um cidadão humilde e uma destas raras personalidades admiráveis. Na comarca passam Juízes e Juízes, Promotores e Promotores, mas somente alguns serão historicamente lembrados dignamente e respeitosamente pelos araranguaenses. O cinema costuma mostrar exemplos de juízes com caráter e inabalável performance, o Dr. Julio é na vida real. Quatro depoimentos na cerimônia valem registro: do Advogado Ernani Palma Ribeiro quando diz que a alma do amigo Do amigo 8/08/06.8.imento pelo Desvio da Duplicaçcipio serJulio não precisa reencarnar porque já cumpriu dignamente a sua missão nesta passagem pela vida, do também advogado Giancarlo Soares que cheio de razão declarou que nem as Grandes Personalidades são perfeitas, já que algumas delas torcem pro o Avaí (qdo poderia ser para o Grêmio), as sublimes palavras de amor da também exemplar esposa Profa. Solange, que fez a todos os sensíveis presentes chorarem de emoção, finalizando com a bela declaração de amor de sua querida mãe. Vale registrar a emocionante fala do Júlio, cidadão do qual eu pessoalmente tenho muito admiração e respeito, que tive o prazer de conhecer seus familiares em Fpolis, na década de 70, seu pai e sua tia Ester que é mãe do seu primo e meu amigo, o Eng. Evaldo L. Lentz, também um ser humano simples e bondoso, por isso que “sangue não é água”. O agradecimento do Dr. Júlio foi uma aula de cidadania, emocionado agradeceu a todos que o acompanham nesta empreitada pela justiça, valendo registrar também a leitura que fez da poesia do saudoso poeta Nilson Matos Pereira, nosso póstumo presidente do Instituto da Cidadania (que merecidamente leva o seu nome).<br /><br />OBS. Vale registrar também os generosos depoimentos ao falecido empresário Gerci Pascoali. A nova sede da Câmara Municipal merece o nome deste grande batalhador político / vereador que lutou e promoveu desenvolvimento para o Município de Araranguá. Lembramos que foi um dos primeiros empresários a nos apoiar no movimento pelo Desvio da Duplicação da BR-101.<br /> <br />Parabéns Dr. Júlio!<br /><br />Tadeu Santos<br />(Também orgulhosamente ‘’Cidadão Araranguaense’’ em 2004)<br />Ara/SC, 28/08/06. <br /><br />AS VÁRIAS FORMAS DE ‘’POLUIÇÃO’’ DE UMA CAMPANHA ELEITORAL<br />(ELEIÇÃO 2006)<br /><br />Esperamos que com a nova legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral da Comarca de Araranguá continue combatendo com mais respaldo jurídico (e apoio da coletividade) as irregularidades cometidas pelos partidos políticos, não permitindo mais os exageros usualmente cometidos pelos candidatos em período de campanha, que por ignorância ou esperteza, insistem em desobedecer à legislação comprando votos, entre tantos outros malabarismos, mentiras e promessas que não podem cumprir. Mas estes mesmos candidatos poderão também a partir de agora atribuir ignorância ou confusão perante a nova ‘’legislação eleitoral’’, já que o próprio Ministro Asfor Rocha - Corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral declarou que ‘’ainda é insuficiente para coibir abusos’’. Por estas e outras razões as atenções devem ser redobradas.<br />A população precisa ser mais participativa nos processos eleitorais, não só para entender o real significado das eleições ou para melhor avaliar as candidaturas mais bem intencionadas, como também para identificar os que ‘’apelam contra a legislação’’ mesmo antes de chegar ao poder.<br /><br />Das várias irregularidades cometidas, a mais perceptível é quando extrapolam com os carros de propaganda eleitoral, não respeitando os direitos da população no que diz respeito ao sossego. Na campanha da eleição anterior para prefeito e vereadores, inicialmente houve exageros inaceitáveis, como carros fazendo propaganda sonora em altíssimos decibéis e inclusive aos domingos no período da manhã, num dia dedicado ao sossego e descanso do cidadão (crianças, mulheres e homens). <br /><br />Depois de uma reunião promovida pelo Juiz Eleitoral com os coordenadores de campanha, no qual apresentamos nossas preocupações em relação ao sossego e à saúde pública, os carros dos candidatos a prefeito reduziram o volume do som, mas os carros de alguns vereadores continuaram a incomodar, interferindo na qualidade do trabalho do cidadão, circulando em frente a casas de saúde e colégios, comprometendo o descanso dos enfermos e a concentração de alunos e professores respectivamente.<br /><br />Entidades organizadas de Araranguá solicitarão reunião com o Juiz Eleitoral da Comarca, com objetivo de levar com antecedência as preocupações da sociedade civil, inclusive atendendo orientação do Juiz Eleitoral da eleição anterior. A legislação prevê que em determinadas áreas ou em frente a equipamentos urbanos como colégios, casas de saúde e igrejas não é permitida a circulação de veículos com propaganda eleitoral numa distância mínima de 200 metros. A qualidade do trabalho e o sossego do cidadão entram em choque com os abusos da campanha, desde a poluição sonora, visual e o lixo nas vias públicas. Solicitaremos ao Juiz Eleitoral que coordene ‘’uma troca de idéias’’ democrática entre os partidos, os órgãos responsáveis e os segmentos organizados da sociedade civil no sentido de buscar as soluções mais adequadas para contornar o conflito e efetivar uma eleição democraticamente exemplar.<br />A ‘’formação e disciplina’’ dos candidatos (e assessores) que passarão a legislar e/ou administrar os bens e executar as políticas públicas ‘’bem que poderiam’’ começar nas campanhas eleitorais, como por exemplo, com ‘’cursos de capacitação’’ e ‘’justificativa da candidatura’’, avaliada por um comitê extra-partidário, principalmente para os oportunistas sem caráter, que usam a política como meio de promoção pessoal e para ‘’ganhar muito dinheiro’’, geralmente de forma desonesta, como também não se dedicam às causas para o qual foram eleitos, que é atender exclusivamente os interesses do coletivo. <br />Almejamos uma campanha e eleição exemplar, digna dos direitos da população e do princípio constitucional da igualdade e liberdade, que busque incansavelmente os fundamentos ‘’de cidadania, dos valores sociais do trabalho e da prevalência dos direitos humanos - CFB’’, por isso apoiaremos as decisões e determinações da Justiça Eleitoral para que ocorra tudo dentro da normalidade democrática, cumprindo com a função <a name="1PU"></a>descrita no Art. 1º - Parágrafo único da Constituição Brasileira, que diz: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição, e do Art. 225 quando declara que ‘’ Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações’’. Constituição Federativa do Brasil.<br />OBS. As entidades engajadas na luta pela cidadania, meio ambiente, justiça social e direitos humanos sugerem a realização de uma espécie de ‘’oficina’’ onde não só os coordenadores de campanha sejam convidados, mas todos os segmentos organizados da sociedade civil, como por exemplo, OAB, UAMA, ACIVA, CDL, ONGs, AESC, Associações e Sindicato de Agricultores e Pescadores, Órgãos Governamentais, Rede de Ensino entre tantos outros, também sejam convocados para ouvirem uma sucinta exposição do Juiz Eleitoral sobre as obrigações dos partidos e deveres constitucionais da população, abrindo inclusive um espaço para dirimir possíveis dúvidas. Acrescentando ainda a imprescindível presença das Polícias (Militar e Civil) e das Prefeituras. Entendemos ser esta aproximação entre o ‘’judiciário e a população’’ uma bela atitude democrática, transparente e esclarecedora.<br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza<br />Ara/SC, 31/07/06<br /><br />REUNIÃO PÚBLICA<br /><br /><br />Sobre a DUPLICAÇÃO em ARARANGUÁ ?<br /><br /><br />Deverá ocorrer em breve aqui em Araranguá (possivelmente na Câmara de Vereadores) uma reunião pública onde o DNIT estará presente para esclarecer dúvidas acerca do desvio e outros conflitos ao longo do trecho regional. Pelo menos é o que as entidades atuantes e interessadas esperam, já que o Diretor / Empreendedor manifestou a possibilidade para alguns correligionários. Na verdade o ‘’Projeto do Desvio’’ nunca foi apresentado publicamente à sociedade civil local, configurando descaso, negligência e desobediência, já que a legislação aponta a necessidade sempre que houver alguma alteração significativa em projetos de grande impacto social e ambiental.<br />Na reunião ocorrida no ano passado na Prefeitura de Araranguá, apresentamos nossas reivindicações e preocupações aos técnicos do DNIT sugerindo a construção de um viaduto único (sob pilotis) entre a nova ponte e o início do desvio próximo a família Carneiro, com objetivo de evitar qualquer obstáculo ao fluxo das águas quando da ocorrência das violentas cheias do rio Araranguá (e também para facilitar a atividade agrícola local). Atualmente o ‘’greide’’ da rodovia BR-101 promove um ‘’efeito dique’’ com uma altura média de hum metro e cinqüenta centímetros (1,5), num trecho de 7KM de extensão, entre a reserva florestal de Maracajá e o leito do rio Araranguá. Deduzimos que o empreendedor não elaborou nenhum projeto hidrológico do rio Araranguá e de seus formadores para ficar insistindo em colocar mais aterro num dos locais mais problemáticos da 101 em todo país, já que é o único local que sofre interrupção de tráfego por causa de enchentes.<br />Já recebemos informações extra-oficiais que a alteração ‘’de aterro para viaduto’’ ultrapassaria o percentual de 25% permitido pela legislação. A segurança da coletividade que poderá ser afetada com o impacto de possíveis represamentos das águas não pode ser mensurada em valores monetários, mas em formas ‘’adequadas e seguras’’ não importando quanto. O empreendedor deveria buscar uma solução técnica menos onerosa para a passagem da rodovia sobre o banhado do Maracajá como o fez em 1970 com a implantação de eucaliptos, e transferindo o viaduto de 1700 metros para o desvio. Não estamos querendo que o DNIT resolva o problema das cheias no rio Araranguá, mas não podemos permitir que ele complique ainda mais este histórico, traumático e catastrófico fenômeno climático. <br />O outro ponto que levantamos é a não execução de um acesso pelo lado norte da rodovia. Araranguá ‘’geo-economicamente’’ depende dos fluxos e caminhos direcionados do sul e do norte da rodovia, portanto não podemos ficar sem um acesso pelo lado norte com a mesma funcionalidade que teremos pelo sul. O acesso pelo oeste além de não ser relevante, esta localizado em local vulnerável as enchentes.<br />Enfim, o Movimento pró-Araranguá, reivindica uma obra de qualidade, com acessos confortáveis aos araranguaenses e visitantes, que o problema das cheias não causem mais transtornos sociais e econômicos para a região, para que finalmente e definitivamente Araranguá não apareça mais na mídia nacional como a cidade onde o tráfego da 101 foi interditado pelas cheias. Isto é uma péssima divulgação para a nossa cidade ! <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Ara/SC, 19/07/06<br /><br /><br /><br />OLHAR SOCIOAMBIENTAL<br />sociosnatureza@contato.net<br />tadeusantos <br /><br /><br />Este espaço de cidadania será dedicado a todas as ações relacionadas às questões socioambientais de Araranguá e região. Afinal, devemos preocupar-se não só localmente, mas regionalmente e globalmente, já que na natureza “tudo” relaciona-se, tanto que o equilíbrio só é possível quando os recursos naturais como a água, ar, solo e flora são utilizados e/ou explorados de forma ordenada e sustentável. Um outro aspecto relevante que merece destaque nesta breve avaliação da nossa biodiversidade é a relação entre os homens e os animais. O artigo abaixo aborda uma denúncia/reflexão sobre a ‘’última’’ relação entre ambos: quando o animal racional mata o irracional para sobreviver.<br /> <br />‘’ABATE HUMANITÁRIO’’<br /><br /> Que o homem às vezes é mais irracional que os animais é um fato. Atrocidades existem desde que o ser humano começou a perder o equilíbrio da razão pela disputa de espaço, poder e bens materiais. Entidades voltadas à defesa dos Direitos Humanos continuam a denunciar violência em todo o planeta, com significativos avanços em alguns países. Agora o que é preciso urgentemente ser discutido e de forma pública é a violência contra os animais (na mesma linha defendida por Brigitte Bardot).<br /> Aqui em Araranguá atuamos num movimento contra os maus tratos aos cães de rua (estamos em vias de processar os covardes agressores). A caça predatória na região continua causando revolta, principalmente de espécies ameaçadas de extinção. No início do ano, repassamos a todas as autoridades do estado uma grave denúncia sobre as violentas formas utilizadas para enfurecer animais nos rodeios, como por exemplo, apertando seus órgãos genitais ao extremo. E tem ainda a barbárie da tradicional herança cultural açoriana da ‘’farra do boi’’ e o inadequado transporte de animais, mas o que mais tem nos causado revolta e indignação é a forma cruel e brutal como alguns matadouros abatem os animais, como os bovinos e suínos que são a pauladas. Isto é revoltante! A forma caracteriza crime pela explícita violência enquadrando-se na Lei de Crimes Ambientais No. 9.605/98. Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.<br /> Existem outras formas de abate sem causar tanto sofrimento aos animais, como o abate humanitário, que pode ser é realizado, por exemplo, através de armas específicas ou de ‘’métodos humanitários’’ que promovam a insensibilização dos animais.<br />O apelo é endereçado as autoridades responsáveis pela fiscalização e proteção de animais, como também aos legisladores, que podem propor a criação de um selo de qualidade para o ‘’abate humanitário’’ e/ou para a ‘’carne ética’’, desde restaurantes, supermercados até aos matadouros que adotarem programas, normas e formas de abate consideradas ‘’suportáveis’’ com o menor sofrimento possível dos animais, sistema já adotado em outros países. <br /><br /><br />UMA OPORTUNA OBSERVAÇÃO.<br />Colhi esta pérola numa escrita do amigo Alexandre Rocha.<br />‘’’’A linguagem é tão rica, já dizem tais especialistas, que a gramática, que é apenas a sua representação gráfica, não dá conta desta riqueza e dinamicidade. Portanto, reafirmamos que a gramática é uma representação simbólica, mas não total, da linguagem. Esta, nós a fazemos todos os dias e, independente do uso formal, é "como um riacho cristalino, piscoso e sem poluição, portanto vivo". E viva é a nossa língua. Mais que tudo, é nosso patrimônio cultural e patrimônio cidadão, não devendo ser objeto de qualquer tipo de preconceito quanto ao seu uso. Ao contrário, sua riqueza e versatilidade ajuda a recriar todos os dias novas possibilidades de uso lingüístico e de sua grafia, fazendo-a ser ainda mais rica, exuberante e nossa’’’’<br /><br /><br />A SINCERIDADE E A PERFORMANCE ADMINISTRATIVA.<br /><br /><br />Lamentável que o Executivo Municipal ainda não tenha percebido que um bom governo é aquele que envolve a população nas decisões de interesse coletivo, que não permite ações que comprovadamente comprometem a performance da sua administração, que é participativo, dinâmico e atento as novas políticas públicas. Não ‘’escrevemos bem’’ (de acordo com o ‘’fenômeno’’ em letras!!!), mas somos responsáveis e sinceros aos apontarmos os pontos fracos da administração municipal e de ‘’outras esferas’’, afinal de contas, nossa luta é estritamente voluntária, democrática, corajosa e sem nenhum outro interesse que não seja o coletivo.<br />Para exemplificar, citamos algumas:<br />· Vejamos a problemática destinação do lixo, a administração não quer debater as alternativas com a sociedade que o produz. Assessores do Executivo se acham fantasticamente entendedores de tudo, dificultam a aproximação dos que tentam colaborar e evitam escutar os segmentos organizados da sociedade civil (que os elegeram!) e assim está se caracterizando a administração Mazzuco que se aproxima da metade do mandato.<br />· O rio Araranguá continua recebendo criminosamente (Lei 9.605/98) os rejeitos do carvão, comprometendo a pesca e retirando a possibilidade de famílias carentes complementarem a escassa cesta alimentar. <br />· A beira rio na Ruy Barbosa e o Jardim Alcebíades Seara pelo visto não receberão nenhum tipo de revitalização. Como também a transformação do banhado, entre a Sete e a Iracy Luchina, em área para o lazer público.<br />· A cidade de Araranguá é uma das mais ‘’barulhentas’’ do estado, um verdadeiro ‘’terrorismo sonoro’’ está sendo permitido diariamente no perímetro urbano, acentuando-se nas noites dos finais de semana.<br />· O Morro e Ilhas ainda não receberam a devida atenção da administração, afinal são os dois mais importantes potenciais eco-turísticos do município.<br />· Duplicação da 101: A indefinição quanto ao acesso norte, a solução para evitar a interrupção da pista qdo ocorrem as cheias no rio Araranguá e a polêmica estrutura do desvio da duplicação, se será com aterro conforme projeto do DNIT ou se será com viaduto, conforme reivindicação da população.<br />· O prazo para a alteração do Plano Diretor vence em outubro e o Conselho de Política Urbana do Município de Araranguá - CPUMA ainda não foi acionado. Se o Plano Diretor não for debatido no CPUMA, todas as ações e decisões relacionadas ao uso do solo e planejamento urbano no município não terão credibilidade junto à opinião pública e entrarão em choque com a Lei Federal No. 10.257/01, do Estatuto da Cidade. <br /><br /> Projetos importantes estão em pauta (UFSC e CEFET), a busca por um projeto de esgoto para o perímetro urbano e algumas melhorias municipais foram iniciadas, mas existem ainda outras temáticas relevantes no município que não estão sendo debatidas, enfim, falta um ‘’Projeto de Desenvolvimento para o Município de Araranguá’’, um projeto que aponte as ‘’melhores alternativas’’ para nortear com firmeza o Executivo Municipal e um plano abrangente que oriente com segurança os empreendedores que pretendem investir no município.<br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Cidadão Araranguaense.<br />Ara/SC, 03/07/2006.<br /><br />de penitenciária a escola agrícola.<br /><br /><br />Um dos mais brutais atentados à cidadania já ocorrido na região Sul de Santa Catarina foi sem dúvida alguma a construção da Penitenciária Sul, na comunidade rural de Espigão da Pedra, na divisa de Araranguá e Criciúma. Todas as comunidades próximas foram contra, mas o Secretário de Segurança na época, Senhor Ronaldo Benedet, agiu de forma autoritária e empurrou ‘’goela abaixo’’ o dormitório de presidiários numa área inapropriada para este tipo de empreendimento. Prometeu realizar o indispensável EIA-RIMA, mas não o fez. Prometeu uma audiência pública, mas não a realizou. Enfim, usou todo o poder do estado para aprovar a irregular e indesejada obra (quase concluída). Está ai uma dica aos candidatos de oposição, que avaliem o conflituoso dano socioambiental e assumam como meta de campanha o compromisso de debater com a sociedade afetada a transformação da penitenciária em uma produtiva escola agrícola e o erro governamental estará corrigido. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Ambientalista <br />Araranguá, SC.<br /><br /><br />Cartas<br />EIA-Rima<br />A Universidade do Extremo-sul Catarinense (Unesc) elaborou o EIA-Rima da usina a carvão Usitesc, projetada para o município de Treviso, na região carbonífera de Criciúma, uma das 14 áreas mais críticas do Brasil, portanto, sem condições de suportar mais impactos ambientais. Emitiram um parecer favorável ao empreendimento, atendendo exclusivamente aos interesses das mineradoras (que tantos estragos causam à natureza da região) em detrimento da qualidade de vida das comunidades afetadas.Alguma coisa está fora da ordem, quando o mundo caminha para hidrogênio como fonte energética, tentando sair do petróleo, o combustível do século 20, ainda existem setores insistindo no carvão, o combustível fóssil do século 19. Complicado, não?Uma universidade, antes de qualquer coisa, tem a função e obrigação de ensinar os melhores caminhos à sociedade e investir em pesquisas que tragam soluções sustentáveis no atendimento às necessidades das atuais gerações sem prejudicar os direitos das futuras gerações.Tadeu Santos, Araranguá/<a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a><br /><br />Duas cores<br /><br />O rio Araranguá junto com o rio Nilo são os únicos que mudam de cores num mesmo dia, variando entre o azul e o verde. Pena que o carvão, a irrigação e o esgoto também interferem nas cores.<br /><br /><br />INFORMATIVO POPULAR<br />Um espaço para quem não tem medo de dizer a verdade, de denunciar e apontar os oportunistas, os omissos, os corruptos e usurpadores dos bens públicos. Sem atrelamento algum com grupo partidário, econômico e governamental.<br />Um veículo independente criado para divulgar informações, conhecimento e a promoção do debate público e democrático.<br /><br /> RIO ARARANGUÁ: A POLUIÇÃO E A OMISSÃO.<br /><br />Os principais representantes dos setores que mais despejam rejeitos poluidores no rio Araranguá (SIECESC do carvão, sindicatos da rizicultura, municípios da AMREC e AMESC) deveriam ser convidados pela Administração Municipal de Araranguá para conversar cordialmente sobre ‘’políticas de boa vizinhança’’, mostrando o prejuízo que causam a natureza e a economia do município de Araranguá. Alem dos intensos conflitos causados a agricultura, ao turismo e ao abastecimento da população, a pesca é a mais afetada, pois o baixo pH da água não permite nenhum desenvolvimento ao setor e, pior ainda, tira criminosamente a possibilidade de centenas de famílias buscarem na pesca uma ajuda complementar na cada vez mais difícil ceia alimentar.<br />Quando o rio Iguaçu, na divisa entre Santa Catarina e Paraná, ficou poluído pelo derrame de óleo, foi considerado um ‘’desastre ecológico’’ e o responsável foi multado em 50 milhões, aqui ‘’o desastre ecológico é maior, e permanente’’ (lá já deve estar recuperado) e os potenciais e comprovados poluidores, as mineradoras, não são multadas, ficam cada vez mais poderosas com ‘’privatização do lucro e socialização da poluição’’, pois não investem em recuperação ambiental, mas em comunicação (rádios e jornais), rede hoteleira e nas milionárias termelétricas (...e para os mineiros: o pior ambiente, a insegurança, a pneumoconiose e a ‘’precoce aposentadoria grega’’).<br />Os donos de minas (SIECESC) possuem um poderoso lobby logístico que envolve quase todos os políticos, governantes e, grande parte da mídia regional, com a função de defendê-los em qualquer situação, custe o que custar e, sempre que possível neutralizar a ação dos que defendem o meio ambiente, como no caso dos Sócios da Natureza, visivelmente boicotado pela mídia regional / estadual e dos ocasionais constrangimentos que sofremos na árdua luta estritamente voluntária em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para a região.<br /> A ‘’contaminação do carvão” já atingiu os ‘’corações e mentes’’ de alguns araranguaenses. O comando do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá foi ‘’maquiavelicamente conduzido’’ em 2004 a um representante do setor carbonífero, com ajuda de entidades ‘’políticas’’ de Araranguá; recentemente um professor da rede municipal de Araranguá levou seus alunos a SATC - o QG do carvão e, um colégio privado de Araranguá fez convênio com o mesmo; por outro lado, político de Araranguá fez questão de divulgar intensamente que ‘’baixou mina’’, entre tantas outras ações que vêem sendo articuladas por araranguaenses para o fortalecimento da mineração do carvão, que comprovadamente tanto prejudica o nosso caudaloso rio Araranguá. Alertamos que o cenário descrito faz parte de uma estratégia muito bem articulada e planejada para a abertura de minas de carvão em solo araranguaense, começando pelas Canjicas e Morro dos Conventos.<br />Rio Araranguá, outrora vigoroso, utilizado pra navegação e com abundancia de peixes, hoje lamentado em poesias e livros, descrito como exemplo de poluição em monografias, doutorados e outros trabalhos científicos e lembrado pela grande maioria da população oportunamente no dia mundial do meio ambiente, no dia da água e de outras datas simbólicas. Além de ser usado governamentalmente na busca de recursos que nunca chegam a beneficiar de fato a bacia hidrográfica, como pelo Provida, FNMA, JICA e pelo Comitê Gestor, por exemplo.<br />Enquanto persistir a perversa acidez nas águas do rio Araranguá, não tem como o setor carbonífero ficar alegando e mentindo que está recuperando ou adotando novas tecnologias na extração do carvão, pois o baixo pH constatado nas águas do rio Araranguá sempre será a prova referencial deste monstruoso crime ambiental.<br />Em 1982, um abaixo assinado com 30 mil assinaturas pedia a despoluição do rio Araranguá. Não deu em nada! Esta brutal e flagrante agressão aos recursos hídricos do Rio Araranguá precisa ser encarada e debatida imediatamente pelas autoridades e pela população. Algum plano ou projeto precisa ser levado a sério para buscar a recuperação e revitalização do Rio Araranguá. Chega de omissão e poluição! <br />OS BANHADOS DE ARARANGUÁ (PARTE 01)<br /><br /><br /><br />Uma administração atenta, dinâmica e voltada à preservação dos recursos naturais do seu município, procura tirar proveito de tudo (no bom sentido!) que possa trazer benefícios à administração e a população. Um exemplo é a captação de água do açude Belinzoni para o abastecimento público, por isso a importância da preservação deste manancial. Poderia a captação de água ser do rio Araranguá, já que as lagoas e açudes tendem a desaparecer pelo processo natural, mesmo sem considerar a pressão que o homem causa sobre os mesmos, que acabam então, acelerando o processo de assoreamento. Mas, do rio Araranguá, só daqui a 100 anos poderemos captar água para o consumo humano, isto se a mineração parasse de poluir os cursos d’água da bacia hidrográfica, ação que estamos nós, da sociedade civil organizada, tentando combater corajosamente e registra-se, sozinhos. OBS. As autoridades que deveriam estar na frente de batalha, ou estão com medo dos carboníferos ou já estão ‘’conversados’’. <br />O banhado da XV , entre a Sete de Setembro e a Iracy Luchina poderia ser transformado em uma área de lazer pública para o uso das famílias araranguaenses. Um TCC (Monografia) de Arquitetura da UFSC (Winnie Bastian) projetou para o local um imenso e tortuoso lago, tendo em seu entorno uma pista de passeio, anfiteatro ao ar livre, pracinhas, jardins, entre outros equipamentos de lazer (como a Lagoa do Violão em Torres). O projeto poderia ser debatido com a sociedade através do Conselho de Política Urbana - CPUMA, mas pelo que parece não existe vontade do executivo em dinamizar estas ações, como também outras áreas de grande interesse público e grande potencial hídrico, turístico e econômico, como o abandonado banhado Mané Angélica. Chegamos até presenciar uma louvável iniciativa do Vice-Prefeito em revitalizar o local, mas não mais sabemos do desfecho, se realmente haverá continuidade do projeto ou não! <br />OBS. Este distanciamento ‘’aparentemente’’ pode até trazer algum benefício partidário, mas em detrimento do prejuízo da maioria, porque comprovadamente, quem sai perdendo é o município, ou a população que os elegeram.<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza (desde 1980 atuando em defesa da vida e da natureza)<br />Araranguá SC, 19/06/06<br /><br />CARVÃO x MEL<br />O instigante artigo ‘’Do mel a Baleia Franca’’ do Deputado Blasi (DC 07/06/06) sobre o conflito socioambiental entre a comunidade rural de Santa Cruz e a mineradora Rio Deserto, em Içara/SC, provocou reação do Eng. Fernando Zancan / SIECESC ao escrever o ‘’Mel, baleia & eleição” (DC-10/06/06), tentando desesperadamente dar uma ‘’versão verde’’ para a atividade carbonífera que ainda continua a degradar brutalmente a natureza tanto na exploração quanto na queima do carvão (pH da água do rio Araranguá continua baixíssimo e a usina Jorge Lacerda continua emitindo grande quantidade de CO2). O que o povo Barriga Verde espera dos seus parlamentares são políticas públicas voltadas a melhoria da qualidade de vida, não a promovida pelo setor carbonífero que produz um mega enriquecimento às mineradoras, enquanto que impõem baixos salários aos mineiros e ainda os contamina com doenças gravíssimas, prova disso é a aposentadoria aos 15 anos de trabalho. <br />Tadeu Santos<br />Ambientalista<br />Araranguá / SC, 19/06/2006.<br /><br /><br /><br />LOBBY USITESC<br /><br />LOBBY USITESC (parte01)<br /><br /><br />Principal chamada da primeira página, matéria ocupando a página 8 inteira de um dos jornais de maior circulação da região carbonífera, é assim que o lobby da USITESC trabalha. A matéria de ontem mascara um comercial do projeto da usina a carvão, uma exagerada propaganda “goebbelsdiana” de uma fonte de geração térmica em vias de extinção no mundo inteiro (protocolo de Kioto) e enfatizam os benefícios (quase todos contestáveis). Colocam declarações de um técnico da FATMA praticamente emitindo a Licença Prévia para que o projeto termelétrico possa habilitar-se no próximo leilão da ANEEL. Percebe-se um cenário montado e forjado, já que o EIA-RIMA não tem como contemplar todas as exigências da legislação ambiental brasileira, usam então o poder político para atingir seus objetivos (é nestes casos que deveria ser aplicada a rigorosa 9.605/98, da Poluição e dos Crimes Ambientais).<br />Esperamos que o Ministério Público Federal - MPF atenda a reivindicação da sociedade civil organizada e determine ao órgão licenciador mais audiências públicas quantas forem necessárias, em Treviso (...estão sendo iludidos com promessas de desenvolvimento), em Criciúma (para uma divulgação mais ampla não só dos benefícios, mas dos impactos ambientais), em Araranguá (os araranguaenses merecem uma explicação porque o seu rio não tem vida!) e Imbituba (o veneno também irá pra lá!) para que o empreendedor esclareça seus objetivos, exponha o conteúdo do RIMA (seus compromissos e condicionantes) e toda a população que será afetada, tenha a oportunidade de melhor avaliar e dirimir as centenas de dúvidas que um empreendimento desta envergadura promove, como também apresentar críticas e sugestões a respeito, de acordo com a Resolução do CONAMA nº 001/86).<br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 17/05/2006<br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte02)<br /><br /><br />A mais participativa e tranqüila (sem confrontos / vaias) das audiências públicas sobre o projeto da termelétrica USITESC/440MW, aproximadamente 500 pessoas estavam no salão paroquial de Treviso/SC, durante quase 4 hrs de debate, já que a apresentação do empreendimento e do EIA-RIMA foi uma das mais rápidas que já presenciamos. Enfatizamos que a AP poderia ser mais dinâmica e produtiva se a coordenação permitisse a condução dos trabalhos ao técnico Adhiles Bortot, da FATMA de Criciúma, que é mais flexível na condução das manifestações do público e firme quando necessário (havia muitas conversas paralelas dentro do salão), em relação ao exagerado autoritarismo do servidor público LC Big Correia, da FATMA de Fpolis), que só controlava o tempo dos que contestavam, não o fazendo aos que respondiam.<br />Surpreendeu-nos a presença de ‘’trevienses’’ representados pelos agricultores que serão afetados pela barragem, tanto pela dificuldade de locomoção, de mudança de vida, quanto pelo receio de ficarem sem água potável. E de montanhistas preocupados com o comprometimento da Mata Atlântica dos Aparados da Serra através da emissão de partículas e gases das chaminés da usina. A comunidade ambientalista do sul de SC, como sempre estava presente cobrando do empreendedor, da UNESC e da FATMA respostas que infelizmente não sempre respondidas com objetividade pelos técnicos. Presentes também representantes dos Amigos da Terra, de POA e do GT Energia do Fórum Brasileiro de ONGs com questionamentos bem fundamentados em relação à contaminação do ar e da água, o mesmo fazendo os técnicos de Brasília pertencentes ao Ministério Público Federal. Manifestações favoráveis ao empreendimento apenas de um vereador (que não diz nada com nada) e da Prefeita Lucia Cemolin, que iniciou sua argumentação baseada no fato de que arrecadação do município de Treviso está calcada em 80% na mineração do carvão, que visitou municípios da hidrelétrica de Itá e Itaipu, se impressionado com o nível de desenvolvimento resultantes dos benefícios advindos das usinas, que sabemos é uma outra situação. Deve à senhora prefeita basear-se nos municípios onde estão instaladas usinas a carvão, como Capivari de Baixo/SC, no baixo Jacuí como Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul, todos com sérios problemas socioeconômicos e ambientais, justamente por causa da mineração e das usinas. Ainda iremos verificar, mas nos informaram que as câmaras de vereadores destes municípios são muito ‘’bem equipadas’’, com recursos oriundos dos royalties das usinas.<br /><br />OBS. Um representante da TRACTEBEL, ao final da AP, nos convidou para uma visita a usina Jorge Lacerda, o que prontamente aceitamos, já que estávamos articulando uma visita à mesma (após a nossa passagem/debate pela UNICAMP/SP) antes do ‘’PRIMEIRO ENCONTRO SOBRE A QUEIMA DE CARVÃO COMO COMBUSTÍVEL ENERGÉTICO DA REGIÃO SUL DE SC’’ a realizar-se em 23 de junho, em Araranguá/SC, com a possível presença do polêmico Fernando Gabeira. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 18/05/2006<br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte03)<br /><br /><br />A mídia está deixando de registrar a histórica resistência da comunidade ambientalista aos impactos socioambientais que a atividade de exploração, beneficiamento e queima do carvão causam a biodiversidade do Sul de Santa Catarina, haja vista a inexpressiva cobertura dada à importantíssima audiência pública sobre o projeto da usina a carvão USITESC/440MW, realizada dia 16/05/06, no município de Treviso/SC. É perceptível que alguns órgãos são totalmente omissos, outros completamente tendenciosos (comprados na linguagem popular) e os de propriedade das mineradoras, tem medo das verdades que os ambientalistas falam (e agora dos agricultores também!) e que também, não tem coragem de enfrentar os que defendem voluntariamente a natureza, que buscam incontestavelmente o interesse coletivo e uma melhor qualidade de vida para a região. Ao contrário da mídia ‘’considerada de fora’’ que tem procurado divulgar de forma imparcial os dois lados do conflito, pesquisando com seriedade as temáticas debatidas e possibilitando ao público uma leitura da realidade ou avaliação segura sobre o intenso conflito socioambiental, configurado pelo decreto federal 85.206/80, como um dos 14 mais críticos do país. Uma das falhas que a mídia em geral comete é captar ou colher apenas a versão oficial dos organizadores dos eventos (apenas para citar um exemplo), pois apressadinhos não assistem o desenrolar dos trabalhos expostos, divulgando, portanto, uma meia verdade dos fatos. Depois de muitas idas e vindas, de perseguições a membros da ONGSN, de distorções das ações por ela realizadas, entre outras barbáries que o poder da mídia tem ao seu alcance quando quer destruir, decidimos no ano passado não enviar mais mensagens a ‘’determinados órgãos’’ da região e em “alguns casos” não dar mais entrevistas a outros, para manter o espírito de independência, dignidade e liberdade da organização. NÃO À MÍDIA OMISSA!<br /> <br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 19/05/2006<br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte04)<br /><br />O EIA-RIMA elaborado pela UNESC não é um documento completo, pois não atende todos os aspectos legais exigidos pela legislação ambiental municipal, estadual e federal. As abordagens sobre a água e o ar são superficiais, quando deveriam ser mais aprofundados já que se trata de uma região considerada caótica, tanto em recursos hídricos, quanto na qualidade do ar, justamente devido à atividade carbonífera. Captar água para resfriamento de máquinas (indústria) justamente na principal nascente da bacia contraria totalmente a Lei 9.433/98 que trata sobre o devido uso dos recursos hídricos, determinando a prioridade ao consumo humano seguido a dessetentação de animais. Um parecer desfavorável à instalação da termelétrica, elaborado pela Comissão de Indústria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (Gestão 2004 / 2005), mesmo contra a vontade do então Presidente César de Luca (autor do projeto da polêmica barragem no Mãe Luzia), surpreendentemente reapareceu em letras garrafais na primeira apresentação do empreendedor na AP da USITESC, em Treviso, agora com parecer favorável a termelétrica. (MPF, por favor investigue). Por outro lado estudos afirmam que 70% da água captada do reservatório evaporará (sumirá) dentro da usina e os 30% restantes voltarão em altíssima temperatura ao curso do rio Mãe Luzia. As duas propostas apontadas pelo empreendedor tanto o de captação superficial quanto subterrânea configuram crime ambiental. <br /><br />O licenciamento da usina não pode em hipótese alguma ser separado ou deslembrado como pretendem, se um dos argumentos do empreendedor para justificar que a usina adotaria novas tecnologias limpas seria da instalação em ‘’boca de mina’’, portanto pátio ‘’dentro’’ da mina como foi demonstrado no desenho apresentado na audiência pública. Poderia até ser separado se a usina fosse em outro local, de um outro proprietário, com possibilidade de comprar o produto carvão onde bem quisesse (da China, por exemplo). No caso em questão a análise deve ser desde a exploração até a queima (processo continuo), principalmente depois que empreendedor assegurou que a Mina Fontanella tem carvão para abastecer a usina por mais de 50 anos. <br />Por outro lado, esse tal de leito fluidizado precisa ser melhor explicado e ‘’amarrado’’, já que promete eficiência ao usar carvão de baixa qualidade, com alto teor de cinzas e baixo poder calorífico, que reduzirão o passivo ambiental, utilizando os rejeitos depositados na natureza, mas ao mesmo tempo exige água potável para o resfriamento das turbinas. <br /><br />Tadeusantos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 20/05/06<br /><br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte05).<br /><br />A repercussão das oportunas e históricas ‘’trancadas’’ no setor carbonífero, no projeto USITESC/440MW, de participar do leilão da ANEEL e na mineradora Rio Deserto, de iniciar a mineração na área rural de Santa Cruz, no município de Içara/SC, resultou numa provocativa matéria na coluna do jornalista Lessa intitulada ‘’O INÍCIO DO FIM’’ do carvão no sul de SC (isto porque ainda não havia sido divulgado a ‘’trancada’’ que Justiça Federal deu na maior emissora de CO2 da América Latina quando ‘’’manteve a decisão que obriga a empresa Tractebel Energia S.A., controladora da Usina Termelétrica Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo/SC, a fazer uma fiscalização adequada com relação à emissão de gases tóxicos e ao reparo de eventuais danos causados ao meio ambiente e à comunidade. A suspensão do repasse de subsídios do governo federal à empresa, deferida no final de fevereiro - que veio num mesmo pacote de medidas exigindo fiscalização rigorosa - também foi mantida pela Justiça Federal. Em 2005, por exemplo, de acordo com os balanços publicados pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Tractebel recebeu do governo federal R$ 257,7 milhões relativos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) entre janeiro e setembro (última data abrangida pelo balanço mais recente divulgado pela companhia)’’’’. Em 2004, essa conta chegou a R$ 286,19 milhões. É até possível, afinal é a esperança da usina ser instalada na região que tem motivado o setor, magistralmente conduzido pelo SIECESC. Se o mundo inteiro caminha na busca de fontes renováveis de energia através do protocolo de Kioto, inclusive o Brasil, se as mineradoras não souberam explorar, se não recuperam os estragos, se a ganância prevaleceu e ficou infecciosa, se quase todos os recursos hídricos estão comprometidos, se não existem mais peixes nos rios, se o ar esta contaminado, se uma abertura de mina passa a assustar a comunidade, como em Sta Cruz, prova que estão esgotando as artimanhas usadas pelo setor. Escrevemos um ensaio sobre a ‘’DESMITIFICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ATRIBUÍDO AO CARVÃO’’ que esta no Blog tadeusantos.blodspot.com onde ousa apontar situações inéditas e provoca a discussão sobre a atividade carbonífera do sul de Santa Catarina. Nenhuma<br /><br />entidade, associação ou organização não- governamental é contra o desenvolvimento, pelo menos das que conhecemos, são algumas sim oportunistas e só trabalha por dinheiro, mas todas buscam formas de desenvolvimento ordenado e sustentável. Do nosso ponto de vista, existem alguns setores que não desenvolvem por falta de planejamento e incentivo, como existem administrações municipais que não criatividade e coragem para promover e fomentar o desenvolvimento em seus municípios, como o de Araranguá, por exemplo. A região possui características geográficas únicas no Brasil, como os Aparados da Serra Geral, um sistema lagunar única em Santa Catarina e um litoral oceânico ainda preservado, contemplado com uma rodovia duplicada e uma possível rodovia inter-praias, falta sim são bons projetos e planejamento envolvendo segmentos organizados da sociedade civil, a adoção das novas políticas públicas e vontade política. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 21/05/06<br /><br /><br />Sócios da Natureza afirmam haver:<br />‘’BADERNA SONORA EM ARARANGUÁ’’<br /><br /><br /><br />Em determinadas situações não precisa de Decíbelimetro para perceber que a infração está sendo cometida, principalmente quando o ruído é proveniente das poderosas caixas de som de veículos e das descargas alteradas, pois extrapolam os decibéis permitidos pela sensação de desconforto ao ouvido, principalmente nas madrugadas de sexta e sábado, quando os insensíveis imbecis saem para festar sem preocupar-se com que quem esta repousando. Indagamos o que passa pela cabeça destes idiotas sabendo que estão causando pânico em crianças e idosos, por exemplo. Nesta madrugada de sábado para domingo (dia 28/05/06) o perímetro urbano central de Araranguá ‘’parecia uma guerra’’, com veículos circulando continuadamente com som em altíssimo volume, descargas barulhentas, piruetas acrobáticas nas rotulas e pedestres promovendo algazarras (na Sete de Setembro). Já no período da manhã de domingo, por incrível que possa parecer, o silêncio era quase total não fosse uma moto com descarga alterada circular pela cidade usando as avenidas como pista de corrida. Alguma coisa esta fora da ordem e da lógica, quando o período de uma manhã passa a ser mais silencioso que o de uma madrugada !<br />Um individuo circulando com o som automotivo ligado em alto volume às 04:00 horas da madrugada é tão ou mais maléfico a população que um ‘’ladrão de galinha ou um vendedorzinho de maconha’’, mas a atual ‘’cultura’’ policial é de caça aos dois últimos citados, enquanto que o idiota (geralmente filho de figurão) que anda estourando os decibéis permitidos tanto de música quanto de descarga alterada (emissão de CO2) passa em frente a viatura e nada acontece.<br />(OBS. Não estamos aqui culpando os policiais, mas aos irresponsáveis e inconseqüentes que estabelecem as regras e ditam as ordens). <br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza - desde 1980 atuando de forma voluntária em defesa da natureza e em busca de uma melhor qualidade de vida para a região sul de SC.<br />Araranguá, 29/05/2006.<br /><br /><br />A PREMEDITADA MUTILAÇÃO DE ÁRVORES NO MORRO DOS CONVENTOS.<br /><br /><br /><br />A ausência de uma política pública voltada ao meio ambiente por parte da administração municipal, a fragrante omissão do Ministério Público em relação às questões ambientais, o distante IBAMA e a enfraquecida e famigerada FATMA possibilitam que ações deste tipo ocorram periodicamente no município de Araranguá.<br />O podamento ou até mesmo o corte de uma árvore ou mais árvores tornam-se por vezes necessárias em determinadas circunstâncias em função do desenvolvimento, mas é preciso que haja um anúncio do ato (como faziam na Idade Média quando decepavam cabeças em praça pública), para que alguém possa recorrer em defesa da árvore, através de um naturalista ou mesmo um vizinho que carinhosamente cultua a mesma. Este processo possibilita democraticamente as justificativas (de replantio, por exemplo) para o corte não causar tanta celeuma na opinião pública. A indignação e revolta foi intensa por parte da população, recebemos inúmeros telefones e e-mails, como também a mídia fez contundentes matérias sobre o ato.<br />O transgressor será multado (poderá recorrer e não pagar!) e ficará por isso mesmo, daí porque insistimos na urgente e necessária educação ambiental também para os adultos, que na verdade são os que praticam os crimes ambientais e as autoridades que se omitem ou fazem vista grossa.<br /><br /><br /><br />tadeusantos<br />Coordenador dos Sócios da Natureza<br />Ara/SC 22/04/2006<br /><br /><br />DEPÓSITO DO LIXO DE ARARANGUÁ<br />(ATERRO SANITÁRIO)<br /><br /><br /><br />Antes de entrar no mérito da questão ambiental, os depósitos de lixo / aterros sanitários conhecidos por lixões, são locais insuportáveis, pois produzem um mau cheiro de podridão, realmente horrível e indescritível, portanto insustentável para as pessoas que precisam trabalhar na atividade de catar diariamente os resíduos que não mais interessam ao consumo humano. Devemos reconhecer que a tarefa dos catadores é uma das atividades humanas mais degradantes, inclusive mais que a mineração subterrânea do carvão em termos de qualidade de vida. Nos 30 minutos que tivemos que ficar para registrar a situação do depósito / aterro sanitário e as condições subumanas dos 28 trabalhadores, minha roupa ficou impregnada com o cheiro do fedorento chorume e o carro ficou cheio de moscas. Ao olhar uma foto ou filmagem de um depósito de lixo, não dá para perceber o que é realmente podridão porque as fotos ‘’ainda’’ não transmitem odor (e nem dor). Estudos médicos alertam sobre o altíssimo risco de transmissão de doenças através da água contaminada, mas principalmente através das moscas, mosquitos, baratas, ratos, entre outras formas. O Estado pouco investe nesta área (prefere asfaltamento, dá mais ibope e voto), as administrações mais conscientes estão investindo em usinas de reciclagem, processo que evita a existência de lixões, portanto acaba com esta humilhação humana. <br /><br />Realmente o alerta da advogada ambientalista Ana C. Echevenguá (VIDAVERDE) sobre o lixão de Araranguá é procedente, pois o mesmo pode até possuir o licenciamento da FATMA, mas não é porque é lixo que deve ser tratado como ‘’lixo’’, já que o descaso é perceptível. Confessamos que não nos preocupávamos com a questão do lixo, até porque havia uma intensa propaganda sobre o mesmo, mas de forma positiva, quando na verdade não é positiva, pelo contrario, é negativa. No momento da entrevista com a Rádio Difusora, de Içara, ainda não tínhamos conhecimento da gravidade do problema, foi somente quando chegamos ao local que constatamos não só a necessidade de reunir a comunidade de entorno afetada diretamente pelo mau cheiro, pelas moscas e outros malefícios que aquele antro de doenças pode comprometer a saúde pública, mas de levar a denúncia ao Ministério Público da Comarca de Araranguá, que na entrevista declarou não ter conhecimento do problema.<br /><br />Na próxima semana protocolaremos ofício à administração municipal solicitando urgentemente algumas providências até a instalação de uma Usina de Reciclagem no município e ao Ministério Público para que de mais atenção ao lixão / aterro sanitário, como:<br /><br />· Fechar toda a área com muro (no mínimo com dois metros de altura). O local está muito próximo da Lagoa do Caverá e do remanescente da Mata Atlântica do Fundo Grande que será transformado em uma Unidade de conservação (SNUC).<br />· Construir urgentemente instalações sanitárias (wc e chuveiro).<br />· Fornecer vestimenta adequada aos catadores (botas, luvas, máscara e etc)<br />· Tubulação adequada para levar o perigoso chorume às bacias de decantação, que também precisam de reparos.<br />· Providências para reduzir o mau cheiro (a vizinhança está reclamando!).<br />· Ampliar a área de forma organizada, obedecendo ao projeto e a legislação. <br />· Laudo sobre a existência de algum lençol freático local.<br />· Instalação em locais estratégicos de placas informativas sobre os perigos provocados pela decomposição dos resíduos.<br />· Promover debate sobre os benefícios da reciclagem do lixo e uma campanha para a população aderir este hábito desde as suas residências, comércio e indústria.<br />· Justificar a utilização do espaço pelas prefeituras dos municípios de Arroio do Silva e Meleiro.<br /><br />OBS. A Comunidade rural de Santa Libera, em Forquihinha, tem toda razão em reclamar do lixão que está instalado nos fundos do terreno do IPAT / UNESC, pois sabem que a saúde das suas crianças, jovens e adultos está sendo afetada e prejudicada.<br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza<br />Araranguá /SC, 28/03/2006<br /> <br />As caçadas urbanas.<br /><br /><br />No centro de Araranguá, alguns cachorros de rua têm chamado a atenção, um deles pela simpatia, como o Sorriso, que faz careta de sorriso mesmo, o Magrão que “faz que chora” para pedir comida e a Cadelinha, fiel companheira dos dois (todos devidamente castrados). Vivem praticamente no contorno da quadra entre o Calçadão e a Caetano Lummertz, a Sete de Setembro e a XV de Novembro, mas percorrem a Praça Hercílio Luz e arredores.<br />Já constatamos que cães já são bem conhecidos e possuem vários amigos na cidade, inclusive muitos ajudam na sua alimentação, outros providenciam cuidados veterinários (freqüentemente aparecem machucados!). Tem também os anônimos que deixam semanalmente ração em frente às lojas onde os cães costumam fazer ponto e outros que os alimentam em suas residências. Este voluntariado em defesa e proteção dos animais é uma atitude exemplar (infelizmente tornando-se rara!), pois a convivência entre o homem e os cães tem sido produtiva e benéfica pra ambos desde os primórdios da história. <br />Aparentemente ninguém é dono dos vira-latas (vira-lata, mas no bom sentido!), são os verdadeiros cães de rua, livres, não tem compromisso com ninguém em particular, correm soltos pela sua ‘’selva de pedra’’ e por isso não podem ver um veículo ou moto em movimento, que lá vão atrás, são as suas caçadas, mesmo que urbanas, mas são as suas caçadas, instinto que faz parte da natureza deles !<br />Não fosse este ‘’inconveniente’’, poderiam viver por muito tempo, mas é muito grande o risco de acidente, para ambos, para os motoqueiros e os cães. Também estamos preocupados porque alguém pode não gostar ‘’de ser caçado’’ e fazer alguma bobagem com os indefesos cães, além dos maus tratos que recebem no dia a dia de suas vidas por pessoas inescrupulosas.<br /><br />OBS. Se alguém souber de algum um meio de educá-los e discipliná-los a não realizarem estas perigosas manobras, naturalmente que sem prejudicá-los, seria de muita valia e solidariedade, para com estes que são considerados os melhores amigos do homem.<br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Socioambientalista<br />Araranguá SC, 01/02/06<br /><br /><br /><br /><br />HÁ, SE EU FOSSE O PREFEITO !<br />09/12/2005<br /><br /><br />PRAÇA RELOGIO DO SOL<br />Não permitiria o estacionamento de caminhões na Praça do Relógio (trevo da Cidade Alta). Nos fins de semana chegam a estacionar até oito caminhões, principalmente os de carroceria baú. <br />Argumentos para justificar, a Praça já é pequena, só tem o exclusivo e inédito Relógio do Sol como atrativo, além de permitir uma visualização aos motoristas pelos quatro pontos de acesso, principalmente para quem está chegando em Araranguá.<br /><br />CALÇADAS<br />Depois das melhorias nas vias públicas, como calçamento e asfalto, promoveria campanhas pela revitalização das calçadas, pois elas tem tanta importância quanto ao espaço destinado aos veículos, afinal também são vias públicas, só que para pedestres. As calçadas podem refletir a cultura e formação de uma cidade da mesma forma que um olhar de cima da ponte para o rio que atravessa a cidade pode fornecer dados e informações importantes sobre a população e a administração do município.<br />OBS. A reforma do Colégio Castro Alves está de parabéns, exceto pela calçada da Caetano Lummertz que não recebeu ainda nenhum tratamento, continua feia e cheia de buracos, tornando-a difícil para o transito de deficientes físicos, por exemplo. <br /><br />POLUIÇÃO SONORA<br />A Secretaria de Trânsito criada para cuidar do trânsito, nada faz para reduzir o barulho no município, não cumpre com a própria legislação municipal que disciplina o uso de propaganda sonora e de outras perturbações do sossego e do trabalho da coletividade. A Secretaria de Trânsito que foi criada para cuidar do trânsito deveria cuidar apenas do trânsito e nada mais. <br /><br />RIO ARARANGUÁ<br />Chamaria os principais representantes dos setores que mais despejam rejeitos ou que poluem o rio Araranguá (SIECESC do carvão, o sindicato da rizicultura e as prefeituras que despejam esgoto) para uma ‘’conversa’’ com objetivo de mostrar o prejuízo que causam a economia do município, quando centenas de famílias são privadas de pescar porque não tem mais peixe no Rio Araranguá (e se tem, alertamos que pode estar comprometido). Se tivesse peixe no rio Araranguá, poderia ajudar no sustento ou na complementação da alimentação dos mais carentes.<br />Quando a PETROBRAS causou a contaminação do rio no Paraná, foi considerado um desastre ecológico e o IBAMA multou a responsável em 50 milhões, aqui o desastre é permanente e as mineradoras, por exemplo, não são multadas e ficam cada vez mais poderosas (privatizam o lucro), com poder inclusive de construir termelétricas a carvão, enquanto que a poluição é socializada, principalmente para os municípios de Araranguá e Maracajá.<br /><br />Tadeu Santos<br />Cidadão Araranguaense desde o dia 13 de setembro de 2004, titulo concedido pelo Poder Legislativo do Município de Araranguá/SC.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-64067088726272788502007-12-26T20:59:00.000-08:002007-12-26T21:00:29.576-08:00Relação dos informativos Socioambientais<br />(e assemelhados publicados anteriormente entre 2006 e até o final de 2007)<br /><br /><br /><br />Último olhar socioambiental do ano de 2007 será direcionado ao conflito da foz (barra) do rio Araranguá, porque o consideramos de extrema relevância ecológica. Não que a questão da poluição do carvão não seja gravíssima para as nossas vidas ou a vulnerabilidade do sistema lagunar de água doce do extremo sul catarinense, como também a insana poluição sonora no perímetro urbano de Araranguá.<br /><br /><br />MOVIMENTO PRÓ-FIXAÇÃO DA FOZ (BARRA) DO RIO ARARANGUÁ (Final 2007)<br /><br /><br /><br />Mais um ano passou e não conseguimos apoio para o EIA-RIMA que seria baseado no projeto existente de fixação da foz do Rio Araranguá de autoria do DEOH. A fixação da ‘’barra’’ é a obra mais elencada do Fórum de Desenvolvimento do Extremo Sul Catarinense FDESC, portanto não temos dúvida que seria um empreendimento estratégico para fomentar o desenvolvimento do setor pesqueiro e turístico de Araranguá e região, apesar dos imensos impactos ambientais que a obra causaria a natureza. Por isso insistiremos num EIA-RIMA idôneo, sério e abrangente, preferencialmente realizado por uma equipe/parceria de universidades como a UFSC, UFRGS, UNESC, UNISUL e UNIVALI.<br /><br />Agora é preciso atualizar ou mesmo desenvolver um outro projeto de engenharia já que o existente está ultrapassado, até porque foi realizado numa época que as questões ambientais não eram realmente consideradas, como também não consideraram a sobrevivência comunidade de Ilhas e de todo o ecossistema do estuário do Rio Araranguá. Talvez a fixação da foz seja mais favorável no ponto onde a mesma se encontra e não nos locais tentados anteriormente. O raciocínio é do Bertoncini (Contato/Yate Club), que argumenta o seguinte: se fixada no leito original a dinâmica das águas em Ilhas tenderia a continuar a mesma, enquanto que nos locais tentados anteriormente (Mota, Primo, Mariano) poderá assorear o acesso até Ilhas.<br /><br />Conclusão, um novo projeto se faz necessário antes do EIA-RIMA, ou mesmo uma avaliação ambiental / econômica estratégica (AAE) por uma equipe multidisciplinar especializada como defende o Professor Scheibe do Depto. de Geociências da UFSC.<br /> <br />O problema maior no momento é a falta de apoio ao Movimento pró-fixação com barragem na calha do rio e molhes mar adentro (já as soluções imediatistas sempre encontram apoio), estamos praticamente sozinhos na caminhada de buscar uma solução adequada para a rebeldia da foz do rio Araranguá, que além de prejudicar os pescadores com o permanente assoreamento do canal inviabilizando a saída e entrada de embarcações e em épocas de cheias do rio Araranguá as águas ficam acumuladas por quase uma semana num trecho de quase 15 km de extensão. <br /> <br />Apelamos às autoridades locais e regionais e/ou a quem goste do rio Araranguá, que concorde ou discorde das nossas colocações, afinal na Europa e no Japão estão gastando bilhões para re-naturalizar os rios, enfim, é preciso debater o conflito de forma responsável mesmo que exaustivamente até obtermos subsídios suficientes para decidirmos qual a melhor solução: fixar a foz responsavelmente ou deixar como esta! Se ao final os estudos técnicos e a população decidirem deixar a foz (barra) do rio Araranguá como a natureza a quer, então a comunidade de Ilhas tem que se adaptar a dinâmica rebeldia do encontro das águas doces com as salgadas, como também acostumar-se com a idéia de a foz (barra) voltar a Barra Velha ou mesmo ao Rincão. <br /><br /><br />Tadeu Santos / Socioambientalista<br />Araranguá SC Dezembro de 2007<br /><br /><br />Sócios da Natureza<br />FAMA e COAMA<br />Araranguaenses ganham a FAMA – Fundação Ambiental do Município de Araranguá e o COAMA – Conselho Ambiental do Município de Araranguá. O Projeto de Lei foi aprovado em uma sessão extraordinária do Poder Legislativo no dia 21/12/07 com algumas emendas, mas sem contestação da proposta. Alguns Vereadores declararam haver concordado com o teor do texto, inclusive chegando a elogiá-lo! O esboço do projeto foi elaborado por um grupo de trabalho (GT) formado por cidadãs e cidadãos da sociedade civil organizada de Araranguá, que num período de seis meses dedicaram-se voluntariamente a construir (e a debater calorosamente) a proposta que passou pela avaliação do MPE (por duas vezes). O Projeto de Lei ainda deverá ser aprovado pelo Poder Executivo que na verdade tem todo interesse na sua urgente implantação, como forma de solucionar os diversos conflitos gerados no âmbito de licenciamento ambiental, tanto para obras públicas quanto para atividades que venham a fomentar o desenvolvimento sustentável de Araranguá.<br />Araranguá historicamente avança com a FAMA e o COAMA, primeiro porque as diretrizes e objetivos foram exaustivamente debatidos pela sociedade, numa democrática aproximação e interação com a Administração e a Câmara Municipal, segundo porque mostra que ‘’um outro mundo é possível’’ desde que haja um diálogo maduro e que os interesses do coletivo estejam acima dos interesses políticos partidários. O exemplo de articulação, integração e organização certamente refletirá positivamente nos corações e mentes das comunidades araranguaenses e da região, resultando numa fundação soberana e num conselho independente com reais possibilidades de promoverem a preservação dos recursos naturais do município e de proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população araranguaense. <br />OBS. Enfatizamos que ainda existem outros desafios extremamente necessários para impulsionar o desenvolvimento do município de Araranguá da forma do qual propomos, com ordenamento e planejamento ambiental e garantias de benefícios a toda população, desde os setores básicos como da saúde, educação, cultura e do setor produtivo com geração de empregos eficientes e saudáveis. Outro exemplo é a definição do Plano Diretor, indiscutivelmente uma urgente necessidade norteadora tanto para a administração quanto para a sociedade. O fortalecimento do movimento pró-fixação da foz do rio Araranguá com a devida elaboração de um AAE seguido de um novo projeto e concluído um EIA-RIMA sério, idôneo e abrangente, além da reativação do Instituto da Cidadania Nilson Matos Pereira seriam as alternativas apenas para citar como exemplo! <br />OBS. Registra-se que a conquista do município com a FAMA e o COAMA iniciou em 01 de maio de 2007 numa reunião ocorrida na Câmara Temática do Meio Ambiente do FDSC/AMESC, coordenada pela ONG Sócios da Natureza. <br />OBS. A dinâmica do GT foi formado pela educadora Tzam Lin, administrador Dé Cesconeto, engenheira sanitarista Valéria Burigo, professor universitário Roney Kerber, ambientalista Tadeu Santos, reverendo Ives Nunes, professora universitária Kátia Batista, advogada Léa Ainhoren e o apoio do Vereador Geraldo Mendes.<br /> <br />Sócios da Natureza<br />Desde 1980 defendendo a natureza e uma melhor qualidade de vida pra Araranguá e região, de forma transparente, humilde e voluntária!<br /><br />Informativo Socioambiental<br />19.12.2007<br /><br /><br /><br />PENSANDO ARARANGUÁ OU AH SE EU FOSSE O PREFEITO – Ousando descrever suas necessidades em poucas linhas. Seria mais ou menos assim, ou não?<br />Buscar as soluções mais adequadas para os problemas sociais do Município, investindo na educação, cultura, saneamento, segurança e em sistemas preventivos de saúde, proporcionando fomento para o desenvolvimento econômico, preservando seus recursos naturais e criando espaços para o lazer público. Estas seriam diretrizes programadas com discussão coletiva sobre formas de implantação seguindo o inovador Estatuto da Cidade, que moraliza o Plano Diretor, com a Agenda 21 e o Comitê de Bacias, além de outros mecanismos que bem aplicados resultam numa cidade ainda mais saudável do que já é a nossa querida Araranguá.<br />Por outro lado haveria a revitalização do urbano e das suas potencialidades eco-turísticas, como a super-iluminação da Praça do Relógio do Sol – o cartão de entrada de Araranguá com o ajardinamento de flores super-coloridas, passando pela revitalização da Praça Alcebíades Seara, as margens da Rui Barbosa até a iluminação das falésias do Morro dos Conventos, concluindo com o reaproveitamento do Morro Centenário, entre outras idéias está a colocação do nome ARARANGUÁ igual Hollywood. OBS. O trecho de sete 7KM da rodovia BR-101 que passa ao município merece atenção em todos aspectos urbanísticos. Com certeza muitas outras idéias brotam nos corações e mentes dos araranguaenses. Estou divulgando as minhas! <br />TadeuSantos - Socioambientalista – agora ‘’ameaçado’’ pelos poluidores do rio Araranguá! Não recuaremos jamais! Até porque não somos covardes. Insistimos que a integração homem x natureza é imprescindível para o equilíbrio do meio ambiente.<br /><br />A DUPLICAÇÃO E O BID<br />Já havia sinais de que haveria falta de recursos pra continuidade da obra de duplicação da BR-101 a partir de 2008. O Governo Lula ‘’milagrosamente’’ investiu 650 milhões de recursos próprios equivalente a quase 1/3 do valor total da obra. Sem a verba da CPMF tornar-se-á muito difícil o Governo Federal continuar bancando a obra sem a parceria do BID, que poderá ‘’voltar a financiar’’ após o DNIT/MT cumprir com as exigências do banco, desde o investimento inicial já cumprido e a instalação do pedágio no trecho norte ainda não cumprido. Com o BID envolvido na duplicação, esperamos que evoluam outros aspectos emperrados na obra, como os ambientais e os relacionados à segurança da rodovia. Seria este o provável cenário da duplicação da BR-101 para 2008?<br /> <br />TOTALMENTE NA CONTRA MÃO<br />Enquanto o mundo discute em Bali a redução da emissão de gases efeito estufa, o órgão licenciador estadual FATMA libera licença pra usina a carvão USITESC 440MW, em Treviso, no sul de Santa Catarina (justamente na região do inédito furacão Catarina), apesar de havermos solicitado mais uma Audiência Pública fora de Treviso (já que o impacto é regional) e a necessária complementação do EIA-RIMA. <br />FRAGRANTES DO ARARANGUÁ<br />É preciso muita coragem, excesso de álcool (ou muitas outras coisas...) para cometerem as irregularidades que estão diariamente ocorrendo de forma abusiva no trânsito de Araranguá, como as poderosas motos com descargas alteradas e veículos extrapolando com som alto nas vias públicas, infrações óbvias que não precisam de decibelímetro para perceber a desobediência a legislação! Um policial respondeu que não podem multar ou fazer a apreensão do veiculo porque é necessário o registro da infração pelo decibelímetro! Ora, mas com certeza não precisam de um aparelho para apreender ou multar um veículo circulando a 120 km por hora dentro de uma cidade? A infração é fragrante, é óbvia! Enquanto isso a maioria da população urbana sofre calada com a poluição sonora sem coragem de denunciar, de enfrentar o problema... alguns poucos cidadãos e cidadãs se sujeitam a denunciar publicamente e arcando com represálias. <br /><br />CEARÁ CONVIDA<br />Sócios da Natureza são convidados especiais a participar de audiência pública no Estado do Ceará porque a multinacional Vale do Rio Doce está ameaçando instalar uma usina a carvão no interior do estado nordestino, óbvio que com carvão importado, pois lá não têm o combustível fóssil mais poluente do planeta. <br /><br /><br />Informativo Socioambiental<br />Data 13.12.07<br /><br /><br /><br />TRAVESSIAS URBANAS DA DUPLICAÇÃO<br />Quando procuramos o Reitor da UFSC em 2005, acompanhados das 15 entidades mais representativas de Araranguá, para solicitar apoio na elaboração do EIA-RIMA sobre um projeto do DOH para fixar a foz do Rio Araranguá, o mesmo foi taxativo dizendo que não apoiaria, mas fez questão de informar e mostrar que estava concluindo um interessante estudo sobre a duplicação do trecho norte, apontando altíssimos índices de acidentes com atropelamento e mortes nas travessias urbanas da rodovia. Posteriormente tentamos conseguir acesso ao trabalho do Reitor, mas sem sucesso, pois gostaríamos de indicar aos técnicos do DNIT (ou mostrá-los, se ‘’algum dia’’ realizarem alguma reunião pública em Araranguá), com objetivo de convencê-los de que a mureta New Jersey não será suficiente para impedir que pessoas tentem atravessar a pista duplicada, que é necessária e indispensável a implantação de uma tela de aço sobre a mureta de concreto, caso contrário o trecho sul também continuará a contribuir com a sinistra contabilidade de mortos, não mais de choque frontal entre veículos, mas do facilmente evitável atropelamento de pessoas. <br /><br /><br />ESTRANHAMENTE ENGEPLUS<br />O Nei Manique, apesar de não nos conhecermos, me convidou pra escrever sobre filmes pro sitio da Engeplus. Durou pouco, sem explicação alguma cortaram minhas resenhas no sitio que é patrocinado pela SATC. Sem problema algum criciumense Nei Manique, ‘’afinal o carvão parece estar sempre acima da cultura, da arte, do cinema, da cidadania, do caráter e do meio ambiente dos quais defendo acima de tudo’’. Tadeu Santos Ex-Cineasta Araranguá<br /><br />GUARDA MUNICIPAL EM ARARANGUÁ<br />Porque a administração municipal não investe na Guarda Municipal pra cuidar do trânsito de Araranguá? Tem custo! Tem, mas em apenas um ano o custo beneficio passa a valer a pena. A lei possibilita a responsabilidade do Ciretran ao município, o que passa a render aos cofres municipais todo arrecadamento desde o licenciamento de veículos até as multas efetuadas no trânsito. Senhor Prefeito, pense a respeito! <br />Qual o nosso interesse na Guarda Municipal? A organização e o planejamento do trânsito na cidade das avenidas, mais qualidade de vida a população araranguaense e menos barulho!<br />E o estacionamento rotativo aprovado pela Câmara Municipal?<br /><br />ESCLARECIMENTOS (PRA HISTÓRIA) SOBRE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC.<br />A Região do Extremo Sul de SC pode ter deixado passar a rara oportunidade de receber recursos das medidas compensatórias da duplicação da rodovia BR-101, por falta de dinâmica política da AMESC, que não viabilizou junto aos prefeitos a decretação das áreas estudadas e aprovadas pela quase totalidade da população em Unidades de Conservação UC conforme o IBAMA havia solicitado para liberar os recursos. Idealizamos a proposta por volta de 2000, insistimos na importância da transformação das APPs em UC como forma de garantir a preservação dos ecossistemas e a habilitação para angariar recursos que proporcionassem a implantação de infra-estruturas adequadas para o uso público destes potenciais sistemas ecos-turísticos. Os prefeitos da AMESC numa visão de futuro perceberam a importância da proposta e abraçaram a causa socioambiental e turística, investindo mais de 30 mil em levantamentos, estudos e articulações. Dedicamos-nos intensamente e voluntariamente pela continuidade do processo até a conclusão das Consultas Públicas, até que repentinamente e estranhamente nada mais andou... Quando também nos recolhemos! Afinal não temos estrutura para bancar as ausências e omissões do estado, que tem a obrigação constitucional de proteger seus recursos naturais e promover o fomento ao desenvolvimento sustentável. Talvez sejam por causa destas situações que a região é considerada a segunda mais fraca economicamente apesar de toda a riqueza em recursos naturais únicos como, por exemplo, os Aparados da Serra, o Morro dos Conventos, a costa atlântica e o sistema lagunar, destacando a lagoa do Sombrio como a maior de água doce do Estado de SC. <br /><br />Informativo Socioambiental<br />Data 05/12/2007<br /><br /><br />AMEAÇA<br />Fui ferozmente ‘’ameaçado’’ pelo minerador e ex-deputado José Paulo Serafim após audiência pública sobre mina de carvão em Criciúma, por ter solicitado a paralisação da atividade mediante os brutais danos ambientais que a mesma tem causado a comunidade agrícola de São Roque, localizada no entorno da extração do famigerado combustível fóssil e ao rio Sangão, formador do rio Mãe Luzia que por sua vez desemboca no Rio Araranguá, causando não apenas impacto ambiental, mas prejuízos sociais e econômicos ao município de Araranguá, que poderia na pesca ajudar na complementação da escassa ceia alimentar das famílias de baixa renda. A mina está funcionando sem licença ambiental da FATMA, porém amparada em mais um Termo de Ajuste de Condutas / TAC promovido pelo MPF de Criciúma.<br /><br />BOICOTE A POLUIÇÃO<br />Talvez pelo fato de haver vivido em Fpolis (1969 a 1984) confesso que sempre que possível passo os olhos na coluna do Cacau Menezes, para manter-me informado sobre a dinâmica da ilha que ainda não se planejou adequadamente, mas que poderia, por exemplo, ser auto-suficiente em energia elétrica com o potencial eólico que dispõe, dando exemplo ao mundo. Na edição do DC 30/11/07, o colunista propõe boicote a produtos americanos que utilizam energias que contribuam com o aquecimento global, como forma de protestar contra a teimosia do petroleiro/carbonífero Bush em não assinar o protocolo de Kyoto. Propomos então iniciarmos a redução do uso de energia produzida com a queima de combustíveis fósseis – maiores emissores de gases efeito estufa, como a gerada pela Jorge Lacerda que utiliza o carvão da região carbonífera de Criciúma, responsável também pela caótica situação ambiental do sul de SC. <br /><br />ECO POWER<br />Não participamos do evento porque não temos recursos (como algumas OSCIPS e ONGs chapas brancas que vivem de gordurosas verbas oficiais sem proporcionar benefícios à natureza), mas parabenizamos a iniciativa da Eco Power que pelas informações da mídia mais de mil pessoas participaram ouvindo os palestrantes, principalmente as duas estrelas vencedoras do Nobel defenderem a urgente implantação das fontes de energias renováveis, que no nosso entender não é a burocracia o maior entrave a sua implantação em nosso estado, mas a falta de vontade política do atual governo! Porém chamou-nos atenção e nos intrigou a adesão de Santa Catarina ao Chicago Climate Exchange – uma espécie de bolsa que negocia créditos de carbono, onde a FATMA passará a monitorar as emissões de carbono no estado, mas se não monitora nem os gases emitidos pela Jorge Lacerda, como ficará este compromisso firmado com testemunhas de tamanha celebridade como Mohan Munasinghe e a própria Eco Power? <br /><br />FERROVIAS NO BRASIL<br />Nenhum governante ousará pensar em implantar uma rede ferroviária atravessando o Brasil de sul a norte, com as respectivas ramificações transversais, tornando o transporte de passageiros mais seguro, confortável e barato, tornando o transporte de cargas de forma mais eficiente e com menos custo, enfim se poupariam divisas e vidas humanas. O dilema está no lobby criado pelas multinacionais do transporte rodoviário como a Mercedez Benz e a Scania, a Good Year e a Pirelli, a Shell e a Petrobrás, apenas para citar alguns, que investem milhões em políticos brasileiros no Congresso Nacional e na administração do Executivo para barrar qualquer projeto que venha contrariar os seus interesses. <br /><br />FAMA<br />Proposta do Projeto de Lei para a criação da FUNDAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ / FAMA elaborada pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil foi entregue a Administração Municipal e vai para a apreciação do Poder Legislativo com possibilidade de ser aprovado até o final do ano, já que é indiscutivelmente de interesse público.<br /><br /><br /> Na próxima edição:<br />BREVE PROVOCAÇÃO PRA REFLEXÃO GEOPOLÍTICA SOBRE ARARANGUÁ<br />AS PERIGOSAS TRAVESSIAS URBANAS DA DUPLICAÇÃO DA BR-101<br />A AMEAÇA DE ABERTURA DE MINAS DE CARVÃO NA REGIÃO DA AMESC?<br />E AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC?<br /><br /><br />Informativo Socioambiental<br />Data 29.11.2007<br /><br /><br /><br />KAREN SUYAN CLEZAR BORGES<br />Já tinha respeito e admiração pelos seus falecidos pais, o saudoso Ari Pedro Borges, que veio da vizinha Pirataba em Torres/RS, na década de 60, casado com a bela Beatriz, filha do Sr. Júlio Clezar Magnus, primeiro industrial do município, com a fabricação em série dos fogões a lenha de marca Clema – produto de excelente qualidade, reconhecido em toda região sul de SC e norte do RS. Além de industrial seu avô foi um competente e dinâmico Prefeito assim como seu pai nos dois mandatos, que sua mãe foi uma guerreira primeira dama, primeira vereadora da história de Praia Grande e filha da Dona Picucha, no qual tínhamos muito carinho quando estudávamos em Torres e morávamos numa edícula de sua propriedade. O Ari quando prefeito nos contratou para projetar o jardim da praça central de Praia Grande – já que na época eu atuava como Técnico em Edificações em Fpolis, quando criamos uma maquete dos Aparados da Serra, um lago com o formato do município e a implantação de uma pedra monumento no centro do jardim. Poderia falar muito mais sobre seu querido pai, mas precisaria de muito mais páginas, desde a viabilização em 1969 dos nove jovens que foram estudar na ETEFESC / Fpolis, até o apoio ao meu Tio depois que brutalmente retiraram a vida da minha Tia, um dia antes das eleições municipais de 1987. Vamos aguardar a publicação do livro da sua Tia Wilma Clezar que certamente descreverá com mais profundidade os fatos e histórias sociopolíticas da família, que de uma forma ou de outra influíram na vida dos praia-grandenses.<br />Volto a agradecer o honroso convite de participar de seu programa de rádio (Nativa/Sombrio) e estaremos torcendo para que assumas a administração do município de Praia Grande, implantando um projeto que proporcione de forma abrangente o desenvolvimento social, econômico e ambiental nesta única e encantadora Terra dos Canyons. <br /><br />PARABÉNS DELEGADA ELIANE <br />Na sexta-feira, dia 23/11/2007, fomos convidados pela atuante Delegada Eliane M. Viegas a comparecer no 1º DP para assinar um ‘’Termo de Declaração’’ sobre a apreensão que a Policia Civil havia feito de 2.500 (dois mil quinhentos) discos ilegais piratas (DVD e CD) comercializados clandestinamente na parte superior da loja Big Show, do Sr. Valdir (preso em fragrante / Art. 184 do Código Penal), no centro de Araranguá, quando na oportunidade declaramos como integrante da ADALCA – Associação em Defesa do Audiovisual da Comarca de Araranguá, que as locadoras de DVD vem a algum tempo sendo intensamente prejudicadas em virtude da pirataria de filmes em discos de DVD, diga-se de péssima qualidade, mas de baixíssimo preço, fazendo com que os usuários não procurem mais as locadoras para locar produtos legais e de qualidade (com os respectivos impostos e direitos autorais embutidos). Uma concorrência desleal, injusta e ao mesmo tempo criminosa!<br />A pirataria do DVD está ameaçando a sobrevivência das locadoras como o CD pirata fechou as lojas de CD legal. Portanto, além do prejuízo econômico para quem trabalha com produto legal e de qualidade, a pirataria fomenta outras ações ilícitas como o tráfico de drogas e a prostituição infantil, por exemplo.<br />Vender e comprar DVD pirata pode até ser considerado um pequeno crime, mas é um crime! Quem o defende pode ser considerado um potencial contraventor de outros pequenos crimes. Imagine se todos nós começarmos a praticar pequenos delitos ou infrações! Como será a Ordem Constitucional? Como ficará o Estado de Direito dos Cidadãos? <br />OBS. O pirateiro da moto e o pirateiro distribuidor foram presos em fragrante – prisão inafiançável, enquanto que o segundo pirateiro já está solto mediante liminar, o fornecedor do produto - o traficante continua solto para seduzir outros comerciantes que preferem o lucro fácil do crime.<br /><br />Tadeu Santos<br />ADALCA<br /><br />PARABÉNS DELEGADO SALA<br />Matéria publicada no site Contato, na sexta dia 23/11/07, nos tranqüiliza quando o Delegado Regional Vanderlei Sala declara que não permitirá poluição sonora no Arroio do Silva e no Morro dos Conventos, ou seja barulho, baderna e desobediência civil, termos fortes, mas é isso mesmo! O Delegado Sala adverte que se conselho não resolve, quis dizer que medidas preventivas e educacionais não são assimiladas por parte da população, então é preciso o rigor da lei. Concordamos que a autoridade seja mais firme, mais decidida, pois os infratores estão ultrapassando todos os limites possíveis, emitem sons e ruídos sem preocuparem-se com os vizinhos, colégios, casas de saúde, igrejas, enfim não respeitam o direito de ninguém!<br />Esperamos que a anunciada reunião do dia 29 (quinta) seja pública, onde a sociedade civil possa democraticamente manifestar-se a respeito de um dos maiores malefícios da modernidade urbana, uma das que mais tem registros de ocorrência policial tanto por telefone (190 e 191) quanto nos Boletins de Ocorrência / BO, que as autoridades da Comarca também sejam mais rigorosas com a baderna sonora no centro de Araranguá, que está se tornando insuportável para quem vive e trabalha no centro! Esta semana que passou as motos estraçalharam os decibéis permitidos na Av Getulio Vargas, uma das pistas preferidas pelos que ‘’ainda não apreenderam a curtir a performance de uma moto!’’.<br /><br /><br />Na próxima edição:<br />BREVE PROVOCAÇÃO PRA REFLEXÃO GEOPOLÍTICA SOBRE ARARANGUÁ<br />E AS FERROVIAS ATRAVESSANDO O BRASIL?<br />AS PERIGOSAS TRAVESSIAS URBANAS DA DUPLICAÇÃO DA BR-101<br />A AMEAÇA DE MINAS DE CARVÃO NA AMESC?<br />ARARANGUAENSES CONSTAM DE PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE O FURACÃO CATARINA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS A SER APRESENTADO NA COP 13 EM BALI. <br /><br /><br />Olhar Socioambiental<br />Data 21/11/2007<br /><br /><br />COOPERAR<br />No sábado dia 16/11/2007, visitei a sede da Cooperar no Lagoão e fiquei encantado com a estrutura da cooperativa de reciclagem de lixo, que faz coleta seletiva em alguns bairros de Araranguá, mas que deveria ser em todo o município. Vamos torcer por isso. Está de parabéns a Diretoria, mas principalmente o Dé Valdelir Cesconetto e o Vereador Geraldo Mendes. É assim que se constrói, é assim que se promove desenvolvimento, é assim que se exerce cidadania, é assim que se valoriza a natureza, é assim que se valoriza o ser humano, é assim que se vive com dignidade, porque se está fazendo algo pela natureza e pelo coletivo! <br /><br />COLUNA ADELOR LESSA<br />Rogério Lodetti, Criciúma, por e-mail: "Criciúma está cuspindo no prato que comeu. A região carbonífera é o que é graças ao nosso carvão. Nenhuma outra atividade econômica rendeu tantos dividendos, econômicos e políticos, quanto à extração do carvão. Se os procedimentos de proteção ambiental, já previstos em lei, forem cumpridos, não há motivo para paralisar as atividades. Se não forem cumpridos, temos órgãos de fiscalização capazes de determinar as correções necessárias".<br /><br />AO ADELOR LESSA<br />A declaração do Sr. Lodetti nao é tudo o que aparente ser. Criciúma detonou com Siderópolis e toda a bacia hidrográfica do Araranguá e Urussanga para enriquecer uma minoria. Outros setores produtivos trouxeram muito mais riqueza para a região sem detonar com o meio ambiente. Os procedimentos ambientais não são cumpridos pelas mineradoras porque sabem que o orgão fiscalizador nao é suficientemente competente para fazer cumprir a legislação, haja vista a quantidade de processos contra a mesma em todo o estado de SC.<br /><br />Ficar escrevendo pequenas notinhas pro jornal em defesa do carvão é muito fácil, porque encarar o caos ambiental da região é preciso coragem! O pH da água do rio Mãe Luzia e do rio Carvão são duas provas incontestáveis de que continuam poluindo e que a ‘’maquiagem’’ não resolve. Dizer que existem novas tecnologias na exploração e queima do carvão nao é o suficiente, nem mesmo os ajustes de condutas estão fazendo com que a natureza seja adequadamente recuperada. <br /><br />Lessa, na região está faltando além do ‘’pacto’’ entre políticos / governantes em prol do desenvolvimento, uma dinâmica socioeconômica, onde a qualidade de vida da população acompanhe o crescimento do setor produtivo. Um diálogo/debate sério entre o setor produtivo que polui e a comunidade ambientalista passa por esta dinâmica também. Seria esta ‘’aproximação’’ uma solução? Não saberíamos dizer! Mas do jeito que está também parece não ser a mais consensual, se é que podemos definir assim a aproximação de dois extremos com objetivos diferenciados.<br /><br />VALEU LESSA!<br />Esta é a democracia que queremos na imprensa do sul de SC! Oportunidades da livre expressão a todos os leitores sem distinção, porque afinal apesar de não bancarmos nenhum patrocínio, compramos diariamente o exemplar do A Tribuna, somos consequentemente a valorização final do veículo de comunicação, o lemos com curiosidade, às vezes gostamos outras não, mas mesmo assim assimilamos informações que de uma forma ou de outra enriquecem a nossa formação cultural. Poderíamos dizer que sem nós leitores a mídia não existe! Há, mas vocês ambientalistas são muito críticos, não importa! Muita gente nos apóia, como também nos odeia, mas é esta dinâmica da relação mídia x povo, que faz vender, que faz retorno ao caixa da empresa e que mantém os sempre admirados profissionais da imprensa!<br /><br />Na próxima edição, abordaremos:<br />Karen Borges Tiscoski - Fomos privilegiados em estrear o programa de entrevistas da praiagrandense Karen Borges na Rádio Nativa do Sombrio.<br /><br />Participaremos como palestrantes de seminário sobre educação ambiental em Praia Grande, dia 21/11/2007.<br /><br />FATMA - Protocolamos na FATMA ofício solicitando mais outra Audiência Pública sobre o projeto da USITESC, mas que seja em Criciúma ou mesmo em Araranguá, já que os impactos ambientais são de alcance regional.<br /><br />Mudanças Climáticas - Participamos da Audiência Pública sobre Mudanças Climáticas na SATC, em Criciúma, coordenada pelo prestigiado Senador Renato Casagrande.<br /><br /> Informativo Socioambiental<br />Data 14/11/2007<br /><br /><br />USINA A CARVÃO – ‘’NA CONTRA-MÃO DA HISTÓRIA’’<br />O setor carbonífero do sul de SC poderá num breve espaço de tempo viabilizar mais uma ou duas usinas a carvão, contrariando o protocolo de Kioto, as recomendações das Conferências de Meio Ambiente (CNMA), as diretrizes do Estatuto da Cidade (10.257/2002), da Agenda 21, a Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 e o Artigo 225 da Constituição Brasileira. Os técnicos do IPAT/UNESC apresentaram na audiência pública ocorrida no dia 10/11/07 (em Treviso/SC pela terceira vez, porque não em Criciúma ou Araranguá, já que o impacto e contaminação é comprovadamente regional?), um parecer favorável à queima do combustível fóssil mais poluente do planeta, ao mesmo tempo em que os empreendedores afirmam ser a USITESC/440MW uma nova maravilha tecnológica verde que não polui, porque possui queima limpa e emissão zero, enfim uma beleza! Que a FATMA emitirá a licença para a USITESC habilitar-se urgentemente no rendoso leilão da ANEL, que após a instalação da usina termelétrica, o município de Treviso tornar-se-á uma referência de ‘’desenvolvimento’’ a exemplo de Capivari de Baixo/SC, que acolhe a condenada multinacional Jorge Lacerda/856MW, com uma baixíssima qualidade de vida e atmosfera totalmente comprometida!<br /><br />CUMBRE IBERO-AMERICANA INTEGRACIÓN DE LOS PUEBLOS<br />A Cúpula alternativa ocorrida no Chile é uma versão paralela a oficial existente entre governantes dos paises ibero americanos, uma espécie de FSM mais localizada. Poderia ser maior, mais organizada e com infra-estrutura mais adequada, mas com certeza esbarram na falta de recursos. Percebe-se uma predominância das mulheres no comando e um certo excesso de radicalismo nas idéias e posições políticas adotadas, enquanto que mais nos impressionou foram as feições e politização das mulheres campesinas do Chile, Bolívia e Peru, engajadas nas injustiças sociais e nas mudanças climáticas que interferem negativamente na biodiversidade de suas comunidades rurais. <br />Apesar de ser convidado, conflitei com algumas lideres coordenadoras do evento porque não concordaram com algumas colocações como também não concordei com as criticas das mesmas ao Al Gore, porque também acho que todos somos um pouco culpados pelas mudanças climáticas, porque afirmei existir omissão nas mulheres independentemente da opressão que os homens exercem sobre as mesmas (ou até vice-versa!), mas enfim, é esta diversidade de conceitos que abrilhantam a democracia, daí haver apreendido muito com outras culturas e raças. No entanto, quanto as fontes energéticas, o posicionamento é o mesmo, também quanto ao desordenado uso da terra e da água. A Monsanto e a Cargill são emblemáticas não só para a agricultura brasileira, mas para toda a América Latina, a monocultura da soja e da cana de açúcar para o álcool também foram duramente criticadas, por tornarem o solo improdutível e pelo trabalho escravo dos peões dos canaviais. <br /><br />OBS. Santiago, uma metrópole organizada, limpa e segura, com uma rica arquitetura colonial e muitos monumentos, largas avenidas e enormes parques urbanos, além da visualização das cordilheiras e do rio Mapocho incrivelmente correntoso atravessando a cidade. A visão do vôo sobre as cordilheiras é inesquecível e indescritível. O negativo urbano são as buzinas, por qualquer motivo buzinam. Percebemos muitos cães aparentemente de rua, mas visivelmente saudáveis nas praças e nos parques públicos. <br /><br />CALÇADÃO DE ARARANGUÁ<br />Pelo visto as autoridades policias atenderam as reclamações da sociedade que utiliza o Calçadão como lazer, como também dos comerciantes e moradores, encerrando a idiota programação musical imposta todos os domingos a tarde neste espaço – que está merecendo mais atenção da administração municipal e do comercio ali estabelecido num projeto de revitalização. Ocorre que domingo passado, dia 11 de novembro, tanto no calçadão quanto no perímetro central de Araranguá veículos e motos praticaram acrobacias circenses colocando em risco a segurança da população. Estudos apontam que são através destes focos de rebeldia que a violência se expande, portanto é dever das autoridades constituídas a aplicação de medidas preventivas e mesmo repressivas se necessário for. ‘’Diversão Sim, Bagunça Não!’’<br /><br /><br /><br />INFORMATIVO Socioambiental<br />Data 07/11/2007<br /><br /><br />A HISTÓRIA DO DESVIO DE ARARANGUÁ.<br />O Desvio Duplicação da BR-101 em Araranguá – Uma significativa, inédita e histórica conquista sócio-ambiental, será relatada a princípio numa cartilha contida num projeto elaborado pela ONG Sócios da Natureza a convite da diretoria do Centro de Apoio Sócio Ambiental – CASA, uma espécie de fundação que trabalha com temas relacionados a um programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, denominado de ‘’Iniciativa para a Integração Regional Sul-Americana - IIRSA’’ - um plano de investimentos em infra-estrutura que pretende desenvolver e integrar as áreas de transporte e energia da América do Sul, no qual se insere a obra de Duplicação da Rodovia BR-101.<br />O objetivo é contar e divulgar a história do movimento Pró-Araranguá que articulou a polêmica alteração do projeto da Duplicação da BR-101, iniciado em 1998 pelos Sócios da Natureza, chegando ao total de 49 entidades representativas do Município de Araranguá; relatando o decisivo apoio da Missão do BID em 2002 (na época financiador da obra), concluindo com a resistência do empreendedor DNIT/MT em adotar a proposta da ONG-SN de um sistema de ‘’viaduto/elevado sob pilares’’ para não obstacularizar as violentas cheias do Rio Araranguá e um acesso norte ao perímetro urbano da cidade e culminando com a decisão do Tribunal de Contas da União / TCU, que indeferiu recurso impetrado por empresários com negócios situados as margens do traçado atual.<br /><br />FÓRUM PARLAMENTAR CATARINENSE.<br />De passagem por Fpolis fomos informados que haveria uma ‘’plenária’’ do FPC no dia 29/10/07 e como havia tempo disponível fomos lá pra conhecer e sentir a dinâmica política dos parlamentares que representam o povo Barriga Verde em Brasília. No entanto, assistimos apenas a breve apresentação dos convidados da administração estadual expor seus projetos, plataformas e reivindicações desde a Secretaria de Turismo, Agricultura, CELESC e CASAN, quando percebemos que pela importância histórica e democrática do evento deveria ter sido não numa pequena sala de hotel, mas no auditório da ALESC, num cordial gesto do legislativo estadual para com os nobres irmãos parlamentares federais, proporcionando com a iniciativa a rara oportunidade da sociedade civil (seus eleitores) presenciar a performance de seus representantes na Câmara e no Senado. Democracia sem participação da população nas decisões governamentais não é democracia.<br /><br />AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ‘’CONDENADO’’ CARVÃO.<br />Participamos da Audiência Pública (em 30/10/07), promovida pelo PMF e Justiça Federal no auditório da UNESC, em Criciúma, onde solicitamos: A inclusão no GTA de um representante da sociedade civil e dos Comitês de Bacias afetados pela poluição da mineração do carvão; que as calhas dos rios passem a ser consideradas áreas degradadas pela atividade carbonífera; a inclusão de mineradoras que não foram condenadas, mas que continuam a poluir criminosamente os recursos naturais, principalmente os hídricos, como o rio Araranguá que continua apresentando um baixíssimo pH, causando não só prejuízo ambiental, mas social e econômico ao município, já que famílias poderiam na pesca complementar a escassa ceia alimentar. <br /><br />MAL AGRADECIDOS!!!<br />Em nome da ONGSN, defendo com unhas e dentes a integridade dos recursos naturais do município de Araranguá e da Região Sul de Santa Catarina, divulgo regionalmente, nacionalmente (e agora até internacionalmente) nossas potencialidades ecoturísticas, ao mesmo tempo que denuncio as agressões ambientais, reivindico recursos para melhorar a qualidade de vida da população sul-catarinense, enquanto que ouso apontar os degradadores da natureza, enfim exerço cidadania com cara e coragem, mas parece que uma parcela da população não gosta! Fazer o que então? Acomodar-me, encruzar os braços! Não farei isso pois decepcionaria uma grande maioria que concordam com as nossas ações, que simpatizam com a causa ambiental, que discretamente admiram nosso trabalho, que acreditam que um outro mundo é possível!!! Viva a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade! <br />Informativo Sócioambiental<br /><br />‘’Edição da Coordenação da ONGSN’’<br /><br /><br />EM TEMPO DE CPI DAS ONGs<br />Sócios da Natureza - Costumamos classificá-la como uma ONG diferente, transparente e independente! A linha de atuação da ONG Sócios da Natureza possui características próprias e únicas, em relação às demais do Estado, tendo várias frentes de batalha e/ou missões no município e região resultante de um trabalho estrita e comprovadamente voluntário, sem apoio oficial ou privado. Agora com a CPI das ONGs, pode ser que passe a sobrar recursos para quem trabalha de forma voluntária e seria, tanto que passaremos a buscar recursos através de projetos realmente transformadores. A nossa atuação tem sido numa ampla esfera regional, com destaque aos temas abaixo relacionados:<br />· Resistência contra a poluição causada pela atividade carbonífera da região de Criciúma: Se está um caos assim, imagine se nada fizéssemos?<br />· Para o processo do desvio de duplicação da rodovia BR-101: Será executado sobre pilares e haverá o acesso norte?<br />· Criação das unidades de conservação com as medidas compensatórias: Estranhamente não houve continuidade.<br />· Pela proteção e respeito aos cães de rua: Pelo visto não existe vontade política da administração municipal em dar uma solução adequada aos animais...<br />· Combate à poluição sonora em Araranguá: A cada dia fica mais difícil, a cada dia, novos barulhentos aparecem na cidade...Já que teremos que ouvir na marra a programação imposta pelos disc-jóqueis públicos, poderiam então incluir música clássica, sertaneja, samba, jazz e blues por exemplo. <br />· Combate à ignorância e ao engessamento dos corações e mentes: Dá vontade de desistir, porque a degradação ambiental é óbvia e flagrante, só não vê quem não quer enxergar e só não escuta quem não quer escutar como as pessoas só não amam porque não querem amar! <br /><br />CPI das ONGs.<br />Duas entidades das três denunciadas em Santa Catarina não são ONGs ambientais, mas estão na mira da CPI das ONGs como Organizações Não Governamentais: O Projeto Baleia Franca gerenciado pela ‘’Coalizão Internacional da Vida Silvestre’’ / IWC é o que mais se aproxima de uma ONG Ambiental, já a entidade ‘’Anjos do Tempo’’ de Laguna é uma espécie de prestadora de serviços e a ‘’Fetraf-Sul’’ como diz o próprio nome é a Federação de trabalhadores na agricultura familiar da região sul. Caso comprovadas as denúncias estarão estas entidades, que não são ONGs, com seu histórico complicado. No estado de SC existem muitas entidades que foram criadas como ONG e agem com características sociais e ambientais, mas só atuam com interesse em ganhar dinheiro. Como a legislação permite, os oportunistas ao criarem uma entidade a denominam de ONG para ganhar recursos. No estado existem muitas destas que se aproveitam e vivem buscando recursos oficiais para enriquecerem seus espertos e cafajestes integrantes. A FEEC deveria mobilizar uma campanha contra estes oportunistas que denigrem a imagem e a história de ONGs sérias e honestas, que comprovadamente praticam trabalho voluntário em defesa da natureza e das causas sociais.<br /><br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CÚPULA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIREITOS HUMANOS<br />O sócio ambientalista Tadeu Santos, da ONG Sócios da Natureza de Araranguá, participará como ‘’convidado especial’’ da Rede Brasileira de Justiça Ambiental na Cúpula pela Amizade e Integração dos Povos, evento internacional com enfoque nas questões dos Direitos Humanos e Mudanças Climáticas, que ocorrerá entre 06 e 09 de Novembro de 2007, em Santiago do Chile (OBS. O outro convidado brasileiro é um representante indígena da região amazônica).<br />A persistente luta contra a poluição causada pela atividade carbonífera na região sul de SC e seu dramático envolvimento pessoal com o furacão Catarina em 2004, o qualificaram a participar deste importante evento ambiental – de interligação mundial que convergem a Conferência das Partes / COP (passando, portanto a ter grande possibilidade de ainda vir a participar no próximo ano da Conferência Mundial sobre Aquecimento Global na ONU). A intensa dedicação à causa ambiental, de forma estrita e comprovadamente voluntária, tem resultado em ações comprometidas com a busca de soluções e adaptações às mudanças climáticas, como a coordenação do Primeiro Encontro na região do Catarina sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas, em 2005; a palestra e depoimento no Fórum Social Mundial FSM, em 2005; a palestra na UNICAMP, em 2006 e as participações em seminários ocorridos em Brasília e no Rio de Janeiro, em 2007, sobre Energias Renováveis e Justiça Ambiental e Climática, por exemplo.<br /><br />OBS. A assustadora coincidência da ocorrência do furacão Catarina justamente na região de maior emissão de CO² da América Latina (pela queima do carvão através da Jorge Lacerda 856MW), em toda a imensa costa do Atlântico Sul, tem causado preocupação a comunidade ambientalista e científica, mas principalmente a quem vivenciou o pânico diretamente com a violência dos ventos na noite da madrugada de 28 de março de 2004.<br /><br /><br />UM OLHAR Socioambiental<br />Tadeu Santos<br /><br />ÁGUA NO LIMITE (no Oeste e no Sul de SC)<br />O Diário Catarinense DC publicou no dia 17/10/07, oportuna matéria com o título ÁGUA NO LIMITE, baseado no assustador diagnóstico do Plano Estadual de Recursos Hídricos, realizado pelo Governo do Estado. A publicação na terceira e quarta página do maior órgão da imprensa escrita catarinense demonstra a preocupação com o mais importante recurso natural do planeta, a água.<br />O esboço do editorial aponta: O Sul e o Oeste catarinenses se destacam pela qualidade da água, pior do que nas demais regiões. A situação mais crítica é a do Oeste, com comprometimento dos recursos hídricos pela poluição proveniente das criações de suínos sem sistema de tratamento de resíduos. No Sul, o problema da poluição é amplificado pela extração de carvão. Os resíduos da exploração de carvão contaminam a água com metais como o ferro, que aumentam sua acidez e impedem seu consumo. Conforme a substância presente nessa água, ela pode se acumular em órgãos como os rins e provocar várias disfunções no organismo.<br />Transcrevemos nossa participação na matéria: Já para o ambientalista e diretor da Ong Sócios da Natureza, Tadeu dos Santos, a melhor iniciativa para reverter o atual quadro de disputa pela água é um plano de bacias "bem elaborado" pelo comitê da bacia hidrográfica do Rio Araranguá<br />Se você olhar no Google Earth, a situação entre Praia Grande e Forquilhinha é tão ameaçadora quanto aquela gerada pelo carvão na Região Carbonífera. Há um processo de desertificação. As nascentes de planícies estão comprometidas e restam apenas as localizadas no Costão da Serra – constata.<br />Santos é contra a instalação da barragem do Rio do Salto como solução imediata. O ambientalista entende que o empreendimento beneficia os agricultores e resolve só o problema de áreas urbanas próximas (Timbé do Sul, Meleiro, Turvo, Ermo), sem atingir maior contigente populacional, como Araranguá.<br /> <br />PROJETO UFSC. Num evento na sede da ADESUL, no município de Turvo, na segunda passada, dia 15/10/07, técnicos da UFSC apresentaram o projeto TECNOLOGIAS SOCIAS PARA A GESTÃO DA ÁGUÁ, com patrocínio da PETROBRÁS e apoio da EPAGRI e EMBRAPA, onde a professora Eliane Scremin nos acompanhou, já que havíamos sido convidados especiais, entre outras entidades da bacia hidrográfica do rio Araranguá. <br /><br />O projeto elaborado pelos técnicos da UFSC abrange outras bacias catarinenses. Na do Araranguá, o foco será a inserção de tecnologias de previsão do ciclo hidrológico, redução do consumo de água e a valorização da produção orgânica do arroz. A proposta é inovadora, se cumprida eficazmente poderá além da instalação da infra-estrutura, aproximar as pessoas na busca das melhores soluções no uso dos escassos Recursos Hídricos. <br />DESMATAMENTO I. A denúncia sobre a ameaça de desmatamento na Serra Velha II – localizada nas encostas dos Aparados da Serra, gerou desdobramentos inimagináveis, com a gerência da FATMA de Criciúma pedindo ao MPF medidas cabíveis contra a ONG Sócios da Natureza, apenas porque estávamos atendendo o apelo de representantes da comunidade rural na defesa da natureza.<br />DESMATAMENTO II. Outra ameaça de desmatamento nas encostas da Serra Geral preocupa jovens cidadãos de Lauro Muller, que coincidentemente também nos procuraram neste final de semana. <br />DESMATAMENTO III. Estão desmatando o Morro dos Conventos e seu entorno, não tão agressivamente como fizeram nossos antepassados no início do século, na qual ainda não existia o Código Florestal e muito menos consciência ecológica. Agora os espertinhos se utilizam do ‘’sistema formiguinha’’, inicialmente roçam a vegetação rasteira e vão derrubando uma árvore ali e outra aqui sem ninguém perceber. <br /><br />Nas próximas edições falaremos sobre:<br />EM TEMPO DE CPI DAS ONGS QUE NÃO SÃO ONGS...<br />A HISTÓRIA DO DESVIO DA DUPLICAÇÃO DA BR-101 EM ARARANGUÁ.<br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CÚPULA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIREITOS HUMANOS.<br />REUNIÃO DO MOVIMENTO PELA VIDA DEBATE AP USITESC E OUTROS TEMAS REGIONAIS.<br />PARTICIPAÇÃO DA ONG NO ENCONTRO NACIONAL DO FÓRUM BRASILEIRO DE ONGS E MOVIMENTOS SOCIAIS / FBOMS, EM CURITIBA<br />EMPRESÁRIOS CIDADÃOS DÃO EXEMPLO DE PRESERVAÇÃO EM ARARANGUÁ.<br />O QUE FAZ (E O QUE NÃO FAZ) O COMITÊ DE GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARARANGUÁ (CGBHRA).<br />CIDADE LIMPA É O MELHOR CARTÃO DE VISITA.<br />E AS ABENÇOADAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC?<br /> POLUIÇÃO SONORA – ‘’A QUE PREJUDICA SILENCIOSAMENTE!’’<br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br />Nº 021 Data 17.10.2007<br /><br /><br /><br />‘’VOLTAIRE e o DESVIO’’<br />Caros leitores, respeito opiniões contrárias a minha, respeito ideologias adversas a que defendo, respeito pessoas que lutam pelos seus interesses, mesmo sendo radicalmente contra aos que defendo, até porque ainda sou daqueles que defenderão até a morte o direito constitucional das pessoas se manifestarem, mesmo não concordando com o que elas vão dizer (Voltaire). Como nas artes, quando costumamos parafrasear que a ‘’Arte pode ser tudo, menos qualquer coisa’’, na liberdade da expressão também tem um limite quando o indivíduo passa a dizer bobagem. Como muita gente faz ao folhear um jornal, não perco tempo com algumas áreas específicas, porém me pediram que lesse a coluna do Senhor J. Nunes, no Jornal O Tempo. Reconhecemos o louvável trabalho do mesmo em defesa da ecologia, principalmente a animal, mas quando o assunto é desvio da Duplicação da BR-101, muitas inverdades e mesmo muitas bobagens são ditas, sempre tentando nos desqualificar. Agora está maldosamente tentando dar uma versão ficcional para o movimento pró-desvio liderado pela ONG Sócios da Natureza (fundada em 1980). Senhor J. Nunes: pesquise, investigue antes de tornar pública uma informação ou mesmo uma denúncia. Sua elogiável dedicação aos indefesos passarinhos trás muito mais benefício à natureza do que ficar falando coisas sem fundamentação técnica e histórica a respeito desta gratificante conquista sócio-econômica e ambiental do município de Araranguá (...e reconhecida nacionalmente!). Social porque a comunidade de entorno ganha segurança, econômica porque ganha um trecho de 7KM de rodovia e uma segunda ponte, ambiental porque reduz a poluição sonora, concluindo com as indesejáveis cheias sobre a pista, além de outras justificativas de comprovação técnica. Assinado Tadeu Santos - Socioambientalista. <br /><br />LIXO/ENTULHO NO PARQUE INDUSTRIAL<br />Prefeitura Municipal de Araranguá usa terreno do Parque Industrial para depósito de entulho / lixo. Se estavam achando que a licença para o PI estava demorando na FATMA, agora então poderá ficar ainda mais complicado com as denúncias formuladas pelo Poder Legislativo de Araranguá, conforme tomamos conhecimento. Ao passo que a incompreensível prática de descaso demonstra despreparo dos responsáveis pelo setor, pois é de conhecimento público que a destinação de entulho, lixo ou qualquer coisa deste gênero precisa de projeto e licenciamento ambiental. Simpatizamos com a administração do Mariano, mas se na sua administração continuar estes devaneios ou omissões de conotação anti-ambiental tornar-se-á difícil continuar a apoiá-lo ou defendê-lo. <br /><br />Apenas um raciocínio!<br />O que incansavelmente procuramos em nossas vidas seria numa primeira resposta a felicidade, não? Estaríamos querendo saber de onde viemos e para onde vamos? Eu não, mas se alguém descobrir, me avise! Estaríamos querendo descobrir formas de longevidade ou a cura para todas as doenças? Eu não, até porque nem concordo com isso, já que se isso ocorresse haveria um descontrole global. Estaríamos querendo ser superiores aos nossos semelhantes? É possível? Impossível, porque afinal somos todos iguais, temos o mesmo fim. Estaríamos querendo então momentos de alegria, paz, saúde, conforto e de amor, por exemplo. Esta sim seria uma atitude racional, viável e possível, afinal a família nos oferece estes momentos de felicidade todos os dias, com durabilidade e intensidade variadas...<br /><br />MORRO DOS CONVENTOS<br />Quem tem um balneário como o Morro dos Conventos não era para valorizar cada metro quadrado? Questionamento feito a mim por um visitante quando me encontrava filmando lá pelos idos de 2000, quando ainda saia com uma filmadora e uma máquina fotográfica para captar as belezas do santuário ecológico do Morro dos Conventos, incluindo Ilhas e todo o estuário do Rio Araranguá. Lembrei do fato citado ao observar umas fotos enviadas pela minha amiga Coruja da internet, sobre a forma como os americanos cuidam de uma praia na costa leste, com muita limpeza, praças confortáveis e lixeiras entre muitas flores. Além de salva-vidas, guardas vigiam a segurança dos banhistas, enfim muita organização e planejamento.<br /><br />SOCIALISTA OU AÇORIANO!!!<br />Às vezes fico a pensar se sou um socialista anti-capitalista ou na verdade esta configuração pessoal seja resultado do comodismo e preguiça açoriana portuguesa.<br /><br />SOBRE A SOLICITAÇÃO DA ACIVA AO MP, TEMOS A SEGUINTE OPINIÃO:<br /><br />Não é a obrigatoriedade de realizar audiências públicas ou reuniões de interesse coletivo a noite que solucionará os problemas de uma comunidade ou de uma cidade, não é esta imposição que tornará o cidadão mais participativo ou atuante frente aos problemas de sua rua, bairro município ou região. A grande maioria destes eventos têm ultimamente sendo realizados a noite (quando de duração não superior a três horas). Já participamos de audiências públicas no período noturno (com início 19:00 hrs) com pouquíssima presença pública, enquanto que noutras ocorridas no período diurno registrou-se grande presença de público, é portanto muito relativo. Entendemos que tudo depende de uma complexa dinâmica de detalhes, que existem ações, decisões e diretrizes muito mais sérias pra se preocupar pelo desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida para a população, como por exemplo, exercer cidadania de fato! É preciso envolver corações e mentes nas dinâmicas sociais, culturais, econômicas e ambientais, em ações que comprovadamente constroem o bem estar social, tudo isso concomitantemente com a vida profissional e familiar.<br /><br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS.<br />O sócio ambientalista Tadeu Santos, da ONG Sócios da Natureza de Araranguá, participará como ‘’convidado especial’’ de evento internacional sobre Mudanças Climáticas / Aquecimento Global, no Chile, entre 06 e 09 de Novembro de 2007.<br /><br />A persistente luta contra a poluição causada pela atividade carbonífera na região sul de Santa Catarina e seu dramático envolvimento pessoal com o furacão Catarina em 2004, o qualificaram a participar deste importante evento ambiental - uma espécie de preparação a Conferência das Partes / COP (passando, portanto a ter grande possibilidade de ainda vir a participar no próximo ano, de conferência mundial sobre Aquecimento Global na ONU). A intensa dedicação à causa ambiental de forma estrita e comprovadamente voluntária, tem resultado em ações comprometidas com a busca de soluções e adaptações às mudanças climáticas, como a coordenação do Primeiro Encontro na região do Catarina sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas, em 2005, a palestra e depoimento no Fórum Social Mundial FSM, em 2005, a palestra na UNICAMP, em 2006 e as participações em seminários ocorridos em Brasília e no Rio de Janeiro, em 2007, sobre Justiça Ambiental e Climática, por exemplo.<br /><br />OBS. A assustadora coincidência da ocorrência do furacão Catarina justamente na região de maior emissão de CO² da América Latina (pela queima do carvão através da Jorge Lacerda 856MW), em toda a imensa costa do Atlântico Sul tem causado preocupação a comunidade ambientalista e cientifica, mas principalmente a quem sofreu diretamente com a violência dos ventos na noite de 28 de marco de 2004.<br /><br /> Coordenação Sócios da Natureza<br /><br /><br />Infor Informativo Socioambiental<br />Nº. 020 - Data 10/10/2007<br /><br />Tadeu Santos<br /><br /><br />CALÇADÃO DE ARARANGUÁ<br />Calçadão de Araranguá nos finais de semana perde a finalidade para o qual existe, principalmente nos domingos final de tarde e a noite, quando jovens exageram em quase tudo, começando pelo altíssimo som emitido pelas potentes caixas instaladas nos veículos, excessivo uso de álcool e possivelmente de drogas, algazarras e palavrões, gestos obscenos, sendo que alguns até urinam entre os veículos estacionados. Moradores, comerciantes e clientes estão assustados com os desdobramentos desta incômoda e inadequada farra pública. Por várias vezes constatamos a baderna, já ligamos para o 190, que prontamente enviou viatura, mas tão logo saem do local a desobediência civil volta a atuar. Sempre que ocorrem distúrbios desta natureza, nos procuram quando respondemos que nada podemos fazer, pois também somos vítimas deste malefício urbano. Sempre sugerimos a denúncia pelo telefone 190 da PM ou o registro de Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima. Estamos apostando que o novo Promotor da Comarca com o novo Comandante da Policia Militar, juntamente com a Administração Municipal e a sociedade civil organizada, ainda encontrem soluções para resolver este grave conflito socioambiental em Araranguá, que como qualquer poluição, nunca mata na hora, mas comprovadamente causa incômodo no trabalho, perturbação do sossego e deixa seqüelas irreversíveis na saúde humana (e de animais)! <br /><br />SEIXO ROLADO (CASCALHO)<br /><br />Um dos problemas ambientais mais preocupantes atualmente na região não se trata tão somente da famigerada atividade de exploração, beneficiamento e queima do carvão, do indevido destino do lixo e esgoto e da agricultura desordenada, mas da voracidade que empresas estão retirando o seixo rolado (cascalho) dos cursos dágua, alterando criminosamente a dinâmica dos rios. Dirão os defensores que obedecem aos projetos, que só o fazem com a licença ambiental e que estão dando condições de trafegabilidade à população com estradas encascalhadas. Justo, mas se caso os critérios preservacionistas fossem obedecidos e se não houvessem abusos na retirada.<br /><br />OBS. A enorme quantidade retirada para a obra da Duplicação da BR-101 equivale à necessidade de todos os municípios da AMESC e da AMREC, portanto uma destinação inadequada e ambientalmente injustificável. A prioridade deveria ser o atendimento aos municípios que possuem poucos recursos e dificuldades, ao contrário das poderosas empreiteiras da duplicação.<br />OBS. Ao questionarmos o respeitado Geólogo Jornada Krebs, ontem à noite no Comitê da Bacia do rio Araranguá, o mesmo concordou com as nossas preocupações e alertou para o perigo da retirada de seixos abaixo de uma determinada linha entre a Serra e o oceano. <br /><br />O contraponto da polêmica questão é quando da ocorrência de enchentes, não necessariamente como a de 1974, 1995 ou 2002, por exemplo, onde vidas humanas pagaram um altíssimo preço em nome do progresso ou crescimento, mas até de pequenas cheias que se tornam mais violentas quando a dinâmica das calhas dos rios é alterada pelo homem. A natureza é sábia, a profundidade e largura de um rio determinam a velocidade das águas e a configuração de suas curvas, alterar esta dinâmica natural é uma provocação a natureza. Queremos o desenvolvimento sustentável, onde o beneficiado maior seja toda a população da atual geração e das futuras também. A nossa região é propensa a ocorrência de cheias violentas, só a do natal de 1995, vinte e nove (29) pessoas foram arrastadas pela reação da natureza, que quando agredida e alterada de forma brutal, também mata.<br /><br />Tudo tem uma solução, esta solução pode ser adequada para o homem, mas péssima para a natureza, ou ser adequada para a natureza e péssima para o homem, correto? Agora pergunto qual você escolheria, a primeira ou a segunda? A primeira está comprovadamente dando provas de que não está funcionando para todos os humanos ou animais, pois estamos indo na direção de algo indiscutivelmente catastrófico, portanto por que não passamos a tentar a segunda alternativa como forma de ainda salvar este planeta?<br /><br />ANIVERSÁRIO DO SEMANANEWS<br />Numa entrevista ao Canal 20 em Criciúma, o Lessa na apresentação anunciou o polêmico Tadeu Santos, confesso que no momento não assimilei bem a ‘’carinhosa’’ definição, quando que hoje ao comentar sobre o depoimento do polêmico Zé Luis na homenagem aos dois anos do SemanaNews, uso da mesma argumentação. O Zé Luis queiram ou não, conquistou seu merecido espaço na história de Araranguá como atuante comunicador. Culto e severo crítico da hipocrisia, do charlatanismo, da idiotice política e de outras tantas distorções sociais, ambientais e econômicas, comanda dois dos três jornais do município (o outro é O Tempo, do também herói Quirino Loser). O Semcensura e o SemanaNews procuram cumprir com o compromisso de repassar informações a população araranguaense e do sul de Santa Catarina, enfatizou emocionado o jornalista e estudante de Pedagogia Jose Luis de Jesus na pequena, mas calorosa comemoração com a família, funcionários e colunistas no dia 05/10/2007.<br /><br />Informativo Socioambiental<br />Nº 019 Data 03/10/2007.<br /><br /><br /><br />SUJEITOS ESQUECIDOS SUJEITOS LEMBRADOS<br /><br />O encanto da noite de lançamento do livro do escritor, professor e historiador Antônio José Spricigo, no Colégio Murialdo faz a gente perceber o quanto a cidade carece destes momentos de rara beleza lítero-cultural. Apesar do auditório do colégio estar lotado percebeu-se a ausência da comunidade negra e de ilustres figuras araranguaenses ligadas a cultura. Por outro lado a formação cultural da coletividade araranguaense deixa a desejar, com quase 60 mil habitantes, comprovadamente pouco lê, haja visto não existir uma livraria de fato, quando que no nosso país vizinho Argentina encontraríamos no mínimo duas numa cidade com a mesma população. Tentativa de se ter uma livraria em Araranguá não vingou<br /><br />O livro ‘’Sujeito Esquecidos Sujeitos Lembrados’’ aborda a escravidão na freguesia do Araranguá (ou sul de Santa Catarina), resultado da sua brilhante dissertação de mestrado na UFSC e pelo comentário do seu colega escritor Mauricio Selau do Colégio São Bento de Criciúma, a abordagem da obra é inédita. Outra observação oportuna partiu do representante da ONG Anarquista Contra o Racismo, Ivan Ribeiro, da UNESC, que a leitura do trabalho do Spricigo revitaliza a auto-estima dos descendentes da raça negra na luta contra o preconceito racial. O prefeito Mariano não estava, mas foi bem representado pelo Diretor Cultural Vanio Coral.<br /><br />Preconceitos ainda existem, alguns, infelizmente ficam mais acentuados com o passar do tempo, o do racismo pode não estar incluído nesta direção, mas ainda continua nas mentes (nos corações não!) de muita gente. Acreditamos que a obra do César em muito contribuirá para a pesquisa e a própria redução do preconceito racial na região sul do Brasil. Parabéns César Spricigo – um escritor araranguaense!<br /><br />OBS. Apesar de não haver herdado traços / características, mas uma das minhas bisavós era bugre, do interior de Torres, hoje Mampituba/RS, no qual sempre que falo sobre a árvore genealógica familiar orgulho-me especificadamente muito desta origem, não o fazendo o mesmo para a descendência portuguesa, por exemplo. <br /><br />Apenas um raciocínio!<br />O que incansavelmente procuramos em nossas vidas seria numa primeira resposta a felicidade, não? Estaríamos querendo saber de onde viemos e pra onde vamos? Eu não, mas se alguém descobrir, me avise! Estaríamos querendo descobrir formas de longevidade ou a cura pra todas as doenças? Eu não, até porque nem concordo com isso, já que se isso ocorresse haveria um descontrole global. Estaríamos querendo ser superiores aos nossos semelhantes? É possível, mas impossível, afinal somos todos iguais, temos o mesmo fim. Estaríamos querendo então momentos de alegria, de paz, de saúde, de conforto e de amor, por exemplo. Esta sim seria uma atitude racional, viável e possível, afinal a família nos oferece estes momentos de felicidade todos os dias, com durabilidade e intensidade variadas...<br /><br />Recuperação e Revitalização do Açude Mané Angélica<br />A proposta de recuperação e revitalização do Açude Mané Angélica – importante ecossistema dentro do perímetro urbano de Araranguá, no qual foi elaborada pelos técnicos da UFSC, é um grande avanço socioambiental da administração Mariano Mazzuco. O recurso proveniente do Ministério das Cidades serviu para custear o projeto, falta, portanto a verba pra a recuperação e revitalização de fato. A principal ação consta na limpeza do açude, envolvendo uma draga, a construção de um vertedouro, com uma pista de atletismo contornando o açude e uma ponte. O estudo sugeri a iluminação do açude com a energia gerada com a queima do metano de uma usina junto a Estação de Tratamento de Esgoto, a ser implantada nas proximidades. O custo é de 800 mil reais e poderá ser reivindicado junto ao DNIT com os recursos das medidas compensatórias da duplicação ou junto ao Ministério do Meio Ambiente e/ou das Cidades. <br />Além de garantir a preservação do manancial hídrico de grande relevância para o município, já que é quase impossível contar com a água do rio Araranguá totalmente poluída pelo carvão, agrotóxico, lixo e resíduos industriais diversos, a revitalização do açude Mané Angélica proporcionará um equipamento de lazer urbano pra comunidade de entorno.<br />A proposta está boa, mas precisa ser melhorada e adequada as circunstancias locais. Sugeriremos a administração municipal a execução de uma ponte de madeira ou pênsil no meio do açude, a ampliação do reservatório até uma remanescente de Mata Atlântica abaixo do local onde funcionava o curtume e a implementação de um programa de educação ambiental com placas e cartilhas ecológicas.<br />O estudo da UFSC apontou uma nascente no lado sul do açude próximo à curva do desvio da duplicação, no qual será enviado ao DNIT para avaliação. Como já havíamos nos manifestado que não simpatizávamos com a acentuada curva, ficaremos torcendo para que os técnicos projetistas do DNIT alterem o projeto para o desvio adentrar ao atual traçado na altura da balança. <br /><br /><br />MAIS QUESTIONAMENTOS PREOCUPANTES SOBRE A BARRAGEM DO RIO DO SALTO, EM TIMBÉ DO SUL, NO SUL DE SC.<br /><br /><br />Continuam a fazer propaganda enganosa e eleitoreira na mídia regional sobre a proposta da barragem do Rio do Salto, projetada para Timbé do Sul, sul de Santa Catarina. Seus defensores, mais interessados na execução ‘’em si’’ do empreendimento de 60 milhões, alegam que o reservatório irá garantir o abastecimento de 100 mil pessoas de vários municípios, incluindo Araranguá e Balneário Gaivota, o que contestamos não ser verdade. Que irá garantir a irrigação de quase 20 mil hectares beneficiando 1.500 propriedades rurais, que poderá produzir energia, entre outras impossibilidades, comprometendo a veracidade das informações. Alertamos ao empreendedor mais seriedade na proposta. Conclamamos as autoridades mais rigor com o descaso do empreendedor demonstrado até agora. Nossa região comprovadamente não suporta mais impactos ambientais, principalmente se desnecessários. Existem alternativas viáveis!<br /><br />Por outro lado, consta nas diretrizes do Banco Mundial, da ANA e do Ministério da Integração, que a finalidade deste referido recurso é especificadamente para o abastecimento humano. Ora, então está havendo desvio de finalidade na aplicação do recurso! Como também está em desacordo com a Lei Nº. 9.433/97 de Recursos Hídricos que determina o uso da água, em situações de escassez, a prioridade para o abastecimento humano, ficando em segunda opção a dessedentação de animais e em terceiro a agricultura. Todo mundo sabe que o reservatório é para atender quase que exclusivamente a rizicultura.<br /><br />Empreendimentos como estes, deveriam antes do EIA-RIMA, passar pela leitura técnica de uma espécie de “Estudo de Avaliação Ambiental e Econômica” para determinar a viabilidade do mesmo. Torcemos pelo desenvolvimento da região sul de SC, mas com obras realmente necessárias de interesse do coletivo. O setor agrícola regional precisa de atenção, apoio e investimentos, mas não deste tipo que atenderá uma faixa de agricultores diretamente responsáveis pela escassez e comprometimento dos recursos hídricos, com o intensivo e desordenado sistema de irrigação adotado pelos mesmos. A rizicultura pode até ser um dos principais fatores que incrementam o setor agrícola da região, mas comprovadamente é degradante como é a mineração do carvão, além de gerar poucas frentes de trabalho, já que toda a operação é mecanizada...<br /><br />O satélite do Google Earth nos mostra uma assustadora visão entre o Oceano Atlântico e os Aparados da Serra numa faixa de quase 80 KM, uma planície totalmente sem verde e sem nascentes, uma área propensa a desertificação (Lado norte/catarinense da Bacia do Mampituba e lado sul do Araranguá (América do Sul pode perder, com a desertificação, até um quinto de suas terras produtivas até 2025, alerta a Convenção das Nações Unidas (ONU) para o Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês). O lado norte da bacia do rio Araranguá é reconhecida nacionalmente como uma das 14 áreas mais poluídas do Brasil de acordo com o decreto Federal Nº. 85.206 desde 1980. Ou seja, não é mais apenas conversa de ambientalista ou de ONG, são informações e dados públicos, portanto disponíveis para quem duvidar ou não acreditar. <br /><br />“Há um ciclo em que um fenômeno alimenta o outro. Se o meio ambiente édegradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água diminuem,aumentando as áreas desertas", afirma o conceituado técnico Heitor Matallo, da UNCCD/ONU.<br /><br />Segundo informações repassadas na audiência pública em 08/08/06 existe na localidade rural de Areia Branca 84 famílias de agricultores que plantam feijão, batata, milho, mandioca, que criam gado, porcos, galinha, que possuem horta com cebola, alface, perto de arvoredo com pés de laranjeira e bergamoteiras e ainda tem jardim em frente à residência. Estes agricultores serão indenizados e serão expulsos de suas terras, isto mesmo, expulsos! Vivem uma vida inteira em suas terras como seus antepassados e de repente tem que sair porque um técnico disse que precisaria construir uma barragem para resolver o problema dos rizicultores, ora, esta proposta contraria totalmente o Art 225 da Constituição Brasileira. Numa audiência pública na localidade de Areia Branca / Timbé do Sul / SC, onde o incompleto e insatisfatório EIA-RIMA foi apresentado pelo empreendedor, um agricultor desabafou chorando ‘’que não entendia porque que tinha que sair das suas terras se nunca havia prejudicado a natureza’’. <br /><br />Dentre as solicitações encaminhadas na audiência pública promovida pela FATMA, em Areia Branca, solicitamos um relatório sobre os atingidos pela barragem do rio São Bento, onde moram e que fazem atualmente? Até o presente momento em nada fomos comunicados e muito menos recebemos algo como resposta. A única solicitação por nós formulada na AP que está sendo desenvolvida é a avaliação com um parecer do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá.<br /><br />Tem nos preocupado imensamente artifícios oportunistas, muito utilizados por políticos e governantes para justificar que atenderam tal situação ou problema com a aplicação de recursos financeiros, primeiro para facilitar os urubus famintos por verbas públicas e segundo para usar eleitoralmente que ajudou tal região, mesmo sabendo que solucionou realmente o problema / conflito. O caso em questão é exemplar, pois não resolverá o gravíssimo problema / conflito rural da região, muito pelo contrário poderá complicar ainda mais. O empreendedor governamental / privado (CASAN) não quer discutir abertamente/democraticamente com a sociedade civil organizada, além de ficar culpando as deficiências da administração as ONGs ou sindicatos, por exemplo. <br /><br />Concluindo:<br />Esperamos que as irregularidades apontadas pelos técnicos da FATMA sejam solucionadas no EIA-RIMA.<br />Esperamos que, caso venha a ser construída a Barragem do rio do Salto, o governo estadual amplie a Reserva Biológica do Aguaí como medida compensatória para garantir a preservação das nascentes que abastecerão o reservatório.<br />Esperamos que, caso venha a ser construída a Barragem do Rio do Salto, o governo estadual promova a transferência dos agricultores através de programas de acompanhamento via ajuste de condutas, como forma de garantir qualidade de vida não menos inferior a que atualmente levam na Areia Branca. <br />Esperamos que o MPF avalie nossas preocupações observadas verbalmente na AP e registradas em documentos.<br />Esperamos que as denúncias no TCU, Banco Mundial, ANA e Ministério da Integração promovam um redirecionamento do recurso em benefício dos agricultores citados e aos recursos hídricos.<br /><br />OBS. Algum tempo atrás, os opositores da preservação ambiental rebatiam que os alertas sobre mudanças climáticas não passavam de alardes exagerados dos ambientalistas e das ONGs, ao passo que agora são cientistas do mundo inteiro e da ONU, na verdade estão reafirmando o que a comunidade ambientalista tanto pregava (...e continua!).<br /><br />INFORMAÇÃO - No Brasil, um (1) milhão de pessoas já foram atingidas diretamente pela construção de barragens e 3,4 milhões de hectares de terra estão alagadas pelos reservatórios. Após a formação dos lagos, a cada 10 mil famílias atingidas, apenas três receberam algum tipo de indenização. Entre as famílias que conseguiram nova moradia, o índice de empobrecimento é muito alto, já que elas perderam seus meios de produção - a terra para o cultivo e os rios para a pesca. <a href="http://www.mst.org.br/">www.mst.org.br</a><br /><br />Informativo Socioambiental<br />Tadeu Santos (<a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a>)<br /><br /><br />EUA / KIOTO / AL GORE / IRAQUE / BUSH E BRASIL...<br />Para quem acha que controla o mundo como os EUA (...e o pior é que controla mesmo!), é humilhante aceitar regras impostas por outros povos, mesmo sabendo que sejam as mais adequadas e que sejam as únicas. Apesar da teimosia do Bush em não assinar o protocolo de Kioto, já existe nos EUA um rígido processo de redução das emissões dos gases efeito estufa em alguns estados, onde as usinas a carvão são obrigadas a adotar filtros eficazes e sistemas de leito fluidizado (que mesmo assim não resolverão...). Por outro lado lá a fiscalização é bem mais atuante e rígida! Não permitem mais abusos como os cometidos com as bacias hidrográficas do Araranguá, Urussanga e Tubarão. Se o Bush não tivesse roubado a eleição do Al Gore, os EUA teriam assinado Kioto, não teriam invadido o Iraque e o mundo teria chances de ser um pouco melhor... Portanto, nem todo americano é burro como o Bush. E queiramos ou não, são avançados em quase tudo, na ciência, na literatura, no cinema, na corrida espacial, na medicina, na informática entre outras, mas vamos parar por aqui pra não humilhar a nossa histórica incompetência em lidar com coisas sérias... já que fomos descobertos juntos, possuímos um ecossistema territorial semelhante em quase tudo e somos considerados terceiro mundo... Mas a realidade é outra, ficamos a mercê deste idiota durante oito anos, um atraso quase que irrecuperável para o mundo. Colocações polêmicas, provocativas, mas sugestivas para uma reflexão ou mesmo um debate!<br /><br /><br />O IMOBILISMO E A NORMOSE!!!<br />Apesar de não haver ouvido a entrevista com o araranguaense nato Alceu Pacheco no programa ‘’Reunindo Amigos’’, simpaticamente comandado pelo Flávio Roberto e pelo Lony Rosa, fui informado que um dos temas debatidos foi o ‘’imobilismo’’. Como o assunto é instigante e sedutor, não resisti ao impulso de transcrever alguns comentários a respeito. Há uns tempos atrás encontrei na internet o termo ‘’normose’’ definindo-o como uma espécie de engessamento dos sentimentos, tipo as pessoas não mais se importarem com um indigente deitado na calçada, com a degradação dos rios e lagos ou com a absurda poluição sonora das cidades. Tanto a ‘’normose’’ quanto o ‘’imobilismo’’ podem ser atribuídos em grande parte aos políticos, aos empresários e a sociedade civil, que não decidem, que não ousam, que não contestam, que não criam, enfim, que não exercem a verdadeira cidadania. Por razões político-partidárias o desenvolvimento do município é prejudicado porque alguns setores produtivos que não apóiam a administração e vice-versa, quando o real desenvolvimento de uma cidade ou município está acima de tudo. Cidadãos criticam os políticos e a administração, mas votam sempre nos mesmos e nada fazem para mudar. Isso é imobilismo e normose!<br /> <br />COLETÂNEA SOCIOAMBIENTAL<br />Já temos aproximadamente 500 mil palavras escritas e centenas de fotos sobre a temática socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina, através de textos, artigos, cartas, denúncias e até capítulos já publicados em livros, por exemplo. Quando tivermos recursos pretendemos lançar uma espécie de coletâneas que retratariam um significativo olhar sobre a história da nossa região. Nossas escritas e apontamentos iniciaram por volta de 1995, portanto mais de dez anos de persistência, ‘’hobby e teimosia’’ em defender a natureza e uma melhor qualidade de vida para a região. Não temos nenhum dom literário, muito pelo contrário, temos muitas fraquezas e dificuldades que tentamos superar. Entendemos que o importante é que fatos significativos sejam de uma forma ou de outra registrados. Como na fotografia, existem as que são bem batidas e as que não apresentam qualidade, mas que têm seu valor pelo conteúdo, pelo momento captado. A escrita também tem suas graduações, sendo que nos situamos no primário, ainda como aprendizes.<br /><br /><br />SEMANA DA HISTÓRIA DA UNESC. Fomos convidados para participar de uma mesa redonda na semana da HISTÓRIA, SOCIEDADE E NATUREZA: O BRASIL NA PERSPECTIVA AMBIENTAL na UNESC a ser realizada em 4/10/07 cuja temática será sobre a COLONIZAÇÃO, AGRICULTURA, MINERAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS NA HISTÓRIA DA REGIÃO CARBONÍFERA DE SC. Mais outra oportuna atitude da UNESC em democratizar o debate sobre o maior conflito ambiental da região: a exploração, beneficiamento e queima do carvão. Estaremos lá defendendo a integridade do Rio Araranguá e a qualidade do ar que respiramos. Estaremos lá argumentando que desenvolvimento de fato só ocorre numa cidade ou região se houver benefício econômico a toda a população proporcionando com qualidade de vida (Que contemple o tal de IDH). Nossa concepção socioambiental de uma universidade também é proporcionar aproximação com a sociedade civil organizada, o que a UNESC está sabiamente fazendo. Parabéns! <br /><br /><br />ALTHOFF e o CPURMA.<br />Andam dizendo as más línguas que o embargo ao supermercado Althoff foi de iniciativa da ONG Sócios da Natureza. Nada fizemos contrário a licença do empreendimento, muito pelo contrário somos favoráveis a necessária e oportuna instalação de mais um supermercado na cidade. Nada temos a construção no local, desde que adotem as especificações técnicas contidas na legislação. Quando que irão parar de apontar a ONG como culpada disso ou daquilo? Apenas comentamos na ocasião a lamentável ausência de debate no Conselho de Política Urbano e Rural – CPURMA. Afinal as entidades participam das reuniões e estão lá para quê? E por falar em CPURMA, não ocorreram mais reuniões para construir o futuro urbanístico do município de Araranguá. Pode não parecer importante para muitos que só visualizam resultados imediatos, mas é assim que ocorrem as mudanças nas diretrizes dos Planos Diretores e ninguém dá atenção ou importância, claro que até o momento que passe a prejudicar seus interesses privados.<br /><br />Informativo Socioambiental<br /><br /><br /><br />11% CULTIVÁVEL - Eis mais um dado preocupante, apenas 11% do planeta é cultivável e mais da metade está ameaçada pela errônea forma de uso do solo, da água e das florestas, que obrigatoriamente tem que produzir para alimentar 6,3 bilhões de pessoas e que em 2020 terá que abastecer 8,2 bilhões de pessoas. A afirmação é do responsável pelo Programa de Meteorologia para a Agricultura da Organização Mundial de Meteorologia - OMM, Mannava Sivakumar, portanto mais uma vez não é declaração de ambientalista ou de ONG ambiental. No processo de transformação das Áreas de Preservação Permanentes da AMESC, em Unidades de Conservação ouvimos muitas ‘’bobagens’’, como por exemplo, que não tínhamos conhecimento de causa entre outras reclamações de agricultores e até insinuações de técnicos da EPAGRI. Insistimos que a nossa região já está em processo de desertificação com conseqüências a curto prazo se não houver uma virada de concepção sobre como cultivar adequadamente as terras do vale do Araranguá. Os agricultores só pensam em lucro imediato e os técnicos não o contestam. O pró-varzea é uma prova do descaso para com a natureza, eliminaram a Mata Atlântica nas planícies e as protetoras matas ciliares das margens dos rios, em nome do progresso a qualquer custo. Uma comunidade rural de Meleiro, influenciada por idéias idiotas não concordou em transformação o Morro Albino em Unidade de Conservação (UC) demonstrando com isso que tem intenções de devastação em beneficio próprio, o mesmo discurso que tornou o lado sul da planície da bacia do rio Araranguá numa área ameaçada para o cultivo. <br /><br />VAMOS TENTAR ESCREVER UM POUCO DE HISTÓRIA POLÍTICA DE ARARANGUÁ! (já que ninguém está escrevendo ou está? Se está melhor ainda, pois haverão versões e interpretações diferenciadas sobre os acontecimentos).<br />O futuro cenário político de Araranguá está se redesenhando mais uma vez, os partidos políticos que não estão no poder articulam para ocupar o espaço dos que estão, uma rotina que se repetirá enquanto houver democracia. Atualmente o partido político PP ocupa o poder executivo municipal na pessoa do empresário Mariano Mazzuco com mandato até 2008. Foi eleito em coligação com o PPS, mas a coligação não funcionou conforme haviam estabelecido. O mandato do Mariano Mazzuco ainda está sendo avaliado pela população, uns o acham muito parado, outros acham que está fazendo uma boa administração, enquanto que outros acham que não está fazendo nada. A atual administração pouco divulga suas ações, diferentemente da anterior que excedia em gastos com propaganda, sendo inclusive criticada por ter um contrato exorbitante com a rádio local. O importante da divulgação não só para enaltecer o mandato do prefeito, mas para atender um direito do eleitor cidadão de tomar conhecimento da dinâmica pública. Enfim, a propaganda é alma do negócio, mas enfatizamos que gestão pública não é negócio, gestão pública é gestão pública! As verdadeiras obras não são aquelas de resultado imediato, mas aquelas de longo prazo, como na educação e na saúde. Se prevalecer a tendência estadual, o PT se coligará com o PP (do Amin) para enfrentar o PMDB (do LHS), o que certamente refletira aqui em Araranguá, já que a Senadora Ideli tem forte presença no município com a instalação da UFSC e do CEFET. Existem setores políticos e empresariais que ainda não perceberam a importância de uma universidade ou de uma escola técnica pública no fomento do desenvolvimento de um município ou região. Obvio que não é o suficiente, é preciso a complementação com outras necessidades básicas, mas uma universidade é mais importante que uma indústria, que pode fechar, enquanto que a educação fica nos corações e mentes das pessoas. <br />Este é no nosso olhar sobre o cenário político de Araranguá, óbvio que existem outros que divergem do mesmo, mas o que seria do vermelho se não fosse o azul! Afinal vivemos numa democracia e devemos apreender a conviver com as divergências de idéias...<br /><br />CELESC<br />Ainda não entendi porque a CELESC, uma empresa estatal mista, portanto quase a metade das ações (patrimônio) de propriedade privada, que cobra uma das taxas energéticas mais caras do mundo e utiliza áreas públicas municipais para distribuir a energia aos consumidores, que na verdade são os ‘’donos’’ das vias públicas. E tem mais, cobra das empresas de comunicação o uso das linhas telefônicas sobre os postes, que são de sua propriedade, mas que estão fincados sobre área pública e de graça!!! Posso estar errado, mas as prefeituras deveriam cobrar o uso através de uma medida compensatória como, por exemplo, iluminando as praças. Aqui em Araranguá poderia ser a Praça do Relógio, nosso cartão de primeira impressão da cidade, bem iluminada a noite daria um encanto a mais na arquitetura urbana, mas claro que de dia precisaria de bastante flores para continuar o encanto.<br /><br />BOLACHA RECHEADA - No sábado pela manhã uma menina aparentando 7 anos entrou na locadora pedindo dinheiro, dizendo que queria comprar algo para comer. Estava com o rosto e as mãos sujas, pedi para que fosse ao banheiro lavar as mãos, quando voltou ofereci uma sacola onde havia pacotes de bolacha doce e salgada, uma maçã e algumas balas. Abriu e reclamou que não havia bala, então peguei as que haviam sobrado e coloquei na sacola. Voltou a mexer na sacola e retirou todas as balas devolvendo a sacola com as bolachas e a maçã, dizendo que não queria, disse a ela que então levasse aos seus irmãozinhos, quando respondeu que eles também não gostavam, só se fosse bolacha recheada.<br /><br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br />‘’UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL’’<br /><br />Nº 13 Data 22/08/2007.<br /><br /><br /><br />Fatos recentemente ocorridos no meio araranguaense me fizeram lembrar esta parábola:<br />COMO NASCE UM PARADIGMA - Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula em cujo centro colocaram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam de pancada. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram então com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: " Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... " Não percam a oportunidade de passar esta história para os teus amigos para que de vez em quando se questionem por que fazem (ou não fazem) certas coisas neste município ou nesta região ".<br />Como disse o Einstein ‘’É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito’’<br /><br />A ENERGIA DA MORTE - Na China a energia elétrica está chegando às casas dos chineses com ‘’sangue’’. Esta semana mais 180 mineiros poderão estar mortos numa mina de carvão – a fonte energética mais poluente do planeta. No ano passado morreram 4.746 mineiros nas minas da China. Aqui na nossa região, no ano de 1984, 32 morreram em Treviso/SC e quantos que morrem com a doença do pulmão negro denominada de pneumoconiose? Todo o custo ambiental e humano para abastecer uma poderosa multinacional que queima o carvão para gerar ‘’comprovadamente’’ uma das energias elétricas mais caras do mundo. <br /><br />BANCO DO BRASIL - Condomínio Alcebíades Seara ficou durante cinco anos reivindicando a gerência do Banco do Brasil a retirada do ar condicionado que jogava um inconveniente ar quente nos aptos vizinhos, como também produzia um irritante ruído quando estava em funcionamento. Nos meses de março e abril passado trocaram todo o sistema de ar no qual trabalhavam a noite toda e nos finais de semana promovendo barulho sem nenhum respeito aos vizinhos. Considerando que iria melhorar, os vizinhos toleraram a baderna que os operários faziam, só chamando a policia em duas ocasiões em que a situação estava insustentável. Pode parecer inacreditável, mas agora ficou pior, pois o novo motor do ar condicionado funciona dia e noite e pasmem, até nos finais de semana, pra nada, já que não há ninguém no banco.<br /><br /><br />DESVIO DE FINALIDADE - 199 morreram no acidente da TAM, mas quantos morrem por dia nas estradas brasileiras? A Câmara Federal parece estar trabalhando exclusivamente no previsível acidente de Congonhas, quando coisas mais importantes para o país precisam ser debatidas pelos parlamentares. Já existem órgãos públicos habilitados e capacitados para investigar, como o MP e a Polícia Federal. A mídia oportunista entra na onda e só divulga a tragédia aérea, quando poderia comparar com a sinistra contabilidade de mortos nas esburacadas rodovias brasileiras e cobrar a implantação de ferrovias neste Brasil, por exemplo, mas não o fazem porque choca diretamente com os interesses da Petrobrás, da Good Year e da Mercedes Bez, apenas para citar algumas das companhias que são comprovadamente contrárias as estradas de ferro no Brasil. <br /><br />SERRA DO FAXINAL - Mais uma vez o Governo Estadual trata com descaso o extremo Sul de SC, prorrogando o início do asfaltamento da Serra do Faxinal, em Praia Grande, a minha querida terra natal que o folclore popular maldosamente a intitulou como a cidade das duas mentiras: não é praia e nem é grande, o que, como praiagrandense nato, me dá o direito de carinhosamente contestar: são três mentiras, porque também não é cidade, mas é a TERRA com os recursos naturais mais lindos e espetaculares do Sul do Brasil, com os exclusivos canyons dos Aparados da Serra. Enfatizo porque entendo ser muito mais conveniente e estratégico a denominação ‘’TERRA DOS CANYONS’’, onde o apelo ecológico é mais forte, mais natural, o que consequentemente atrai muito mais os urbanos das cidades. O desenvolvimento do município de Praia Grande está intrinsecamente dependente da parte superior dos canyons e vice-versa, portanto a ligação entre ambos precisa ser de qualidade, confortável e segura, para que o turista tenha oportunidade de apreciar e curtir o cenário cinematográfico. Um adequado Plano Diretor elaborado com o inovador Estatuto das Cidades proporcionará condições para um projeto de desenvolvimento... que passa pela Serra do Faxinal, já que na parte superior (onde é Parque!) não é permitida a construção de pousadas e hotéis, por exemplo. Esta promessa do atual governo de iniciar somente no próximo ano é assustadora e angustiante! <br /><br />AS PONTES DE CÁ... - A catástrofe da ponte de Minneapolis é uma adversão. Mais de 160.000 pontes nos EUA correm risco de desabamento. As estradas de longas distâncias, túneis e diques estão em tão más condições, que engenheiros, há muito tempo, dão alarme, até o momento, em vão. Este paragrafo dá inicio ao texto de Marc Pitzke, New York (<a href="http://www.reforme.com.br/">www.reforme.com.br</a>). Aqui no Brasil não é muito diferente, há pouco tempo a ponte da BR-101 sobre o Rio Urussanga caiu. Estaria a nossa ponte da BR-101, com o excessivo tráfego de cargas pesadas, em estado satisfatório? Tem sido vistoriada e avaliada pelos técnicos do DNIT?<br /><br />OBS. - A energia desperdiçada no Brasil equivale à geração de cinco usinas nucleares, com um total de 1.400MW, devido ao predatório consumo da energia, causado principalmente pelo uso de máquinas antigas e motores ultrapassados, lâmpadas obsoletas, usinas sem adequada manutenção, iluminação urbana descontrolada e precárias redes de transmissão.<br /><br />tadeusantos<br /><br />Breve e resumido relato dos principais problemas socioambientais do município de Araranguá, encaminhados ao Ministério Público Estadual desta Comarca, na expectativa que surja um democrático debate na busca de soluções entre os órgãos responsáveis, a administração municipal e a sociedade civil organizada.<br /><br /><br />Com a intenção de contribuir procuraremos informar com um olhar socioambiental os problemas e conflitos ambientais do município de Araranguá, que continuam sendo os mesmos de sempre. A busca pela sobrevivência faz com o homem exerça uma pressão desordenada sobre os recursos naturais, promovendo impactos ambientais muitas vezes de irreversível recuperação. Iniciaremos pelo mais importante recurso natural do município, o rio Araranguá, que vêem ao longo das últimas décadas recebendo diariamente resíduos piritosos da atividade carbonífera, causando não só prejuízo ambiental, mas socioeconômico, pois a poluição baixa o pH da água a níveis intoleráveis a qualquer tipo de vida, como os valiosos peixes, não permitindo assim que centenas de famílias possam através da pesca complementar a escassa ceia alimentar. A agricultura despeja agrotóxicos sem nenhum critério, a rizicultura extrapola com a irrigação comprometendo a dinâmica dos lençóis freáticos e devolvendo a água com toneladas de impurezas aos rios. Os postos de combustíveis largam clandestinamente resíduos de óleo no rio, o esgoto também vai para o rio junto com o lixo ou tudo aquilo que não serve mais para o consumo humano.<br /><br />No Morro dos Conventos, a ameaça à integridade do ecossistema é permanente. Construções irregulares, desmatamento de mata nativa e circulação de veículos sobre áreas de restinga e dunas eólicas. O mesmo pode-se dizer do estuário do rio Araranguá, incluindo Ilhas, Barra Velha e Morro Agudo. O sistema lagunar incluindo a Lagoa Mãe Luzia, dos Bichos, da Serra e do Caverá sofrem com o indevido uso de suas águas. O remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande sofre com desmatamento e caça predatória todos os fins de semana. Outro recurso natural que está seriamente comprometido é o açude Mané Angélica, como também o banhado entre a XV de Novembro e a Iracy Luchina. <br /><br />A cidade de Araranguá já foi uma das mais barulhentas do estado de Santa Catarina, como por exemplo, na passagem da rodovia BR-101. O EIA-RIMA da duplicação apontou 86 decibéis, o maior índice de todo o trecho entre Palhoça e Osório. A partir de 2002, alguns jovens passaram a incrementar seus veículos com potentes sons para circularem nas vias públicas, tanto de dia quanto a noite e mesmo na madrugada dos fins de semana. Atualmente pode-se afirmar que houve uma redução, mas todos os dias ainda ‘’se escuta na marra’’ esta idiota programação musical. No final de 2006, os jovens resolveram retirar o silenciador do escapamento (descarga) para produzir um ‘’ronco mais legal’’ no motor, mas junto retiram o catalizador, emitindo gases poluentes para a saúde pública e para o aquecimento global. Calcula-se que mais de 500 veículos e motos circulam com esta irregularidade em Araranguá. Motos circulam com descargas alteradas produzindo ruídos ensurdecedores, principalmente nos finais de semana, provocando pânico em pessoas enfermas, crianças e idosos. Carros de som com propaganda comercial extrapolam os decibéis permitidos e não respeitam colégios, casas de saúde e igrejas. Enfim, infrações bem mais prejudiciais que estacionar em local proibido, mas que não são devidamente fiscalizadas pela polícia e a administração municipal.<br /><br />Um outro grave problema que atinge toda a Comarca de Araranguá é o maltrato aos animais, desde os abandonados cães de rua até o bárbaro abate de animais. Para exemplificar, na semana passada mataram cinco cães na Coloninha, há dois meses quebraram a perna de uma idosa cadela muito popular na cidade, chamada de Catita. A Associação Bom pra Bicho não dispõe de recursos para atender a grande quantidade de animais com doenças, transformando-se, portanto num problema de saúde pública. No Maracajá existe um frigorífico que mata os animais a pauladas, quando já existem armas consideradas apropriadas para o abate humanitário (com o menor sofrimento possível). <br /><br />As soluções mais adequadas para os problemas e conflitos apresentados são várias, mas de difícil iniciativa da sociedade e do setor privado, como também por parte das administrações, tanto municipal quanto estadual. Como também é função das ONGs atuar nas questões de interesse ecológico que o Estado trata com descaso ou quando muitas vezes é omisso. <br /><br />Como dá para perceber o cenário é desolador e preocupante, por isso contaremos com a parceria do Ministério Público Estadual no que for viável e possível nesta empreitada pela preservação da natureza e por uma melhor qualidade de vida para a Araranguá e região. <br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br /><br /><br />‘’O QUE FIZ HOJE PELOS OUTROS?’’<br />Martin Luther King<br /><br /><br /><br />As praças e os jardins, assim como os rios e os lagos também são para ser apreciados. O que você pensa a respeito?<br />----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />Somos todos culpados pelos estragos na natureza do sul de Santa Catarina, desde a escolha do voto a políticos que não tem nenhuma preocupação com o meio ambiente, até o excesso de consumo de energia em nossas casas, que por sua vez faz com que aumente a exploração do carvão para queimar na Jorge Lacerda de Capivari, conseqüentemente poluindo ainda mais a natureza, desde a extração na região de Criciúma até a queima na multinacional Tractebel/Suez. Portanto, economize energia!!!<br />---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />REPÚDIO A DITADURA CASTRITA, MAS AMO CUBA!<br />------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />Abandonaram-me!!! Não sei precisar a hora ou o dia, mas quando percebi estava num lugar desconhecido onde nada me era familiar. Os que passavam não me davam atenção. Fiquei um tempo à espera de alguém e nada, então comecei a ficar com medo... A noite foi chegando, comecei a sentir frio e fome. Dormi num canto aquela noite e todas as outras seguintes. Com a dificuldade natural de comunicar-me, mesmo assim arrumei alguns amigos para brincar e outros para me alimentar. Ainda não sei por que fui abandonado como um cão de rua, mas afinal agora sou um deles! <br /><br />-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />A vida! Bom a vida é uma coisa simples, as pessoas que a complicam! Não lembro, mas foi alguém que fez este oportuno e sábio comentário ainda neste frio mês de julho.<br /><br />---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />VEJAM COMO UMA JOVEM ARARANGUAENSE DEFINIU SÁBIA E ACERTADAMENTE A PROVOCATIVA AFIRMAÇÃO DE QUE ARARANGUÁ PODERIA SER AINDA MELHOR DE SE VIVER :<br /><br />Araranguá poderia ser ainda melhor para se viver se não fosse a falta de consciência, interesse e ação de sua população. Que pouco sabe de sua força individual para a construção de um coletivo fortalecido e instruído, que investe na educação, meio ambiente, turismo, cultura e não em comportamento corrupto, que privilegia interesses pessoais, sem ser o "câncer" do planeta.<br />PSF<br />---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />Assinei a carta de compromisso do Live Earth, que consiste em 7 passos que podemos tomar para combater a crise climática. Depois dos shows do Live Earth, milhares de pessoas assinaram essa carta, mostrando o começo de um verdadeiro movimento global para salvar a humanidade e o planeta. Veja a carta nesse link e depois peça a 7 amigos para assinarem também: http://www.avaaz.org/po/global_climate_movement/<br />EU ME COMPROMETO:1. A exigir que meu país participe de um tratado internacional nos próximos 2 anos, que reduza em 90% a poluição responsável pelo aquecimento global nos países desenvolvidos e em mais de 50% em todo o mundo, para que a próxima geração herde um planeta saudável;2. A assumir atitudes individuais para solucionar a crise climática, reduzindo ao máximo as minhas emissões de CO2 e neutralizando o restante para me tornar uma pessoa "carbono neutra";3. A lutar pela suspensão da construção de qualquer gerador de energia movido a carvão, que não tenha a capacidade de reter e armazenar o CO2 com segurança;4. A trabalhar por um aumento significativo na eficiência do uso de energia da minha casa, trabalho, escola, espaço religioso e nos meios de transporte que utilizo;5. A lutar por leis e políticas públicas que ampliem o uso de fontes de energia renováveis para reduzir a dependência do petróleo e carvão;6. A plantar novas árvores e me unir a outras pessoas na preservação e proteção das florestas;7. A comprar produtos de empresas e apoiar líderes que compartilham do meu compromisso em solucionar a crise climática e construir um mundo próspero, justo e sustentável para o século 21<br />--------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />CARVÃO x NUCLEAR<br /><br /><br />Perdoem-nos os contrários as nucleares, mas talvez a gravidade maior esteja nas usinas a carvão, que comprovadamente causam um estrago real e irreversível, desde a famigerada exploração do minério, detonando com os recursos naturais, principalmente os hídricos, passando pelo irregular beneficiamento e inadequado transporte, até a criminosa queima com a emissão de gases SO² e NO² que produzem a traiçoeira e imperceptível chuva ácida, concluindo com o polêmico e ‘’agora’’ temível CO², que desequilibra a camada de ozônio, conseqüentemente alterando a climatologia da Terra.<br />Concordamos com o cientista inglês James Lovelock, autor de ‘’A Vingança de Gaia’’ e com o fundador do Greenpeace, Patrick Moore, que vêem na geração de energia nuclear a melhor alternativa para reduzir a emissão dos gases efeito estufa produzido pela queima de combustíveis fósseis, queiram ou não, ‘’o maior culpado’’ pelo atual estágio do irreparável e incontornável aquecimento global.<br />Entendemos que as usinas nucleares são verdadeiras ‘’bombas’’ que podem matar, mas o carvão também mata só que de forma paulatina, começando pelos mineiros que adquirem a incurável pneumoconiose, razão pela qual o Estado os aposenta com apenas 15 anos de trabalho. A população num raio de até 300KM pode ser afetada pelos gases e particulados, além da riquíssima biodiversidade de dois Parques Nacionais (Itaimbezinho e São Joaquim), a APA da Baleia Franca e a Reserva Biológica Estadual do Aguaí.<br />Temos percebido que a respeitada e poderosa comunidade ambientalista brasileira, representada pelos GTs / FBOMS, tem demonstrado empenho apenas contra o desmatamento da Amazônia e agora contra Angra 3, enquanto que a Jorge Lacerda 856MW continua emitindo dia e noite toneladas de CO². Sendo que mais duas (USITESC/440MW e Maracajá/375MW) estão em avançado processo de licenciamento aqui no sul de Santa Catarina (coincidentemente o epicentro do furacão Catarina, o único do Atlântico Sul) e mais outras duas no Rio Grande do Sul (Candiota e Cachoeira do Sul). <br />Concordamos com a preocupação nacional (desmatamento e a retomada nuclear), principalmente dos cariocas que vivem nas proximidades de Angra, que a iminente ameaça de um vazamento nuclear é assustadora, mas entendam que a poluição aqui no sul de SC é agora, está acontecendo! É real!<br /> INFORMATIVO Sócios da Natureza<br /><br />COMPARAÇÃO<br />As pessoas que passam pela Vila São João, em Torres/RS, espantam-se com o trambolho arquitetônico que está dividindo a cidade. Na semana passada recebemos telefonema de uma advogada de Terra da Areia / RS, cidade atravessada pela duplicação, solicitando informações sobre quem e como foi conseguido o desvio da rodovia BR-101 em Araranguá. Imediatamente explicamos que a conquista foi mérito da parceria e união das entidades da sociedade civil organizada araranguaense e que a pertinência resultou em sorte ao enviarmos um e-mail ao BID de Washington fazendo com que uma missão de acompanhamento da obra viesse a Araranguá avaliar o conflito local e que, sabiamente, decidiram em favor da alternativa defendida pela comunidade (na época o banco iria financiar a obra). Enfatizamos à gaúcha que infelizmente acordaram tarde para evitar o ‘’muro’’, que fatalmente criará inúmeros problemas para a cidade e que acreditamos não ter mais volta devido ao adiantado estágio da obra, mas que poderiam reivindicar medidas compensatórias e mitigadoras. <br /><br /><br />AL GORE E COLLOR<br />Ao tomarmos conhecimento que o Senador Fernando Collor de Melo, como Presidente da Comissão de Mudanças Climáticas do Senado, formalizou convite ao ex-vice-presidente dos EUA e renomado ambientalista Al Gore, para palestrar no Congresso Nacional sobre Aquecimento Global, enviamos mensagem ao também ex-presidente Collor parabenizando-o inicialmente pela corajosa medida em seu mandato presidencial de cortar a mordomia que o setor carbonífero recebia do governo federal com a retirada aos subsídios do carvão. Solicitamos também que viabilize a vinda do Al Gore à Araranguá, o epicentro do furacão Catarina, já que o mesmo cita o primeiro furacão do Atlântico Sul em seu filme ‘’Uma verdade Inconveniente’’. Ontem recebemos uma mensagem do Senador comunicando que ainda não está definida a data e as condições da visita do Al Gore ao Brasil, mas que continua empenhado no convite e prometeu que logo tenha uma definição analisará com afinco as possibilidades de sua agenda. Entendemos o recebimento da mensagem como um sinal positivo de que existe uma real possibilidade de Al Gore vir à Araranguá. São inúmeros os desdobramentos de uma visita deste quilate a nossa região e devemos aproveitá-los em todas as esferas sociais e governamentais.<br /><br /><br />CONSULTAS PÚBLICAS<br />Realizamos a primeira consulta pública sobre as Unidades de Conservação no município de Araranguá, no centro comunitário da Lagoa da Serra, na noite de sexta-feira dia 15 de junho. Estavam presentes aproximadamente 35 moradores do entorno, que significa uma baixa participação, mas nestes casos o que interessa é a qualidade e não a quantidade. Após apresentação da proposta houve vários questionamentos acerca dos recursos naturais, dos usos que serão permitidos ou restringidos de acordo com legislação que já existe desde a década de 60. Explicamos que com a UC é criado um conselho que passa a fiscalizar e executar o que será definido no plano de manejo que será elaborada com a participação comunitária. Ao passo que não houve por parte do público presente nenhum conflito ou rejeição à proposta de implantação da Unidade de Conservação no importante ecossistema da Lagoa da Serra. Esperamos que a administração municipal do Arroio do Silva acate a consulta pública realizada como parâmetro para decretar a Unidade de Conservação na parte que toca ao município. <br /><br />A segunda CP foi realizada no dia 16, no período da manhã, no centro comunitário de Ilhas, com pouca participação também. Entretanto, foi um encontro mais dinâmico e produtivo pela justa revolta dos pescadores que se sentem prejudicados com ‘’estrangeiros’’ pescadores que não respeitam as normas da Colônia e nem mesmo a legislação, resultando numa verdadeira desobediência civil, já que as autoridades responsáveis não atuam com rigor contra os infratores. Também não houve nenhuma contrariedade a UC de Ilhas, mas foi assumido um compromisso para ser elaborado, com urgência, um manifesto contendo todas as injustiças praticadas contra a já sofrida pesca artesanal de Ilhas, com objetivo de entregar às autoridades num encontro a ser promovido em Ilhas, com apoio da Administração Municipal, SAMAE, CTMA do FDESC e ONG Sócios da Natureza. Esperamos contar com o apoio de outras entidades civis de Araranguá na busca de uma solução para este gravíssimo conflito social.<br /><br /><br />27 anos de Sócios da Natureza!<br />O Dia Mundial do Meio Ambiente deveria ser uma data comemorativa mais do que especial. Outras datas, como o dia dos namorados, das crianças, das mães, dos pais ganha muito mais destaque e repercussão na mídia, porém, estas sabemos que são devido, sobretudo, por razões comerciais e de marketing.<br />O dia 5 de junho deveria merecer muito mais atenção, tanto que passa despercebido por diversas pessoas, quando teria que ser o contrário, ser um momento de muita reflexão para com a nossa Mãe Natureza. O que estamos realmente fazendo para contribuir com a mudança do preocupante cenário sócio-ambiental atual? Será que não estamos agindo mais como agentes poluidores do que procurando ser lideranças na nossa comunidade ou simplesmente ser um cidadão ecologicamente consciente?<br />Na verdade o meio ambiente deveria ser um tema para ser pensado, analisado, discutido todos os dias do ano na área educacional, governamental, privada, bem como de toda a sociedade civil. É ele que rege a nossa vida, tudo tem relação direta ou indireta com o nosso meio. Como ficará num futuro próximo, por exemplo, a situação do abastecimento de água, recurso indispensável para viver? Por que esperar chegar a um ponto ainda mais caótico se podemos desde já tentar mudar a realidade?<br />É com essa breve reflexão que se insere os Sócios da Natureza, que nasceu exatamente há 27 anos atrás, no Dia Mundial do Meio Ambiente de 1980. A preocupação com a vida do Rio Araranguá fez surgir esta Organização Não Governamental que hoje é uma das mais atuantes e antigas de Santa Catarina. O seu foco de atuação continua sendo a luta contra a poluição do Rio Araranguá causada principalmente pela mineração do carvão. Acompanhamos o debate mundial em torno do polêmico aquecimento global e a indústria do carvão, contraditoriamente, contribui com a emissão de CO2 através de suas usinas termoelétricas há mais de quatro décadas em nosso país.<br />É com muita disposição e força que os Sócios da Natureza tentam ao longo de sua trajetória proporcionar uma melhor qualidade de vida para região sul catarinense, atuando em várias frentes, com ênfase nesta questão do carvão, nas questões ambientais do processo de Duplicação da BR 101 e na preservação do ecossistema do Morro dos Conventos, entre tantas outras missões. Além disso, conta com a parceria de diversas entidades municipais, estaduais, nacionais e até mesmo internacionais para o fortalecimento do movimento ambiental que, infelizmente, torna-se difícil de obter resultados positivos num curto prazo, o que exige dos ambientalistas muita persistência e otimismo.<br />As ONGs em geral não passam muita credibilidade, já que várias são criadas com o objetivo único de angariar recursos, porém há de se acreditar que existem, diga-se pouquíssimas, que trabalham e são motivadas verdadeiramente pela causa ambiental. Os Sócios da Natureza são uma delas e ainda com o diferencial que durante todos estes anos vem sobrevivendo sem recursos, sendo, portanto, um trabalho estritamente voluntário e independente. Demonstrando, dessa maneira, verdadeira paixão pela natureza e também muita preocupação com as futuras gerações que herdarão um triste cenário ambiental, caso não seja revertido radicalmente. <br />Juliana Vamerlati<br />Historiadora e Mestranda em História na UFSC<br /><br /><br />PROJETO PARA O ESGOTO SANITÁRIO DE ARARANGUÁ<br />(Um olhar socioambiental)<br /><br /><br /><br />Administração Mariano Mazzuco inova através do SAMAE investindo no projeto de coleta, tratamento e disposição do esgoto sanitário para o perímetro urbano do município, que no nosso entender é a mais importante e maior obra da história de Araranguá. No auditório da AMESC, os técnicos da UFSC apresentaram uma rápida leitura da proposta, configurando as 13 bacias coletoras que se interligarão direcionando todo o esgoto para a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE, propulsionada através de três reatores com sistema anaeróbico, inicialmente projetada para um terreno baldio às margens da rodovia BR-101, próximo a Aravel. Quando em funcionamento a ETE produzirá resíduo em forma de lodo que poderá ser utilizado em aterro ou adubo para reflorestamento e gás metano que poderá gerar energia para iluminar o Parque do Jardim Mané Angélica, por exemplo. A água resultante será jogada no rio Araranguá sem bactérias, vírus e parasitas. Um dos impactos negativos das ETE existentes é o odor emitido, mas um controle rígido poderá evitar este inconveniente. <br /><br />A captação de água para abastecer a população araranguaense é feita no açude Belinzoni, localizado no centro do perímetro urbano, portanto, extremamente vulnerável a contaminação dos seus recursos hídricos subterrâneos. Uma segunda captação é feita na Lagoa da Serra, divisa com o município do Arroio do Silva e uma terceira na Lagoa dos Bichos no Morro dos Conventos, ambas vulneráveis a contaminação. O caudaloso rio Araranguá não poderá abastecer a população araranguaense pelos próximos 100 anos devido ao altíssimo comprometimento com a poluição causada pela mineração do carvão. Um prejuízo não só ambiental, mas econômico para o município, que nada tem sido feito para reduzir a criminosa poluição em seu mais valioso recurso natural ou mesmo exigir medidas mitigadoras ou compensatórias. <br /><br />Fomos entusiastas desde o início da idéia do diretor do SAMAE, Ernani Palma Ribeiro, principalmente quando nos informou que havia mantido contatos com a UFSC para iniciar a elaboração do projeto de revitalização do Jardim Mané Angélica e do esgotamento sanitário. A idoneidade da instituição que elabora projetos desta envergadura é decisiva para a qualidade do empreendimento, por isso estamos insistindo junto ao Prefeito Mariano que reivindique junto ao DNIT e mesmo ao Ministério Público Federal, que a administração municipal tem o direito de contratar a instituição que apresente as melhores condições para elaborar ou concluir o Plano Diretor do Município de Araranguá, com os recursos oriundos do PBA das medidas compensatórias da Duplicação da BR-101.<br /><br />Uma cidade que tem um sistema de esgoto sanitário implantado adequadamente é uma cidade privilegiada! Pode até não ser rica ou desenvolvida, mas saudável! Além de preservar o meio ambiente, principalmente os lençóis freáticos que dão a dinâmica aos escassos recursos hídricos, reduz os custos com o tratamento da água e reduz os índices de doenças nas camadas menos privilegiadas, resultando em melhor qualidade de vida a sociedade civil (Investir na prevenção ainda é o melhor investimento). A OMS prioriza e elenca o saneamento como condição indispensável para o desenvolvimento sustentável de um município, estado ou país. Porque afinal, o verdadeiro desenvolvimento é aquele que proporciona o bem estar a toda a população e o bem estar, incondicionalmente, depende da saúde das pessoas. Os organismos governamentais priorizam a liberação de recursos a fundo perdido aos municípios que evoluíram neste quesito, como esgoto sanitário, que eleva os Índices de Desenvolvimento Humano - IDH. Araranguá está despertando quando passa a investir em projetos sérios e abrangentes, projetos que exigem tempo de maturação e aperfeiçoamento, mas que proporcionam mudanças físicas positivas e de atitudes significativas. A instalação da UFSC e do CEFET, juntamente com a ETE são os maiores atrativos para o desenvolvimento sustentável do município de Araranguá, que virá de forma ordenada (soluções e obras imediatistas definitivamente não constroem bases sólidas). <br /><br />Agradecemos e parabenizamos ao Ernani Palma Ribeiro (próximo Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá!!!) e ao Prefeito Mariano Mazzuco (que aos poucos está demonstrando espírito participativo) pela oportunidade de participarmos deste histórico e momento único da vida araranguaense (inclusive solicitando que convocássemos pessoas preocupadas com Araranguá a participar da apresentação).<br /><br />OBS. Como a arcaica e retrógrada crença política diz que saneamento básico não dá voto, porque não aparece aos olhos do povo, sugerimos aos projetistas idéias inspiradas nos filmes futuristas como Blade Runner, mas talvez não seja necessário porque as coisas estão mudando e os tempos são outros, por isso contrapomos e afirmamos que dá voto sim, mas para os que fazem de forma responsável, não para aqueles que maquiam, até porque a opinião pública não é idiota. Uma obra de 20 milhões que reverterá em benefícios à cidade, com certeza aparecerá sempre nos corações e mentes das pessoas.<br /><br />Tadeu Santos<br />Socioambientalista<br />Araranguá / SC.<br /><br /><br />A beleza democrática da crítica construtiva!<br /><br />O Prefeito Mariano está fazendo, mas no nosso entender (e de muitos outros mais) poderia fazer muito mais na sua administração que chega à metade do mandato. Teria capacidade e honestidade para tanto, mas ‘’falta dinâmica e tomadas de decisão rápidas’’ (até porque o tempo passa...). Poderíamos citar dois fatores que atravancam o desenvolvimento em qualquer setor político governamental: primeiro, o excesso de discussão de uma idéia ou projeto (uma mania intransigente utilizada pelas esquerdas mais radicais) e o fator outro seria a não discussão (uma mania autoritária muito utilizada pelos atuais governantes). O respeitado filósofo italiano Domenico De Masi alerta para o perigo e prejuízo da burocracia (tanto na esquerda, centro ou direita), da ausência de criatividade e ousadia na condução de governos, do comprometimento da administração com cargos para filiados como forma de satisfazer orientação partidária. Uma pena, porque a incompetência dos ‘’escolhidos’’ geralmente é perceptível! E compromete a performance da administração. Nas avaliações da administração Mariano, sempre está presente a referência da administração anterior de oito anos de duração, que inicialmente implantou austeridade administrativa, ‘’know how’’ empresarial e teve decisivo apoio do governo federal.<br /><br />Obras de imensurável valor para a história do município poderão ser concretizadas no governo Mariano, como a UFSC e o CEFET, mas registra-se que projetos de autoria do governo federal com empenho da Senadora Ideli Salvatti e do ex-deputado Jorge Boeira que destinou valores consideráveis para viabilizar a implantação dos empreendimentos. Mas a população aguarda a divulgação de outras obras que a atual administração esteja viabilizando no município, como a revitalização do Jardim Mané Angélica via projeto da UFSC com recursos do Ministério das Cidades, elogiável, mas terá dificuldade de implantar e mesmo de conservar, se não houver o ‘’envolvimento’’ da comunidade de entorno do ecossistema, afinal foi ela que degradou o ecossistema com a ‘’anuência’’ do poder público responsável. Dia 15 (terça) no auditório da AMESC, os técnicos da UFSC apresentarão a proposta para o projeto de esgoto sanitário de Araranguá, uma excelente iniciativa do SAMAE, até agora, o projeto mais importante da administração Mariano no nosso ponto de vista, que para ser completo precisaria estar acompanhado com a reciclagem dos resíduos urbanos. Numas das reuniões do CPURMA, sugerimos a administração municipal que contrate também a Universidade Federal para concluir o Plano Diretor de Araranguá, que sem dúvida alguma, ficará melhor que a elaboração através da CODESC, já que a mesma se mostrou confusa e indecisa, neste complicado convênio com o DNIT.<br />Existem mais projetos e obras em andamento, que não estão sendo divulgados pela administração, esta é uma falha de comunicação. A ausência de reuniões públicas promovidas pelas administrações municipais e pelos órgãos responsáveis para debater democraticamente as idéias e projetos, que quando passam a ser participativos, tornam-se transparentes e legítimos. Uma atitude administrativa simples, séria e democrática, mas...<br /><br />Dia 08 de fevereiro o mutirão de cidadania apresentou um breve retrato dos conflitos socioambientais do município, propondo alternativas para a preservação do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida dos araranguaenses contidas em reivindicações de vários setores do município, que acreditam no desenvolvimento ordenado e sustentável. Até o momento não recebemos nenhuma posição da administração a respeito, numa demonstração de que a cúpula administrativa não é simpática ao espírito da participação pública e do compromisso com a sociedade. A mesma atitude tomou a direção Tractebel, apesar de ter insistido para que visitássemos a usina Jorge Lacerda, não forneceu nenhuma resposta às reivindicações apresentadas. Quem ganha e quem perde? A sociedade ou as instituições visitadas? <br /><br />Está a administração do Prefeito Mariano Mazzuco perdendo uma oportunidade única e histórica de inovar positivamente na direção de plantar sementes com diretrizes planejadas que venham a servir de norte para o desenvolvimento de Araranguá, não só aquelas a curto prazo, de forma imediatista apenas para atender uma minoria, mas as de conteúdo coletivo que atendam os interesses da grande maioria da população.<br /><br />Mesmo querendo o bem e o sucesso da administração do Mariano, seremos criticados por expor idéias que podem não ser exatamente às mesmas que o partido ou o mandatário defende, mas aí é que está a beleza do desprendimento e independência de se discutir as contradições (levantadas por Heráclito – A lei dos contrários), da liberdade de expressão e da democracia. O comentário justifica-se porque na nossa voluntária luta pela preservação ambiental e por uma melhor qualidade de vida aos araranguaenses e população civil da região sul sofremos represálias políticas de toda espécie, ações criminais e prejuízos comerciais privados. Mas enfim, também existem os ganhos no campo da cidadania e de toda a dinâmica apontada, de uma forma ou de outra, sempre resulta numa conscientização discreta ou mesmo ativa, o que depende muito da cultura política de cada um. <br />Tadeu Santos Socioambientalista Araranguá, SC. <br /><br />Informativo Sócios da Natureza<br /><br /><br /><br /><br />GERENCIAMENTO COSTEIRO<br />A Audiência Pública sobre Gerenciamento Costeiro, ocorrida dia 18/05 no auditório Célia Beliziário, em Araranguá, coordenada pelo Dep. Décio Góes, Presidente da Comissão de Desenvolvimento e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, esclareceu alguns pontos sobre a legislação e formou uma espécie de grupo de trabalho para conduzir as próximas ações. Serviu também de alerta aos que pretendem construir na região costeira, pois se já é proibido em Áreas de Preservação Permanente, o plano pretende disciplinar adequadamente o uso do solo e da água e por isso insistimos na indispensável interação com os planos diretores e comitês de bacias. <br /><br />FUNDAÇÃO DE MEIO AMBIENTE<br />Um grupo de entidades representativas está construindo uma proposta para criação da Fundação de Meio Ambiente do Município de Araranguá. Objetivamente se busca um espaço e uma instância legítima e soberana que estude, avalie e encontre soluções aos conflitos socioambientais do município. <br /><br />BOM PRA BICHO<br />Numa iniciativa da Associação Bom Pra Bicho, no seu papel de esclarecer e conscientizar as pessoas acerca da posse responsável e aspectos ligados ao bem estar do animal, promoverá dia 23 1º Concurso de Cães SRD (sem raça definida) e Feira de Adoção de Filhotes e Adultos de Araranguá, a partir das 19 horas no Zimbauê Point Ball. <br /> <br />ATERRO SANITÁRIO DE IÇARA e O LIXÃO DE ARARANGUÁ.<br />A convite do Vereador Geraldo Mendes (Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara) e do Presidente da COOPERA, Dé Cesconetto, acompanhamos os mesmos numa visita a SANTEC e ao abandonado lixão de Araranguá, no qual abordaremos o tema numa próxima oportunidade.<br /><br />AINDA NÃO DERAM UM JEITO EM VOCÊ?<br />Tem uns amigos que carinhosamente quando me encontram sempre me cumprimentam por ainda estar vivo, outro brinca não acreditando que ainda não deram jeito em mim, entre outras formas de alertar-me sobre a insustentável intolerância dos gananciosos que só pensam em lucro não interessa como, se prejudicam o meio ambiente, se exploram o trabalho humano ou se ferem a dignidade humana. Quem sabe as brincadeiras não estejam carregadas de razão, afinal uma contestação contra uma atividade degradante quando atinge o objetivo pode causar enormes prejuízos na concepção de mercado traduzindo em redução de lucro (daí tem gente que não admite!). O risco existe, sabemos disto, mas faz parte da opção que fizemos, continuaremos nossa árdua e gratificante luta contra a degradação da natureza e por uma melhor qualidade de vida para a região sul de SC. Afinal está mais do que comprovado que o tão apregoado desenvolvimento não quer dizer aquele que o capitalismo deseja e que comprovadamente não tem resolvido o problema da humanidade. Desenvolvimento de fato é aquele que contempla vantagens não só ao empreendedor, mas a toda população. Um exemplo é a atividade carbonífera, que causa uma brutal agressão à natureza, o dono da mina enriquece exageradamente, os mineiros adquirem a pneumoconiose, continuam pobres e a população, bem, a população os admira... elegendo-os para cargos políticos e acreditando em tudo que suas rádios e jornais divulgam, por exemplo!<br /><br />PRA REFLEXÃO!!!<br />Por que a cada dia que passa aumenta o número de veículos circulando nas vias públicas na cidade de Araranguá com o escapamento alterado ou descarga aberta? <br /><br />Por que o pH da água do rio Araranguá continua cada vez mais baixo, portanto, mais ácido?<br /><br />Porque a ...<br /><br />OBS.<br />SITE ECOLÓGICO<br />A ONG Sócios da Natureza está procurando quem elabore gratuitamente ou patrocine um site. Retorno garantido. Já temos o domínio. <br /><br /> A Coordenação<br /> <br /><br /><br />Senhor Jose Machado<br />Diretor da ANA<br /><br /><br /><br />Senhor Diretor, é preciso reavaliar o projeto da barragem do rio do Salto (agora Areia Branca), pois comprovadamente trata-se uma obra que irá beneficiar apenas o bem sucedido setor da rizicultura de Turvo e Meleiro do Sul de Santa Catarina, responsável direto como os carboníferos pela escassez de água na sofrida Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. Acreditamos que no máximo 10 mil pessoas serão beneficiadas como o abastecimento do reservatório e não 100 mil como divulgam.<br /><br />Tanto a ‘’São Bento’’ já construída quanto a ‘’Rio do Salto’’ deveriam ser custeadas pelos mesmos, como medida compensatória pelos danos causados ao meio ambiente.<br /><br />84 famílias serão literalmente expulsas de suas terras trocadas por moedas no qual pouco contato tem, já que ainda são agricultores, ou melhor dizendo, colonos nativos que praticamente ainda vivem da troca de mercadorias. Das 84, apenas quatro concordaram em sair das suas terras.<br /><br />O processo todo está sendo empurrado ‘’goela abaixo’’ pela tropa do governo do estado conforme poderá verificar no documento em anexo, caso tenha interesse em conhecer o outro lado do conflito.<br /><br />Na audiência pública apresentamos uma série de condicionantes ao empreendedor, mas não levaram em consideração porque não estão preocupados com os aspectos sociais e ambientais, apenas com o político.<br /><br /><br />Atenciosamente<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza ONG<br />(Desde 1980 voluntariamente defendendo a natureza e uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina).<br />Araranguá, Santa Catarina - Dezembro de 2006.<br /><br /><br />INFORMATIVO Sócios da Natureza<br />Araranguá / Dezembro 2006.<br /><br /><br /><br /><br />ABRAÇO NO RIO ARARANGUÁ!<br />Que bom que algumas pessoas estão preocupadas com o rio Araranguá. Que bom seria se todas as pessoas estivessem preocupadas com o rio Araranguá. Estranhamente não convidaram a entidade que foi criada para combater a poluição do rio Araranguá e que tem combatido heroicamente desde 1980, principalmente contra os carboníferos - seus principais poluidores.<br />Toda ação que resulte na redução de corpos estranhos no curso d’água sempre é elogiável, entretanto quando vem acompanhada de educação ambiental adquiri status de sustentabilidade. Até bem pouco tempo atrás ainda havia uma placa dos Sócios da Natureza no ancoradouro da balsa escrita com uma das mais significativas frases de engajamento ambiental ‘’SÓ JOGUE NA ÁGUA O QUE O PEIXE PODE COMER!’’. Inclusive alguém de uma peixaria nos ligou propondo-se a bancar a confecção de outra, mas como perdemos o contato, devem ter pensado que não concordaríamos, muito pelo contrário, deveria haver centenas de placas fincadas em pontos estratégicos do município informando a importância dos recursos naturais. As placas funcionam dia e noite, com sol ou chuva, todos os dias, semanas, meses e anos, vejam o exemplo da que está no pátio da Igreja Matriz desde 1998, apesar de ser e estar discreta.<br /><br />COOPERA E A RECICLAGEM DO LIXO.<br />Assistimos uma cerimônia humilde, mas extremamente interessante. A Coopera (ex Secrea – criada em 99) apresentou um audiovisual das atividades dos integrantes da cooperativa e a assinatura de um convênio com a fundação do BB onde receberão a fundo perdido aproximadamente R$ 75 mil reais para aquisição de equipamentos. A Coopera atua no bairro do Lagoão, seis integrantes recolhem lixo seco, depositam num galpão e reciclam. Agora pretendem expandir para outros bairros. A idéia parece ser boa, gera emprego e ajuda a cuidar do meio ambiente.<br />Um cidadão presente repassou-me uma preocupação pertinente: acha ele que a taxa cobrada pelo IPTU de 0,50 centavos por M2 de área construída deveria ser destinada às cooperativas de reciclagem como forma de incentivo, já que a prefeitura não o faz, apenas recolhe e leva para o aterro sanitário (será mesmo sanitário?) de Içara.<br /><br />O ‘’ALEXANDRE BARROS’’ das Avenidas.<br />É o Cara! Sempre acelera ao máximo, não importa onde! Chama atenção aonde chega e quando sai, pois até pessoas com problemas de surdez conseguem identificá-lo, pois ele é o Cara! O ruído emitido pelo escapamento alterado deve atingir quase 100 decibéis, perturbando o trabalho e o sossego de quem estiver num raio de 700 metros, causando pânico em crianças, idosos, enfermos e até mesmo em animais! Cientificamente está mais do que comprovado que este ruído repetido afeta a saúde pública, provocando surdez, stress, hipertensão, irritação, insônia, entre outros malefícios. Estamos sendo processados porque desde 1998 estamos pedindo para que as autoridades encontrem soluções para reduzir esta maléfica poluição que, como qualquer outra, nunca causa efeito imediato, mas de forma paulatina. <br /><br /><br />Outras notícias:<br /><br />AMPLIAÇÃO DA ZONA AZUL EM ARARANGUÁ.<br />Reforçando as colocações do Advogado Sergio Schmidt em sua coluna sobre a falta de estacionamento no perímetro urbano de Araranguá, está mais do que na hora de se ampliar a zona azul para além do calçadão. Em frente a minha locadora, na XV de Novembro, as vagas de estacionamento ficam ocupadas durante todo o dia por veículos de comerciantes do calçadão ou mesmo da área, numa total falta de consideração para com os clientes. A zona azul definitivamente disciplina o uso de veículos e permite mais facilidade de estacionamento no perímetro central da cidade.<br /><br /><br />“”ACHAMOS QUE TAMBÉM SÃO SURDOS””<br /><br /><br /><br />Achamos que o diretor de trânsito da Prefeitura Municipal de Araranguá, além de incompetente, teimoso, temperamental, é surdo, pois não ouve o inconveniente e incômodo barulho na cidade (todos os dias) e que o promotor público da área ambiental é omisso. Omisso porque não é afetado, já que não sofre diretamente com a poluição sonora (veículos não circulam com som alto em frente ao Fórum e provavelmente o representante do MPE não reside em área urbana (não tendo vizinhos barulhentos). Já o comandante da PM, pelo que parece não quer se incomodar com ‘’estas coisas’’, afinal ninguém passa detonando som alto em frente ao quartel, daí deduzimos que não repassa aos dedicados e eficientes policiais militares de Araranguá a tarefa de controlar os motoristas mal educados, os idiotas das CDtecas ambulantes e outros perturbadores do sossego público (agora a moda é alterar a descarga de automóveis, também! Promovendo um barulho ensurdecedor e emitindo o venenoso gás CO2 na atmosfera), por isso Araranguá é, comprovadamente, a cidade mais barulhenta do Estado de Santa Catarina (o EIA-RIMA elaborado pelo Instituto Militar de Engenharia - IME apontou o Bairro da Cidade Alta como detentor do maior índice de decibéis em todo o trecho da rodovia da duplicação), porém, coincidentemente e, por conseqüência, é uma das cidades que menos cresce no estado, configurando com o cenário apontado pelo economista jornalista Cláudio de Moura Castro da Revista Veja, que defende a tese que o barulho em excesso não possibilita nenhum tipo de desenvolvimento.<br />TadeuSantos<br />Coordenador dos Sócios da Natureza (agora com 25 anos)<br />Araranguá / SC. 08/05/06<br /><br />‘’MAUS TRATOS A CACHORROS DE RUA’’<br /><br /> Cachorros de rua são maltratados a cadeiradas e pontapés no centro de Araranguá sempre que se aproximam de ''um determinado'' estabelecimento comercial. Esta agressiva atitude é considerada crime pela legislação, por isso sugerimos a Associação Protetora de Animais que tome as providencias necessárias, inicialmente alertando o individuo, caso não atenda a solicitação, que o denuncie e o processe se necessário for. Não suportaremos presenciar todos os dias estas brutais cenas de violência contra os ‘’cachorros de rua’’, já que acreditamos ser mais fácil fazer o animal homem entender que não pode maltratar o animal irracional, que fazer os irracionais entenderem que não podem passar pela calçada em frente ao estabelecimento do animal racional ! Somente indivíduos tomados de imbecilidade e idiotice podem maltratar o melhor amigo do homem. A legislação brasileira não é tão protetora dos cães, mas quando aplicada pode dar bons exemplos aos que se acham impunes.<br />Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 – Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. <br /> O Decreto 24.645/34 reza em seu artigo 1º que: "Todos os animais existentes no país são tutelados pelo Estado"; e em seu artigo 2º - parágrafo 3º, que : "Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das Sociedades Protetoras dos Animais". Logo, uma vez concluído o inquérito para apuração do crime, ou elaborado o Termo Circunstanciado, o Delegado o encaminhará ao Juízo para abertura da competente ação, onde o Autor da ação será o Estado. Se assim não for, tratando-se, por exemplo, de crueldade contra um cão ou cavalo, a competência será da Justiça Comum, dos Estados ou Distritos federal." Em suma: Qualquer pessoa pode registrar um boletim de ocorrência, na delegacia do local do crime contra o agressor.<br />Portanto, o comerciante que não os quer por perto porque acha que o ‘’cachorro feio’’ pode prejudicar o seu comércio, poderia apenas espantá-los como fazem as pessoas educadas e civilizadas. Alertamos que pessoas truculentas como estas podem fazer coisas piores aos indefesos animais! <br />OBS. Hoje, dia 03/07/06, só pelo fato de irmos à porta olhar o que havia acontecido com a indefesa vítima (já que os uivos de sofrimento nos chamaram atenção mais uma vez, ocasionados pelas cadeiradas) o agressor, aparentando valentia e propenso à violência, balbuciou palavras de provocação em nossa direção, que percebendo a gravidade do momento, não reagimos. Mas fica o registro: Como é difícil e perigosa esta vida de defensor da natureza e dos animais! <br />Tadeu Santos<br />ONG Sócios da Natureza<br />Araranguá SC, 03/06/06.<br /><br />INFORMATIVO<br />20/11/2006<br />Sócios da Natureza - ONG<br />Desde 1980 dedicando-se à causa ambiental,<br />estrita e comprovadamente de forma voluntária.<br /><br /><br /><br /><br />UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC – IBAMA e DNIT estão disponibilizando apenas R$ 200 mil reais para a criação das Unidades de Conservação da AMESC (Todo o Sistema Lagunar inserido o Remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande e o Ecossistema do Banhado do Piritu, o Ecossistema do Morro dos Conventos e Morros urbanos do Meleiro e Turvo) como medida compensatória aos impactos ambientais que a duplicação da BR-101 causa aos recursos naturais afetados diretamente pela obra. A proposta dos técnicos de Brasília ‘’ofende’’ todo o sistema lagunar afetado diretamente pela rodovia, como a Lagoa do Sombrio – a maior de água doce do Estado de SC, por exemplo. Se a legislação fala em compensação ambiental, nada mais óbvio então que seja ao ambiente afetado pelos empreendimentos, portanto nada mais justo reivindicarmos parte dos recursos dos R$ 16 milhões para aplicar-mos na recuperação das áreas de preservação citadas, que serão transformadas em Unidades de Conservação - UC. Entendemos a preocupação dos técnicos do IBAMA em atender os Parques Nacionais do Itaimbezinho e São Joaquim, sob sua jurisdição, mas deveremos fazer com que os mesmos entendam a necessidade e direito das áreas municipais apontadas nos estudos enviados, atendendo inclusive orientação do próprio instituto.<br /><br />MESA REDONDA NA UNESC - Participamos de uma mesa redonda na UNESC em função da Semana do Meio Ambiente da Engenharia Ambiental, onde foram abordados vários temas com predominância nos impactos que o carvão causa a natureza. Enfatizamos estar preocupados com a atuação do Comitê do Araranguá que infelizmente vem tomado decisões de interesses políticos partidários, favorecendo apenas os setores governamentais e produtivos. Mas o assunto que prevaleceu foi o polêmico projeto da USITESC após a desistência de captar água do rio Mãe Luzia, que voltamos a reafirmar: seria o mesmo que tentar tirar sangue de anêmico!<br /><br />POLUIÇÃO SONORA E DO AR - E como está a poluição sonora em Araranguá? Para quem reside no perímetro urbano continuam as mesmas fontes poluidoras de sempre, sendo que neste final de semana intensificaram os ruídos das motos até nas madrugadas de sexta e sábado, tudo em nome da diversão e prazer dos motociclistas em apertar a aceleração ao máximo, não importando se perturbam o sossego alheio ou se estão contaminando o ar. E eu, por defender a redução do barulho na cidade de Araranguá, por buscar o desenvolvimento sustentável, sem os desnecessários ruídos e barulhos, que são comprovadamente incômodos e prejudiciais à saúde pública, estou sendo injusta e incompreensivelmente processado por ação crime e indenizatória de 10 mil reais. Registramos que toleramos sim, mas o barulho de sirene das indústrias, de máquinas trabalhando, que geram divisas, empregos e etc. A nova resolução do CONTRAN Nº 204 vêm oportunamente regulamentar normas para que os órgãos responsáveis possam multar e apreender os veículos que desobedecerem a legislação (apesar de não concordarmos com índice de 80 decibéis, deveria ser de 60). Mas como podem perceber o problema não estava apenas no capricho de um ambientalista, mas uma preocupação nacional!<br /><br />ACESSO BARRA VELHA - Participamos da audiência pública que apresentou o EIA-RIMA do projeto de ligação entre Ilhas e Barra Velha promovido pela FATMA no salão paroquial de Ilhas. Registra-se uma excelente presença de público. A apresentação dos trabalhos foi aquém do que esperávamos para uma simples abertura de estrada de chão com apenas 3.500 KM, se bem que grande parte por cima de dunas e área de restinga. Nossa fala inicial foi de apoio à abertura como contrapartida em favorecer a abandonada comunidade de Barra Velha, mas condicionamos a implantação de um programa de educação ambiental com a colocação de placas informativas sobre a fragilidade e vulnerabilidade do ecossistema local, principalmente da avi-fauna. Informamos à consultoria que elaborou o EIA que deveria interar-se do processo de criação das Unidades de Conservação pela Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC / AMESC, para não haver duplicidade de ações.<br /><br />Poluição:<br />Como não mata na hora!<br /><br /><br />No Sul de Santa Catarina está localizado um dos maiores danos ecológicos do país. Desde 1980 a região é considerada pelo Decreto Federal Nº. 85.206/80 como uma das 14 áreas mais poluídas do Brasil. Quase 80% dos recursos hídricos da bacia do rio Araranguá e Urussanga estão contaminados com os resíduos piritosos do carvão, tornando a acidez água próxima a de bateria, em alguns rios coleta-se com pH 3 (o normal é 7), um fragrante crime ambiental! Vejam fotos em anexo. Centenas de famílias poderiam complementar a escassa ceia alimentar pescando do caudaloso rio Araranguá, mas não existem mais peixes e se existem podem estar comprometidos com metais pesados.<br /><br />Nesta região também está localizada a termelétrica Jorge Lacerda 856MW, a maior emissora de CO2 da América Latina pela queima do carvão – o combustível fóssil mais poluente do planeta, que desde 1970, dia e noite ininterruptamente tem contribuído com o efeito estufa na camada de ozônio, por isso o furacão Catarina, acreditam os eólicos que os ventos iniciaram num distante ponto do oceano atlântico escolhendo seu epicentro justamente aqui ! A coincidência é assustadora ! Ainda bem que estudiosos e governos estão admitindo que a intensificação das mudanças climáticas seja resultado do aquecimento global, que por sua vez ocorre por causa do efeito estufa que decorre da queima de combustíveis fosseis e queimadas.<br /><br />O dramático cenário tende a piorar com a instalação de mais uma usina a carvão, a USITESC com 440MW, em Treviso/SC, na mesma região, mais precisamente nas encostas dos Aparados da Serra, onde estão localizados os Parques Nacionais do Itaimbezinho, Fortaleza e São Joaquim, portanto dentro da área de risco da maléfica chuva ácida que ainda pode atingir as belas praias catarinenses interferindo na biodiversidade onde se cria o saboroso camarão de Laguna e Fpolis.<br /><br />Estamos sendo afetados diretamente, nossa qualidade de vida está seriamente comprometida, estudos alertam sobre doenças causadas com a poluição do ar, ‘’que como não matam na hora’’ como a violência e o trânsito, nem suas causas ou seus efeitos não são devidamente combatidos. Ninguém está fazendo nada de sério para reverter o quadro, nem iniciativa privada e nem governo!<br /><br />Contamos com a divulgação do conflito na esperança de fazer com que os órgãos fiscalizadores ‘’criem vergonha na cara’’ e os corações e mentes dos responsáveis sensibilizem com o caos anunciado !<br /><br /><br /><br /><br />Sócios da Natureza - ONG<br />Desde 1980 dedicando-se à causa ambiental estrita e comprovadamente de forma voluntária.<br /><br />Araranguá – SC, novembro 2006.<br /><br /><br /><br />Declaração Pública<br />Araranguá / SC, 02/10/2006.<br /><br />Ministério Publico de Araranguá propôs transação penal no processo 004.06.005592-1 – Notitia Criminis, em audiência ocorrida no dia 22/09/06, por termos criticado a atuação do Senhor Gilmar Monego, Comandante da Polícia Militar e do Senhor Isaac Sabbá, Promotor Público, no que se refere às questões ambientais da Comarca, principalmente no relacionado ao que consideramos como omissão na coibição a maléfica poluição sonora em nossa cidade. Neste caso, por decisão da diretoria, não concordamos com a precipitada acusação do Ministério Público de qualificar como crime significativas atitudes do exercício da cidadania, do uso da liberdade de expressão e da atuação em defesa do meio ambiente de um integrante dos Sócios da Natureza, ONG com comprovado histórico de atuação desde 1980, em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para a Araranguá e região sul de SC. <br /> Consideramos como sendo uma situação kafkiana a repentina proposta de pagar uma ou mais cestas básicas a uma entidade já na primeira audiência, quando somente na ocasião tomamos conhecimento do banal teor da acusação e qualificação criminal, sem ao menos sermos ouvidos anteriormente. Por outro lado, fica até patético e paradoxal pessoas que se dedicam a uma causa nobre, como defender o meio ambiente de forma estrita e comprovadamente voluntária, ter que gastar recursos próprios para se defender de servidores públicos bem remunerados que não aceitam nada que não sejam elogios a tudo e a todas suas atitudes.<br /> <br /> Voltamos a reafirmar as críticas aos graduados servidores públicos que não facilitam o diálogo na busca de soluções para o conflito sócio-ambiental, haja vista não ter convidado a ONG-SN ou outras entidades civis para apresentar e esclarecer o bem elaborado e eficaz programa SILÊNCIO PADRÃO do MPE (Eficaz quando devidamente aplicado!), como forma de reduzir os índices de poluição sonora na cidade e consequentemente a baderna nas noites dos finais de semana (que convenhamos reduziu, mas não satisfatoriamente nos últimos meses!). Ou seja, não está havendo diálogo nem competência na busca de solução estrutural e básica do problema. Os registros de reclamações nas delegacias e os telefonemas ao ‘’190'' falam por si. Portanto, não somos somente nós os reclamantes como dão a entender as autoridades que estão nos processando, frisamos que existem muito mais pessoas que gostariam de reclamar, mas que tem medo de fazê-lo. <br /><br /> A cidade não é tão pacata assim como desenha o promotor no contexto em questão, pois registramos que no dia 24/09/06 (dois dias após a audiência), um domingo portanto, inacreditavelmente o período da manhã foi mais silencioso que o da madrugada, já que veículos circularam a noite toda pelas vias públicas emitindo som em altíssimo volume e motos produzindo ruídos ensurdecedores pela madrugada araranguaense. A comunidade que reside no perímetro urbano central só pôde ter sossego a partir das 06h10min minutos quando finalmente desligaram o som da criminosa ''orgia e baderna sonora''. Que fique registrado e claro: Não fossem estes comprovados incômodos ao trabalho e ao sossego da coletividade araranguaense, com certeza não estaríamos nos incomodando ou incomodando as citadas autoridades responsáveis (cobrando o cumprimento da lei de uma forma um tanto diferenciada, jamais ofendendo ou injuriando!). Se elas dessem mais atenção às irregularidades apontadas, reduziriam os danos causados à saúde pública, desde o stress, surdez, hipertensão, insônia, irritabilidade, pânico, entre tantos outros malefícios que a poluição sonora provoca nos seres humanos que são afetados. <br /><br />Infelizmente parece que o aparelho decibelímetro doado a Polícia Militar pela Administração Municipal ainda não teve uso ''autorizado'', não se sabe por quê, visto que nunca se ouviu falar em qualquer operação em que o mesmo fosse utilizado ou notícias sobre o resultado de seu uso (que acreditamos repercutiria positivamente na opinião pública, fazendo com que o ''desinformado infrator'' passasse a ter mais noção e consequentemente mais responsabilidade de onde terminam os seus direitos e iniciam os das outras pessoas).<br /><br />Manifestamos nosso respeito e admiração à respeitável Corporação da Polícia Militar e ao atuante Ministério Público Estadual, aos quais nunca atacamos ou criticamos como injustamente atribuem, até porque entendemos que instituições não erram, quem erra é o servidor !<br /> <br /> Continuaremos a defender nossos objetivos e princípios, como também a soberana e inalienável liberdade de expressão para manifestar nossa opinião em relação às ações que de uma forma ou de outra afetem as nossas vidas, não recuaremos e/ou calaremos jamais porque degradadores do meio ambiente nos ameaçam ou porque poderosos funcionários públicos nos processam por capricho ou por se acharem incontestáveis e impunes. Manteremos nossa posição de defender o riquíssimo, mas abandonado rio Araranguá e a redução do barulho em nossa cidade, entre outras causas, pois contamos com apoio da sociedade araranguaense, que sabe que a nossa luta é comprovadamente em benefício do coletivo e da natureza, amparada pelo democrático Art. 225 da Constituição Brasileira e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 que diz em seu artigo XIX: ''Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão...''<br /> <br />OBS. Ainda não fomos notificados, mas uma outra ação indenizatória está sendo impetrada pelo Senhor Isaac Sabbá contra a nossa árdua empreitada por uma melhor qualidade de vida para os araranguaenses. Pelo jeito vamos nos incomodar, afinal será uma espécie de confronto Davi contra Golias! Não acreditávamos numa reação tão rude, apesar de sermos alertados da possibilidade de ações, já que a grande maioria das autoridades públicas não admitirem serem contestadas ou criticadas e quando o são, podem abusar dos instrumentos de que são portadores para intimidar quem os contestou. Mas se for para solucionar de vez este malefício que tanto prejuízo causa a saúde pública, valerá a pena o sacrifício, o transtorno, o incômodo e, estaremos cumprido com o nosso dever, mesmo de forma traumática! <br /> OBS. Uma só solicitação ao Juiz Eleitoral Júlio César Ferreira de Melo bastou para que o magistrado convidasse a ONG-SN e o Instituto da Cidadania a participar de uma reunião com os coordenadores de campanha eleitoral, polícia militar e civil para que na ocasião se definisse as áreas proibidas a circulação de veículos com propaganda sonora de candidatos, de acordo com a Legislação Eleitoral. Legislação que é sábia por ser preventiva, ao não permitir nenhum nível de som externo próximo a repartições públicas, colégios e casas de saúde por considerar perturbador ao trabalho e ao sossego (Depois somente o Art. 42 da Lei de Contravenções Penais é tão abrangente e protetor dos direitos do cidadão). Pelas informações obtidas, Araranguá talvez seja a cidade do estado que mais protegeu os direitos do cidadão de não ser importunado com a poluição sonora da campanha eleitoral. Parabéns Dr. Júlio! <br />OBS . Para mais esclarecimentos sobre o conflito e as diferenças de conceitos, sugerimos a leitura do documento ''COMENTANDO AS ACUSASÕES DO SABBÁ'' em anexo. <br /><br /><br />Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. CFB<br /><br /><br /><br />‘’CINCO PERGUNTAS SOBRE O CARVÃO’’<br /><br /><br /> A série ‘’Cinco Perguntas’’ iniciada com o carvão (na edição de 20/09/06) não correspondeu à nossa expectativa criada em torno da matéria, em função do real teor das respostas por nós elaboradas, já que as publicadas não refletiram com clareza o que realmente respondemos as cinco perguntas formuladas pela jornalista Milena Nandi. Com objetivo de esclarecer a opinião pública, solicitamos espaço para a publicação de um texto em forma de artigo contendo um resumo objetivo e claro sobre as nossas respostas.<br /> De qualquer forma, está o órgão ‘’A Tribuna’’ de Criciúma/SC de parabéns pela abordagem um tanto ousada em relação ao polêmico conflito sócio-ambiental que o setor carbonífero causa na região Sul de Santa Catarina. Ousada porque a mídia em geral (escrita, falada e televisionada) não costuma dar oportunidade a quem contesta a prejudicial poluição provocada pela atividade de extração, beneficiamento e queima do carvão. São estas matérias com perguntas consistentes e respostas entrelaçadas de atores envolvidos, mas de concepções diferentes, que fazem um jornalismo imparcial, aquele que provoca a reflexão e o debate junto à opinião pública.<br /> Aproveitamos a oportunidade para elogiar a matéria sobre ‘’A vida cada vez mais rara nos rios’’ publicada dia 04/09/2006.<br />OBS. Sugerimos a equipe de redação que ‘’destinem mais espaço’’ tipo duas páginas inteiras às outras temáticas que serão publicadas já que também serão de relevância a população da região.<br /> Abaixo a matéria extraída do site <a href="http://www.atribunanet.com/">www.atribunanet.com</a> e na seqüência, na integra, as nossas respostas às cinco perguntas. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza – Desde 1980 defendendo a natureza de forma estrita e comprovadamente voluntária.<br />Araranguá SC, 21/09/06.<br /><br /><br />A JUSTIÇA PODERÁ DEVOLVER ‘’A DIGNIDADE E A CIDADANIA’’ A COMUNIDADE RURAL DE ESPIGÃO DA PEDRA ?<br /><br /><br />''Uma obra de R$ 14 milhões poderá ser embargada pela Justiça” Com esta frase inicia a matéria do Jornal da Manhã (04/09/06) sobre a Penitenciária Sul, quase concluída na divisa do município de Araranguá com Criciúma. A chamada é ligeiramente tendenciosa, porque induz o leitor a pensar em prejuízo econômico de 14 milhões para o estado! Quando o prejuízo da comunidade afetada não pode ser mensurado!<br /> Esta obra tem que parar porque não deveria ter começado naquele local. Primeiro porque foi contra a vontade e protestos de toda a comunidade rural de entorno. Estas imposições são adotadas por governos ditatoriais e anti-democráticos. As novas políticas públicas sugerem, se necessário, exaustivas negociações onde debate-se toda a dinâmica da geopolítica, envolvendo desenvolvimento, cidadania, direitos humanos, meio ambiente, qualidade de vida, entre tantas outras temáticas que caracterizam os deveres do estado e os direitos do cidadão. O governo estadual extrapolou, não promoveu as necessárias audiências públicas obrigatórias para obras de grande impacto ambiental, prometeu o EIA-RIMA e não o fez, autoritariamente descumpriu os procedimentos legais de licenciamento ambiental e aleatoriamente decidiu que seria lá porque já tinham o terreno disponível e um prazo ''eleitoral'' para garantir a verba do governo federal. Empurrou goela abaixo um "dormitório de estranhos" numa área inadequada, desestruturando toda uma expectativa de ‘’dignidade e cidadania’’ de uma pacata, ordeira e nativa comunidade.<br /> O inovador e democrático Estatuto da Cidade (Lei 10257/01) não é só para o urbano, é também para o rural, quando determina que a aplicação dos Planos Diretores englobem o território do município como um todo. No caso em questão deveria o empreendedor elaborar além do EIA-RIMA, o Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV. Se não fez nenhum dos dois, é crime ambiental de acordo com a Lei 9.605/98 e uma maldosa ofensa ao Art. 225 da Constituição Brasileira.<br />‘’Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações’’ <br /> Sugerimos na época a construção ou reforma de presídios / penitenciárias em locais já impactados com a pressão que uma ''instituição'' deste tipo causa onde for ou está instalada, como no local onde existe o presídio de Araranguá às margens da 101 e no Santa Augusta em Criciúma. Uma outra sugestão foi direcionada para a imensa área degradada pela extração do carvão pela estatal CSN, em Siderópolis, com objetivo de dar uma função aos presidiários: recuperarem os estragos da “Marion" revitalizando-a e tornando-a novamente produtiva para a agricultura, por exemplo.<br /> Infelizmente grande parte da mídia regional, durante todo o processo de licenciamento, demonstrou simpatizar com a idéia governamental de suprir a carência de leitos para os condenados com a construção da penitenciária no Espigão da Pedra. Notas da Secretaria de Segurança Pública eram divulgados como matéria favorável à Penitenciária Sul. Tinha que ser feita e assim se fez. Durante o processo muito pouco divulgaram sobre as reais razões apontadas e defendidas pela comunidade rural e ambientalista, função inquestionável de uma mídia independente e imparcial, que deve sempre subsidiar a opinião pública as versões dos fatos para uma melhor avaliação, no caso a necessidade ou não da penitenciária naquele local.<br /> Ainda acreditamos que o local será transformado numa produtiva e exemplar escola agro-ecológica e eco-turística, com a concordância de todas as comunidades de entorno, harmonizando e sintonizando com as características da área que é predominantemente rural, mas também muito próxima de uma potencial região eco-turística, configurada pela lagoa dos Esteves e Mãe Luzia, da futura rodovia Interpraias, da Barra Velha, de Ilhas e do santuário ecológico do Morro dos Conventos.<br /> Mesmo que argumentem que será de segurança máxima, os 1400 presidiários (no Brasil não existe esta de uma cela para um ou dois, mas para quatro no mínimo) irão de uma forma ou de outra inibir o turismo e/ou possíveis investimentos em chácaras ou pousadas com a abertura da interpraias, por exemplo. PENITENCIÁRIA NÃO ! ESCOLA SIM !<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />ONG Sócios da Natureza - desde 1980 defendendo a natureza e melhor qualidade de vida para o Sul de SC, de forma estrita e comprovadamente voluntária.<br />Araranguá, 06/09/06. <br /><br />A JUSTA HOMENAGEM<br /><br /><br /> O Poder Legislativo de Araranguá está de parabéns ao conceder o titulo de Cidadão Araranguaense ao Juiz de Direito Julio César Machado Ferreira de Melo, ilhéu da antiga Desterro, agora Florianópolis. Uma carreira exemplar de magistrado. Um cidadão humilde e uma destas raras personalidades admiráveis. Na comarca passam Juízes e Juízes, Promotores e Promotores, mas somente alguns serão historicamente lembrados dignamente e respeitosamente pelos araranguaenses. O cinema costuma mostrar exemplos de juízes com caráter e inabalável performance, o Dr. Julio é na vida real. Quatro depoimentos na cerimônia valem registro: do Advogado Ernani Palma Ribeiro quando diz que a alma do amigo Do amigo 8/08/06.8.imento pelo Desvio da Duplicaçcipio serJulio não precisa reencarnar porque já cumpriu dignamente a sua missão nesta passagem pela vida, do também advogado Giancarlo Soares que cheio de razão declarou que nem as Grandes Personalidades são perfeitas, já que algumas delas torcem pro o Avaí (qdo poderia ser para o Grêmio), as sublimes palavras de amor da também exemplar esposa Profa. Solange, que fez a todos os sensíveis presentes chorarem de emoção, finalizando com a bela declaração de amor de sua querida mãe. Vale registrar a emocionante fala do Júlio, cidadão do qual eu pessoalmente tenho muito admiração e respeito, que tive o prazer de conhecer seus familiares em Fpolis, na década de 70, seu pai e sua tia Ester que é mãe do seu primo e meu amigo, o Eng. Evaldo L. Lentz, também um ser humano simples e bondoso, por isso que “sangue não é água”. O agradecimento do Dr. Júlio foi uma aula de cidadania, emocionado agradeceu a todos que o acompanham nesta empreitada pela justiça, valendo registrar também a leitura que fez da poesia do saudoso poeta Nilson Matos Pereira, nosso póstumo presidente do Instituto da Cidadania (que merecidamente leva o seu nome).<br /><br />OBS. Vale registrar também os generosos depoimentos ao falecido empresário Gerci Pascoali. A nova sede da Câmara Municipal merece o nome deste grande batalhador político / vereador que lutou e promoveu desenvolvimento para o Município de Araranguá. Lembramos que foi um dos primeiros empresários a nos apoiar no movimento pelo Desvio da Duplicação da BR-101.<br /> <br />Parabéns Dr. Júlio!<br /><br />Tadeu Santos<br />(Também orgulhosamente ‘’Cidadão Araranguaense’’ em 2004)<br />Ara/SC, 28/08/06. <br /><br />AS VÁRIAS FORMAS DE ‘’POLUIÇÃO’’ DE UMA CAMPANHA ELEITORAL<br />(ELEIÇÃO 2006)<br /><br />Esperamos que com a nova legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral da Comarca de Araranguá continue combatendo com mais respaldo jurídico (e apoio da coletividade) as irregularidades cometidas pelos partidos políticos, não permitindo mais os exageros usualmente cometidos pelos candidatos em período de campanha, que por ignorância ou esperteza, insistem em desobedecer à legislação comprando votos, entre tantos outros malabarismos, mentiras e promessas que não podem cumprir. Mas estes mesmos candidatos poderão também a partir de agora atribuir ignorância ou confusão perante a nova ‘’legislação eleitoral’’, já que o próprio Ministro Asfor Rocha - Corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral declarou que ‘’ainda é insuficiente para coibir abusos’’. Por estas e outras razões as atenções devem ser redobradas.<br />A população precisa ser mais participativa nos processos eleitorais, não só para entender o real significado das eleições ou para melhor avaliar as candidaturas mais bem intencionadas, como também para identificar os que ‘’apelam contra a legislação’’ mesmo antes de chegar ao poder.<br /><br />Das várias irregularidades cometidas, a mais perceptível é quando extrapolam com os carros de propaganda eleitoral, não respeitando os direitos da população no que diz respeito ao sossego. Na campanha da eleição anterior para prefeito e vereadores, inicialmente houve exageros inaceitáveis, como carros fazendo propaganda sonora em altíssimos decibéis e inclusive aos domingos no período da manhã, num dia dedicado ao sossego e descanso do cidadão (crianças, mulheres e homens). <br /><br />Depois de uma reunião promovida pelo Juiz Eleitoral com os coordenadores de campanha, no qual apresentamos nossas preocupações em relação ao sossego e à saúde pública, os carros dos candidatos a prefeito reduziram o volume do som, mas os carros de alguns vereadores continuaram a incomodar, interferindo na qualidade do trabalho do cidadão, circulando em frente a casas de saúde e colégios, comprometendo o descanso dos enfermos e a concentração de alunos e professores respectivamente.<br /><br />Entidades organizadas de Araranguá solicitarão reunião com o Juiz Eleitoral da Comarca, com objetivo de levar com antecedência as preocupações da sociedade civil, inclusive atendendo orientação do Juiz Eleitoral da eleição anterior. A legislação prevê que em determinadas áreas ou em frente a equipamentos urbanos como colégios, casas de saúde e igrejas não é permitida a circulação de veículos com propaganda eleitoral numa distância mínima de 200 metros. A qualidade do trabalho e o sossego do cidadão entram em choque com os abusos da campanha, desde a poluição sonora, visual e o lixo nas vias públicas. Solicitaremos ao Juiz Eleitoral que coordene ‘’uma troca de idéias’’ democrática entre os partidos, os órgãos responsáveis e os segmentos organizados da sociedade civil no sentido de buscar as soluções mais adequadas para contornar o conflito e efetivar uma eleição democraticamente exemplar.<br />A ‘’formação e disciplina’’ dos candidatos (e assessores) que passarão a legislar e/ou administrar os bens e executar as políticas públicas ‘’bem que poderiam’’ começar nas campanhas eleitorais, como por exemplo, com ‘’cursos de capacitação’’ e ‘’justificativa da candidatura’’, avaliada por um comitê extra-partidário, principalmente para os oportunistas sem caráter, que usam a política como meio de promoção pessoal e para ‘’ganhar muito dinheiro’’, geralmente de forma desonesta, como também não se dedicam às causas para o qual foram eleitos, que é atender exclusivamente os interesses do coletivo. <br />Almejamos uma campanha e eleição exemplar, digna dos direitos da população e do princípio constitucional da igualdade e liberdade, que busque incansavelmente os fundamentos ‘’de cidadania, dos valores sociais do trabalho e da prevalência dos direitos humanos - CFB’’, por isso apoiaremos as decisões e determinações da Justiça Eleitoral para que ocorra tudo dentro da normalidade democrática, cumprindo com a função <a name="1PU"></a>descrita no Art. 1º - Parágrafo único da Constituição Brasileira, que diz: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição, e do Art. 225 quando declara que ‘’ Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações’’. Constituição Federativa do Brasil.<br />OBS. As entidades engajadas na luta pela cidadania, meio ambiente, justiça social e direitos humanos sugerem a realização de uma espécie de ‘’oficina’’ onde não só os coordenadores de campanha sejam convidados, mas todos os segmentos organizados da sociedade civil, como por exemplo, OAB, UAMA, ACIVA, CDL, ONGs, AESC, Associações e Sindicato de Agricultores e Pescadores, Órgãos Governamentais, Rede de Ensino entre tantos outros, também sejam convocados para ouvirem uma sucinta exposição do Juiz Eleitoral sobre as obrigações dos partidos e deveres constitucionais da população, abrindo inclusive um espaço para dirimir possíveis dúvidas. Acrescentando ainda a imprescindível presença das Polícias (Militar e Civil) e das Prefeituras. Entendemos ser esta aproximação entre o ‘’judiciário e a população’’ uma bela atitude democrática, transparente e esclarecedora.<br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza<br />Ara/SC, 31/07/06<br /><br />REUNIÃO PÚBLICA<br /><br /><br />Sobre a DUPLICAÇÃO em ARARANGUÁ ?<br /><br /><br />Deverá ocorrer em breve aqui em Araranguá (possivelmente na Câmara de Vereadores) uma reunião pública onde o DNIT estará presente para esclarecer dúvidas acerca do desvio e outros conflitos ao longo do trecho regional. Pelo menos é o que as entidades atuantes e interessadas esperam, já que o Diretor / Empreendedor manifestou a possibilidade para alguns correligionários. Na verdade o ‘’Projeto do Desvio’’ nunca foi apresentado publicamente à sociedade civil local, configurando descaso, negligência e desobediência, já que a legislação aponta a necessidade sempre que houver alguma alteração significativa em projetos de grande impacto social e ambiental.<br />Na reunião ocorrida no ano passado na Prefeitura de Araranguá, apresentamos nossas reivindicações e preocupações aos técnicos do DNIT sugerindo a construção de um viaduto único (sob pilotis) entre a nova ponte e o início do desvio próximo a família Carneiro, com objetivo de evitar qualquer obstáculo ao fluxo das águas quando da ocorrência das violentas cheias do rio Araranguá (e também para facilitar a atividade agrícola local). Atualmente o ‘’greide’’ da rodovia BR-101 promove um ‘’efeito dique’’ com uma altura média de hum metro e cinqüenta centímetros (1,5), num trecho de 7KM de extensão, entre a reserva florestal de Maracajá e o leito do rio Araranguá. Deduzimos que o empreendedor não elaborou nenhum projeto hidrológico do rio Araranguá e de seus formadores para ficar insistindo em colocar mais aterro num dos locais mais problemáticos da 101 em todo país, já que é o único local que sofre interrupção de tráfego por causa de enchentes.<br />Já recebemos informações extra-oficiais que a alteração ‘’de aterro para viaduto’’ ultrapassaria o percentual de 25% permitido pela legislação. A segurança da coletividade que poderá ser afetada com o impacto de possíveis represamentos das águas não pode ser mensurada em valores monetários, mas em formas ‘’adequadas e seguras’’ não importando quanto. O empreendedor deveria buscar uma solução técnica menos onerosa para a passagem da rodovia sobre o banhado do Maracajá como o fez em 1970 com a implantação de eucaliptos, e transferindo o viaduto de 1700 metros para o desvio. Não estamos querendo que o DNIT resolva o problema das cheias no rio Araranguá, mas não podemos permitir que ele complique ainda mais este histórico, traumático e catastrófico fenômeno climático. <br />O outro ponto que levantamos é a não execução de um acesso pelo lado norte da rodovia. Araranguá ‘’geo-economicamente’’ depende dos fluxos e caminhos direcionados do sul e do norte da rodovia, portanto não podemos ficar sem um acesso pelo lado norte com a mesma funcionalidade que teremos pelo sul. O acesso pelo oeste além de não ser relevante, esta localizado em local vulnerável as enchentes.<br />Enfim, o Movimento pró-Araranguá, reivindica uma obra de qualidade, com acessos confortáveis aos araranguaenses e visitantes, que o problema das cheias não causem mais transtornos sociais e econômicos para a região, para que finalmente e definitivamente Araranguá não apareça mais na mídia nacional como a cidade onde o tráfego da 101 foi interditado pelas cheias. Isto é uma péssima divulgação para a nossa cidade ! <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Ara/SC, 19/07/06<br /><br /><br /><br />OLHAR SOCIOAMBIENTAL<br />sociosnatureza@contato.net<br />tadeusantos <br /><br /><br />Este espaço de cidadania será dedicado a todas as ações relacionadas às questões socioambientais de Araranguá e região. Afinal, devemos preocupar-se não só localmente, mas regionalmente e globalmente, já que na natureza “tudo” relaciona-se, tanto que o equilíbrio só é possível quando os recursos naturais como a água, ar, solo e flora são utilizados e/ou explorados de forma ordenada e sustentável. Um outro aspecto relevante que merece destaque nesta breve avaliação da nossa biodiversidade é a relação entre os homens e os animais. O artigo abaixo aborda uma denúncia/reflexão sobre a ‘’última’’ relação entre ambos: quando o animal racional mata o irracional para sobreviver.<br /> <br />‘’ABATE HUMANITÁRIO’’<br /><br /> Que o homem às vezes é mais irracional que os animais é um fato. Atrocidades existem desde que o ser humano começou a perder o equilíbrio da razão pela disputa de espaço, poder e bens materiais. Entidades voltadas à defesa dos Direitos Humanos continuam a denunciar violência em todo o planeta, com significativos avanços em alguns países. Agora o que é preciso urgentemente ser discutido e de forma pública é a violência contra os animais (na mesma linha defendida por Brigitte Bardot).<br /> Aqui em Araranguá atuamos num movimento contra os maus tratos aos cães de rua (estamos em vias de processar os covardes agressores). A caça predatória na região continua causando revolta, principalmente de espécies ameaçadas de extinção. No início do ano, repassamos a todas as autoridades do estado uma grave denúncia sobre as violentas formas utilizadas para enfurecer animais nos rodeios, como por exemplo, apertando seus órgãos genitais ao extremo. E tem ainda a barbárie da tradicional herança cultural açoriana da ‘’farra do boi’’ e o inadequado transporte de animais, mas o que mais tem nos causado revolta e indignação é a forma cruel e brutal como alguns matadouros abatem os animais, como os bovinos e suínos que são a pauladas. Isto é revoltante! A forma caracteriza crime pela explícita violência enquadrando-se na Lei de Crimes Ambientais No. 9.605/98. Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.<br /> Existem outras formas de abate sem causar tanto sofrimento aos animais, como o abate humanitário, que pode ser é realizado, por exemplo, através de armas específicas ou de ‘’métodos humanitários’’ que promovam a insensibilização dos animais.<br />O apelo é endereçado as autoridades responsáveis pela fiscalização e proteção de animais, como também aos legisladores, que podem propor a criação de um selo de qualidade para o ‘’abate humanitário’’ e/ou para a ‘’carne ética’’, desde restaurantes, supermercados até aos matadouros que adotarem programas, normas e formas de abate consideradas ‘’suportáveis’’ com o menor sofrimento possível dos animais, sistema já adotado em outros países. <br /><br /><br />UMA OPORTUNA OBSERVAÇÃO.<br />Colhi esta pérola numa escrita do amigo Alexandre Rocha.<br />‘’’’A linguagem é tão rica, já dizem tais especialistas, que a gramática, que é apenas a sua representação gráfica, não dá conta desta riqueza e dinamicidade. Portanto, reafirmamos que a gramática é uma representação simbólica, mas não total, da linguagem. Esta, nós a fazemos todos os dias e, independente do uso formal, é "como um riacho cristalino, piscoso e sem poluição, portanto vivo". E viva é a nossa língua. Mais que tudo, é nosso patrimônio cultural e patrimônio cidadão, não devendo ser objeto de qualquer tipo de preconceito quanto ao seu uso. Ao contrário, sua riqueza e versatilidade ajuda a recriar todos os dias novas possibilidades de uso lingüístico e de sua grafia, fazendo-a ser ainda mais rica, exuberante e nossa’’’’<br /><br /><br />A SINCERIDADE E A PERFORMANCE ADMINISTRATIVA.<br /><br /><br />Lamentável que o Executivo Municipal ainda não tenha percebido que um bom governo é aquele que envolve a população nas decisões de interesse coletivo, que não permite ações que comprovadamente comprometem a performance da sua administração, que é participativo, dinâmico e atento as novas políticas públicas. Não ‘’escrevemos bem’’ (de acordo com o ‘’fenômeno’’ em letras!!!), mas somos responsáveis e sinceros aos apontarmos os pontos fracos da administração municipal e de ‘’outras esferas’’, afinal de contas, nossa luta é estritamente voluntária, democrática, corajosa e sem nenhum outro interesse que não seja o coletivo.<br />Para exemplificar, citamos algumas:<br />· Vejamos a problemática destinação do lixo, a administração não quer debater as alternativas com a sociedade que o produz. Assessores do Executivo se acham fantasticamente entendedores de tudo, dificultam a aproximação dos que tentam colaborar e evitam escutar os segmentos organizados da sociedade civil (que os elegeram!) e assim está se caracterizando a administração Mazzuco que se aproxima da metade do mandato.<br />· O rio Araranguá continua recebendo criminosamente (Lei 9.605/98) os rejeitos do carvão, comprometendo a pesca e retirando a possibilidade de famílias carentes complementarem a escassa cesta alimentar. <br />· A beira rio na Ruy Barbosa e o Jardim Alcebíades Seara pelo visto não receberão nenhum tipo de revitalização. Como também a transformação do banhado, entre a Sete e a Iracy Luchina, em área para o lazer público.<br />· A cidade de Araranguá é uma das mais ‘’barulhentas’’ do estado, um verdadeiro ‘’terrorismo sonoro’’ está sendo permitido diariamente no perímetro urbano, acentuando-se nas noites dos finais de semana.<br />· O Morro e Ilhas ainda não receberam a devida atenção da administração, afinal são os dois mais importantes potenciais eco-turísticos do município.<br />· Duplicação da 101: A indefinição quanto ao acesso norte, a solução para evitar a interrupção da pista qdo ocorrem as cheias no rio Araranguá e a polêmica estrutura do desvio da duplicação, se será com aterro conforme projeto do DNIT ou se será com viaduto, conforme reivindicação da população.<br />· O prazo para a alteração do Plano Diretor vence em outubro e o Conselho de Política Urbana do Município de Araranguá - CPUMA ainda não foi acionado. Se o Plano Diretor não for debatido no CPUMA, todas as ações e decisões relacionadas ao uso do solo e planejamento urbano no município não terão credibilidade junto à opinião pública e entrarão em choque com a Lei Federal No. 10.257/01, do Estatuto da Cidade. <br /><br /> Projetos importantes estão em pauta (UFSC e CEFET), a busca por um projeto de esgoto para o perímetro urbano e algumas melhorias municipais foram iniciadas, mas existem ainda outras temáticas relevantes no município que não estão sendo debatidas, enfim, falta um ‘’Projeto de Desenvolvimento para o Município de Araranguá’’, um projeto que aponte as ‘’melhores alternativas’’ para nortear com firmeza o Executivo Municipal e um plano abrangente que oriente com segurança os empreendedores que pretendem investir no município.<br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Cidadão Araranguaense.<br />Ara/SC, 03/07/2006.<br /><br />de penitenciária a escola agrícola.<br /><br /><br />Um dos mais brutais atentados à cidadania já ocorrido na região Sul de Santa Catarina foi sem dúvida alguma a construção da Penitenciária Sul, na comunidade rural de Espigão da Pedra, na divisa de Araranguá e Criciúma. Todas as comunidades próximas foram contra, mas o Secretário de Segurança na época, Senhor Ronaldo Benedet, agiu de forma autoritária e empurrou ‘’goela abaixo’’ o dormitório de presidiários numa área inapropriada para este tipo de empreendimento. Prometeu realizar o indispensável EIA-RIMA, mas não o fez. Prometeu uma audiência pública, mas não a realizou. Enfim, usou todo o poder do estado para aprovar a irregular e indesejada obra (quase concluída). Está ai uma dica aos candidatos de oposição, que avaliem o conflituoso dano socioambiental e assumam como meta de campanha o compromisso de debater com a sociedade afetada a transformação da penitenciária em uma produtiva escola agrícola e o erro governamental estará corrigido. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Ambientalista <br />Araranguá, SC.<br /><br /><br />Cartas<br />EIA-Rima<br />A Universidade do Extremo-sul Catarinense (Unesc) elaborou o EIA-Rima da usina a carvão Usitesc, projetada para o município de Treviso, na região carbonífera de Criciúma, uma das 14 áreas mais críticas do Brasil, portanto, sem condições de suportar mais impactos ambientais. Emitiram um parecer favorável ao empreendimento, atendendo exclusivamente aos interesses das mineradoras (que tantos estragos causam à natureza da região) em detrimento da qualidade de vida das comunidades afetadas.Alguma coisa está fora da ordem, quando o mundo caminha para hidrogênio como fonte energética, tentando sair do petróleo, o combustível do século 20, ainda existem setores insistindo no carvão, o combustível fóssil do século 19. Complicado, não?Uma universidade, antes de qualquer coisa, tem a função e obrigação de ensinar os melhores caminhos à sociedade e investir em pesquisas que tragam soluções sustentáveis no atendimento às necessidades das atuais gerações sem prejudicar os direitos das futuras gerações.Tadeu Santos, Araranguá/<a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a><br /><br />Duas cores<br /><br />O rio Araranguá junto com o rio Nilo são os únicos que mudam de cores num mesmo dia, variando entre o azul e o verde. Pena que o carvão, a irrigação e o esgoto também interferem nas cores.<br /><br /><br />INFORMATIVO POPULAR<br />Um espaço para quem não tem medo de dizer a verdade, de denunciar e apontar os oportunistas, os omissos, os corruptos e usurpadores dos bens públicos. Sem atrelamento algum com grupo partidário, econômico e governamental.<br />Um veículo independente criado para divulgar informações, conhecimento e a promoção do debate público e democrático.<br /><br /> RIO ARARANGUÁ: A POLUIÇÃO E A OMISSÃO.<br /><br />Os principais representantes dos setores que mais despejam rejeitos poluidores no rio Araranguá (SIECESC do carvão, sindicatos da rizicultura, municípios da AMREC e AMESC) deveriam ser convidados pela Administração Municipal de Araranguá para conversar cordialmente sobre ‘’políticas de boa vizinhança’’, mostrando o prejuízo que causam a natureza e a economia do município de Araranguá. Alem dos intensos conflitos causados a agricultura, ao turismo e ao abastecimento da população, a pesca é a mais afetada, pois o baixo pH da água não permite nenhum desenvolvimento ao setor e, pior ainda, tira criminosamente a possibilidade de centenas de famílias buscarem na pesca uma ajuda complementar na cada vez mais difícil ceia alimentar.<br />Quando o rio Iguaçu, na divisa entre Santa Catarina e Paraná, ficou poluído pelo derrame de óleo, foi considerado um ‘’desastre ecológico’’ e o responsável foi multado em 50 milhões, aqui ‘’o desastre ecológico é maior, e permanente’’ (lá já deve estar recuperado) e os potenciais e comprovados poluidores, as mineradoras, não são multadas, ficam cada vez mais poderosas com ‘’privatização do lucro e socialização da poluição’’, pois não investem em recuperação ambiental, mas em comunicação (rádios e jornais), rede hoteleira e nas milionárias termelétricas (...e para os mineiros: o pior ambiente, a insegurança, a pneumoconiose e a ‘’precoce aposentadoria grega’’).<br />Os donos de minas (SIECESC) possuem um poderoso lobby logístico que envolve quase todos os políticos, governantes e, grande parte da mídia regional, com a função de defendê-los em qualquer situação, custe o que custar e, sempre que possível neutralizar a ação dos que defendem o meio ambiente, como no caso dos Sócios da Natureza, visivelmente boicotado pela mídia regional / estadual e dos ocasionais constrangimentos que sofremos na árdua luta estritamente voluntária em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para a região.<br /> A ‘’contaminação do carvão” já atingiu os ‘’corações e mentes’’ de alguns araranguaenses. O comando do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá foi ‘’maquiavelicamente conduzido’’ em 2004 a um representante do setor carbonífero, com ajuda de entidades ‘’políticas’’ de Araranguá; recentemente um professor da rede municipal de Araranguá levou seus alunos a SATC - o QG do carvão e, um colégio privado de Araranguá fez convênio com o mesmo; por outro lado, político de Araranguá fez questão de divulgar intensamente que ‘’baixou mina’’, entre tantas outras ações que vêem sendo articuladas por araranguaenses para o fortalecimento da mineração do carvão, que comprovadamente tanto prejudica o nosso caudaloso rio Araranguá. Alertamos que o cenário descrito faz parte de uma estratégia muito bem articulada e planejada para a abertura de minas de carvão em solo araranguaense, começando pelas Canjicas e Morro dos Conventos.<br />Rio Araranguá, outrora vigoroso, utilizado pra navegação e com abundancia de peixes, hoje lamentado em poesias e livros, descrito como exemplo de poluição em monografias, doutorados e outros trabalhos científicos e lembrado pela grande maioria da população oportunamente no dia mundial do meio ambiente, no dia da água e de outras datas simbólicas. Além de ser usado governamentalmente na busca de recursos que nunca chegam a beneficiar de fato a bacia hidrográfica, como pelo Provida, FNMA, JICA e pelo Comitê Gestor, por exemplo.<br />Enquanto persistir a perversa acidez nas águas do rio Araranguá, não tem como o setor carbonífero ficar alegando e mentindo que está recuperando ou adotando novas tecnologias na extração do carvão, pois o baixo pH constatado nas águas do rio Araranguá sempre será a prova referencial deste monstruoso crime ambiental.<br />Em 1982, um abaixo assinado com 30 mil assinaturas pedia a despoluição do rio Araranguá. Não deu em nada! Esta brutal e flagrante agressão aos recursos hídricos do Rio Araranguá precisa ser encarada e debatida imediatamente pelas autoridades e pela população. Algum plano ou projeto precisa ser levado a sério para buscar a recuperação e revitalização do Rio Araranguá. Chega de omissão e poluição! <br />OS BANHADOS DE ARARANGUÁ (PARTE 01)<br /><br /><br /><br />Uma administração atenta, dinâmica e voltada à preservação dos recursos naturais do seu município, procura tirar proveito de tudo (no bom sentido!) que possa trazer benefícios à administração e a população. Um exemplo é a captação de água do açude Belinzoni para o abastecimento público, por isso a importância da preservação deste manancial. Poderia a captação de água ser do rio Araranguá, já que as lagoas e açudes tendem a desaparecer pelo processo natural, mesmo sem considerar a pressão que o homem causa sobre os mesmos, que acabam então, acelerando o processo de assoreamento. Mas, do rio Araranguá, só daqui a 100 anos poderemos captar água para o consumo humano, isto se a mineração parasse de poluir os cursos d’água da bacia hidrográfica, ação que estamos nós, da sociedade civil organizada, tentando combater corajosamente e registra-se, sozinhos. OBS. As autoridades que deveriam estar na frente de batalha, ou estão com medo dos carboníferos ou já estão ‘’conversados’’. <br />O banhado da XV , entre a Sete de Setembro e a Iracy Luchina poderia ser transformado em uma área de lazer pública para o uso das famílias araranguaenses. Um TCC (Monografia) de Arquitetura da UFSC (Winnie Bastian) projetou para o local um imenso e tortuoso lago, tendo em seu entorno uma pista de passeio, anfiteatro ao ar livre, pracinhas, jardins, entre outros equipamentos de lazer (como a Lagoa do Violão em Torres). O projeto poderia ser debatido com a sociedade através do Conselho de Política Urbana - CPUMA, mas pelo que parece não existe vontade do executivo em dinamizar estas ações, como também outras áreas de grande interesse público e grande potencial hídrico, turístico e econômico, como o abandonado banhado Mané Angélica. Chegamos até presenciar uma louvável iniciativa do Vice-Prefeito em revitalizar o local, mas não mais sabemos do desfecho, se realmente haverá continuidade do projeto ou não! <br />OBS. Este distanciamento ‘’aparentemente’’ pode até trazer algum benefício partidário, mas em detrimento do prejuízo da maioria, porque comprovadamente, quem sai perdendo é o município, ou a população que os elegeram.<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza (desde 1980 atuando em defesa da vida e da natureza)<br />Araranguá SC, 19/06/06<br /><br />CARVÃO x MEL<br />O instigante artigo ‘’Do mel a Baleia Franca’’ do Deputado Blasi (DC 07/06/06) sobre o conflito socioambiental entre a comunidade rural de Santa Cruz e a mineradora Rio Deserto, em Içara/SC, provocou reação do Eng. Fernando Zancan / SIECESC ao escrever o ‘’Mel, baleia & eleição” (DC-10/06/06), tentando desesperadamente dar uma ‘’versão verde’’ para a atividade carbonífera que ainda continua a degradar brutalmente a natureza tanto na exploração quanto na queima do carvão (pH da água do rio Araranguá continua baixíssimo e a usina Jorge Lacerda continua emitindo grande quantidade de CO2). O que o povo Barriga Verde espera dos seus parlamentares são políticas públicas voltadas a melhoria da qualidade de vida, não a promovida pelo setor carbonífero que produz um mega enriquecimento às mineradoras, enquanto que impõem baixos salários aos mineiros e ainda os contamina com doenças gravíssimas, prova disso é a aposentadoria aos 15 anos de trabalho. <br />Tadeu Santos<br />Ambientalista<br />Araranguá / SC, 19/06/2006.<br /><br /><br /><br />LOBBY USITESC<br /><br />LOBBY USITESC (parte01)<br /><br /><br />Principal chamada da primeira página, matéria ocupando a página 8 inteira de um dos jornais de maior circulação da região carbonífera, é assim que o lobby da USITESC trabalha. A matéria de ontem mascara um comercial do projeto da usina a carvão, uma exagerada propaganda “goebbelsdiana” de uma fonte de geração térmica em vias de extinção no mundo inteiro (protocolo de Kioto) e enfatizam os benefícios (quase todos contestáveis). Colocam declarações de um técnico da FATMA praticamente emitindo a Licença Prévia para que o projeto termelétrico possa habilitar-se no próximo leilão da ANEEL. Percebe-se um cenário montado e forjado, já que o EIA-RIMA não tem como contemplar todas as exigências da legislação ambiental brasileira, usam então o poder político para atingir seus objetivos (é nestes casos que deveria ser aplicada a rigorosa 9.605/98, da Poluição e dos Crimes Ambientais).<br />Esperamos que o Ministério Público Federal - MPF atenda a reivindicação da sociedade civil organizada e determine ao órgão licenciador mais audiências públicas quantas forem necessárias, em Treviso (...estão sendo iludidos com promessas de desenvolvimento), em Criciúma (para uma divulgação mais ampla não só dos benefícios, mas dos impactos ambientais), em Araranguá (os araranguaenses merecem uma explicação porque o seu rio não tem vida!) e Imbituba (o veneno também irá pra lá!) para que o empreendedor esclareça seus objetivos, exponha o conteúdo do RIMA (seus compromissos e condicionantes) e toda a população que será afetada, tenha a oportunidade de melhor avaliar e dirimir as centenas de dúvidas que um empreendimento desta envergadura promove, como também apresentar críticas e sugestões a respeito, de acordo com a Resolução do CONAMA nº 001/86).<br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 17/05/2006<br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte02)<br /><br /><br />A mais participativa e tranqüila (sem confrontos / vaias) das audiências públicas sobre o projeto da termelétrica USITESC/440MW, aproximadamente 500 pessoas estavam no salão paroquial de Treviso/SC, durante quase 4 hrs de debate, já que a apresentação do empreendimento e do EIA-RIMA foi uma das mais rápidas que já presenciamos. Enfatizamos que a AP poderia ser mais dinâmica e produtiva se a coordenação permitisse a condução dos trabalhos ao técnico Adhiles Bortot, da FATMA de Criciúma, que é mais flexível na condução das manifestações do público e firme quando necessário (havia muitas conversas paralelas dentro do salão), em relação ao exagerado autoritarismo do servidor público LC Big Correia, da FATMA de Fpolis), que só controlava o tempo dos que contestavam, não o fazendo aos que respondiam.<br />Surpreendeu-nos a presença de ‘’trevienses’’ representados pelos agricultores que serão afetados pela barragem, tanto pela dificuldade de locomoção, de mudança de vida, quanto pelo receio de ficarem sem água potável. E de montanhistas preocupados com o comprometimento da Mata Atlântica dos Aparados da Serra através da emissão de partículas e gases das chaminés da usina. A comunidade ambientalista do sul de SC, como sempre estava presente cobrando do empreendedor, da UNESC e da FATMA respostas que infelizmente não sempre respondidas com objetividade pelos técnicos. Presentes também representantes dos Amigos da Terra, de POA e do GT Energia do Fórum Brasileiro de ONGs com questionamentos bem fundamentados em relação à contaminação do ar e da água, o mesmo fazendo os técnicos de Brasília pertencentes ao Ministério Público Federal. Manifestações favoráveis ao empreendimento apenas de um vereador (que não diz nada com nada) e da Prefeita Lucia Cemolin, que iniciou sua argumentação baseada no fato de que arrecadação do município de Treviso está calcada em 80% na mineração do carvão, que visitou municípios da hidrelétrica de Itá e Itaipu, se impressionado com o nível de desenvolvimento resultantes dos benefícios advindos das usinas, que sabemos é uma outra situação. Deve à senhora prefeita basear-se nos municípios onde estão instaladas usinas a carvão, como Capivari de Baixo/SC, no baixo Jacuí como Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul, todos com sérios problemas socioeconômicos e ambientais, justamente por causa da mineração e das usinas. Ainda iremos verificar, mas nos informaram que as câmaras de vereadores destes municípios são muito ‘’bem equipadas’’, com recursos oriundos dos royalties das usinas.<br /><br />OBS. Um representante da TRACTEBEL, ao final da AP, nos convidou para uma visita a usina Jorge Lacerda, o que prontamente aceitamos, já que estávamos articulando uma visita à mesma (após a nossa passagem/debate pela UNICAMP/SP) antes do ‘’PRIMEIRO ENCONTRO SOBRE A QUEIMA DE CARVÃO COMO COMBUSTÍVEL ENERGÉTICO DA REGIÃO SUL DE SC’’ a realizar-se em 23 de junho, em Araranguá/SC, com a possível presença do polêmico Fernando Gabeira. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 18/05/2006<br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte03)<br /><br /><br />A mídia está deixando de registrar a histórica resistência da comunidade ambientalista aos impactos socioambientais que a atividade de exploração, beneficiamento e queima do carvão causam a biodiversidade do Sul de Santa Catarina, haja vista a inexpressiva cobertura dada à importantíssima audiência pública sobre o projeto da usina a carvão USITESC/440MW, realizada dia 16/05/06, no município de Treviso/SC. É perceptível que alguns órgãos são totalmente omissos, outros completamente tendenciosos (comprados na linguagem popular) e os de propriedade das mineradoras, tem medo das verdades que os ambientalistas falam (e agora dos agricultores também!) e que também, não tem coragem de enfrentar os que defendem voluntariamente a natureza, que buscam incontestavelmente o interesse coletivo e uma melhor qualidade de vida para a região. Ao contrário da mídia ‘’considerada de fora’’ que tem procurado divulgar de forma imparcial os dois lados do conflito, pesquisando com seriedade as temáticas debatidas e possibilitando ao público uma leitura da realidade ou avaliação segura sobre o intenso conflito socioambiental, configurado pelo decreto federal 85.206/80, como um dos 14 mais críticos do país. Uma das falhas que a mídia em geral comete é captar ou colher apenas a versão oficial dos organizadores dos eventos (apenas para citar um exemplo), pois apressadinhos não assistem o desenrolar dos trabalhos expostos, divulgando, portanto, uma meia verdade dos fatos. Depois de muitas idas e vindas, de perseguições a membros da ONGSN, de distorções das ações por ela realizadas, entre outras barbáries que o poder da mídia tem ao seu alcance quando quer destruir, decidimos no ano passado não enviar mais mensagens a ‘’determinados órgãos’’ da região e em “alguns casos” não dar mais entrevistas a outros, para manter o espírito de independência, dignidade e liberdade da organização. NÃO À MÍDIA OMISSA!<br /> <br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 19/05/2006<br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte04)<br /><br />O EIA-RIMA elaborado pela UNESC não é um documento completo, pois não atende todos os aspectos legais exigidos pela legislação ambiental municipal, estadual e federal. As abordagens sobre a água e o ar são superficiais, quando deveriam ser mais aprofundados já que se trata de uma região considerada caótica, tanto em recursos hídricos, quanto na qualidade do ar, justamente devido à atividade carbonífera. Captar água para resfriamento de máquinas (indústria) justamente na principal nascente da bacia contraria totalmente a Lei 9.433/98 que trata sobre o devido uso dos recursos hídricos, determinando a prioridade ao consumo humano seguido a dessetentação de animais. Um parecer desfavorável à instalação da termelétrica, elaborado pela Comissão de Indústria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (Gestão 2004 / 2005), mesmo contra a vontade do então Presidente César de Luca (autor do projeto da polêmica barragem no Mãe Luzia), surpreendentemente reapareceu em letras garrafais na primeira apresentação do empreendedor na AP da USITESC, em Treviso, agora com parecer favorável a termelétrica. (MPF, por favor investigue). Por outro lado estudos afirmam que 70% da água captada do reservatório evaporará (sumirá) dentro da usina e os 30% restantes voltarão em altíssima temperatura ao curso do rio Mãe Luzia. As duas propostas apontadas pelo empreendedor tanto o de captação superficial quanto subterrânea configuram crime ambiental. <br /><br />O licenciamento da usina não pode em hipótese alguma ser separado ou deslembrado como pretendem, se um dos argumentos do empreendedor para justificar que a usina adotaria novas tecnologias limpas seria da instalação em ‘’boca de mina’’, portanto pátio ‘’dentro’’ da mina como foi demonstrado no desenho apresentado na audiência pública. Poderia até ser separado se a usina fosse em outro local, de um outro proprietário, com possibilidade de comprar o produto carvão onde bem quisesse (da China, por exemplo). No caso em questão a análise deve ser desde a exploração até a queima (processo continuo), principalmente depois que empreendedor assegurou que a Mina Fontanella tem carvão para abastecer a usina por mais de 50 anos. <br />Por outro lado, esse tal de leito fluidizado precisa ser melhor explicado e ‘’amarrado’’, já que promete eficiência ao usar carvão de baixa qualidade, com alto teor de cinzas e baixo poder calorífico, que reduzirão o passivo ambiental, utilizando os rejeitos depositados na natureza, mas ao mesmo tempo exige água potável para o resfriamento das turbinas. <br /><br />Tadeusantos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 20/05/06<br /><br /><br /><br />LOBBY USITESC (parte05).<br /><br />A repercussão das oportunas e históricas ‘’trancadas’’ no setor carbonífero, no projeto USITESC/440MW, de participar do leilão da ANEEL e na mineradora Rio Deserto, de iniciar a mineração na área rural de Santa Cruz, no município de Içara/SC, resultou numa provocativa matéria na coluna do jornalista Lessa intitulada ‘’O INÍCIO DO FIM’’ do carvão no sul de SC (isto porque ainda não havia sido divulgado a ‘’trancada’’ que Justiça Federal deu na maior emissora de CO2 da América Latina quando ‘’’manteve a decisão que obriga a empresa Tractebel Energia S.A., controladora da Usina Termelétrica Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo/SC, a fazer uma fiscalização adequada com relação à emissão de gases tóxicos e ao reparo de eventuais danos causados ao meio ambiente e à comunidade. A suspensão do repasse de subsídios do governo federal à empresa, deferida no final de fevereiro - que veio num mesmo pacote de medidas exigindo fiscalização rigorosa - também foi mantida pela Justiça Federal. Em 2005, por exemplo, de acordo com os balanços publicados pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Tractebel recebeu do governo federal R$ 257,7 milhões relativos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) entre janeiro e setembro (última data abrangida pelo balanço mais recente divulgado pela companhia)’’’’. Em 2004, essa conta chegou a R$ 286,19 milhões. É até possível, afinal é a esperança da usina ser instalada na região que tem motivado o setor, magistralmente conduzido pelo SIECESC. Se o mundo inteiro caminha na busca de fontes renováveis de energia através do protocolo de Kioto, inclusive o Brasil, se as mineradoras não souberam explorar, se não recuperam os estragos, se a ganância prevaleceu e ficou infecciosa, se quase todos os recursos hídricos estão comprometidos, se não existem mais peixes nos rios, se o ar esta contaminado, se uma abertura de mina passa a assustar a comunidade, como em Sta Cruz, prova que estão esgotando as artimanhas usadas pelo setor. Escrevemos um ensaio sobre a ‘’DESMITIFICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ATRIBUÍDO AO CARVÃO’’ que esta no Blog tadeusantos.blodspot.com onde ousa apontar situações inéditas e provoca a discussão sobre a atividade carbonífera do sul de Santa Catarina. Nenhuma<br /><br />entidade, associação ou organização não- governamental é contra o desenvolvimento, pelo menos das que conhecemos, são algumas sim oportunistas e só trabalha por dinheiro, mas todas buscam formas de desenvolvimento ordenado e sustentável. Do nosso ponto de vista, existem alguns setores que não desenvolvem por falta de planejamento e incentivo, como existem administrações municipais que não criatividade e coragem para promover e fomentar o desenvolvimento em seus municípios, como o de Araranguá, por exemplo. A região possui características geográficas únicas no Brasil, como os Aparados da Serra Geral, um sistema lagunar única em Santa Catarina e um litoral oceânico ainda preservado, contemplado com uma rodovia duplicada e uma possível rodovia inter-praias, falta sim são bons projetos e planejamento envolvendo segmentos organizados da sociedade civil, a adoção das novas políticas públicas e vontade política. <br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador (Sócios da Natureza / ONG Fundada em 1980)<br />Araranguá SC, 21/05/06<br /><br /><br />Sócios da Natureza afirmam haver:<br />‘’BADERNA SONORA EM ARARANGUÁ’’<br /><br /><br /><br />Em determinadas situações não precisa de Decíbelimetro para perceber que a infração está sendo cometida, principalmente quando o ruído é proveniente das poderosas caixas de som de veículos e das descargas alteradas, pois extrapolam os decibéis permitidos pela sensação de desconforto ao ouvido, principalmente nas madrugadas de sexta e sábado, quando os insensíveis imbecis saem para festar sem preocupar-se com que quem esta repousando. Indagamos o que passa pela cabeça destes idiotas sabendo que estão causando pânico em crianças e idosos, por exemplo. Nesta madrugada de sábado para domingo (dia 28/05/06) o perímetro urbano central de Araranguá ‘’parecia uma guerra’’, com veículos circulando continuadamente com som em altíssimo volume, descargas barulhentas, piruetas acrobáticas nas rotulas e pedestres promovendo algazarras (na Sete de Setembro). Já no período da manhã de domingo, por incrível que possa parecer, o silêncio era quase total não fosse uma moto com descarga alterada circular pela cidade usando as avenidas como pista de corrida. Alguma coisa esta fora da ordem e da lógica, quando o período de uma manhã passa a ser mais silencioso que o de uma madrugada !<br />Um individuo circulando com o som automotivo ligado em alto volume às 04:00 horas da madrugada é tão ou mais maléfico a população que um ‘’ladrão de galinha ou um vendedorzinho de maconha’’, mas a atual ‘’cultura’’ policial é de caça aos dois últimos citados, enquanto que o idiota (geralmente filho de figurão) que anda estourando os decibéis permitidos tanto de música quanto de descarga alterada (emissão de CO2) passa em frente a viatura e nada acontece.<br />(OBS. Não estamos aqui culpando os policiais, mas aos irresponsáveis e inconseqüentes que estabelecem as regras e ditam as ordens). <br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza - desde 1980 atuando de forma voluntária em defesa da natureza e em busca de uma melhor qualidade de vida para a região sul de SC.<br />Araranguá, 29/05/2006.<br /><br /><br />A PREMEDITADA MUTILAÇÃO DE ÁRVORES NO MORRO DOS CONVENTOS.<br /><br /><br /><br />A ausência de uma política pública voltada ao meio ambiente por parte da administração municipal, a fragrante omissão do Ministério Público em relação às questões ambientais, o distante IBAMA e a enfraquecida e famigerada FATMA possibilitam que ações deste tipo ocorram periodicamente no município de Araranguá.<br />O podamento ou até mesmo o corte de uma árvore ou mais árvores tornam-se por vezes necessárias em determinadas circunstâncias em função do desenvolvimento, mas é preciso que haja um anúncio do ato (como faziam na Idade Média quando decepavam cabeças em praça pública), para que alguém possa recorrer em defesa da árvore, através de um naturalista ou mesmo um vizinho que carinhosamente cultua a mesma. Este processo possibilita democraticamente as justificativas (de replantio, por exemplo) para o corte não causar tanta celeuma na opinião pública. A indignação e revolta foi intensa por parte da população, recebemos inúmeros telefones e e-mails, como também a mídia fez contundentes matérias sobre o ato.<br />O transgressor será multado (poderá recorrer e não pagar!) e ficará por isso mesmo, daí porque insistimos na urgente e necessária educação ambiental também para os adultos, que na verdade são os que praticam os crimes ambientais e as autoridades que se omitem ou fazem vista grossa.<br /><br /><br /><br />tadeusantos<br />Coordenador dos Sócios da Natureza<br />Ara/SC 22/04/2006<br /><br /><br />DEPÓSITO DO LIXO DE ARARANGUÁ<br />(ATERRO SANITÁRIO)<br /><br /><br /><br />Antes de entrar no mérito da questão ambiental, os depósitos de lixo / aterros sanitários conhecidos por lixões, são locais insuportáveis, pois produzem um mau cheiro de podridão, realmente horrível e indescritível, portanto insustentável para as pessoas que precisam trabalhar na atividade de catar diariamente os resíduos que não mais interessam ao consumo humano. Devemos reconhecer que a tarefa dos catadores é uma das atividades humanas mais degradantes, inclusive mais que a mineração subterrânea do carvão em termos de qualidade de vida. Nos 30 minutos que tivemos que ficar para registrar a situação do depósito / aterro sanitário e as condições subumanas dos 28 trabalhadores, minha roupa ficou impregnada com o cheiro do fedorento chorume e o carro ficou cheio de moscas. Ao olhar uma foto ou filmagem de um depósito de lixo, não dá para perceber o que é realmente podridão porque as fotos ‘’ainda’’ não transmitem odor (e nem dor). Estudos médicos alertam sobre o altíssimo risco de transmissão de doenças através da água contaminada, mas principalmente através das moscas, mosquitos, baratas, ratos, entre outras formas. O Estado pouco investe nesta área (prefere asfaltamento, dá mais ibope e voto), as administrações mais conscientes estão investindo em usinas de reciclagem, processo que evita a existência de lixões, portanto acaba com esta humilhação humana. <br /><br />Realmente o alerta da advogada ambientalista Ana C. Echevenguá (VIDAVERDE) sobre o lixão de Araranguá é procedente, pois o mesmo pode até possuir o licenciamento da FATMA, mas não é porque é lixo que deve ser tratado como ‘’lixo’’, já que o descaso é perceptível. Confessamos que não nos preocupávamos com a questão do lixo, até porque havia uma intensa propaganda sobre o mesmo, mas de forma positiva, quando na verdade não é positiva, pelo contrario, é negativa. No momento da entrevista com a Rádio Difusora, de Içara, ainda não tínhamos conhecimento da gravidade do problema, foi somente quando chegamos ao local que constatamos não só a necessidade de reunir a comunidade de entorno afetada diretamente pelo mau cheiro, pelas moscas e outros malefícios que aquele antro de doenças pode comprometer a saúde pública, mas de levar a denúncia ao Ministério Público da Comarca de Araranguá, que na entrevista declarou não ter conhecimento do problema.<br /><br />Na próxima semana protocolaremos ofício à administração municipal solicitando urgentemente algumas providências até a instalação de uma Usina de Reciclagem no município e ao Ministério Público para que de mais atenção ao lixão / aterro sanitário, como:<br /><br />· Fechar toda a área com muro (no mínimo com dois metros de altura). O local está muito próximo da Lagoa do Caverá e do remanescente da Mata Atlântica do Fundo Grande que será transformado em uma Unidade de conservação (SNUC).<br />· Construir urgentemente instalações sanitárias (wc e chuveiro).<br />· Fornecer vestimenta adequada aos catadores (botas, luvas, máscara e etc)<br />· Tubulação adequada para levar o perigoso chorume às bacias de decantação, que também precisam de reparos.<br />· Providências para reduzir o mau cheiro (a vizinhança está reclamando!).<br />· Ampliar a área de forma organizada, obedecendo ao projeto e a legislação. <br />· Laudo sobre a existência de algum lençol freático local.<br />· Instalação em locais estratégicos de placas informativas sobre os perigos provocados pela decomposição dos resíduos.<br />· Promover debate sobre os benefícios da reciclagem do lixo e uma campanha para a população aderir este hábito desde as suas residências, comércio e indústria.<br />· Justificar a utilização do espaço pelas prefeituras dos municípios de Arroio do Silva e Meleiro.<br /><br />OBS. A Comunidade rural de Santa Libera, em Forquihinha, tem toda razão em reclamar do lixão que está instalado nos fundos do terreno do IPAT / UNESC, pois sabem que a saúde das suas crianças, jovens e adultos está sendo afetada e prejudicada.<br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza<br />Araranguá /SC, 28/03/2006<br /> <br />As caçadas urbanas.<br /><br /><br />No centro de Araranguá, alguns cachorros de rua têm chamado a atenção, um deles pela simpatia, como o Sorriso, que faz careta de sorriso mesmo, o Magrão que “faz que chora” para pedir comida e a Cadelinha, fiel companheira dos dois (todos devidamente castrados). Vivem praticamente no contorno da quadra entre o Calçadão e a Caetano Lummertz, a Sete de Setembro e a XV de Novembro, mas percorrem a Praça Hercílio Luz e arredores.<br />Já constatamos que cães já são bem conhecidos e possuem vários amigos na cidade, inclusive muitos ajudam na sua alimentação, outros providenciam cuidados veterinários (freqüentemente aparecem machucados!). Tem também os anônimos que deixam semanalmente ração em frente às lojas onde os cães costumam fazer ponto e outros que os alimentam em suas residências. Este voluntariado em defesa e proteção dos animais é uma atitude exemplar (infelizmente tornando-se rara!), pois a convivência entre o homem e os cães tem sido produtiva e benéfica pra ambos desde os primórdios da história. <br />Aparentemente ninguém é dono dos vira-latas (vira-lata, mas no bom sentido!), são os verdadeiros cães de rua, livres, não tem compromisso com ninguém em particular, correm soltos pela sua ‘’selva de pedra’’ e por isso não podem ver um veículo ou moto em movimento, que lá vão atrás, são as suas caçadas, mesmo que urbanas, mas são as suas caçadas, instinto que faz parte da natureza deles !<br />Não fosse este ‘’inconveniente’’, poderiam viver por muito tempo, mas é muito grande o risco de acidente, para ambos, para os motoqueiros e os cães. Também estamos preocupados porque alguém pode não gostar ‘’de ser caçado’’ e fazer alguma bobagem com os indefesos cães, além dos maus tratos que recebem no dia a dia de suas vidas por pessoas inescrupulosas.<br /><br />OBS. Se alguém souber de algum um meio de educá-los e discipliná-los a não realizarem estas perigosas manobras, naturalmente que sem prejudicá-los, seria de muita valia e solidariedade, para com estes que são considerados os melhores amigos do homem.<br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Socioambientalista<br />Araranguá SC, 01/02/06<br /><br /><br /><br /><br />HÁ, SE EU FOSSE O PREFEITO !<br />09/12/2005<br /><br /><br />PRAÇA RELOGIO DO SOL<br />Não permitiria o estacionamento de caminhões na Praça do Relógio (trevo da Cidade Alta). Nos fins de semana chegam a estacionar até oito caminhões, principalmente os de carroceria baú. <br />Argumentos para justificar, a Praça já é pequena, só tem o exclusivo e inédito Relógio do Sol como atrativo, além de permitir uma visualização aos motoristas pelos quatro pontos de acesso, principalmente para quem está chegando em Araranguá.<br /><br />CALÇADAS<br />Depois das melhorias nas vias públicas, como calçamento e asfalto, promoveria campanhas pela revitalização das calçadas, pois elas tem tanta importância quanto ao espaço destinado aos veículos, afinal também são vias públicas, só que para pedestres. As calçadas podem refletir a cultura e formação de uma cidade da mesma forma que um olhar de cima da ponte para o rio que atravessa a cidade pode fornecer dados e informações importantes sobre a população e a administração do município.<br />OBS. A reforma do Colégio Castro Alves está de parabéns, exceto pela calçada da Caetano Lummertz que não recebeu ainda nenhum tratamento, continua feia e cheia de buracos, tornando-a difícil para o transito de deficientes físicos, por exemplo. <br /><br />POLUIÇÃO SONORA<br />A Secretaria de Trânsito criada para cuidar do trânsito, nada faz para reduzir o barulho no município, não cumpre com a própria legislação municipal que disciplina o uso de propaganda sonora e de outras perturbações do sossego e do trabalho da coletividade. A Secretaria de Trânsito que foi criada para cuidar do trânsito deveria cuidar apenas do trânsito e nada mais. <br /><br />RIO ARARANGUÁ<br />Chamaria os principais representantes dos setores que mais despejam rejeitos ou que poluem o rio Araranguá (SIECESC do carvão, o sindicato da rizicultura e as prefeituras que despejam esgoto) para uma ‘’conversa’’ com objetivo de mostrar o prejuízo que causam a economia do município, quando centenas de famílias são privadas de pescar porque não tem mais peixe no Rio Araranguá (e se tem, alertamos que pode estar comprometido). Se tivesse peixe no rio Araranguá, poderia ajudar no sustento ou na complementação da alimentação dos mais carentes.<br />Quando a PETROBRAS causou a contaminação do rio no Paraná, foi considerado um desastre ecológico e o IBAMA multou a responsável em 50 milhões, aqui o desastre é permanente e as mineradoras, por exemplo, não são multadas e ficam cada vez mais poderosas (privatizam o lucro), com poder inclusive de construir termelétricas a carvão, enquanto que a poluição é socializada, principalmente para os municípios de Araranguá e Maracajá.<br /><br />Tadeu Santos<br />Cidadão Araranguaense desde o dia 13 de setembro de 2004, titulo concedido pelo Poder Legislativo do Município de Araranguá/SC.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-75875444249952380842007-12-14T06:03:00.000-08:002007-12-14T06:05:43.257-08:00MANIFESTO PÚBLICO CONTRA ABERTURA DE NOVAS DE CARVÃO NO SUL DE SC<strong><span style="font-size:130%;">MANIFESTO PÚBLICO CONTRA A ABERTURA DE NOVAS MINAS DE CARVÃO NO SUL DE SC</span></strong><br />Dezembro de 2007<br /><br /><br /><br /><br />Manifesto Público contra o caos ambiental estabelecido na Região Sul de Santa Catarina, que comprometeu e continua comprometendo os recursos naturais (água, solo, flora, ar), a fauna e a saúde da população, que mediante este comprovado dano ambiental pedimos a não abertura de novas minas de carvão enquanto:<br />Não promoverem a recuperação ambiental de acordo com a Sentença Judicial Nº. 93.80.00533-4 de 05 de Janeiro de 2000. Os Termos de Ajustamento de Conduta TAC são inócuos, pois não estão correspondendo às expectativas contidas na sentença que determinava a recuperação ambiental da Região Sul de SC, mas estão incompreensivelmente substituindo o devido Licenciamento Ambiental e permitindo a continuidade de atividades danosas ao meio ambiente. Indignamo-nos porque as mineradoras para recuperarem a natureza, conforme determina a sentença, argumentam que não disponibilizam de recursos. Ora, mas para construir milionárias usinas existem recursos, para comprarem redes de hotéis existem recursos, para comandarem veículos de comunicação existem recursos, para possuírem infra-estrutura de equipamentos pesados, frotas de veículos e outras milionárias aquisições existem recursos...<br /><br />Não moralizarem os Estudos de Impacto Ambiental EIA-RIMA, que manipulam dados e informações para agradar o empreendedor e o órgão licenciador, em total desconformidade com a Resolução do CONAMA 001/86, que aponta a necessidade para obras poluidoras e modificadoras do meio ambiente. Os EIAs parecem mais estudos motivadores para a viabilização do empreendimento, com pareceres sempre positivos a obra, indicando que o empreendimento promoverá crescimento econômico e frentes de trabalho! (Documento em anexo denuncia a tendenciosa elaboração dos atuais Estudos de Impacto Ambiental / EIA-RIMA).<br /><br />A região for enquadrada como 14ª Área Critica Nacional pelo Decreto Federal Nº. 85.206/80. Um Comitê Gestor foi criado pelo Governo Federal, no final de 2000, com a sórdida intenção de contornar a sentença, onde rotundos recursos oficiais foram destinados ao mesmo sem nenhuma prestação de contas, indicando uma OSCIP de Florianópolis para representar as ONGs da região carbonífera e que coincidentemente um dos principais funcionários do MMA que atuava no Comitê Gestor está trabalhando na SATC. Aparentemente o Comitê Gestor para recuperação ambiental da Região Sul de SC está estranhamente inativo.<br /><br />Não houver garantias ao meio ambiente, à cidadania e ao estado de direito das comunidades agrícolas que rejeitam a instalação de minas em suas localidades rurais (Caso de Santa Cruz /Içara) e as comunidades que já vivem no entorno das minas (Caso de São Roque). Enquanto a fiscalização da FATMA continuar ineficiente e omissa, enquanto o IBAMA continuar ausente na região e omisso nos licenciamentos carboníferos. Comunidades próximas às minas sofrem com a poluição do carvão, com rachaduras em suas casas e falta de água potável, por exemplo. A água do rio Mãe Luzia que forma o Araranguá tem um pH 3 (o normal é 7), impossibilitando que centenas de famílias possam na pesca buscar a complementação da escassa ceia alimentar. A emissão de gases efeito estufa das altíssimas chaminés da usina Jorge Lacerda/856MW (Tractebel/Suez), em Capivari de Baixo é monitorado pela própria usina em vez de ser pela FATMA.<br /><br />O setor carbonífero continuar colocando em risco a saúde pública da população que, hoje, respira ar contaminado de metais pesados emitidos pelas chaminés da usina. Enquanto não adotarem medidas que minimizem os danos a saúde do mineiro, que além da pneumonoconiose, adquiri outras graves doenças embaixo da terra, num ambiente insalubre, com a expectativa de aposentar-se com apenas 15 anos de serviço. Enquanto a poluição causada pelo setor continuar sendo um entrave para o desenvolvimento de outras atividades econômicas como agricultura, pesca e turismo, ceifando milhares de oportunidades de empregos saudáveis, seguros e sustentáveis.<br /><br />Não definirem-se políticas públicas preventivas e de adaptação aos fenômenos naturais, adversidades e mudanças climáticas que comprovadamente interferem na Região Sul de SC. A ocorrência de violentas trombadas d’água e catastróficas enchentes, como a de 1974 com mais de 200 mortos e 60 mil desabrigados, a do Natal de 1995 com 29 mortos e enormes prejuízos econômicos, além dos tornados em Criciúma e a assustadora ocorrência do inédito Furacão Catarina – o primeiro em toda a imensa costa do Atlântico Sul, causando destruição e mortes justamente na região que mais emite CO² de toda América Latina pela queima de carvão.<br /><br />Não forem discutidas adaptações da matriz energética as mudanças e adversidades climáticas no país. O Governo Estadual / Federal ora apóia a instalação de usinas a carvão na geração de energia, ora condena a queima de combustíveis fósseis, inclusive ratificando o Protocolo de Kyoto. <br /><br />A atividade carbonífera não adotar medidas seguras que não resultem em mais riscos a biodiversidade dos Parques Nacionais do Itaimbezinho, Fortaleza e São Joaquim, Reserva Biológica Estadual do Aguaí e as várias APAs (inclusive a da Baleia Franca) da região sul de SC e norte do RS. Estudos alertam que a ‘’imperceptível’’, mas temerosa chuva ácida pode avançar até 300KM de acordo com os ventos.<br /><br />Enquanto o Ministério Público Federal - MPF de Criciúma não ouvir a população civil afetada pela poluição do carvão e aplicar a lei sem submissão ao poder econômico (em audiência pública de apresentação de EIA-RIMA de uma mina em funcionamento, sem a competente e insubstituível licença ambiental, mas amparada em questionável TAC, a representante da Procuradoria da República, após ouvir as denúncias da comunidade agrícola e dos ambientalistas (relato em anexo), justificou que a mina foi mantida em funcionamento apesar da comprovada irregularidade, porque avaliaram que a economia da cidade depende da extração do carvão e que as ONGs e quem discordasse que entrasse com uma ação judicial, que o Ministério Público Federal não se sentiria usurpado em suas atribuições); por fim declarou que a região depende da extração do carvão mineral, quando na oportunidade foi aplaudidíssima pelos empreendedores mineradores. OBS. Ao final desta tumultuada AP, ambientalista Tadeu Santos da ONG Sócios da Natureza foi ‘’ferozmente ameaçado’’ por minerador.<br /><br />Enfim, enquanto os excessivamente ricos ‘’Senhores do Carvão’’ que comandam a atividade de extração, beneficiamento e queima do poluente combustível fóssil continuarem contrariando o Art. 225 da Constituição, desobedecendo a Lei de Crimes Ambientais 9.605/98, o Código Florestal e a 9.433/97 dos Recursos Hídricos, debochando da Agenda 21 e do inovador Estatuto da Cidade. Enquanto continuarem ‘’enganando’’ governantes, políticos, autoridades e a população com apoio e domínio da mídia e enquanto usarem do discurso da geração do emprego para a privatização do lucro e a socialização da poluição.<br /><br />OBS. Se necessário for, declaramos que possuímos farta documentação comprobatória sobre todas as denúncias, informações e fatos apontados.<br /><br /><br />Movimento pela Vida<br />União das ONGs e Movimentos Sociais<br />da Região Sul de Santa Catarina.<br /><br /><br />Apoio da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses - FEEC.<br />O teor deste documento é fielmente baseado na Moção aprovada na Assembléia do XIX Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais – FBOMS, ocorrido em 26,27,28/10/2007 em Curitiba.<br /><br /><br />OBS. Denúncias persistentes, esclarecedoras e fundamentadas devem ser bem divulgadas, da mesma forma que o esterco, que pra ser útil precisa ser bem espalhado!<br /><br /><br /><br />Só depois das florestas destruídas!<br />Dos rios, lagos e mares poluídos!<br />Das geleiras descongeladas,<br />Da atmosfera contaminada,<br />Do comprometimento total<br />de toda biodiversidade,<br /> do último peixe morto!<br /> perceberemos que o<br />dinheiro não come!Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-54368006895151496882007-11-25T18:51:00.000-08:002007-11-25T18:54:31.930-08:00Carta ao Al Gore - Nobel da Paz 2007<strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;">Carta ao Senhor Al Gore</span><br /></span></strong><br />‘’NOBEL DA PAZ 2007’’<br /><br /><br />Ao mencionar o Furacão Catarina – o primeiro do Atlântico Sul, em seu oscarizado filme ‘’Uma Verdade Inconveniente’’ – nos motivou a pensar na possibilidade de um dia Vossa Senhoria vir a aceitar um convite da sociedade atingida para visitar a região, que repentinamente foi devastada com destruição e morte na noite de 28 de março de 2004, com seu epicentro precisamente em Araranguá, no Sul de Santa Catarina e do Brasil.<br />Tentaremos, brevemente, descrever a nossa região para que sua equipe possa avaliar esta possibilidade da sua visita quando de alguma passagem pelo Brasil, como no Congresso Nacional onde temos conhecimento de uma tentativa de trazê-lo para uma palestra sobre Aquecimento Global e Mudanças Climáticas.<br />Acreditamos que suas palavras poderão mudar os corações e mentes dos governantes no sentido da aplicação de políticas públicas preventivas e de adaptação.<br /><br />INTRODUÇÃO<br />As imensas reservas de carvão mineral, mesmo de alto teor de cinzas e baixo poder calorífico no sul do país, fascinam mineradores, políticos e governantes brasileiros de uma forma intrigante, transformando-os em ferrenhos defensores do combustível fóssil mais poluente do planeta, responsável direto pelo desequilíbrio da camada de ozônio, causando o aquecimento global que resulta nas perigosas mudanças climáticas.<br />A região sul de Santa Catarina é considerada pelo Decreto Federal Nº. 85.206, desde 1980, como uma das mais poluídas do Brasil, causada pela famigerada atividade carbonífera, desde a brutal extração do minério fóssil até a poluente queima nas caldeiras da termelétrica Jorge Lacerda 856/MW – Tractebel / Suez em Capivari de Baixo/SC. Três bacias hidrográficas (Araranguá, Urussanga e Tubarão) estão com seus recursos hídricos comprometidos, em alguns pontos a acidez da água é tão alta que o pH chega a 3, desembocando na APA da Baleia Franca. Por onde existe mineração o solo torna-se improdutivo e a vegetação é dizimada (se considerarmos as calhas dos rios, as áreas degradadas poderão ultrapassar 30 mil hectares). Uma Reserva Biológica Estadual (Aguaí) e dois Parques Nacionais (Itaimbezinho e São Joaquim) estão comprometidos com a chuva ácida, além das milhares de toneladas de CO² lançadas na atmosfera desde a década de 60. Além do caótico cenário, existe a exploração dos trabalhadores mineiros, submetendo-os a uma espécie de escravidão ambiental, pois vivem debaixo da terra num ambiente insalubre e promíscuo, adquirindo a incurável pneumonoconiose e aposentando-se aos 15 anos de trabalho para exageradamente enriquecerem os donos das minas e morrerem pobres. Uma verdadeira injustiça ambiental!<br />Uma sentença judicial, no ano de 2000, condenou à recuperação ambiental, algumas mineradoras, a União pela CSN (na época estatal) e o Estado de Santa Catarina pelo órgão licenciador / fiscalizador FATMA - este estranhamente conseguiu livrar-se da sentença. O MPF e a Justiça Federal têm prorrogado o prazo através de ajuste de condutas que não acabam mais. Uma outra ação condenou a Tractebel/Suez a elaborar um novo EIA-RIMA para a usina e a indenizar todas as pessoas vitimadas de doenças pulmonares na região. <br />Como sociedade civil organizada, temos tentando acanhadamente mudar os corações e mentes dos que defendem a atividade carbonífera, mas sem muito sucesso, já que não temos nenhuma espécie de recurso para fortalecer a luta contra a poderosa degradação ambiental. Conseguimos mobilizar a criação dos Comitês de Bacias, chegando a ocupar a primeira presidência do Comitê do Araranguá, mas também pouco conseguimos avançar em termos práticos. Estamos envolvidos em mais de quinze missões de âmbito sócio-ambiental na região e no estado, como também integramos a redes do GT Energia e GT Clima do FBOMS. Divulgamos intensamente junto à sociedade civil, tanto urbana quanto rural, as vantagens das energias renováveis para a natureza e a qualidade de vida para a população. <br />Com o advento do Furacão Catarina em 2004, realizamos em parceria com a Associação de Municípios - AMESC e apoio dos Amigos da Terra, o Primeiro Encontro sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas da Região do Catarina, com a presença de 700 pessoas, grande parte educadores e servidores municipais ligados ao meio ambiente. Na seqüência, com a coordenação do NatBrasil, realizamos várias oficinas temáticas para entidades dos municípios afetados pelo furacão.<br />Atualmente estamos lutando desesperadamente contra a instalação da USITESC 440/MW em Treviso/SC, nas encostas dos Aparados da Serra e a ameaça de mais duas usinas na região, que assustadoramente foi em toda a imensa costa do Atlântico Sul, a ''escolhida'' pelo inédito Furacão Catarina a causar pânico, destruição e mortes. <br />Atenciosamente<br />Tadeu Santos Coordenador Geral<br />Sócios da Natureza<br />ONG Fundada em 1980.<br />(Prêmio Fritz Muller 1985)<br /><br />’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA<br />E,<br />SEMPRE BUSCANDO OBJETIVOS DE INTERESSE COLETIVO ’’<br /><br />Av. XV de Novembro Nº. 1585, sala 01 – CEP 88900 000 – Araranguá – SC<br />Fone: 48 - 99850053 / 3522 1818 Fax: 3522-0709E-mail: <a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a> Site em construção <a href="http://www.sociosdanatureza.org/" target="_blank">www.sociosdanatureza.org</a>Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-87494893222617645522007-11-25T16:39:00.000-08:002007-11-25T16:41:16.077-08:00Ao Ilustríssimo Deputado Décio Góes<br />Atuante representante da Região Sul de Santa Catarina, nossa sincera e singela contribuição a Comissão Mista de Mudanças Climáticas da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina / ALESC e ao mesmo tempo parabenizando-o pela realização da Audiência Pública, em Criciúma, no dia 19/11/2007.<br /><br /><br /><br /><br /><br />‘’A região sul de SC e seus peculiares fenômenos naturais resultantes das adversidades climáticas, que no nosso entender (embasado nos relatórios do IPCC), tem relação com o aquecimento global, que nas últimas décadas têm sido intensificados causando as perigosas mudanças climáticas desde que o homem começou a interferir brutalmente na natureza! A região comprovadamente precisa da implantação de políticas públicas com a adoção de medidas preventivas e formas de adaptação aos fenômenos que estatisticamente poderão repetir-se talvez com mais violência”<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Certamente a região sul é a que mais têm sido afetada em todo o estado de SC, com a ocorrência de fenômenos naturais violentos, resultantes não apenas do aquecimento global, que diga-se teve seu início à décadas, mas de outras adversidades climatológicas e mesmo de reações que a própria natureza promove para ajustar-se. A temática é conflitante e polêmica, mas os fatos estão provando com o aumento da temperatura nos últimos 150 anos justamente com o início da queima dos combustíveis fósseis, consequentemente provocando o derretimento das geleiras no ártico e a adesão de quase toda a comunidade cientifica e da ONU. Possivelmente os pouquíssimos cientistas que contestam os milhares de cientistas do IPCC estão defendendo os interesses petrolíferos e carboníferos. A mesma teimosia também ocorre aqui na região quando os defensores do carvão argumentam que a mineração não mais polui e que a queima é limpa com emissão zero. O baixíssimo pH da água do rio Araranguá e Carvão são provas suficientes e indiscutíveis e o monitoramento das emissões de gases pela própria Tractebel é discutível e inadmissível. Como que a FATMA pode licenciar novas termelétricas a carvão se a mesma não tem capacidade tecnológica e técnicos habilitados para fiscalizar a usina existente Jorge Lacerda em Capivari de Baixo.<br /><br />A ocorrência de grandes enchentes, como a de 1974 – talvez a mais violenta e dramática do Brasil com mais de 200 mortos e acima de 30 mil desabrigados. A enxurrada da noite de Natal de 1995 também foi considerada muito violenta e de características estranhas, pois depoimentos afirmam que uma imensa nuvem ao chocar-se com outra caíram inteiras sobre as encostas dos Aparados da Serra (temos fotos dos arranhões), mais precisamente sobre a localidade rural de Figueira, no município de Timbé do Sul, onde 29 pessoas perderam a vida na bacia do Rio Araranguá. Recentemente ocorreram trombadas d’água de grande intensidade em Praia Grande (e Maquiné no RS). Enquanto que na região carbonífera de Criciúma tem se registrado a ocorrência de tornados, assustadoramente o furacão Catarina escolheu a nossa região em toda a imensa costa do Atlântico Sul para causar destruição e mortes, na noite de 28 de março de 2004 (do qual fui vítima quando trafegava pela rodovia BR-101).<br /><br />Em 2005 promovemos em parceria com a AMESC e apoio dos Amigos da Terra de POA o ‘’Primeiro Encontro sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas’’, onde mais de 700 pessoas estiveram presentes entre educadores e funcionários municipais ligados a educação e meio ambiente, além de estudiosos e ambientalistas de 12 estados brasileiros. A proposta do NATBrasil prevaleceu com a realização de Oficinas temáticas nos municípios afetados pelo furacão Catarina, desde Torres/RS até Criciúma./SC. Uma outra proposta levada adiante foi da instalação de um sensor/bóia na costa do Atlântico Sul para captar possíveis tempestades e mesmo furacões na região, mas que ainda depende da Marinha do Brasil, já que faz parte de um projeto do Ministério do Exército. Portanto pedimos apoio do Deputado Décio Góes e da Senadora Ideli Salvatti na agilização operativa do projeto ‘’Ação Transversal – Previsão de Fenômenos Meteorológicos Extremos’’ de responsabilidade da Marinha do Brasil. <br /><br />A ONG Sócios da Natureza têm de uma forma ou de outra, sempre que possível, participado de eventos ligados a temática das mudanças climáticas, tentando divulgar e alertar sobre o conflito ambiental da região e suas prejudiciais conseqüências, tanto em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, como recentemente no Chile. Inclusive uma tentativa de viabilizar a vinda de Al Gore no Segundo Encontro projetado para 2008.<br /><br />Ações e/ou interferências do homem que podem estar causando as adversidades climáticas apontadas na região sul de SC: A intensa utilização dos recursos hídricos na irrigação da rizicultura pode com a evaporação da lamina d’água influir na climatologia e a atividade carbonífera, desde a extração até a queima do carvão na usina Jorge Lacerda/856/MW, em Capivari de Baixo, ser responsável pela chuva ácida e outras interferências no clima da região, como também no desequilíbrio da camada de ozônio – causando o aquecimento global que por sua vez desencadeia as mudanças climáticas.<br /><br />A Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas da ALESC está de parabéns pelas iniciativas, mas entendemos que mais ações precisam ser promovidas pelos governantes, principalmente na elaboração de políticas públicas voltadas as mudanças climáticas, no sentido de passarem a entender a dinâmica dos fenômenos e a adoção de formas de adaptação. Além disso, poder-se-ia numa tentativa diplomática aproximar o setor produtivo e a sociedade civil organizada para o diálogo, no caso em questão, as ONGs e movimentos sociais da região afetada pela poluição, tanto industrial quanto agrícola e governamental.<br /><br />OBS. Uma pesquisa brasileira coloca Santa Catarina na rota dos locais mais atingidos pelas conseqüências do aquecimento global projetadas pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), no início do ano. Se a previsão de aumento da temperatura de 2°C a 7ºC se concretizar na Amazônia, o fluxo de umidade e, conseqüentemente, de chuvas na Bacia do Prata pode crescer 50%, o que afetaria diretamente o Estado.<br />O alerta é do pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) Wagner Rodrigues Soares (DC 12/11/2007).<br />OBS. Expectativa sobre o documento lido pelo Presidente da ONU: "Acho que o documento vai sair nesta tarde. Depois, nenhum político poderá falar que não sabia o que está acontecendo", afirmou Han Verolme, diretor do Programa sobre Mudança Climática da organização ambiental WWF. "Esta reunião do IPCC é um marco que vai influenciar os técnicos em políticas públicas por décadas", disse ele à imprensa. O documento diz que a mudança climática é "incontestável", e que atividades feitas pelos homens, principalmente o uso de combustíveis fósseis, é "muito provavelmente" a causa dos problemas.<br /><br />Atenciosamente<br /><br />Tadeu Santos – Socioambientalista<br />Araranguá / SC, 19 de Novembro de 2007.<br /><br /><br />Sócios da Natureza<br />ONG Fundada em 1980.<br />(Prêmio Fritz Muller 1985)<br /><br />’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA<br />E,<br />SEMPRE BUSCANDO OBJETIVOS DE INTERESSE COLETIVO ’’<br /><br />Av. XV de Novembro Nº. 1585, sala 01 – CEP 88900 000 – Araranguá – SC<br />Fone: 48 - 99850053 / 3522 1818 Fax: 3522-0709 E-mail: <a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a> <br />Site em construção <a href="http://www.sociosdanatureza.org/" target="_blank">www.sociosdanatureza.org</a><br /><br />O CARVÃO E<br />O FURACÃO CATARINA<br />Rascunho orientador para a palestra a ser proferida no dia 08/11/2007, no Encontro de Integração dos Povos, no Chile, a convite da Rede Brasileira de Justiça Ambiental / RBJA e da FASE/RJ/Brasil.<br /><br />Tadeu Santos - Socioambientalista<br /><br />Descrição resumida dos impactos e conflitos socioambientais resultantes da poluição causada pelo carvão e o depoimento de um ambientalista atingido diretamente pelo furacão Catarina – O primeiro do Atlântico Sul.<br /><br /><br /><br />QUEM SOMOS<br />A Organização Não–Governamental Sócios da Natureza foi fundada em 1980, em Araranguá, sul de Santa Catarina, Brasil. A principal razão da criação da ONG foi a poluição do rio Araranguá causada pela atividade carbonífera da região de Criciúma – considerada por muitos anos a “Capital Brasileira do Carvão”. Enquanto movimento ambiental agregou 5 mil associados com carteirinha, inclusive o Papa João Paulo II, na sua primeira viagem ao Brasil, devido a ligação do movimento com a Pastoral da Ecologia. Conseguiu 35 mil assinaturas num abaixo assinado contra a poluição do carvão e recebeu o Troféu Fritz Muller – o mais significativo prêmio ambiental do Estado de SC, sendo também uma das 500 entidades indicadas para o Prêmio Global da ONU. Participamos direta e indiretamente de mais de 15 missões, destacando a mobilização pela criação do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, no qual ocupamos a primeira presidência. Depois o Pode Legislativo do Município de Araranguá concedeu o título de Cidadão Araranguaense ao Coordenador da ONG-SN, demonstrando com a atitude o reconhecimento pelo trabalho e dedicação às causas sociais e ambientais. Uma das mais significativas conquistas dos Sócios da Natureza foi o desvio da Duplicação da Rodovia BR-101 por fora do perímetro urbano em Araranguá, apoiados pelas mais representativas entidades do município e pela missão de acompanhamento do BID – na época financiadora da obra. Inúmeras outras situações de valorização e engrandecimento da ONG-SN poderíamos descrever, desde a participação no Fórum Social Mundial/2005 até a recente participação na audiência pública promovida pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, onde fomos a única ONG Barriga Verde a ser convidada pela presidência do TCE para o I Painel Referência, no sentido de contribuir com a auditoria sobre a FATMA, o órgão licenciador e fiscalizador do meio ambiente estadual.<br />OBS. Estamos sendo processados criminalmente em três situações judiciais porque emitimos documentos denunciando a incompetência e omissão das autoridades na defesa da natureza.<br /><br />LINGUAGEM DE ONG AMBIENTALISTA<br />Logicamente que as ONGs tem uma linguagem diferenciada dos políticos e governantes, até mesmo da sociedade, principalmente se as mesmas são totalmente independentes de poderes governamentais ou privados. Esta liberdade de expressão tem causado processos judiciais contra nós, como cidadãos, que temos que responder judicialmente contratando advogados com recursos próprios. Ao mesmo tempo em que a mídia dificilmente divulga nossas denúncias, até porque não temos recursos financeiros para bancar publicações (como fazem os carboníferos), e neste ponto nos tornamos impotentes, pois sem recursos financeiros torna-se tudo muito difícil e de certa forma até enfraquece algumas ações da ONG, já que o nosso trabalho é estritamente voluntário.<br />OBS. Até bem pouco tempo atrás éramos taxados de alarmistas, enquanto que agora é a comunidade científica mundial e a ONU que fazem os alertas ambientais em relação aos impactos que o desenvolvimento desordenado provoca na natureza.<br /><br />SITUAÇÃO / LOCALIZAÇÃO<br />A Região Sul de SC é considerada uma das 14 mais poluídas do Brasil de acordo com o Decreto Federal Nº. 85.206 de 1980, devido a brutal agressão causada pela extração, beneficiamento e queima do carvão mineral iniciada no início do século XX, acentuando-se após a II Guerra Mundial com a destinação do minério para a siderurgia na Companhia Siderúrgica Nacional CSN/RJ e a partir da década de 60 para a geração de energia elétrica na usina Jorge Lacerda 856/MW, em Capivari de Baixo/SC.<br /><br />A FAMIGERADA ATIVIDADE CARBONÍFERA<br />A atividade carbonífera não é apenas maligna aos recursos naturais, com o comprometimento dos recursos hídricos de três bacias hidrográficas (Araranguá, Urussanga e Tubarão), onde coleta-se água com pH 3, quando a água potável é de 7, além do comprometimento do solo na extração misturando-o com resíduos piritosos e tornado-o improdutivo, com a devastação da flora e fauna, enfim do comprometimento ambiental de toda a biodiversidade regional. A atividade carbonífera é maligna também com os trabalhadores mineiros que se sujeitam a ficar debaixo da terra, muito além dos indesejáveis sete palmos, num ambiente escuro, promíscuo e insalubre, adquirindo a incurável doença do pulmão negro, denominada de Pneumonoconiose, isto com o reconhecimento oficial do estado que lhe dá aposentadoria com 15 anos, uma espécie de escravidão ambiental que arranha violentamente os Direitos Humanos. Além do prejuízo ecológico que comprovadamente a atividade causa aos recursos hídricos, retira a possibilidade de famílias ribeirinhas utilizarem-se da pesca para complementarem a escassa ceia alimentar. <br /><br />OS PODEROSOS SENHORES DO CARVÃO<br />As mineradoras do sul de SC são definitivamente exemplos de indústrias que praticam a mais valia obtendo lucros estrondosos com a exploração do homem e do minério, pois seus proprietários criaram poderosos grupos empresariais, adquirindo inclusive órgãos da mídia de âmbito regional e estadual para controlar as informações contrárias aos interesses do setor. Os exageradamente ricos senhores do carvão ameaçam instalar mais usinas a carvão na região, insistindo no projeto da USITESC 440/MW em Treviso/SC, no ante-projeto do Maracajá 375/MW e recentemente o Governador do Estado de Santa Catarina anunciou um outro projeto utilizando o sistema de gaseificação. O lobby do setor domina a classe política regional e estadual, com representantes, defensores ou mesmo simpatizantes nas Administrações Municipais, Assembléia Legislativa, Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Com a aproximação da política governamental conseguem subsídios, isenção de impostos e benefícios ao carvão, mais que qualquer outro setor produtivo.<br /><br />O CONDENADO CARVÃO AINDA RESISTE<br />Uma Ação Civil Pública iniciada pelo MPF, em 1993, em Florianópolis, resultou numa sentença judicial, em 2000, condenando a recuperação ambiental várias mineradoras, a União via CSN na época estatal (hoje privatizada) e o Estado de Santa Catarina via FATMA, pela omissão, mas inexplicavelmente conseguiu sair da condenação. Uma outra ação condenou a usina Jorge Lacerda Tractebel/Suez a indenizar todas as pessoas com problemas pulmonares no município de Capivari de Baixo e a elaboração de um outro EIA-RIMA. Apesar de tudo, pouco reverteu em benefício da natureza, o rio Araranguá e Urussanga continuam com baixíssimos índices de acidez, um flagrante e óbvio crime ambiental. A multinacional Tractebel/Suez continua a emitir gases venenosos e de efeito estufa dia e noite sem parar com seus 856 MW, comprometendo a biodiversidade da região num raio/distância de até 300KM, atingindo dois Parques Nacionais (Itaimbezinho/RS/SC e São Joaquim/SC), uma Reserva Biológica Estadual (Aguaí) SC e a APA da Baleia Franca, além é claro da incontrolada emissão de CO² na atmosfera, contribuindo com o aquecimento global e resultando num assustador e perigoso desequilíbrio da climatologia da terra. Portanto, queiram ou não, a queima de carvão mineral ainda é uma das mais comprovadas causas do atual desequilíbrio da camada de ozônio. <br /><br />A RESISTÊNCIA A PERMANENTE AMEAÇA<br />A resistência contra a poluição do carvão é incessante, já que o setor carbonífero não desistirá facilmente das imensas reservas do combustível fóssil no sul de SC (com reservas previstas para mais 100 anos). A partir do final da década de 90, passamos a aproximar-se das comunidades rurais onde as mineradoras anunciavam a instalação de minas, participando ativamente nas audiências públicas e outras atividades ligadas às questões sócio-ambientais, criando uma espécie de parceria contra os gananciosos e exageradamente ricos donos de minas. Destacamos a histórica resistência comunitária agrícola do Morro Estevão e Albino, em 1997, em Criciúma, onde numa violenta sessão na Câmara de Vereadores foi proibida a mineração na APP e a heróica resistência na localidade rural de Santa Cruz, no município de Içara, onde está correndo processo judicial no Pleno do TJ do estado de SC. Através da internet, nos comunicamos com outras ONGs e redes, denunciamos e repassamos informações à mídia. Este meio de comunicação tem sido nosso aliado contra a poluição não só do carvão, como também de outras questões.<br /><br />OUTRAS AGRESSÕES<br />Além do carvão, do lixo, do esgoto, a rizicultura detonou com a Mata Atlântica entre o Oceano e a Serra Geral (100 mil hectares), as matas ciliares e as nascentes da planície, desfigurando junto com as áreas degradadas do carvão (6 mil hectares), totalmente o verde na região – um claro início de desertificação, basta verificar nas imagens de satélite do Google Earth. Como a rizicultura necessita de uma imensa quantidade de água para irrigação, o Estado com recursos do Pró-Água da ANA e com a política do Ministério da Integração que usa recursos do Banco Mundial, está tentando aprovar o projeto da Barragem do Rio do Salto em Timbé do Sul, como forma de resolver o problema dos rizicultores, mas complicando a vida de agricultores que terão que deixar suas terras para o reservatório de 60 milhões, mais uma injustiça social e ambiental no sul de SC. <br /><br />O INÉDITO FURACÃO CATARINA<br />O inédito e inesperado furacão Catarina, provavelmente formado a partir do aquecimento das águas do Atlântico Sul, ‘’escolheu’’ justamente a região sul de SC como epicentro em toda a imensa costa do Atlântico Sul para destruir e causar medo na população. (Seria uma vingança do Deus Eólo?). Registra-se que a região Sul de SC é detentora das enchentes mais violentas do país, a de 1974 causou a maior tragédia do Brasil, com o maior número de vitimas (mais de 200 pessoas e 60 mil desabrigados), a da noite do natal de 1995, 29 pessoas foram arrastadas para a morte com a violência das águas de uma super-nuvem que caiu inteira nas encostas dos Aparados da Serra (conforme fotos em anexo), na localidade chamada de Figueira no município de Timbé do Sul / SC. Na região também ocorrem ciclones e tornados, principalmente em Criciúma.<br /><br />O MEDO E O PÂNICO NA NOITE DO CATARINA (Depoimento).<br />No início da madrugada de 28 de Março de 2004, apesar do alerta em cadeia de rádio e televisão no período da manhã pelo Governador do Estado, poucas pessoas deram atenção ao comunicado que alertava sobre a ocorrência de uma forte tempestade na região. Apesar de me considerar ambientalista e uma pessoa bem informada, não levei muito a sério o alerta, afinal sempre convivi normalmente às enchentes que ocorriam na região. Mesmo não tendo dado atenção ao comunicado, fui a Criciúma – capital do carvão, assistir a uma formatura. Procurei voltar para casa mais cedo e determinei que sairia do evento precisamente as 24:00 hs, mas não obedeci o acordo e só saí as 00:15 hs. O atraso de 15 minutos determinou a minha enrascada ambiental, pois ao chegar à rodovia BR-101 senti que não era apenas uma tempestade violenta como tantas outras que havia presenciado ao longo da minha vida, as milhares de folhas de árvores na pista deram o sinal do que estava por vir, quanto mais me aproximava de Araranguá, mais folhas e galhos de árvores invadiam a pista da rodovia federal e pouquíssimos veículos transitavam. Quando estava para chegar na divisa entre Maracajá e Araranguá, bem na reserva de Mata Atlântica localizada ao lado pista da rodovia, tive que começar a desviar de troncos de árvores no meio da pista, foi quando também a tempestade começou a aumentar de forma assustadora, com ventos de 200KM/hora jogando pingos d”água com violência nunca vista em toda minha vida. Apavorado liguei para minha esposa para saber como ela estava, quando respondeu chorando que não sabia mais o que fazer já que havia quebrado o vidro da porta da sala, que estava preocupada com os filhos em Florianópolis, com os seus gatos que haviam sumido, com o meu coração que havia enfartado um ano antes e com os parentes... Tentei sair do carro porque um caminhão estava atravessado na pista, balbuciei algo com o motorista que estava na pista quando entendi que o mesmo estava dando sinais que era para eu voltar, o que fiz o mesmo quando vi uma Van atrás tentando sair do meio de uma galhada de árvores. Quando estava manobrando para voltar, uma árvore caiu na pista e entrei na galhada quebrando o farol, espelho e para-brisa, tornando complicada a direção do veículo. Isto já era 00:45 hrs e então consegui manobrar o carro e voltar para próximo de um posto de combustível em Maracajá. Depois de algum tempo fui até o posto para tentar ligar para minha esposa, já que o celular não tinha mais bateria, como sempre acontece nos filmes, e para minha surpresa alguém gritou que era para tirar os carros pois o telhado estava para cair e de fato caiu, claro que a tempo de retirar o veículo. Por volta das 01:30 hrs a tempestade parou e houve uma certa vibração para quem ainda estava no posto, foi quando consegui ligar do escritório pra minha esposa que já estava mais calma, pois havia conseguido contactar com os filhos e parentes. Não sei precisar exatamente quanto, mas acho que a calmaria durou 30 minutos e voltou com mais intensidade, só que o que já tinha que cair já tinha caído. A interrupção da pista causou transtornos de quase 60 KM e só foi desobstruída por volta das 11: 00 da manhã, quando finalmente consegui chegar em casa.<br />Lembro que escrevi na época um texto onde imaginava uma situação de intensa dramaticidade semelhante se acometesse a todos os gananciosos degradadores ambientais, como uma forma de fazer com que no mínimo refletissem profundamente sobre o mal que causam provocando a natureza. <br /><br />AS AUSENTES E DISTANTES POLITICAS PÚBLICAS<br />A ausência de políticas públicas, tanto do Estado quanto da União, voltadas à preservação ambiental com objetivos definidos de reduzir os impactos dos fenômenos naturais, das adversidades e mudanças climáticas, mostra o descaso dos governantes para com a segurança da população, principalmente dos ditos excluídos ambientais que vivem em ambientes vulneráveis aos impactos causados pela violência da natureza. É preciso urgentemente à adoção de medidas preventivas e de adaptação a qualquer fenômeno natural, desde a violência das enchentes, que no natal de 1995 vitimou 29 pessoas resultante de uma nuvem que caiu inteira nas encostas dos Aparados da Serra, dos tornados em Criciúma e de possíveis outros furacões, afinal estatísticas demonstram que aonde houve a ocorrência de um, outros vieram atrás, e isso é assustador, principalmente para quem sofreu o pânico e teve prejuízos materiais. <br /><br />O PROTOCOLO DE KIOTO, A AGENDA 21 E O ART 225 DA CB.<br />A utilização do carvão mineral – o combustível fóssil mais poluente do planeta contraria frontalmente com as diretrizes do Protocolo de Kioto e os princípios da Agenda 21, que carinhosamente propõem a utilização dos recursos naturais de forma que não comprometa o direito e a sobrevivência das futuras gerações. Então por que não deixarmos esta potencial reserva natural para as futuras gerações utilizarem numa emergência ou quando descobrirem forma honestas de exploração e queima do carvão? A ganância do lucro achará um absurdo esta proposta, como achará qualquer outra que contrarie os interesses do mercado e do dinheiro a qualquer custo. <br /><br />A SOCIEDADE CIVIL E A DIFICIL ADAPTAÇÃO<br />Em 2005 realizamos o Primeiro Encontro sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas na região do Furacão Catarina, em Araranguá, onde registramos a presença de 700 pessoas ligadas principalmente à rede de educação da área afetada pelo furacão. Uma das propostas resultantes do encontro foi da colocação de um sensor/bóia no Atlântico Sul para ‘’cuidar’’ de possíveis furacões e/ou qualquer tempestade, no qual a Marinha do Brasil está estudando a possibilidade através de um projeto denominado de Ação Transversal – Previsão de Fenômenos Meteorológicos Extremos’’. Com a coordenação dos Amigos da Terra de POA, realizamos oficinas temáticas de adaptação nos principais municípios afetados pela violência do furacão Catarina.<br />OBS. A falta de recursos impossibilitou a realização do Segundo Encontro, resultado da falta de consciência dos governantes locais que não acreditam e não investem em prevenção. <br /><br />ENERGIAS RENOVÁVEIS<br />O mundo inteiro aponta as energias renováveis como a melhor solução para o planeta Terra. O Brasil tem potencial eólico e solar a curto prazo, desde que o governo adote políticas para tal, com incentivos e subsídios, como também pode investir nas pequenas hidrelétricas PCH e mesmo na biomassa. Próximo a região já existem eólicas em atividade como a de Osório/RS e de Bom Jardim da Serra/SC, além de um projeto para Laguna/SC. <br /><br />A PROPOSTA<br />Só existe uma alternativa: Sugerimos a paralisação gradual do uso do carvão mineral na geração de energia e a transferência dos subsídios, isenções e benefícios aos projetos de investimento que aportem energias renováveis de comprovada eficiência e sustentabilidade ambiental, como a eólica, solar e biomassa.<br /><br />A SOLUÇÃO<br />Dentro deste caótico cenário no Sul de Santa Catarina encontram-se injustiças sociais e ambientais de aparente difícil solução, na qual acreditamos que a implantação de programas de educação ambiental acompanhados de propostas transparentes, sérias e de profunda abrangência, poderão num médio prazo criar possibilidades de mudança nos corações e mentes dos poderosos industriais, políticos, governantes e mesmo da população, que anda ocupadíssima com a sua sobrevivência! <br /><br /><br />Araranguá SC, 01 de Novembro de 2007.<br /><br /><br />Sócios da Natureza<br />ONG fundada em 1980 para defender o Rio Araranguá da poluição do carvão e uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina, de forma transparente e comprovadamente voluntária.<br /><br /><br /><a href="mailto:socionatureza@contato.net">socionatureza@contato.net</a><br /><br />Telefone: (48) 35221818 / 99850053<br />Araranguá - Santa Catarina - Brasil<br /><br /><br /><br />Socioambiental<br />Data 14/11/2007<br /><br /><br />USINA A CARVÃO – ‘’NA CONTRA-MÃO DA HISTÓRIA’’<br />O setor carbonífero do sul de SC poderá num breve espaço de tempo viabilizar mais uma ou duas usinas a carvão, contrariando o protocolo de Kioto, as recomendações das Conferências de Meio Ambiente (CNMA), as diretrizes do Estatuto da Cidade (10.257/2002), da Agenda 21, a Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 e o Artigo 225 da Constituição Brasileira. Os técnicos do IPAT/UNESC apresentaram na audiência pública ocorrida no dia 10/11/07 (em Treviso/SC pela terceira vez, porque não em Criciúma ou Araranguá, já que o impacto e contaminação é comprovadamente regional?), um parecer favorável à queima do combustível fóssil mais poluente do planeta, ao mesmo tempo em que os empreendedores afirmam ser a USITESC/440MW uma nova maravilha tecnológica verde que não polui, porque possui queima limpa e emissão zero, enfim uma beleza! Que a FATMA emitirá a licença para a USITESC habilitar-se urgentemente no rendoso leilão da ANEL, que após a instalação da usina termelétrica, o município de Treviso tornar-se-á uma referência de ‘’desenvolvimento’’ a exemplo de Capivari de Baixo/SC, que acolhe a condenada multinacional Jorge Lacerda/856MW, com uma baixíssima qualidade de vida e atmosfera totalmente comprometida!<br />CUMBRE POR LA INTEGRACIÓN DE LOS PUEBLOS<br />A Cúpula alternativa ocorrida no Chile é uma versão paralela a oficial existente entre governantes dos paÍses Íberoamericanos, uma espécie de FSM mais localizada. Poderia ser maior, mais organizada e com infra-estrutura mais adequada, mas com certeza esbarram na falta de recursos. Percebe-se uma predominância das mulheres no comando e um certo excesso de radicalismo nas idéias e posições políticas adotadas, enquanto que mais nos impressionou foram as feições e politização das mulheres campesinas do Chile, Bolívia e Peru, engajadas nas injustiças sociais e nas mudanças climáticas que interferem negativamente na biodiversidade de suas comunidades rurais. <br />Apesar de ser convidado palestrante, conflitei com algumas líderes coordenadoras do evento porque não concordaram com algumas colocações, como também não concordei com as críticas das mesmas ao Al Gore, porque também acho que todos somos um pouco culpados pelas mudanças climáticas e porque afirmei existir omissão nas mulheres independentemente da opressão que os homens exercem sobre as mesmas (ou até vice-versa!), mas enfim, é esta diversidade de conceitos que abrilhantam a democracia, daí haver aprendido muito com outras culturas e raças. No entanto, quanto às fontes energéticas e ao desordenado uso da terra e da água, o posicionamento é o mesmo. A Monsanto e a Cargill são emblemáticas não só para a agricultura brasileira, mas para toda a América Latina, a monocultura da soja e da cana de açúcar para o álcool também foram duramente criticadas, por tornarem o solo improdutível e pelo trabalho escravo dos peões dos canaviais. <br />OBS. Santiago, uma metrópole organizada, limpa e segura, com uma rica arquitetura colonial e muitos monumentos, largas avenidas e enormes parques urbanos, além da visualização das cordilheiras e do rio Mapocho incrivelmente correntoso atravessando a cidade. A visão do vôo sobre as cordilheiras é inesquecível e indescritível. O negativo urbano são as buzinas, por qualquer motivo buzinam. Percebemos também muitos cães aparentemente de rua, mas visivelmente saudáveis nas praças e nos parques públicos.<br />CALÇADÃO DE ARARANGUÁ<br />Pelo visto as autoridades policiais atenderam as reclamações da sociedade que utiliza o Calçadão como lazer, como também dos comerciantes e moradores em aptos, encerrando a idiota programação musical imposta todos os domingos a tarde neste espaço – que está merecendo mais atenção da administração municipal e do comércio ali estabelecido, através de um projeto de revitalização. Ocorre que domingo passado, dia 11 de novembro, tanto no calçadão quanto no perímetro central de Araranguá veículos e motos praticaram acrobacias circenses colocando em risco a segurança da população. Estudos apontam que são através destes focos de rebeldia que a violência se expande, portanto é dever das autoridades constituídas a aplicação de medidas preventivas e mesmo repressivas se necessário for. ‘’Diversão Sim, Bagunça Não!’’ <br /><br />INFORMATIVO Socioambiental<br />Data 07/11/2007<br /><br /><br />A HISTÓRIA DO DESVIO DE ARARANGUÁ.<br />O Desvio Duplicação da BR-101 em Araranguá – Uma significativa, inédita e histórica conquista sócio-ambiental, será relatada a princípio numa cartilha contida num projeto elaborado pela ONG Sócios da Natureza a convite da diretoria do Centro de Apoio Sócio Ambiental – CASA, uma espécie de fundação que trabalha com temas relacionados a um programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, denominado de ‘’Iniciativa para a Integração Regional Sul-Americana - IIRSA’’ - um plano de investimentos em infra-estrutura que pretende desenvolver e integrar as áreas de transporte e energia da América do Sul, no qual se insere a obra de Duplicação da Rodovia BR-101.<br />O objetivo é contar e divulgar a história do movimento Pró-Araranguá que articulou a polêmica alteração do projeto da Duplicação da BR-101, iniciado em 1998 pelos Sócios da Natureza, chegando ao total de 49 entidades representativas do Município de Araranguá; relatando o decisivo apoio da Missão do BID em 2002 (na época financiador da obra), concluindo com a resistência do empreendedor DNIT/MT em adotar a proposta da ONG-SN de um sistema de ‘’viaduto/elevado sob pilares’’ para não obstacularizar as violentas cheias do Rio Araranguá e um acesso norte ao perímetro urbano da cidade e culminando com a decisão do Tribunal de Contas da União / TCU, que indeferiu recurso impetrado por empresários com negócios situados as margens do traçado atual.<br /><br />FÓRUM PARLAMENTAR CATARINENSE.<br />De passagem por Fpolis fomos informados que haveria uma ‘’plenária’’ do FPC no dia 29/10/07 e como havia tempo disponível fomos lá pra conhecer e sentir a dinâmica política dos parlamentares que representam o povo Barriga Verde em Brasília, no entanto assistimos apenas a breve apresentação dos convidados da administração estadual expor seus projetos, plataformas e reivindicações desde a Secretaria de Turismo, Agricultura, CELESC e CASAN, quando percebemos que pela importância histórica e democrática do evento deveria ter sido não numa pequena sala de hotel, mas no auditório da ALESC, num cordial gesto do legislativo estadual para com os nobres irmãos parlamentares federais, proporcionando com a iniciativa a rara oportunidade de a sociedade civil (seus eleitores) presenciar a performance de seus representantes na Câmara e no Senado. Democracia sem participação da população nas decisões governamentais não é democracia.<br /><br />AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ‘’CONDENADO’’ CARVÃO.<br />Participamos da Audiência Pública (em 30/10/07), promovida pelo PMF e Justiça Federal no auditório da UNESC, em Criciúma, onde solicitamos: A inclusão no GTA de um representante da sociedade civil e dos Comitês de Bacias afetados pela poluição da mineração do carvão; que as calhas dos rios passem a ser consideradas áreas degradadas pela atividade carbonífera; a inclusão de mineradoras que não foram condenadas, mas que continuam a poluir criminosamente os recursos naturais, principalmente os hídricos, como o rio Araranguá que continua apresentando um baixíssimo pH, causando não só prejuízo ambiental, mas social e econômico ao município ao Araranguá, já que famílias poderiam na pesca complementar a escassa ceia alimentar. <br /><br />MAL AGRADECIDOS!!!<br />Em nome da ONGSN, defendo com unhas e dentes a integridade dos recursos naturais do município de Araranguá e da Região Sul de Santa Catarina, divulgo regionalmente, nacionalmente (e agora até internacionalmente) nossas potencialidades ecoturísticas, ao mesmo tempo que denuncio as agressões ambientais, reivindico recursos para melhorar a qualidade de vida da população sulcatarinense, enquanto que ouso apontar os degradadores da natureza, enfim exerço cidadania com cara e coragem, mas parece que uma parcela da população não gosta! Fazer o que então? Acomodar-me, encruzar os braços! Não farei isso pois decepcionaria uma grande maioria que concordam com as nossas ações, que simpatizam com a causa ambiental, que discretamente admiram nosso trabalho, que acreditam que um outro mundo é possível!!! Viva a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade! <br /><br /><br />UM OLHAR Socioambiental<br />Tadeu Santos<br /><br /><br /><br />ÁGUA NO LIMITE (no Oeste e no Sul de SC)<br />O Diário Catarinense DC publicou no dia 17/10/07, oportuna matéria com o título ÁGUA NO LIMITE, baseado no assustador diagnóstico do Plano Estadual de Recursos Hídricos, realizado pelo Governo do Estado. A publicação na terceira e quarta página do maior órgão da imprensa escrita catarinense demonstra a preocupação com o mais importante recurso natural do planeta, a água.<br />O esboço do editorial aponta: O Sul e o Oeste catarinenses se destacam pela qualidade da água, pior do que nas demais regiões. A situação mais crítica é a do Oeste, com comprometimento dos recursos hídricos pela poluição proveniente das criações de suínos sem sistema de tratamento de resíduos. No Sul, o problema da poluição é amplificado pela extração de carvão. Os resíduos da exploração de carvão contaminam a água com metais como o ferro, que aumentam sua acidez e impedem seu consumo. Conforme a substância presente nessa água, ela pode se acumular em órgãos como os rins e provocar várias disfunções no organismo.<br />Transcrevemos nossa participação na matéria: Já para o ambientalista e diretor da Ong Sócios da Natureza, Tadeu dos Santos, a melhor iniciativa para reverter o atual quadro de disputa pela água é um plano de bacias "bem elaborado" pelo comitê da bacia hidrográfica do Rio Araranguá<br />Se você olhar no Google Earth, a situação entre Praia Grande e Forquilhinha é tão ameaçadora quanto aquela gerada pelo carvão na Região Carbonífera. Há um processo de desertificação. As nascentes de planícies estão comprometidas e restam apenas as localizadas no Costão da Serra – constata.<br />Santos é contra a instalação da barragem do Rio do Salto como solução imediata. O ambientalista entende que o empreendimento beneficia os agricultores e resolve só o problema de áreas urbanas próximas (Timbé do Sul, Meleiro, Turvo, Ermo), sem atingir maior contigente populacional, como Araranguá.<br /> <br />PROJETO UFSC. Num evento na sede da ADESUL, no município de Turvo, na segunda passada, dia 15/10/07, técnicos da UFSC apresentaram o projeto TECNOLOGIAS SOCIAS PARA A GESTÃO DA ÁGUÁ, com patrocínio da PETROBRÁS e apoio da EPAGRI e EMBRAPA, onde a professora Eliane Scremin nos acompanhou, já que havíamos sido convidados especiais, entre outras entidades da bacia hidrográfica do rio Araranguá. <br /><br />O projeto elaborado pelos técnicos da UFSC abrange outras bacias catarinenses. Na do Araranguá, o foco será a inserção de tecnologias de previsão do ciclo hidrológico, redução do consumo de água e a valorização da produção orgânica do arroz. A proposta é inovadora, se cumprida eficazmente poderá além da instalação da infra-estrutura, aproximar as pessoas na busca das melhores soluções no uso dos escassos Recursos Hídricos. <br />DESMATAMENTO I. A denúncia sobre a ameaça de desmatamento na Serra Velha II – localizada nas encostas dos Aparados da Serra, gerou desdobramentos inimagináveis, com a gerência da FATMA de Criciúma pedindo ao MPF medidas cabíveis contra a ONG Sócios da Natureza, apenas porque estávamos atendendo o apelo de representantes da comunidade rural na defesa da natureza.<br />DESMATAMENTO II. Outra ameaça de desmatamento nas encostas da Serra Geral preocupa jovens cidadãos de Lauro Muller, que coincidentemente também nos procuraram neste final de semana. <br />DESMATAMENTO III. Estão desmatando o Morro dos Conventos e seu entorno, não tão agressivamente como fizeram nossos antepassados no início do século, na qual ainda não existia o Código Florestal e muito menos consciência ecológica. Agora os espertinhos se utilizam do ‘’sistema formiguinha’’, inicialmente roçam a vegetação rasteira e vão derrubando uma árvore ali e outra aqui sem ninguém perceber. <br /><br />Nas próximas edições falaremos sobre:<br />EM TEMPO DE CPI DAS ONGS QUE NÃO SÃO ONGS...<br />A HISTÓRIA DO DESVIO DA DUPLICAÇÃO DA BR-101 EM ARARANGUÁ.<br />ARARANGUAENSE PARTICIPA NO CHILE DE CÚPULA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIREITOS HUMANOS.<br />REUNIÃO DO MOVIMENTO PELA VIDA DEBATE AP USITESC E OUTROS TEMAS REGIONAIS.<br />PARTICIPAÇÃO DA ONG NO ENCONTRO NACIONAL DO FÓRUM BRASILEIRO DE ONGS E MOVIMENTOS SOCIAIS / FBOMS, EM CURITIBA<br />EMPRESÁRIOS CIDADÃOS DÃO EXEMPLO DE PRESERVAÇÃO EM ARARANGUÁ.<br />O QUE FAZ (E O QUE NÃO FAZ) O COMITÊ DE GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARARANGUÁ (CGBHRA).<br />CIDADE LIMPA É O MELHOR CARTÃO DE VISITA.<br />E AS ABENÇOADAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC?<br /> POLUIÇÃO SONORA – ‘’A QUE PREJUDICA SILENCIOSAMENTE!’’<br /><br /><br />Prezada Dra. Flávia Nobrega<br />Procuradora da República da Região Sul de Santa Catarina<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Nota de esclarecimento<br /><br /><br />Agradecemos o empenho demonstrado por Vossa Senhoria no esclarecimento junto a FATMA, que certamente tranquilizará a justa preocupação da comunidade rural da Serra Velha II, de Timbé do Sul, representados por um servidor público municipal que nos telefonou, por um cidadão comunitário que enviou e-mail e por um agricultor que nos procurou pessoalmente aqui em Araranguá (como fazem tantos e tantos outros com intensa freqüência sobre os mais variados conflitos socioambientais do município e da região).<br /><br />É incompreensível a atitude do Sr. Alexandre Carniel Guimarães – Gerente de Desenvolvimento Ambiental da FATMA. A nossa denúncia/alerta distribuída na rede de internet aponta que as 1000 ha de Mata Atlântica ‘’estão ameaçadas de corte com a anuência da FATMA’’. Em momento algum foi afirmado que ‘’a supressão de vegetação está autorizada pela FATMA’’, conforme reclama e contesta o Sr. Alexandre; na verdade, esta afirmação é de sua autoria.<br /><br />Enfatizamos que o desmatamento só é possível na clandestinidade ou com a anuência do órgão licenciador. A denúncia não é infundada e nem de má-fé, considerando as manifestações citadas e a comprovada extinção da Mata Atlântica na região, aliás, bem que mereceu proteção pelo art. 225 da CF/88, conforme se lê: 4º - A Floresta Amazônica Brasileira, a Mata Atlântica, a Serra o Mar, o Planalto Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma a lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.<br /><br />Não agimos, ambientalistas e ONG's, de forma exagerada. Afinal, a comunidade científica e a ONU estão alertando que a tecnologia disponível está tornando o dano ambiental acessível a todos; basta uma breve verificação na foto de satélite do Google Earth para perceber o assustador índice de desmatamento entre Praia Grande e Criciúma, com o comprometimento de quase todas as nascentes da planície deste querido vale (Ver matéria DC de 17/10/07).<br /><br />É notória e pública a falta de estrutura da FATMA na preservação dos recursos naturais da nossa região, enquadrada como um das 14 mais poluídas do Brasil. Nos cabe então endurecer nosso olhar a qualquer ameaça a nossa já fragilizada biodiversidade.<br /><br />A maior prova desta falta de estrutura encontra-se na resposta do Coordenador Regional da FATMA, quando afirma que o protocolo de pedido de corte seletivo para as encostas da Serra Velha II encontra-se em análise em Florianópolis desde 2004. No entanto, as árvores no local já estão demarcadas e só não foram abertas estradas e picadas porque os interessados no corte, deste ecossistema em extinção, precisam de autorização dos proprietários circunvizinhos que afirmam ‘’que não permitirão o acesso se for pra cortar as arvores nativas’’.<br /><br />Sobre "medidas cabíveis" que deveriam ser contra nós, conforme solicitação do Gerente da FATMA a Vossa Senhoria, temos a declarar que: Medidas cabíveis deveriam ser não contra nós que trabalhamos de forma estrita e comprovadamente voluntária em defesa da natureza, que medidas cabíveis deveriam ser tomadas não contra nós que somos independentes sem atrelamento político partidário, medidas cabíveis deveriam ser tomadas não contra nós que temos uma história de 27 anos de proteção ao meio ambiente do Sul do Estado de SC, medidas cabíveis deveriam ser tomadas não contra nós que servimos estritamente ao interesse coletivo como determinado no caput do art. 225 da CF/ 88, interesse esse que é um dever do Poder Público, justificando a existência e finalidade dos órgãos de defesa ambiental.<br /><br />"Medidas cabíveis" devem ser tomadas contra àqueles que têm o dever de preservar e defender o meio ambiente e o direito da coletividade e, por muitas vezes tem que explicar porque permitiu determinado empreendimento ou atividade e, sempre alegando a velha retórica de "falta de estrutura", não desenvolvem mais nenhuma atividade (que se tenha notícia) de ação preventiva e mesmo repressiva às agressões ambientais na Região Sul de nosso Estado. Aliás, há muito tempo que não vemos mais na mídia regional ações de repressão às agressões ambientais com a rigorosa aplicação da legislação ambiental aos transgressores promovidas pela FATMA.<br /><br />O que estará acontecendo com a Fundação que nos honrou com o Prêmio Fritz Muller em 1985? Mudaram seus objetivos? Parece que sim. Agora estão premiando politicamente não mais ambientalmente! Destinar o Prêmio Fritz Muller ao representante do setor que mais polui em Santa Catarina, que tornou a região uma das mais poluídas do país, com a extração, beneficiamento e queima do carvão é uma inquestionável demonstração do comprometimento da FATMA com setor produtivo em detrimento da preservação do meio ambiente. Não mais nos vangloriaremos com o título recebido, talvez até venhamos a devolvê-lo a FATMA.<br /><br />A comunidade local sempre procurou a ONG Sócios da Natureza em socorro do interesse da coletividade. Isto ocorre porque eles temem represálias dos órgãos que comumente praticam ilegalidades na região. E conhecem o trabalho desenvolvido por esta entidade que não mede esforços no seu dever constitucional de defender o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. O caso em pauta representa risco iminente de dano ao meio ambiente e ao patrimônio nacional.<br /><br />Senhora Procuradora, sempre afirmamos que existem profissionais sérios e capacitados na Fundação de Amparo a Tecnologia e Meio Ambiente dos quais nutrimos muito respeito e admiração. Infelizmente, o órgão não tem cumprido seu dever institucional de proteção ao meio ambiente e aos interesses coletivos. Ele perdeu a credibilidade perante a opinião pública. As ilegalidades praticadas por este órgão são noticiadas pela mídia estadual e regional. E são objeto de inúmeras ações judiciais, como deve ser do seu conhecimento.<br /><br />Nós precisamos que a FATMA cumpra seu dever, como faz o atuante Ministério Público e a Polícia Federal, por exemplo. De mãos dadas com a defesa, primordialmente, dos interesses coletivos, garantindo a todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.<br /><br />Assim como no árduo e valoroso labor diário dos Procuradores da República da Comarca de Criciúma nem toda denúncia é aceita pelo Judiciário, se a preocupação da comunidade do extremo sul catarinense não encontra fundamento, nossas sinceras desculpas e profundo agradecimento pela presteza e atenção como tratou do caso. <br /><br />OBS. Não há qualquer intenção pessoal de atingir o GDA da FATMA, Sr. Alexandre. É fundamental, no entanto, que ele cumpra a sua obrigação.<br /><br />OBS. Senhora Procuradora, tomamos conhecimento que um órgão de imprensa ao receber nossa denúncia procurou a FATMA para desenvolver uma matéria quando foram aconselhados a não publicar nada porque poderiam incorrer de processo judicial. A informação explica a não publicação ou divulgação por nenhum órgão da mídia sul catarinense, exceto alguns sites independentes e uma nota na coluna do Adelor Lessa, fazendo a correta leitura da mensagem, conforme consta abaixo. Confessamos que isto nos preocupa e assusta!<br />ONG Sócios da Natureza faz eco à denúncia da comunidade rural de Timbé do Sul, de ameaça de corte, com anuência da Fatma, de aproximadamente mil hectares de Mata Atlântica nas encostas dos Aparados da Serra, mais precisamente na Serra Velha II. O local, um antigo caminho dos tropeiros, é protegido pela legislação ambiental e Código Florestal’’.<br /><br /><br />Atenciosamente<br /><br />Tadeu Santos <br />Sócios da Natureza <br />Ara/SC, 18/Out/2007.<br /><br />Denúncia: "MAIS DESMATAMENTO" no Sul de SC.<br /><br /><br />Comunidade rural do município de Timbé do Sul, extremo sul de Santa Catarina denuncia que aproximadamente 1.000 ha de Mata Atlântica nas encostas dos Aparados da Serra, mais precisamente na Serra Velha II, estão ameaçadas de corte com anuência da fundação criada para proteger o Meio Ambiente em nosso estado denominada de FATMA.<br /><br />O local, um antigo caminho dos Tropeiros é protegido pela legislação ambiental e Código Florestal pela acentuada declividade e presença de nascentes e cursos d'água, além de remanescentes de floresta primária de encosta. É área adjacente de duas Unidades de Conservação criadas pela União: Parque Nacional dos Aparados da Serra e Parque Nacional da Serra Geral.<br /><br />Ao mesmo tempo em que o órgão ambiental permite o ‘’crime ambiental’’, se cumpridas as determinações legais (como a elaboração de EIA-RIMA) e, principalmente, ser amigo de algum político ou do Governador, o pobre agricultor não pode cortar uma árvore para uso próprio e se o fizer é multado e pode até ser preso.<br /><br />À pedido da comunidade rural local, que está preocupada com o comprometimento das nascentes e de toda a biodiversidade, rogamos providências e inteligência às autoridades responsáveis no sentido de impedir mais esta brutal agressão à natureza do sul de Santa Catarina.<br /><br /><br />Sócios da Natureza – ONG fundada em 1980.<br /><br />Dr. Darlan Dias<br />Procurador da República<br />MPF de Criciúma/SC<br /><br /><br /><br />Ao acompanharmos a dinâmica da política energética nacional através do GTEnergia e Clima, integrantes do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais FBOMS, - a instância máxima da comunidade ambientalista brasileira -, percebemos algumas situações que nos permitem desdobrar posicionamentos e indagações, que esperamos, venham resultar em benefícios a nossa vulnerável, impotente e desfavorável posição na luta contra a poluição ambiental do sul de SC, principalmente a carbonífera. Observando que os defensores da mineração são empresários exageradamente ricos, enquanto que nós ambientalistas somos pobres, sem recursos para bancar despesas e custos mínimos, consequentemente que resultando no nosso enfraquecimento perante a voluntária e justa causa socioambiental.<br /><br />Com o anúncio da audiência pública da USITESC para o dia 08 de Novembro próximo, viemos solicitar a V.Sa. as seguintes reivindicações:<br />· Que a AP seja realizada em Criciúma (já que as duas anteriores foram em Treviso), como no auditório da UNESC ou teatro Elias Angeloni, por exemplo, já que os impactos ambientais são comprovadamente regionais. OBS. Numa AP da Jacuí, no qual participamos, foi realizada num auditório da PUC.<br />· Que o MPF encaminhe um ‘’convite’’ ao IBAMA para participar da AP da USITESC, considerando que é sobre um empreendimento que envolve compromissos energéticos de competência federal, sobretudo com a fiscalização do competente MPF e do DNPM, além de existirem dois Parques Nacionais e uma APA federal nas proximidades do empreendimento.<br /><br />Considerando que:<br />· Que o órgão estadual FATMA não possui pessoal qualificado para analisar a complexidade das emissões de gases da usina, haja vista não disporem de equipamentos para a monitoração, ocorrendo sim uma absurda e inadmissível auto-monitoração por parte da usina Jorge Lacerda, por exemplo.<br />· Que o governo federal parece haver definido sua política energética, no seminário sobre mudanças climáticas, ocorrido na Câmara dos Deputados em agosto de 2007, quando o poderoso Tolmasquim - Presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética / EPE ameaçou que ‘’os ambientalistas serão os responsáveis pela introdução das termas a carvão na matriz energética do país, devido à dificuldade no licenciamento ambiental das hidrelétricas!’’. Temos muito receio que ainda venhamos a ‘’pagar o pato, engolindo’’ mais usinas a carvão pela articulada, insistente e justa resistência dos ambientalistas do sudeste, norte e nordeste contra as nucleares e as hiper-hidrelétricas.<br />· Que existem ações judiciais contra o setor carbonífero envolvendo as mineradoras e a usina Jorge Lacerda de propriedade da multinacional Tractebel / SUEZ.<br />· Que o pH da água do rio Araranguá e do Urussanga continuam comprovadamente abaixo de 3, provocando uma flagrante, criminosa e insustentável acidez no recurso natural mais importante para a biodiversidade.<br />· Que o debate hoje já não é mais só de ambientalistas e ONGs, mas da comunidade cientifica mundial e da ONU, da OMS, da OMM e até do inconveniente petroleiro e carbonífero Bush...<br /><br />Pedimos encarecidamente que V.Sa. avalie nossas ponderações e considerações.<br /><br /><br />Sem mais para o momento<br /><br />Atenciosamente<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza<br />Ara/SC. 03 de Novembro de 2007<br /><br />Informativo Socioambiental<br />Nº 019 Data 03/10/2007.<br /><br /><br /><br />SUJEITOS ESQUECIDOS SUJEITOS LEMBRADOS<br /><br />O encanto da noite de lançamento do livro do escritor, professor e historiador Antônio José Spricigo, no Colégio Murialdo faz a gente perceber o quanto a cidade carece destes momentos de rara beleza lítero-cultural.<br /><br />O livro ‘’Sujeito Esquecidos Sujeitos Lembrados’’ aborda a escravidão na freguesia do Araranguá (ou sul de Santa Catarina), resultado da sua brilhante dissertação de mestrado em História na UFSC e pelo comentário do seu colega escritor Mauricio Selau do Colégio São Bento de Criciúma, a abordagem da obra é inédita. Outra observação oportuna partiu do representante da ONG Anarquista Contra o Racismo, Ivan Ribeiro, da UNESC, que a leitura do trabalho do Spricigo revitaliza a auto-estima dos descendentes da raça negra na luta contra o preconceito racial. O prefeito Mariano não estava, mas foi bem representado pelo Diretor Cultural Vanio Coral.<br /><br />Apesar do auditório do colégio estar lotado percebeu-se a ausência da comunidade negra e de ilustres figuras araranguaenses ligadas a cultura. Por outro lado a formação cultural da coletividade araranguaense deixa a desejar, com quase 60 mil habitantes, comprovadamente pouco lê, haja vista não existir uma livraria de fato, quando que no nosso país vizinho Argentina encontraríamos no mínimo duas numa cidade com a mesma população.<br /><br />Preconceitos ainda existem, alguns, infelizmente ficam mais acentuados com o passar do tempo, o do racismo pode não estar incluído nesta direção, mas ainda continua nas mentes (nos corações não!) de muita gente. Acreditamos que a obra do César em muito contribuirá para a pesquisa e a própria redução do preconceito racial na região sul do Brasil. Parabéns César Spricigo – um escritor araranguaense!<br /><br />OBS. Apesar de não haver herdado traços / características, mas uma das minhas bisavós era bugre, do interior de Torres, hoje Mampituba/RS, no qual sempre que falo sobre a árvore genealógica familiar orgulho-me especificadamente muito desta origem, não o fazendo o mesmo para a descendência portuguesa, por exemplo. <br /><br /><br />Recuperação e Revitalização do Açude Mané Angélica<br />A proposta de recuperação e revitalização do Açude Mané Angélica – importante ecossistema dentro do perímetro urbano de Araranguá, no qual foi elaborada pelos técnicos da UFSC, é um grande avanço socioambiental da administração Mariano Mazzuco. O recurso proveniente do Ministério das Cidades serviu para custear o projeto, falta, portanto a verba pra a recuperação e revitalização de fato. A principal ação consta na limpeza do açude, envolvendo uma draga, a construção de um vertedouro, com uma pista de atletismo contornando o açude e uma ponte. O estudo sugeri a iluminação do açude com a energia gerada com a queima do metano de uma usina junto a Estação de Tratamento de Esgoto -ETE, a ser implantada nas proximidades. O custo é de 800 mil reais e poderá ser reivindicado junto ao DNIT com os recursos das medidas compensatórias da duplicação ou junto ao Ministério do Meio Ambiente e/ou das Cidades. <br />Além de garantir a preservação do manancial hídrico de grande relevância para o município, já que é quase impossível contar com a água do rio Araranguá totalmente poluída pelo carvão, agrotóxico, lixo e resíduos industriais diversos, a revitalização do açude Mané Angélica proporcionará um equipamento de lazer urbano pra comunidade de entorno.<br />A proposta está boa, mas precisa ser melhorada e adequada as circunstancias locais. Sugeriremos a administração municipal a execução de uma ponte de madeira ou pênsil no meio do açude, a ampliação do reservatório até uma remanescente de Mata Atlântica abaixo do local onde funcionava o curtume e a implementação de um programa de educação ambiental com placas e cartilhas ecológicas.<br />O estudo da UFSC apontou uma nascente no lado sul do açude próximo à curva do desvio da duplicação, no qual será enviado ao DNIT para avaliação. Como já havíamos nos manifestado que não simpatizávamos com a acentuada curva, ficaremos torcendo para que os técnicos projetistas do DNIT alterem o projeto para o desvio adentrar ao atual traçado na altura da balança. <br /><br /><br />Olhar Socioambiental<br />26.09.2007<br /><br /><br /><br />NA RAÇA E NA CORAGEM<br />A ONG Sócios da Natureza, criada em 1980, sediada em Araranguá, sem fins lucrativos e de trabalho estrita e comprovadamente voluntário, até agora sobrevivendo sem ajuda de recursos oficiais, diferentemente da grande maioria das ONGs que vivem de recursos provenientes de projetos ou ajuda oficial, conquistou um espaço de respeito nos corações e mentes das pessoas da região sul e quiçá do Estado de Santa Catarina, apenas com a dedicação sincera e coerente no trato das questões socioambientais, por que não dizer ‘’na raça e na coragem’’. Os dois principais jornais de Araranguá publicam semanalmente o informativo ‘’Olhar Socioambiental’’, vez ou outra as rádios da região comentam nossas colocações e denúncias, como renomados comunicadores e colunistas o fazem também. Aproximadamente 10 mil endereços da rede de internet recebem nossas mensagens ‘’por culpa’’ da abençoada socializável e democrática globalização.Vários sites publicam nossos textos e fotos do carvão e da região. Quem ainda não recebe e tem interesse em receber nossas mensagens, basta enviar um OK ao e-mail <a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a>.<br /> <br />DO PINO DO MEIO DIA<br />À MEIA-NOITE VELHA - Alguns causos dos pescadores de Ilhas.<br />Declaro honradamente que eu e minha esposa recebemos um exemplar deste bem elaborado trabalho em forma de livro, sobre causos de Ilhas, este povo maravilhoso, humildes e simples, brabos às vezes, mas honestos em suas reivindicações. Quem nos presenteou foi a Amanda F Mota, uma das alunas pesquisadoras do curso de História da UNISUL, Campus de Araranguá. Parabéns Amanda, Jaqueline e a todos da turma. E a UNISUL também!<br /><br />SUJEITOS ESQUECIDOS SUJEITOS LEMBRADOS. No dia 24 (segunda-feira) participamos do lançamento do livro ‘’SUJEITOS ESQUECIDOS SUJEITOS LEMBRADOS’’ do escritor, historiador e professor araranguaense Antônio César Spricigo. Na próxima edição falaremos sobre o raro e brilhante evento cultural ocorrido na cidade das avenidas.<br /><br />‘’MOEDA VERDE’’ NO SUL DE SC ?<br />Dois policiais do Pelotão da Ambiental de Maracajá, sul de SC, foram estranhamente presos. Estão na cadeia! Registra-se que esta guarnição protetora do meio ambiente, da biodiversidade regional, enfim da vida, está localizada numa das 14 regiões mais poluídas do Brasil, de acordo com o Decreto Federal Nº. 85.206/80, diga-se por causa do carvão mineral. Nesta região circunstâncias inusitadas promovem a ocorrência de fatos inexplicáveis, pitorescos e absurdos, dificilmente levado ao conhecimento público pela mídia regional. Um dos mais relevantes foi a transferência do Tenente Marledo, em 2004, quando o atuante Comandante foi “retirado’’ da região porque multou uma poluente e desobediente mineradora que operava sem licença ambiental e sem autorização do DNPM. O fato gerou protestos ‘’até’’ de Procuradores da República, uma afronta à decência, a ética e a transparência promovida pelo atual governador. Outra interessante e incompreensível é o processo que movem contra mim quatro Promotores de Justiça da Comarca de Criciúma, porque questionamos a aplicação das medidas compensatórias da Barragem do rio São Bento.<br />Os dois policiais inicialmente foram acusados de agressão a um ‘’pescador estrangeiro’’ em Ilhas, que não atendia as normas da Colônia de Pesca e transgredia a legislação ambiental. Agora a mídia aponta uma outra versão, de que os mesmos estariam envolvidos numa ‘’cadeia produtiva’’ de facilitação de operação de atividades altamente poluentes, uma espécie de ‘’moeda verde’’ da ilha de Floripa. As investigações estão em curso. Vamos aguardar!<br /><br />FILIAÇÃO PARTIDÁRIA<br />Não estar filiado a partido político tem as suas vantagens, mas também pode ser um fator complicador em inúmeras situações na vida de um cidadão. Quando a filiação partidária deveria configurar apenas a opção democrática do cidadão para o fortalecimento de uma ideologia e a sua legitimidade, a grande maioria o faz para vislumbrar vantagens pessoais. A mesma configuração serve para a performance de alguns cidadãos que entram para a política, depois de um determinado tempo vendem a alma ao diabo...tipo o interpretado pelo ator Sean Penn no filme ‘’A Grande Ilusão’’, filho de uma cidade interiorana dos EUA, fica reconhecido pela honestidade e bom caráter, até que passa a não cumprir com os compromissos assumidos com a coletividade, principalmente a da classe mais humilde. Este é o sistema político partidário, funciona assim no mundo inteiro, tanto nos sistemas socialistas quanto nos capitalistas. Existe possibilidade de mudar? Acreditamos que sim, porque ainda há pessoas de bem neste mundo, inclusive políticos, por isso acreditamos que um outro mundo melhor ainda é possível!<br /><br />De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Rui Barbosa.<br /><br /><br />No dia 25/04/01, uma das mais expressivas conquistas dos Sócios da Natureza, foi registrada com a liberação por parte do IBAMA, a Licença Prévia da duplicação BR101 – Trecho Palhoça/SC– Osório/RS, contemplando o ‘’contorno da zona urbana de Araranguá que dista aproximadamente 1,8 km a Oeste da pista existente, totalizando uma extensão de 5,74 km’’ denominado de ‘’Desvio pela Vida’’ do Movimento pró-Araranguá, liderado pela ONGSN.<br /><br />No dia 03/07/2001, ocorreu o histórico incidente na Rádio Araranguá. Proprietário invade estúdio e literalmente ‘’expulsa’’ os convidados: Vereador Celso de Souza e o Ambientalista Tadeu Santos por estarem lendo e comentando o texto usado na panfletagem de Hercílio Luz, contra a poluição que o carvão provoca no Rio Araranguá – 03/07/2001.<br /><br />No dia 16/08/2001, qdo da realização do 3° Seminário de Mobilização do pró-Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá em Maracajá, foi constatado pela Profa. Nadja Zim Alexandre da FATMA e do IPAT, juntamente com Alunos do curso de Engenharia Ambiental, o baixíssimo pH da água do Rio Mãe Luzia 2,6 e do Rio Sangão 2,9, contrastando com os rios que não são afetados pela poluição do carvão: Itoupava e Manoel Alves com a média de 7,6 unidades, concluindo com o Rio Araranguá, onde apresentou 3,1unidades... “milhões cúbicos de água imprestável”. A prova do crime está exposta, não é nenhuma manipulação, é fato. Os órgãos ambientais FATMA e IBAMA sabem, o Ministério Público Estadual e Federal tem conhecimento, a sociedade civil convive diariamente com a situação, parece que alguma coisa está “invertida , fora da ordem” ou a nova doença “normose” tomou conta de parte da coletividade, fazendo as pessoas conviverem normalmente com o errado, e não se assustam com a perigosa e progressiva contaminação.<br /><br />No dia 22/08/2001, durante apresentação pública do EIA-RIMA do Projeto Habitacional da TREM/CECRISA em Araranguá, denunciamos a falta de atenção da Administração Municipal para com o mais belo Santuário Ecológico da Região e o único Balneário do Município. Alertamos a comunidade presente sobre os impactos negativos que o empreendimento causará. A questão do esgoto, da água e da alteração do sistema viário são as que mais preocupam a coletividade. A alteração dos aspectos paisagísticos é assustador.<br /><br />Durante os dias 12 e 13 /09/2001, participamos do Seminário Regional Sul – Paraná – Santa Catarina – Rio Grande do Sul - Hotel Rosa do Mar- Fpolis sobre a Agenda 21. A ONG Sócios da Natureza foi uma das 19 entidades catarinenses convidadas pelo IBAMA / Brasília a participar das discussões finais da Agenda 21 Nacional. Constatamos que parte das nossas propostas apresentadas no início do ano 2001, foram incorporadas na redação final da Agenda 21 Brasileira, nas temáticas: Gestão dos Recursos Naturais, Cidades Sustentáveis e Agricultura Sustentável, está em parceria com a EPAGRI.<br /><br />No dia 26/09/2001, numa iniciativa da ONG e dos Vereadores Celso e Cida com apoio da Presidência da Câmara de Vereadores, realizamos a primeira Audiência Pública sobre a ÁGUA de Araranguá. Inicialmente a Técnica do IPAT/UNESC, Nadja Zim Alexandre, fez um rápido relato da situação da água na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. O Técnico da CASAN, Cláudio Floriani, destacou em sua palestra, o perigo da privatização da água e do saneamento básico. O Coordenador da ONGSN, Tadeu Santos e o Tesoureiro Pedro Paulo fizeram suas colocações em cima da escassez da água provocada pela poluição do carvão, pelo uso abusivo do agrotóxico, pelo lixo e pelo esgoto jogado/lançado nos rios, como se fossem eles os coletores de tudo o que não mais interessa ao nosso consumo. O dep. Afrânio Bopré criticou a forma como o governo federal vem tratando a questão da privatização dos recursos hídricos.<br /><br />No dia 03/11/2001, a pedido dos Sócios da Natureza a Assembléia da FEEC é realizada no Morro dos Conventos em Araranguá. Desde de que foi criada, é a primeira vez que acontece uma reunião da Federação em Araranguá. Produtiva, várias ONGs do Estado se fizeram presentes.<br />No dia 13/11/2001, participamos do Seminário promovido pela Engenharia de Materiais da UNESC - Salão Ouro Negro, com palestra do Eng. Bautista Vidal da UFB - Uma verdadeira aula de cidadania e democracia. A região é carente deste tipo de debate, onde se discute abertamente os problemas sócio – ambientais sem rodeios. Parabéns ao Curso de Engenharia de Materiais da UNESC pela iniciativa de trazer pessoas magníficas como o Prof. Vidal de Brasília. A aproximação dos representantes das industrias responsáveis pela poluição na natureza com os segmentos organizados da sociedade civil é de extrema importância para o desenvolvimento da região.<br /><br />No dia 20/11/2001, a ONGSN mais uma vez liderou o grupo de trabalho e promoveu a escolha para a composição das Entidades do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. Quatro horas de debate, uma verdadeira aula de cidadania e democracia. Ao final da assembléia, 45 entidades representativas da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá foram selecionadas e aprovadas. 20% = 09 Governamentais; 40% = 18 Sociedade Civil; 40% = 18 Usuários da água. A Composição das Entidades é a ação inicial ‘’legal’’ para discutir o futuro da ÁGUA, da Bacia Hidrográfica que infelizmente possui o titulo de ‘’a mais poluída do Brasil por resíduos peritosos do carvão’’. <br /><br /> No dia 20/11/2001, mais outra reunião preparatória para a Audiência Pública para o Projeto da TREM. A SOCIOAMBIENTAL discute com a comunidade e ambientalistas os pontos mais polêmicos do projeto na Salão Paroquial do MC. Sócios da Natureza apontou os principais problemas e impactos que o projeto apresentava: O destino final do esgoto através da Estação de Tratamento de Esgoto ETE; A questão do abastecimento de água; O problema do sistema viário; A questão da Restinga e do impacto paisagístico no cenário do Morro dos Conventos. <br /><br />No dia 28/12/2001, participamos do seminário do pró-Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba no Município gaúcho de Mampituba.<br /><br />No dia 12/12/2001 mais uma Audiência Pública em parceria com o Vereador Celso e Cida desta vez sobre Poluição Sonora.<br /><br />Morro dos Conventos e seus aspectos.<br /><br /><br />Um dos mais belos ecossistemas do litoral sul do Brasil - um verdadeiro Santuário Ecológico. Situado no balneário do Município de Araranguá, exatamente entre duas capitais, Florianópolis e Porto Alegre, distante 30 KM dos magníficos Aparados da Serra e 10 KM da BR101.<br /><br />A idade da sua formação rochosa é estimada em 200 milhões de anos. Alguns estudiosos afirmam que a outra sua parte quando da separação do continente, encontra-se na África, enquanto que outros acham que está no fundo mar.<br /><br />A lenda diz que, quando visto pela primeira vez por navegantes, a impressão foi de terem avistado um Convento de Freiras, daí o nome, Morro dos Conventos.<br /><br />Suas falésias possuem em alguns pontos altura de 100 metros e sua extensão linear alcança aproximadamente 1000 metros, grande parte revestida por vegetação nativa, orquídeas e bromélias. Na parte superior encontra-se a palmeira ....................................., espécie em extinção, encontrada somente no litoral do Paraná. Na parte inferior, encontra-se uma caverna, onde a lenda diz que, os antepassados ali se escondiam dos seus inimigos e onde também guardavam seus tesouros.<br />{ vez por outra alguém faz escavações a procura de tesouros }.<br /><br />As dunas eólicas atingem até 40 metros de altura, mas nunca encostam nas falésias, sempre mantendo uma distância, um fenômeno interessante. Entre as dunas e a falésia existe um riquíssimo pântano onde outrora havia sido um lindo lago. { antes de explodirem a falésia, para abertura do acesso à praia }..<br /><br />Entre as dunas da falésia e as dunas primárias próximas da praia, existe a restinga, vegetação fixadora de dunas e de vital importância para o ecossistema local.<br /><br />Pelo lado norte está localizada a foz do Rio Araranguá que possui duas características únicas e curiosas:<br />· É um dos dois rios do planeta que muda de cor até duas vezes no mesmo dia, alternando entre o azul e o verde.<br />· A sua foz é mutável, atualmente esta andando na direção norte numa média de 100 metros por ano.<br /><br />Este estuário possui o último limite austral dos manguezais da América do Sul.<br /><br />Próximo a foz, está situada uma comunidade de Ilhas, habitada por pescadores e rendeiras.<br /><br />Um dos passeios que provocam o visitante, é a caminhada no estreito de 4 KM entre o Mar e o Rio até o encontro dos dois, local preferido dos pescadores pela presença constante dos Botos que trazem os cardumes de peixes.<br /><br />Do alto do Morro, junto ao Farol, pode-se avistar no período de julho a outubro, as Baleias Francas brincando com seus filhotes na primeira parada da sua rota migratória, haja visto haver uma placa do Projeto na parte superior próximo ao Farol.<br /><br />No entorno do Morro, encontra-se também um riquíssimo complexo lagunar, formado pelas Lagoas da Serra, dos Bichos e Mãe Luzia. É através das lagoas que a Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá mantém ligação com as vizinhas Bacias do Urussanga e Mampituba.<br /><br /><br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Ambientalista<br />Ara- 16/01/2002<br /><br />///////////////////<br />Original Message ----- From: "Celso Antonio Três" <<a href="mailto:tres@prsc.mpf.gov.br">tres@prsc.mpf.gov.br</a>>To: <<a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a>>Sent: Monday, August 02, 2004 6:38 PMSubject: Ação MPF - gerasul Informo que o Ministério Público Federal(MPF), através daProcuradoria da República em Tubarão, está ultimando ação civil pública queserá ajuizada contra a Gerasul(Tractebel), Ibama, Aneel e Fatma, entreoutros pedidos, requerendo seja novamente elaborado EIA/RIMA da JorgeLacerda, bem assim reparados os danos ambientais provocados. Na instrução da ação, o MPF colheu material veiculado pelos Sócios daNatureza, a quem louva-se pela estóica luta em favor do meio ambiente. Saudações, Celso Tres Procurador da República<br /><br />//////////////////////////////////////<br />CARTA DENÚNCIA SOBRE A CAÓTICA SITUAÇÃO AMBIENTAL DA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA<br /><br /><br /><br /> QUEM SOMOS<br />A ’’Sócios da Natureza’’ ONG fundada em 1980, sediada no Município de Araranguá/SC, de utilidade pública e sem fins lucrativos, sempre na incessante busca pela preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina (Em anexo, breve histórico e resumo das principais atividades da ONGSN).<br /><br />AONDE ESTAMOS<br />A Região Sul de Santa Catarina, desde 1980 está enquadrada pelo Decreto Federal No. 85.206, como uma das 14 áreas mais poluídas do Brasil. Em seminário sobre áreas degradadas, realizado na FURB /Blumenau/SC, os técnicos pesquisadores concluíram, que as planícies lunares da Região Carbonífera de Criciúma é a quarta área mais degradada do País. A Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, com o baixíssimo pH 3 que apresenta em suas águas, é estatisticamente, a mais crítica do Brasil, porque também carrega em seus cursos d’água, resíduos industriais, lixo, esgoto e um dos maiores índices de agrotóxico, devido à intensa atividade da rizicultura na Região. Para completar o caótico quadro, a região é castigada periodicamente com fortes precipitações pulviométricas, que resultam em catastróficas enchentes, enfim, o cenário é insustentável, enfim, totalmente desequilibrado.<br /><br />QUEM DESTRUIU<br />Não existem projetos sérios de recuperação ambiental para a região, pelo menos não conhecemos e se existem, não mostram resultados. O Governo Federal, praticamente nada fez até agora, quando o Decreto Federal No. 85206/80, aponta o compromisso de destinar recursos para a recuperação da região, já que uma das maiores responsáveis pela estrago à natureza, foi causado pela Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, com a poderosa escavadeira Marion, que rasgava as outrora produtivas terras de forma espetacularmente violenta. Nas duas situações que foram remetidos recursos do FNMA/MMA para aplicar em recuperação ambiental, resultaram em rotundos fracassos.<br /><br />OS ROTUNDOS FRACASSOS<br />O primeiro recurso federal (na ordem de dois milhões) foi repassado em 1998, através da SDM para as prefeituras da Região. O segundo recurso veio no ano 2000, também através da SDM, mas desta vez, via ajuste de condutas promovido pelo MPF de Criciúma. A convite da Procuradoria, participamos da comissão (SDM, IBAMA, FATMA, UNISUL, UNESC) que definiu a destinação do recurso, envolvendo cinco Prefeituras afetadas pela degradação ambiental. Não temos conhecimento de nenhum resultado positivo para a natureza sobre a aplicação deste recurso, a não ser as placas de alerta e educação ambiental confeccionadas pela ONG Sócios da Natureza e espalhadas por pontos estratégicos da Região. Infelizmente a metade delas, foram úteis por um breve período, até que o SIECESC interviu junto ao DNER e fomos obrigados a retirar das margens da BR-101. Outras que estavam no Município de Criciúma foram retiradas pela prefeitura a pedido da ACIC e CDL, porque citava o nome de Criciúma associado à poluição (Constava apenas a descrição do Decreto 85.206/80, citando-a como integrante de uma das 14 áreas mais poluídas do Brasil - Não podemos esconder o sol com peneira ou podemos ?) <br /><br />A MAQUIAGEM<br />A recuperação ambiental adotada pelas mineradoras e pelas prefeituras, com a cobertura de argila sobre os rejeitos, sem nenhuma proteção, é uma descarada maquiagem, pois nada resolve, quando chove, tudo é carregado para os cursos d’água. Enquanto não executarem catacumbas de concreto impermeabilizadas, com camadas de polietileno (conforme os resíduos industriais de Cubatão), estarão jogando altíssimos recursos fora, enganando a sociedade e tapeando a Lei.<br /><br />O GOVERNO ESTADUAL<br />O governo do Estado de Santa Catarina, diretamente responsável pela brutal agressão cometida contra a natureza pelas mineradoras, chegou a ser condenado pela Justiça Federal, por omissão na fiscalização da atividade carbonífera. O Governo Amin nada fez pela natureza degradada, pelo contrário, ajudou a poluir, pois deu toda cobertura possível as mineradoras, chegou a fornecer funcionário da FATMA para o Comitê Gestor, que apesar de ser criado através de um Decreto Federal, o Governo Estadual ajudou na sua implantação política, chegando ao absurdo de indicar como representante das ONGs, uma universidade privada, a UNESC/Criciúma/SC. (...que atualmente está elaborando o EIA-RIMA para a usina termelétrica a carvão – USITESC).<br /><br />O GOVERNO FEDERAL<br />O Governo Federal subsidia o carvão desde 1940, cria decretos com favorecimentos a atividade carbonífera, destina recursos ao Comitê Gestor, que ele mesmo criou para contornar a sentença judicial ora assinada também contra a CSN, na época estatal. O Presidente Lula ao encontrar-se com o Bush, o dono do planeta, acenaram possibilidades de reativar o mais poluente dos combustíveis fósseis: que quando explorado causa uma brutal agressão aos recursos naturais e quando queimado emite o venenoso CO2, provocando o aquecimento da Terra.<br /><br />QUEM ESTÁ PREOCUPADO<br />As ONGs da Região e o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, estão cheios de boas intenções e projetos, mas sem recursos nada podem fazer.<br /><br />O QUE ESTAMOS PROPONDO <br />Estamos encaminhando um oficio ao Ministério Público Federal de Criciúma, solicitando a criação de uma comissão formada pela sociedade civil organizada para acompanhar as ações do Comitê Gestor. As entidades e órgãos sugeridos, são os que de uma maneira ou de outra tem envolvimento com Qualidade de Vida, Desenvolvimento e Educação. Como a UFSC, POAM, CREA, OAB, Comitê do Araranguá e Tubarão, EPAGRI, Colônia de Pescadores, Sindicato de Produtores Rurais, FATMA, SDS, FEEC e MPE e Federal, como coordenador. <br />O acompanhamento inclui um programa de monitoramento ambiental dos recursos naturais afetados direta ou indiretamente pela exploração, extração, beneficiamento e a queima do carvão na termelétrica Jorge Lacerda em Capivari de Baixo.<br /><br />Nosso atual entendimento, é que estando nós numa das áreas mais críticas do País, devemos adotar as seguintes atitudes :<br />· Somente as minas que estiverem cumprindo com a legislação ambiental podem continuar suas atividades (Portanto não estamos pedindo fechamento de mina). Mas quem decidirá e fiscalizará se as mineradoras estão cumprindo a legislação ? O departamento de fiscalização e licenciamento da FATMA não funciona, PROVA DISSO É A PERMANENTE E CONTINUA CONTAMINAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS (pH 3) DA BACIA DO RIO ARARANGUÁ E DO URUSSANGA, DESDE A SUA CRIAÇÃO. Enquanto houver interferência política nos licenciamentos, a Fundação arcará com o ônus da responsabilidade perante a Sociedade Catarinense. Enquanto a fiscalização não for atuante, séria e competente, a Fundação só terá prejuízos e sua credibilidade estará comprometida. <br /><br />· Todos os licenciamentos ambientais para exploração, extração e beneficiamento devem ser analisados e reavaliados por uma comissão eclética e independente. <br /><br />· A Comissão poderá e deverá periodicamente visitar as instalações da usina Jorge Lacerda, solicitar dados e informações, com garantia e integridade do conteúdo da resposta.<br /><br />· A Comissão deverá ter recursos para manter o programa de monitoramento dos recurso naturais, principalmente da água e do ar.<br /><br />· A Comissão poderá realizar seminários educativos em parceria com colégios, prefeituras e comitês de bacias.<br /><br />· A Comissão poderá produzir material de educação ambiental e alerta sobre os malefícios provocados pela mineração, lixo, esgoto e agrotóxico. <br /><br />ELES NÃO DESISTEM<br />Para conquistar a simpatia e adesão dos legisladores federais ao projeto da queima do carvão para a produção de energia, realizaram um seminário na Câmara dos Deputados, com a fortíssima presença de representantes do Governo Norte Americano. Nunca ouvimos tanto em um só momento e local, as palavras: QUEIMA LIMPA e EMISSÃO ZERO. A coisa funciona tipo lavagem cerebral, repetidas vezes sem parar, sempre.<br /><br />A FAMIGERADA USITESC<br />Não importando-se com as conseqüências ambientais, estão a todo vapor trabalhando para instalar mais uma termelétrica a carvão na região sul de Santa Catarina (Já existe a Jorge Lacerda com 880 MW). O projeto da USITESC 480 MW, argumentam, trabalha com o sistema de leito fluidizado, com queima limpa e emissão zero. Ainda não sabemos de onde buscarão água para ’’saciar a sede’’ da usina, se ela exigir água limpa, será muito difícil, por que a atividade carbonífera contaminou quase 80% dos recursos hídricos da região.<br /><br />OBS. O Sul de Santa Catarina como o Sul do Brasil não precisa de energia, precisa sim de desenvolvimento de forma ordenada, sustentável, sem a necessidade de causar a brutal agressão à natureza que as minas causam ao retirar o que interessa e, depois a queima do combustível fóssil mais poluente do planeta. <br /><br /><br /><br />OBS. DOC. NÃO CONCLUÍDO<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador<br />Araranguá/SC<br /><br /><br /><br />Sócios da Natureza – ONG Fundada em 1980.<br /><br />’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA<br />E,<br />SEMPRE BUSCANDO OBJETIVOS DE INTERESSE COLETIVO ’’<br /><br />Filiada a FEEC<br />Av. Getúlio Vargas nº 227, sala 09 – CEP 88900 000 - Ed. Fronteira – Araranguá – SC Fone: ...48-99954582 / 5221818 Fax: 522-0709 <br />E-mail: sociosnatureza@contato.netTadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-88763362635688432312007-11-25T09:06:00.000-08:002007-11-25T09:07:47.502-08:00COLUNA LESSA - DESVIO TCUAdelor Lessa<br />Tamanho da fonte <a title="Pequeno" href="javascript:void(0);"></a><a title="Médio" href="javascript:void(0);"></a><a title="Grande" href="javascript:void(0);"></a><br />05/09/2007<br />BR-101: última pendência resolvida!<br />A última pendência para duplicação da BR-101 no Sul do Estado está resolvida. Não há mais risco de mudar o traçado das novas vias na passagem por Araranguá. A obra vai ser feita mesmo por fora da cidade, pelo desvio a oeste (distante cerca de dois quilômetros do trevo do hotel Becker). O último recurso para tentar fazer a obra pelo traçado atual, impetrado por um grupo de empresários que têm negócios às margens da rodovia, foi indeferido pelo Tribunal de Contas da União. Ao mesmo tempo, o projeto foi adequado para atender aos moradores e agricultores da região, e já foi emitida a licença ambiental da obra. Os líderes da comunidade conseguiram ainda o compromisso do DNIT de fazer um projeto de urbanização no trecho da rodovia atual, de onde o movimento será desviado. Os re- presentantes das empresas construtoras responsáveis pelos trechos que incluem o desvio garantem que agora, resolvidas estas pendências, as obras vão ser intensificadas. A previsão para conclusão das obras é final de 2008, ou início de 2009. O desvio vai criar condições para desenvolvimento de uma nova área industrial e residencial em Araranguá.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-71725901693131852902007-11-25T09:05:00.001-08:002007-11-25T09:05:48.441-08:00informativo Sócios da NaturezaInformativo Socioambiental<br /><br />Tadeu Santos / ONG Sócios da Natureza<br /><br /><br /><br /><br />11% CULTIVÁVEL - Eis mais um dado preocupante, apenas 11% do planeta é cultivável e mais da metade está ameaçada pela errônea forma de uso do solo, da água e das florestas, que obrigatoriamente tem que produzir para alimentar 6,3 bilhões de pessoas e que em 2020 terá que abastecer 8,2 bilhões de pessoas. A afirmação é do responsável pelo Programa de Meteorologia para a Agricultura da Organização Mundial de Meteorologia - OMM, Mannava Sivakumar, portanto, mais uma vez não é declaração de ambientalista ou de ONG ambiental. No processo de transformação das Áreas de Preservação Permanentes da AMESC em Unidades de Conservação, ouvimos muitas ‘’bobagens’’, como por exemplo, que não tínhamos conhecimento de causa, entre outras reclamações de agricultores e até insinuações de técnicos da EPAGRI. Insistimos que a nossa região já está em processo de desertificação, com conseqüências a curto prazo se não houver uma virada de concepção sobre como cultivar adequadamente as terras do Vale do Araranguá. Os agricultores só pensam em lucro imediato e os técnicos não o contestam. O Pró-Várzea é uma prova do descaso para com a natureza, eliminaram a Mata Atlântica nas planícies e as protetoras matas ciliares das margens dos rios em nome do progresso a qualquer custo. Uma comunidade rural de Meleiro, influenciada por idéias idiotas não concordou na transformação do Morro Albino em Unidade de Conservação (UC), demonstrando com isso que tem intenções de devastação em beneficio próprio, o mesmo discurso que tornou o lado sul da planície da bacia do rio Araranguá numa área ameaçada para o cultivo.<br /><br />VAMOS TENTAR ESCREVER ‘’AO NOSSO MODO’’ UM POUCO DE HISTÓRIA POLÍTICA DE ARARANGUÁ! (já que parece ninguém estar escrevendo (ou estão?). Se estão melhor ainda, pois haverão versões e interpretações diferenciadas sobre os acontecimentos).<br />O futuro cenário político de Araranguá está se redesenhando mais uma vez, os partidos políticos que não estão no poder se articulam para ocupar o espaço dos que estão, uma rotina que se repetirá enquanto houver democracia. Atualmente o partido político PP ocupa o poder executivo municipal na pessoa do empresário Mariano Mazzuco, com mandato até 2008. Foi eleito em coligação com o PPS, mas a coligação não funcionou conforme haviam estabelecido. O mandato do Mariano Mazzuco ainda está sendo avaliado pela população, uns o acham muito parado, outros acham que está fazendo uma boa administração, enquanto que outros acham que não está fazendo nada. A atual administração pouco divulga suas ações, diferentemente da anterior que excedia em gastos com propaganda, sendo inclusive criticada por ter um contrato exorbitante com a rádio local. O importante da divulgação não está só em enaltecer o mandato do prefeito, mas para atender um direito do eleitor cidadão de tomar conhecimento da dinâmica pública. Enfim, a propaganda é alma do negócio, porém enfatizamos que gestão pública não é negócio, gestão pública tem que ser gestão pública! As verdadeiras obras não são aquelas de resultado imediato, mas aquelas de longo prazo, como na educação e na saúde. Se prevalecer a tendência estadual o PT se coligará com o PP (do Amin) para enfrentar o PMDB (do LHS), o que certamente refletirá aqui em Araranguá, já que a Senadora Ideli tem forte presença no município com a instalação da UFSC e do CEFET. Existem setores políticos e empresariais que ainda não perceberam a importância de uma universidade ou de uma escola técnica pública no fomento do desenvolvimento de um município ou região. Óbvio que não é o suficiente, é preciso a complementação com outras necessidades básicas, mas no geral entendemos que uma universidade é mais importante que uma indústria (que pode fechar, que pode explorar, que pode poluir...), enquanto que a educação fica nos corações e mentes das pessoas, apontando caminhos para uma vivência digna e ordenada.<br />Este é o nosso olhar sobre o cenário político de Araranguá, certamente que há outros que divergem do mesmo, mas o que seria do vermelho se não existisse o azul! Afinal vivemos numa democracia e devemos aprender a conviver com as divergências de idéias...<br /><br /><br />BOLACHA RECHEADA - No sábado pela manhã uma menina aparentando 7 anos entrou na locadora pedindo dinheiro, dizendo que queria comprar algo para comer. Estava com o rosto e as mãos sujas, pedi para que fosse ao banheiro lavar as mãos, quando voltou ofereci uma sacola onde havia pacotes de bolacha doce e salgada, uma maçã e algumas balas. Abriu e reclamou que não havia bala, então peguei as que haviam sobrado e coloquei na sacola. Voltou a mexer na sacola e retirou todas as balas devolvendo a sacola com as bolachas e a maçã, dizendo que não queria, disse a ela que então levasse aos seus irmãozinhos, quando respondeu que eles também não gostavam, só se fosse bolacha recheada!<br /><br />SEMANA DA HISTÓRIA DA UNESC. Fomos convidados para participar de uma mesa redonda na semana da HISTÓRIA, SOCIEDADE E NATUREZA: O BRASIL NA PERSPECTIVA AMBIENTAL na UNESC a ser realizada em 4/10/07 cuja temática será sobre a COLONIZAÇÃO, AGRICULTURA MINERAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS NA HISTÓRIA DA REGIÃO CARBONÍFERA DE SC. Mais outra oportuna atitude da UNESC em democratizar o debate sobre o maior conflito ambiental da região, a exploração, beneficiamento e queima do carvão. Estaremos lá defendendo a integridade do Rio Araranguá e a qualidade do ar que respiramos. Estaremos lá argumentando que desenvolvimento de fato só ocorre numa cidade ou região se houver beneficio econômico a toda a população junto com qualidade de vida (Que contemple o tal de IDH). Nossa concepção socioambiental de uma universidade também é proporcionar aproximação com a sociedade civil organizada, o que a UNESC está sabiamente fazendo. Parabéns!<br /><br />OBS. No dia 03/09/07, participamos como palestrante do Seminário Regional sobre GESTÃO LOCAL DO TERRITÓRIO: MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE VIDA NO CONTEXTO DO PLANO DIRETOR, realizado em Urussanga. O convite partiu da Professora Romanna Remor, coordenadora da Equipe do Projeto Plano Diretor / FINATEC. Dentre os outros palestrantes, constavam o Dr. Benny Schasberg, do Ministério das Cidades, Dr. Darlan A. Dias, Procurador da Republica de Criciúma, Profa. Terezinha Gonçalves e Prof. Carlyle Menezes da UNESC, Agrônomo Enilto Neubert da EPAGRI, Advogado Ernani Palma Ribeiro, Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, Eng. Fernando Zancan do SIECESC e o Bacharel Jairo Viana, da FATMA. Abordamos o processo do desvio da Duplicação de Araranguá, uma conquista socioambiental das 49 entidades mais representativas do município e o processo da criação das Unidades de Conservação da AMESC, infelizmente frustradas. Concluindo nossa apresentação abordamos nossa resistência contra a atividade carbonífera, desde a exploração até a queima do carvão mineral na usina Jorge Lacerda em Capivari de Baixo, a instalação da USITESC em Treviso, a Rio Deserto em Maracajá e a afilhada do Governador Luis Henrique, usina de Gaseificação do carvão, que não sairão do papel, mas que renderão votos, muitos votos e muito café no bule. Observamos que agora não são apenas os ambientalistas e as ONGs que estão alertando sobre o aquecimento global, mas a comunidade cientifica mundial e a ONU.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-77913150301480421662007-11-25T09:01:00.000-08:002007-11-25T09:02:01.251-08:00informativo Sócios da NaturezaInformativo Sócios da Natureza<br />‘’UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL’’<br /><br />Nº 13 Data 22/08/2007.<br /><br /><br /><br />Fatos recentemente ocorridos no meio araranguaense me fizeram lembrar esta parábola:<br />COMO NASCE UM PARADIGMA - Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula em cujo centro colocaram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam de pancada. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram então com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: " Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... " Não percam a oportunidade de passar esta história para os teus amigos para que de vez em quando se questionem por que fazem (ou não fazem) certas coisas neste município ou nesta região ".<br />Como disse o Einstein ‘’É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito’’<br /><br />A ENERGIA DA MORTE - Na China a energia elétrica está chegando às casas dos chineses com ‘’sangue’’. Esta semana mais 180 mineiros poderão estar mortos numa mina de carvão – a fonte energética mais poluente do planeta. No ano passado morreram 4.746 mineiros nas minas da China. Aqui na nossa região, no ano de 1984, 32 morreram em Treviso/SC e quantos que morrem com a doença do pulmão negro denominada de pneumoconiose? Todo o custo ambiental e humano para abastecer uma poderosa multinacional que queima o carvão para gerar ‘’comprovadamente’’ uma das energias elétricas mais caras do mundo. <br /><br />BANCO DO BRASIL - Condomínio Alcebíades Seara ficou durante cinco anos reivindicando a gerência do Banco do Brasil a retirada do ar condicionado que jogava um inconveniente ar quente nos aptos vizinhos, como também produzia um irritante ruído quando estava em funcionamento. Nos meses de março e abril passado trocaram todo o sistema de ar no qual trabalhavam a noite toda e nos finais de semana promovendo barulho sem nenhum respeito aos vizinhos. Considerando que iria melhorar, os vizinhos toleraram a baderna que os operários faziam, só chamando a policia em duas ocasiões em que a situação estava insustentável. Pode parecer inacreditável, mas agora ficou pior, pois o novo motor do ar condicionado funciona dia e noite e pasmem, até nos finais de semana, pra nada, já que não há ninguém no banco.<br /><br /><br />DESVIO DE FINALIDADE - 199 morreram no acidente da TAM, mas quantos morrem por dia nas estradas brasileiras? A Câmara Federal parece estar trabalhando exclusivamente no previsível acidente de Congonhas, quando coisas mais importantes para o país precisam ser debatidas pelos parlamentares. Já existem órgãos públicos habilitados e capacitados para investigar, como o MP e a Polícia Federal. A mídia oportunista entra na onda e só divulga a tragédia aérea, quando poderia comparar com a sinistra contabilidade de mortos nas esburacadas rodovias brasileiras e cobrar a implantação de ferrovias neste Brasil, por exemplo, mas não o fazem porque choca diretamente com os interesses da Petrobrás, da Good Year e da Mercedes Bez, apenas para citar algumas das companhias que são comprovadamente contrárias as estradas de ferro no Brasil. <br /><br />SERRA DO FAXINAL - Mais uma vez o Governo Estadual trata com descaso o extremo Sul de SC, prorrogando o início do asfaltamento da Serra do Faxinal, em Praia Grande, a minha querida terra natal que o folclore popular maldosamente a intitulou como a cidade das duas mentiras: não é praia e nem é grande, o que, como praiagrandense nato, me dá o direito de carinhosamente contestar: são três mentiras, porque também não é cidade, mas é a TERRA com os recursos naturais mais lindos e espetaculares do Sul do Brasil, com os exclusivos canyons dos Aparados da Serra. Enfatizo porque entendo ser muito mais conveniente e estratégico a denominação ‘’TERRA DOS CANYONS’’, onde o apelo ecológico é mais forte, mais natural, o que consequentemente atrai muito mais os urbanos das cidades. O desenvolvimento do município de Praia Grande está intrinsecamente dependente da parte superior dos canyons e vice-versa, portanto a ligação entre ambos precisa ser de qualidade, confortável e segura, para que o turista tenha oportunidade de apreciar e curtir o cenário cinematográfico. Um adequado Plano Diretor elaborado com o inovador Estatuto das Cidades proporcionará condições para um projeto de desenvolvimento... que passa pela Serra do Faxinal, já que na parte superior (onde é Parque!) não é permitida a construção de pousadas e hotéis, por exemplo. Esta promessa do atual governo de iniciar somente no próximo ano é assustadora e angustiante! <br /><br />AS PONTES DE CÁ... - A catástrofe da ponte de Minneapolis é uma adversão. Mais de 160.000 pontes nos EUA correm risco de desabamento. As estradas de longas distâncias, túneis e diques estão em tão más condições, que engenheiros, há muito tempo, dão alarme, até o momento, em vão. Este paragrafo dá inicio ao texto de Marc Pitzke, New York (<a href="http://www.reforme.com.br/">www.reforme.com.br</a>). Aqui no Brasil não é muito diferente, há pouco tempo a ponte da BR-101 sobre o Rio Urussanga caiu. Estaria a nossa ponte da BR-101, com o excessivo tráfego de cargas pesadas, em estado satisfatório? Tem sido vistoriada e avaliada pelos técnicos do DNIT?<br /><br />OBS. - A energia desperdiçada no Brasil equivale à geração de cinco usinas nucleares, com um total de 1.400MW, devido ao predatório consumo da energia, causado principalmente pelo uso de máquinas antigas e motores ultrapassados, lâmpadas obsoletas, usinas sem adequada manutenção, iluminação urbana descontrolada e precárias redes de transmissão.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-36076641638522467082007-11-25T08:57:00.000-08:002007-11-25T08:58:09.922-08:00relato problemas ambientais de AraranguáBreve e resumido relato dos principais problemas socioambientais do município de Araranguá, encaminhados ao Ministério Público Estadual desta Comarca, na expectativa que surja um democrático debate na busca de soluções entre os órgãos responsáveis, a administração municipal e a sociedade civil organizada.<br /><br /><br /><br />Com a intenção de contribuir procuraremos informar com um olhar socioambiental os problemas e conflitos ambientais do município de Araranguá, que continuam sendo os mesmos de sempre. A busca pela sobrevivência faz com o homem exerça uma pressão desordenada sobre os recursos naturais, promovendo impactos ambientais muitas vezes de irreversível recuperação. Iniciaremos pelo mais importante recurso natural do município, o rio Araranguá, que vêem ao longo das últimas décadas recebendo diariamente resíduos piritosos da atividade carbonífera, causando não só prejuízo ambiental, mas socioeconômico, pois a poluição baixa o pH da água a níveis intoleráveis a qualquer tipo de vida, como os valiosos peixes, não permitindo assim que centenas de famílias possam através da pesca complementar a escassa ceia alimentar. A agricultura despeja agrotóxicos sem nenhum critério, a rizicultura extrapola com a irrigação comprometendo a dinâmica dos lençóis freáticos e devolvendo a água com toneladas de impurezas aos rios. Os postos de combustíveis largam clandestinamente resíduos de óleo no rio, o esgoto também vai para o rio junto com o lixo ou tudo aquilo que não serve mais para o consumo humano.<br /><br />No Morro dos Conventos, a ameaça à integridade do ecossistema é permanente. Construções irregulares, desmatamento de mata nativa e circulação de veículos sobre áreas de restinga e dunas eólicas. O mesmo pode-se dizer do estuário do rio Araranguá, incluindo Ilhas, Barra Velha e Morro Agudo. O sistema lagunar incluindo a Lagoa Mãe Luzia, dos Bichos, da Serra e do Caverá sofrem com o indevido uso de suas águas. O remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande sofre com desmatamento e caça predatória todos os fins de semana. Outro recurso natural que está seriamente comprometido é o açude Mané Angélica, como também o banhado entre a XV de Novembro e a Iracy Luchina.<br /><br />A cidade de Araranguá já foi uma das mais barulhentas do estado de Santa Catarina, como por exemplo, na passagem da rodovia BR-101. O EIA-RIMA da duplicação apontou 86 decibéis, o maior índice de todo o trecho entre Palhoça e Osório. A partir de 2002, alguns jovens passaram a incrementar seus veículos com potentes sons para circularem nas vias públicas, tanto de dia quanto a noite e mesmo na madrugada dos fins de semana. Atualmente pode-se afirmar que houve uma redução, mas todos os dias ainda ‘’se escuta na marra’’ esta idiota programação musical. No final de 2006, os jovens resolveram retirar o silenciador do escapamento (descarga) para produzir um ‘’ronco mais legal’’ no motor, mas junto retiram o catalizador, emitindo gases poluentes para a saúde pública e para o aquecimento global. Calcula-se que mais de 500 veículos e motos circulam com esta irregularidade em Araranguá. Motos circulam com descargas alteradas produzindo ruídos ensurdecedores, principalmente nos finais de semana, provocando pânico em pessoas enfermas, crianças e idosos. Carros de som com propaganda comercial extrapolam os decibéis permitidos e não respeitam colégios, casas de saúde e igrejas. Enfim, infrações bem mais prejudiciais que estacionar em local proibido, mas que não são devidamente fiscalizadas pela polícia e a administração municipal.<br /><br />Um outro grave problema que atinge toda a Comarca de Araranguá é o maltrato aos animais, desde os abandonados cães de rua até o bárbaro abate de animais. Para exemplificar, na semana passada mataram cinco cães na Coloninha, há dois meses quebraram a perna de uma idosa cadela muito popular na cidade, chamada de Catita. A Associação Bom pra Bicho não dispõe de recursos para atender a grande quantidade de animais com doenças, transformando-se, portanto num problema de saúde pública. No Maracajá existe um frigorífico que mata os animais a pauladas, quando já existem armas consideradas apropriadas para o abate humanitário (com o menor sofrimento possível).<br /><br />As soluções mais adequadas para os problemas e conflitos apresentados são várias, mas de difícil iniciativa da sociedade e do setor privado, como também por parte das administrações, tanto municipal quanto estadual. Como também é função das ONGs atuar nas questões de interesse ecológico que o Estado trata com descaso ou quando muitas vezes é omisso.<br /><br />Como dá para perceber o cenário é desolador e preocupante, por isso contaremos com a parceria do Ministério Público Estadual no que for viável e possível nesta empreitada pela preservação da natureza e por uma melhor qualidade de vida para a Araranguá e região.<br /><br /><br /><br />Sócios da NaturezaTadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-56625799974867519992007-11-25T08:54:00.000-08:002007-11-25T08:55:45.906-08:00informativo Sócios da NaturezaTadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-90902642421739340882007-11-25T08:52:00.000-08:002007-11-25T08:53:12.108-08:00Visita a usina Jorge LacerdaBreve relato sobre a visita a Usina Jorge Lacerda / 857MW – Tractebel, no dia 28 de março - Aniversário do furacão Catarina.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Direção técnica da Jorge Lacerda / Tractebel recebe entidades de Araranguá com ‘’cordialidade, responsabilidade e muito respeito, mesmo sabendo da posição das mesmas mediante a poluição que a atividade carbonífera causa ao Rio Araranguá e a atmosfera da região. O convite inicial foi endereçado a ONG Sócios da Natureza que repassou as outras entidades representativas de Araranguá (conforme relação em anexo) que tem demonstrado real preocupação com a natureza e a qualidade de vida da população araranguaense e região, sendo uma participação espontânea de extrema beleza democrática, coisa rara neste mundo guiado por interesses políticos e econômicos. Esta união de entidades e cidadãos de formação diferenciada, mas de objetivos comuns caracteriza o movimento pró-Araranguá, iniciado em 1998 com a finalidade de evitar a duplicação por dentro da cidade, entre outras campanhas, e que agora recebeu a denominação carinhosa de ‘’Mutirão de Cidadania’’<br /><br />Inicialmente os técnicos mostraram a atuação da empresa Tractebel / Suez em todo o país e a parte teórica de como se faz energia para em seguida mostrarem as instalações físicas da usina, principalmente o processo da transformação em energia, com a queima do carvão nas fornalhas, passando para as caldeiras e chegando a pressão nas turbinas que giram 3600 rpm, que resulta na ‘’mágica força’’ para um campo magnético que passa a rede de distribuição. É uma tecnologia complicada, mas admirável, digna de conhecimento, pena que o processo mostrado não seja sustentável e renovável (Mas programaremos uma visita ao parque eólico de Osório, uma das fontes mais renováveis!) A grandiosidade da engrenagem não permite pensar em outra coisa senão na capacidade do homem no avanço tecnológico e científico. Afinal, a energia é uma das maiores invenções da humanidade, pois trás conforto e facilita o desenvolvimento da economia e da ciência. O complexo termelétrico tem capacidade para gerar 857MW – o maior da América do Sul, mas não está operando com toda sua capacidade (Portanto a região não precisa instalar mais geradoras, e caso venha necessitar, que sejam as renováveis). A penúltima parte da visita nos levaram ao centro da cidade de Capivari para mostrar uma estação de monitoramento do ar, no qual afirmaram ser o mesmo programa e equipamento utilizado pela CETESP. Pode até haver seriedade nos índices mostrados dentro dos parâmetros legais, mas coloca em dúvida a veracidade das informações, já que é a própria empresa que monitora porque a legislação permite. Sugerimos a formação de um comitê de acompanhamento eclético, custeado pela empresa para dar veracidade e credibilidade às mostragens. Na última etapa conhecemos o horto da usina, vimos belos exemplares de pau-brasil e tomamos conhecimento de uma condição, que eles só crescem se plantados próximos um ao outro para a troca de pólen. Sugerimos ao Analista de Meio Ambiente Marcelo Caneschi, responsável pelo horto e ao Zequinha (exemplar dedicação de deficiente físico), o plantio de verduras, flores e árvores nativas sobre as áreas recuperadas para testar a qualidade do trabalho. As recuperações realizadas pelas mineradoras na região de Criciúma são verdadeiras “maquiagens cosméticas”... Estamos acreditando que as recuperações da CSN venham a reverter esta imagem de trapaça pública, já que a mesma quando estatal explorou o ouro negro durante décadas, deixando um passivo ambiental quase irrecuperável na bacia hidrográfica do Rio Araranguá. <br /><br />Registra-se que durante as oito (8) horas que passamos no complexo, fomos muito bem recepcionados e tratados, desde um café com frutas até um saboroso almoço. Os técnicos Magri, Athiele e Laydner repassavam informações e incessantemente respondiam os questionamentos, diga-se todos bem formulados e fundamentados pelos 27 visitantes, finalizando com um produtivo debate objetivo e transparente. Observamos que na abertura da apresentação, surpreendeu, positivamente, um painel mostrando todos os impactos da usina, ao passo que perdeu credibilidade ao omitir a emissão de CO² na atmosfera, a exemplo de como mostraram em detalhes a emissão do SO² e NO². Contra argumentaram dizendo que a legislação brasileira não aborda esta questão sobre o gás do efeito estufa, que não é poluente e que o mesmo não afeta a saúde e o meio ambiente. Este ponto não satisfez e tentaremos numa outra oportunidade provocar os técnicos a reaver esta questão. Não é porque não existe legislação neste sentido que o poluidor deve encruzar os braços, muito pelo contrário, a grandeza da empresa tem que superar esta falha da legislação brasileira e se colocar a disposição de estudar soluções práticas e viáveis para reduzir os danos ambientais, a saúde pública e a atmosfera. Entendemos não ser desta forma que irão desvincular a imagem de emissores de CO², responsáveis diretos pelo aquecimento global. Comparando dados publicados, calculamos que a Jorge Lacerda deve emitir aproximadamente 2.500 milhões de toneladas por ano de gás carbônico na atmosfera. Portanto, uma nova sugestão: reflorestamento urgente para anular estas emissões de CO². Uma boa idéia seria investir na recuperação da mata ciliar da bacia do rio Araranguá. <br /><br />Quanto ao impacto que a exploração do carvão causa a natureza, no caso especificadamente ao rio Araranguá (pH 3), responderam que ao comprar o carvão, única condição exigida às mineradoras, é o licenciamento ambiental do órgão oficial. No aspecto comercial tudo bem, mesmo considerando que ‘’compramos o produto’’ da usina, mas no ambiental não, porque dentro do contexto atual deve-se agir localmente e pensar globalmente. De nada adianta todo esforço demonstrado pela usina, se compram um produto que comprovadamente causa uma brutal agressão à natureza. O baixíssimo pH da água do rio Araranguá é a maior prova. <br /><br />Questionamentos sobre crédito de carbono e MDL também foram debatidos, mas deixaremos para comentar no próximo documento, já que as diretrizes do Protocolo de Kyoto precisam ser reavaliadas. E finalmente a pergunta que não quis calar, formulada em 2003 num seminário sobre carvão no Itamarati, em BSA, no qual perguntamos ao Presidente da Tractebel do Brasil, Senhor Manoel Zaroni Torres, por que a Tractebel não substituía o sistema da JL para o de leito fluidizado, considerado menos poluente? Não culpamos o Sr. Torres, mas o Secretário Executivo do SIECESC, Eng. Fernando Zancan que impossibilitou esta resposta verbal as outras perguntas elaboradas por escrito por nós e pelos Amigos da Terra de POA. A resposta não é muito diferente da que imaginávamos. Seria necessário trocar caldeiras e outras transformações significativas na usina e entendem que não haveria grande diferença na emissão de gases, enfim não está nos planos da empresa substituir, talvez sim, mas numa nova unidade. Este período de quase cinco anos para obtermos uma resposta, representa muito bem o arcabouço que o setor da exploração carbonífera quer manter sobre a poluição que causa ao meio ambiente. A recusa não trouxe nenhum benefício ao setor, muito pelo contrário, as críticas resultantes deste incidente sempre os acusaram de prepotentes e covardes para enfrentar / discutir o conflito aberta e democraticamente com a sociedade afetada, desde a ignorante até mais consciente e esclarecida. <br /><br />Percebemos que parecem estar com bem menos ‘’culpa no cartório’’ que as mineradoras, pelo menos admitem os impactos ambientais que a geração causa, tornando-os transparentes a opinião pública. Convidar-nos é uma demonstração desta nova postura? De certa forma não deixa de ser uma aposta, pois quanto mais distante dos críticos pior será, porque não conhecerão os avanços tecnológicos, os esforços mitigadores e os investimentos para a redução dos impactos. Seria esta a estratégia da Tractebel? Os tempos são outros, o ajuste de condutas e de comportamento deveria contemplar os poluidores, os governantes, políticos e a comunidade ambientalista, para não serem rotuladas de xiitas. Muitos interpretaram o convite como uma tentativa de subornar a ONG para não mais os criticá-los. Outras perguntas e comentários foram realizados e constarão em um outro documento a ser elaborado após a reunião de avaliação entre as entidades participantes, marcada para as 19hrs, do dia 01/05 no auditório da AMESC.<br /><br />Um documento contendo as propostas e sugestões (em anexo), como o patrocínio de um evento (ou mais) para democraticamente discutir os impactos que o setor de mineração causa ao meio ambiente, programas de educação ambiental diferenciados e abrangentes e a distribuição de 1000 (mil) exemplares do filme ‘’Uma Verdade Inconveniente’’ do Al Gore foi entregue ao Diretor de Meio Ambiente, Eng. Jose Lourival Magri, que prometeu avaliar o documento com a equipe e responder na medida do possível. As outras reivindicações também são justas, apesar de não corresponderem à política da empresa, que tem procurado investir apenas em Capivari e Tubarão, como se fossem apenas estes municípios os afetados pelos impactos ambientais da usina. A maléfica chuva ácida ‘’transita muito bem pela região’’, de acordo com os ventos. Não que queiramos que os investimentos venham a calar os beneficiados como ocorre com os citados acima. A questão está acima destas possíveis fragilidades do qual não temos controle, mas voltamos a insistir na retórica do poluidor pagador. Não que estejamos concordando com a existência da usina Jorge Lacerda, mas aceitando-a como um mal menor (e necessário) perante a ameaça de mais duas a queimar carvão na região, como os projetos da USITESC/440MW e MARACAJÁ/375MW, inconcebíveis e insustentáveis para serem instalados em pleno século XXI, quando o mundo inteiro aponta a queima de combustíveis como os principais causadores do aquecimento global. Pelo demonstrativo apresentado, a empresa diversifica muito em medidas compensatórias, sendo que as nossas propostas e sugestões podem não ter causado surpresa, mas entendemos serem inusitadas, sérias e de grande abrangência e relevância para o processo de educação ambiental junto à população, de esclarecimentos a opinião pública e de benefícios à natureza. <br /><br />Cada vez mais estamos convictos de que estamos fazendo a nossa parte com dignidade como ONG ambientalista, cumprindo com os objetivos de buscar a preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a região sul de SC. Temos de uma forma ou de outra, procurado a promoção de um diálogo aberto com as principais fontes poluidoras da região, porém tem sido muito complicado, pois por um lado uns ficam receosos e por outro somos criticados por alguns setores da comunidade ambientalista. Aceitamos contestações de quem discordar de nossas ações e atitudes, desde que embasadas de fundamentação ambiental e científica, pois nossa trajetória histórica de 27 anos, de derrotas e vitórias, nos permite continuar a agir de acordo com a disposição do voluntariado que exercemos. <br />OBS. Uma idéia surgida após publicação de matéria na mídia regional sob o titulo de ‘’carbon free’’ será levada em consideração pela vital importância do momento, onde proporemos o plantio de 100 mil mudas de mata nativa nas matas ciliares dos rios da região sul de Santa Catarina.<br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza<br /><br />RELAÇÃO DAS PESSOAS QUE VISITARAM A USINA JORGE LACERDA EM 28/03/2007:<br /><br /><br />Adeirde Lemos Pedroso / da Colônia de Pescadores Z-16de Ilhas<br />Djalma Nilis / Sargento Bombeiro da Defesa Civil<br />Roberval da Silva / Presidente da OAB de Araranguá.<br />Lea Ainhon / Advogada Comissão de Meio Ambiente da OAB.<br />Rogério Pessi / do Conselho e Sindicato dos Agricultores de Araranguá.<br />Tzam Lin / Educadora do Colégio Vila São José.<br />Azairas Abati / Educadora do Colégio Castro Alves<br />Estela Maris / Educadora do Colégio Castro Alves.<br />Luis Leme / Agrônomo da Secretaria de Agricultura da PMA.<br />Sergio de Souza / Cidadão integrante do Instituto da Cidadania - INCID<br />Eliane Scremin / Coordenadora do Instituto da Cidadania - INCID<br />Valdelir Dé Cesconetto / da COOPERAR<br />Geraldo Mendes / Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores.<br />Diego Gonçalves / Estudante Mídia Independente<br />Thais Soares / Psicóloga Mídia Independente<br />Ives Vergara / Reverendo Anglicano<br />Marlei Alhoeghetti / Técnica Agrícola da EPAGRI<br />Roney Kerber / Prof. Universitário.<br />Maurici Monteiro / Climatologista do CLIMERH<br />Marcelo Moraes / Climatologista do CLIMERH<br />Rafael Marques / Químico (indicado pelo Scheibe da UFSC).<br />Fernanda Guidi / Cidadã e Imprensa<br />Eng Agrônomo Rep Dep.Décio Góes.<br />Juliana V Santos / Historiadora ONGSN<br />Sandro Ramos / Publicitário ONGSN<br />José Mário de Boni / Advogado da ONGSN<br />Tadeu Santos / Ambientalista ONGSN.<br /><br /><br />Entidades convidadas que justificaram a ausência: AMESC, SAMAE de Araranguá, Núcleo Amigos da Terra / NAT e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá / CGBHRA.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-85351114100984678062007-11-25T08:49:00.000-08:002007-11-25T08:51:58.402-08:00informativo Sócios da NaturezaINFORMATIVO Sócios da Natureza<br />N°. 008 - 17 de Julho de 20007.<br /><br /><br /><br /><br /><br />PILHAS/BATERIAS E LÂMPADAS FLUORESCENTES.<br />Estes resíduos domésticos, comerciais e industriais são letais se jogados na natureza, pois são altamente tóxicos, matam qualquer microrganismo por milhares de anos. Uma campanha para o recolhimento adequado pelo poder público seria bem vindo, já que as lojas não fazem questão de recolher e quando o fazem jogam no lixo. A empresa que controla o aterro sanitário de Içara deveria providenciar o recolhimento nos locais estipulados pelas prefeituras, por exemplo! Seria uma simpática medida da SANTEC em nome da preservação ambiental da região que contribui com recursos financeiros a empresa paulista. <br />///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br /><br />Sempre que souber de violência contra os animais, denuncie a polícia, ao Ministério Público ou para Associação Bom Pra Bicho. É sua obrigação!<br /><br />///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br /><br />Aos Jovens Araranguaenses que pensam!<br />O título é intencionalmente provocativo para valorizar a parcela de jovens que pensam, que lêem, que debatem, que usam internet de forma ordenada, que assistem filmes de conteúdo, que praticam esportes, que valorizam os pais, que respeitam os mais velhos, que ‘’ficam’’ com criatividade, que têm inteligência e saber, enfim, normais e responsáveis pelos seus atos. Continuem assim, divirtam-se, mas saibam das conseqüências quando ultrapassarem os limites. Saibam que serão vocês que conduzirão o destino das gerações seguintes! Exerçam Cidadania!<br /><br />Saneamento é maior problema ambiental de SC, diz FATMA.<br />Fonte: Contato Internet<br />Florianópolis - O presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Carlos Leomar Kreuz, defendeu, durante reunião nesta sexta-feira, em Florianópolis, que a falta de saneamento básico é o maior problema ambiental de Santa Catarina. Segundo ele, existem vários focos de problemas ambientais no Estado, mas nenhum deles se equipara à falta de saneamento básico. "Temos, hoje, apenas 9% das famílias de Santa Catarina atendidas com esgoto sanitário tratado", diz. Este número coloca o Estado entre os piores do País. O Governo informou que está trabalhando para viabilizar um projeto de saneamento que resolverá 70% do problema. O investimento seria de 400 milhões de dólares.<br /> <br />////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br /><br />A SUPER VAIA<br />A super vaia ao Presidente Lula na abertura do PAN apostam os analistas políticos que pode estar mais ligada ao apoio que tem dado ao Renan Calheiros e outras figuras que acham que o Brasil é só deles, mas também pode ter sido pela prepotência em lidar com a Transposição do Rio São Francisco, contrariando o Comitê de Bacia do Velho Chico, pela licença a hidrelétrica do Madeira destinada a abastecer as indústrias de alumínio que exportam ao Japão, pela retomada da usina nuclear Angra 3 sem consultar a população de entorno e por outras atitudes e declarações não pensadas que vez ou outra dispara pras questões ambientais. A população do sul de Santa Catarina deve ficar alerta quando o Presidente Lula falar sobre carvão, já que na retomada de Angra, o Presidente e a Ministra Dilma declararam que as nucleares são limpas, que as usinas a carvão é que são poluentes. <br /><br />////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />A GRANDE ILUSÃO (All the kings men / 2006) Dirigido por Steve Zaillian<br />Uma tomografia cinematográfica de um político do interior como qualquer outro, com projetos sociais e estruturais como qualquer outro, ambicioso e calculista como qualquer outro... vamos parar por aqui. Baseado num clássico da literatura americana ganhador do Pulitzer, de 1946, de Robert Penn Warren, a primeira versão para o cinema foi em 1949 com Broderick Clawford. A versão atual não tem a força da anterior ou do clássico Cidadão Kane, mas está bem conduzida e com um sedutor elenco liderado por Sean Penn no papel do humilde cidadão interiorano que se transforma com o gosto do poder, compartilhado com Jude Law (o último cogitado pra ser James Bond, que convenhamos tem mais ‘’panca’’ que o inglês Graig...), o monstro sagrado Anthony Hospkins e a metamorfosica beleza Kate Winstel do Titanic. Ao acompanharmos a trajetória do jornalista vemos um mundo semelhante ao Brasil e à região em que vivemos, onde muitos políticos não respeitam nada para conseguir seus objetivos, traem, corrompem e até matam se necessário for.<br /><br />///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br /><br />Mas a pergunta que não quer calar é: O que Araranguá quer?<br /><br />///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-81828538809220283252007-11-25T08:46:00.000-08:002007-11-25T08:47:05.299-08:00AL GORE EM SCRolando Christian Coelho<br />rolando@correiodosul.net<br />Rolando é jornalista do Correio do Sul<br />Al Gore no Vale<br />19/06/07Presidente da Comissão de Mudanças Climáticas no Congresso Nacional, senador Fernando Collor de Mello, está tentando viabilizar a participação do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al Gore, no 2º Encontro de Mudanças Climáticas que acontecerá em Araranguá, possivelmente na segunda semana de outubro. A data do evento, porém, pode ser alterada de acordo com a agenda de Al Gore, se sua vinda for confirmada pelo gabinete de Collor.O ex-vice presidente vem se dedicando a defesa do meio ambiente desde que deixou o governo americano. Uma de suas iniciativas foi a realização do documentário ‘Uma verdade inconveniente’, que ganhou o Oscar de melhor produção no gênero neste ano. No documentário Al Gore cita o furacão Catarina como uma anomalia da natureza causada pela mão humana.Devido a seu empenho pelas causas ambientais do planeta, o Senado Federal, através de Collor de Mello, vai encaminhar convite para que o ex-vice americano venha até o Brasil proferir palestra no Congresso Nacional. Como o Sul catarinense vem chamando atenção de ambientalistas de todo o mundo por causa do Catarina, há a possibilidade de Al Gore vir a região também.A idéia do convite a Al Gore partiu do presidente da ONG Sócios da Natureza, Tadeu dos Santos. Segundo ele, a partir de agora serão nutridos todos os esforços para que isto possa ser viabilizado.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-11906010921675144572007-11-25T08:44:00.000-08:002007-11-25T08:45:26.653-08:00informativo Sócios da NaturezaINFORMATIVO Sócios da Natureza<br /><br /><br /><br /><br />COMPARAÇÃO<br />As pessoas que passam pela Vila São João, em Torres/RS, espantam-se com o trambolho arquitetônico que está dividindo a cidade. Na semana passada, recebemos telefonema de uma advogada de Terra da Areia / RS, cidade atravessada pela duplicação, solicitando informações sobre quem e como foi conseguido o desvio da rodovia BR-101 em Araranguá, Imediatamente explicamos que a conquista foi mérito da parceria e união das entidades da sociedade civil organizada araranguaense e que a pertinência resultou em sorte ao enviarmos um e-mail ao BID de Washington fazendo com que uma missão de acompanhamento da obra viesse a Araranguá avaliar o conflito local e que, sabiamente decidiram em favor da alternativa defendida pela comunidade (na época o banco iria financiar a obra). Enfatizamos à gaúcha que infelizmente acordaram tarde para evitar o ‘’muro’’, que fatalmente criará inúmeros problemas para a cidade, e que acreditamos não ter mais volta devido ao adiantado estágio da obra, mas que poderiam reivindicar medidas compensatórias e mitigadoras. <br /><br /><br />AL GORE E COLLOR<br />Ao tomarmos conhecimento que o Senador Fernando Collor de Melo, como Presidente da Comissão de Mudanças Climáticas do Senado, formalizou convite ao ex-vice-presidente dos EUA e agora ambientalista Al Gore, para palestrar no Congresso Nacional sobre Aquecimento Global, enviamos mensagem ao também ex-presidente parabenizando-o inicialmente pela corajosa medida em seu mandato presidencial de cortar a mordomia que o setor carbonífero recebia do governo federal com a retirada aos subsídios do carvão. Solicitamos também que viabilize a vinda do Al Gore à Araranguá, o epicentro do furacão Catarina, já que o mesmo cita o primeiro furacão do Atlântico Sul em seu filme ‘’Uma verdade Inconveniente’’. Ontem recebemos uma mensagem do Senador comunicando que ainda não esta definida a data e as condições da visita do Al Gore ao Brasil, mas que continua empenhado no convite e prometeu que logo tenha uma definição analisará com afinco as possibilidades de sua agenda. Entendemos o recebimento da mensagem como um sinal positivo de que existe uma real possibilidade de Al Gore vir à Araranguá. Os desdobramentos de uma visita deste quilate a nossa região são inúmeras e devemos aproveitá-los em todas as esferas sociais e governamentais.<br /><br /><br />CONSULTAS PÚBLICAS<br />Realizamos a primeira consulta pública sobre as Unidades de Conservação no município de Araranguá, no centro comunitário da Lagoa da Serra, na noite de sexta-feira dia 15 de junho. Estavam presentes aproximadamente 35 moradores do entorno, que significa uma baixa participação, mas nestes casos o que interessa é a qualidade e não a quantidade. Após apresentação da proposta houve vários questionamentos acerca dos recursos naturais, dos usos que serão permitidos ou restringidos de acordo com legislação que já existe desde a década de 60. Explicamos que com a UC é criado um conselho que passa a fiscalizar e executar o que será definido no plano de manejo que será elaborada com a participação comunitária. Ao passo que não houve por parte do público presente nenhum conflito ou rejeição à proposta de implantação da Unidade de Conservação no importante ecossistema da Lagoa da Serra. Esperamos que a administração municipal do Arroio do Silva acate a consulta pública realizada como parâmetro para decretar a Unidade de Conservação na parte que toca ao município. <br /><br />A segunda CP foi realizada no dia 16, no período da manhã, no centro comunitário de Ilhas, com pouca participação também. Entretanto foi um encontro mais dinâmico e produtivo pela justa revolta dos pescadores que se sentem prejudicados com ‘’estrangeiros’’ pescadores que não respeitam as normas da Colônia e nem mesmo a legislação, numa verdadeira desobediência civil, já que as autoridades responsáveis não atuam com rigor contra os infratores. Também não houve nenhuma contrariedade a UC de Ilhas, mas foi assumido um compromisso para ser elaborado, com urgência, um manifesto contendo todas as injustiças praticadas contra a já sofrida pesca artesanal de Ilhas, com objetivo de entregar às autoridades num encontro a ser promovido em Ilhas, com apoio da Administração Municipal, SAMAE, CTMA do FDESC e ONG Sócios da Natureza. Esperamos contar com o apoio de outras entidades civis de Araranguá na busca de uma solução para este gravíssimo conflito social.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-82002938476291012302007-11-25T08:43:00.000-08:002007-11-25T08:44:17.976-08:00Relato AP MPF sobre sentença carvão CriciúmaSócios da Natureza<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Um breve relato da Audiência Pública AP promovida pelo Ministério Público Federal - MPF para a apresentação do Relatório sobre Recuperação Ambiental, atendendo acordos assumidos no Termo de Ajuste de Condutas - TAC, envolvendo as mineradoras da região carbonífera do sul de SC.<br /><br /><br />Local : Teatro Elias Angeloni<br />Data: 19:00 hrs do dia 30 de Janeiro de 2007.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />APRESENTAÇÃO<br /><br />Evento de extrema importância sócio-ambiental, mas pouquíssimo divulgado, apenas o jornal Tribuna do Dia publicou o release distribuído pelo Ministério Público Federal / MPF de Criciúma (Não fosse esta publicação, a participação teria ficado restrita apenas as mineradoras). A opinião pública afetada pela poluição do carvão sabe da existência do problema ambiental da região, mas pouco conhecimento tem do real conflito sócio-ambiental e das suas conseqüências danosas à saúde pública. Por outro lado, a parte mais esclarecida ou informada não ousa questionar com receio de represálias de toda a espécie. Entretanto, alguns setores ameaçados e outros já atingidos e/ou prejudicados estão reagindo com mais firmeza aos impactos que a mineração causa em suas vidas, como a resistência de Santa Cruz e agora de Treviso, nos mesmos moldes da histórica resistência do Morro Estevão e Albino. Observa-se, no entanto, que a resistência da comunidade rural de Santa Cruz está mais organizada, inclusive com interlocutores mais esclarecidos. <br /><br />Como não havia um livro de presença, fica difícil precisar a quantidade de pessoas presentes no auditório, mas calculamos que havia aproximadamente 120 pessoas, com perceptível presença dos agricultores da localidade rural de Santa Cruz de Içara, resistentes a instalação de uma mina sob suas terras, de famílias de Trevienses afetadas pela atividade mineraria, de representantes das mineradoras e da comunidade ambientalista do sul de Santa Catarina. <br /><br />Inicialmente o Procurador da República Dr. Darlan Airton Dias fez a abertura da Audiência Pública (AP) convidando as autoridades presentes a compor a mesa, iniciando com a Procuradora da República, Dra. Flávia Rigo Nóbrega, o Promotor Público Estadual Dr. Glauco José Riffel, o Diretor Regional da FATMA, Alexandre C. Guimarães, o seu Presidente Carlos L. Kreuz e o Diretor de Licenciamento, Luiz Carlos BIG Correia. Convidando também o Comandante da Polícia Ambiental Tenente Comelli e o Presidente do Siecesc, Dr. Rui Hulse, que temos todo respeito pela história do qual representa na região carbonífera, mas no nosso entender, como representante das mineradoras condenadas, não ‘’combinou’’ sentar junto com as autoridades oficiais.<br /><br />A apresentação do relatório, que em determinados momento parece ser mais um plano, foi explicada ponto por ponto pelo Dr. Darlan Airton Dias, num período aproximado de 35 minutos, onde destacou o Decreto Federal Nº. 85.206, que desde 1980 enquadra a região como uma das 14 mais poluídas do Brasil e a estimativa de 5.500 ha de áreas degradadas (quando entendemos ser muito mais, considerando que até os pátios das minas também são como também as margens e calhas dos rios podem ser consideradas áreas degradadas pela atividade carbonífera). Enfatizou que o TAC abrange apenas as mineradoras que estão em atividade, que as novas deverão adequar-se a legislação atual, com a obrigatória aprovação dos Estudos de Impacto Ambiental - EIA-RIMA. Por outro lado, ainda não entendemos muito bem como se procederá a recuperação das áreas terrestres para depois promover a das bacias hidrográficas. Para nós este ponto não está claro, porque a recuperação destes dois recursos naturais deve ser simultânea. <br /><br />Uma das observações no qual o Procurador da República foi nitidamente mais enérgico foi quando declarou que as medidas compensatórias deverão ser aplicadas exclusivamente aqui na região afetada (Nada mais justo, pois parte das MC da Barragem do rio São Bento foram para Fpolis). Entendemos que não devem ser aplicadas apenas em Unidades de Conservação como a proposta apresentada, mas também no fortalecimento da Polícia Ambiental, por exemplo. Um outro destino deveria ser em programas de Educação Ambiental, como a confecção de cartilhas para distribuição na rede de ensino regional e a instalação de placas informativas e educativas, colocadas em pontos estratégicos das bacias hidrográficas.<br /><br />Excelente a idéia da obrigatoriedade da criação de ‘’Estação de Tratamento de Água ETA’’ para cada mineradora, desde que sejam ‘’devidamente fiscalizadas’’ e a dos ‘’Comitês Fiscalizadores’’ formados por segmentos organizados das comunidades afetadas direta e indiretamente pela poluição das minas.<br /><br />Alguns tópicos de ordem técnica nos chamaram atenção, como o beneficiamento dos lavadores de carvão, os depósitos de rejeitos e o transporte do minério que não continham um detalhamento específico, bem como as observações sobre as emissões atmosféricas detiveram-se apenas nas coquerias. <br /><br />Concluindo com as colocações do Procurador, destacamos as Auditorias Externas. A decisão do MPF de contratar as auditorias externas pode até ser uma boa idéia, mas não é tão eficaz quanto uma comissão de entidades representativas da sociedade civil ou o próprio acompanhamento das auditorias pela mesma.<br /><br />Dar ISO 14000 a uma mineradora é o mesmo que dizer que o governo Bush preocupa-se com o meio ambiente. As mineradoras não têm qualidade ambiental de fato, as que tentam demonstrar são apenas mais uma “maquiagem cosmética”. Reconhecemos que algumas mineradoras investem mais na preservação ambiental que outras, mas não ao ponto de dizer que possuem qualidade ambiental na exploração do carvão porque ainda não estão preparadas para tal façanha, pode até ser possível, mas não acreditamos nesta possibilidade em curto prazo.<br /><br />DEBATE PÚBLICO<br /><br />Após a apresentação, o Procurador da República passou para a etapa seguinte, considerada a mais importante de uma audiência pública, que é oportunizar o público presente (sociedade civil e setor produtivo) a manifestar-se sobre a temática apresentada. Não obedecendo a lista de inscritos, chamaram-me para a manifestação inicial. Nossa intervenção foi no sentido de reclamar da pouquíssima divulgação do evento, quando o Procurador reconheceu a falha e prometeu corrigir na próxima Audiência Pública. A atitude do Procurador surpreendeu, mas apenas veio demonstrar algumas de suas qualidades, de humildade e competência na Procuradoria da República de Criciúma. <br /><br />Apontamos a ausência de programas de Educação Ambiental em todo o processo do TAC. O cumprimento da pena por si só não conscientiza os infratores, é, portanto de extrema importância o acompanhamento de programas com objetivo de informá-los e educá-los para que passem não só a cumprir a legislação, mas a valorizar os recursos naturais sob a ótica da preservação ambiental. Comprovadamente só a educação ambiental pode mudar a atitude das pessoas em relação à natureza. O que a mídia mundial está fazendo em divulgar intensamente o aquecimento global não deixa de ser uma forma de educação ambiental, já que conseguiram repassar a preocupação da comunidade científica e ambientalista ao mundo inteiro. <br /><br />Alertamos que o setor carbonífero precisa adaptar-se a realidade atual, pois cada vez que se fala em aquecimento global, a queima de combustíveis fosseis (carvão e petróleo) são apontados como os maiores responsáveis pelo desequilíbrio do efeito estufa que resulta nas adversidades e mudanças climáticas. As pessoas já associam carvão com poluição e degradação ambiental, por isso que estamos percebendo um maior número de resistências que passarão a surgir com mais intensidade e freqüência. Na década de 80, cerca de 35 mil assinaturas de Araranguaenses foram apresentadas ao Governo do Estado pedindo providências em relação a poluição do rio Araranguá. Apesar de nada ter sido feito na época para solucionar o problema, foi plantada a semente da cidadania contra a poluição na região sul de SC.<br /><br />A Justiça cometeu uma ‘’injustiça’’ quando concordou em retirar o Estado de SC representado pela FATMA da sentença condenatória, pois foi e continua sendo omissa em relação a degradação que a atividade carbonífera causa a natureza na região carbonífera. Quando em 1993, os Procuradores da República, Rui Sulzbacher e José Ricardo Lira Soares apontaram a negligência da Fundação, o Juiz Paulo Afonso Blum Vaz, em 2000, confirmou a denúncia com a histórica sentença.<br />OBS. A FATMA tem sido omissa não só com a poluição causada pelo carvão, mas também na fiscalização de outras fontes poluidoras. A FATMA perdeu a credibilidade porque não é independente. Está totalmente atrelada aos ‘’caprichos’’ do governo estadual, dos políticos e do poder econômico. Poucos funcionários cumprem com os princípios da Fundação.<br /><br />O TAC estaria atendendo na íntegra a sentença de 2000?<br />Achamos que ainda não. Estamos percebendo muito discurso e muita teoria por parte das mineradoras, na prática ainda não houve nenhum benefício real a natureza. Na verdade, até hoje nenhuma recuperação ambiental na região carbonífera comprovou sua eficiência. De acordo com o Prof. Doutor Arsênio Sevá, da UNICAMP, somente uma ‘’catatumba’’ de concreto lacrada pode garantir que os resíduos piritosos do carvão não contaminem os recursos naturais. A proposta se “concretizada” revolucionaria os próprios conceitos da mineração e economizaria milhões de recursos, além de reduzir os impactos ambientais de forma considerável.<br /><br />As denúncias do Advogado Walterney Réus são todas procedentes, o setor realmente não tem credibilidade para falar em meio ambiente, como também as do fotógrafo Gilmar Axé (principalmente os fragrantes registrados em suas fotos), ambos atuantes defensores da comunidade rural de Santa Cruz, em Içara. <br /><br />Os depoimentos das mulheres de Treviso que tiveram suas residências com rachaduras provenientes das explosões de subsolo, demonstram que não só a FATMA está negligente, mas o DNPM também. Se ainda formos convidados para as reuniões do Conselho de Meio Ambiente do Município de Treviso, levaremos esta questão para o debate.<br /><br />A fala do Secretario Executivo do SIECESC foi infeliz no nosso entender, pois ao enfatizar nossas colocações a respeito da necessidade de inserir educação ambiental no TAC, o fez apenas para oportunamente mencionar que a SATC mantém um programa de educação ambiental (sic), tanto que na segunda oportunidade que nos foi permitida, contestamos sua colocação, porque a educação ambiental do qual sugerimos e acreditamos não é a mesma adotada pela Sociedade dos Amigos Trabalhadores do Carvão / SATC, que a cartilha publicada comprovadamente mais parece um manual de mineração. Por outro lado, tentou inutilmente culpar o arroz pelo aquecimento global, por causa da pequena quantidade de metano que o mesmo produz, ao passo que usou mais uma vez do mesmo chavão de sempre, que a mineração promove progresso, que gera empregos, que trás divisas. Chamamos a isso, de privatização do lucro e a socialização da poluição! E os fatos estão aí para serem comprovados: as mineradoras cada dia tornam-se mais poderosas, comprando tudo como rádios e jornais, rede de hotéis e mega-projetos de usinas termelétricas, entre outras aplicações, menos na recuperação do meio ambiente e na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores mineiros, que com a aposentadoria precoce aos 15 anos, deveriam ter um final de vida no mínimo decente com as suas famílias, mas muito pelo contrário, continuam com seriíssimas dificuldades de sobrevivência! A realidade destes cidadãos operários que se submetem à trabalhos forçados e promíscuos todos os dias ‘’embaixo da terra’’ não é devidamente recompensada pelas riquezas que ‘’cavam’’ para os seus patrões.<br /><br />Comentamos ainda que o pH da água do rio Araranguá a cada dia, a cada semana, a cada mês e a cada ano fica mais baixo, comprovando que a atividade carbonífera continua criminosamente, de uma forma ou de outra, a poluir os escassos recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Araranguá, a mais poluída do Brasil por resíduos piritosos do carvão. Que centenas de famílias que vivem as margens do rio Araranguá poderiam ter na pesca um complemento na escassa ceia alimentar, mas não podem porque como dizem: “a água de mina não deixa os peixes se criá”. Isto de acordo com a Lei 9.605/98 é crime!<br /><br />Havíamos copiado duas importantes exigências numa cópia do TAC, através do site da FATMA, que considerávamos relevantes no cumprimento da legislação, mas que precisavam ser mais esclarecidas. São elas:<br />1) que o pH do efluente final de todas as unidades em operação, bem como os sólidos sedimentáveis, estejam dentro do valor mínimo estabelecido no Decreto Estadual nº 14.250/81, exceto se neste período o estudo técnico abaixo mencionado concluir por sua impossibilidade, quando então serão adotados os padrões da Resolução do CONAMA Nº. 020/86; <br />4) no caso de transformação de carvão, emissões atmosféricas de todas as unidades operando dentro dos padrões previstos no Decreto Estadual Nº. 14.250/81 e Resoluções do CONAMA, e, na ausência de previsão de parâmetros, deverá a empresa utilizar equipamentos de controle da poluição com eficiência mínima de 90%, individualmente para cada parâmetro;<br /><br />As decisões sobre conflitos ambientais geralmente são discutidas em gabinetes, sem a presença da sociedade civil afetada. Solicitamos ao MPF e mesmo ao MPE que promovam mais debates públicos como forma de democratizar as soluções. A ONG Sócios da Natureza desenvolve uma incessante luta contra a poluição gerada pelo carvão desde 1980, sendo que muitos documentos foram encaminhados ao MPF de Criciúma, seja denunciando, sugerindo ou pedindo providências, sem no entanto, ao menos serem citados como um exemplo de grito ou de indignação da sociedade civil organizada e afetada pelos malefícios do carvão (Registra-se que antes da sentença de 2000, o Juiz Paulo Afonso Blum Vaz nos visitava, vindo inclusive a usar nossas fotos em palestras e no processo)<br /><br />CONCLUSÃO<br /><br />Enfim, o mundo inteiro está assustado com as conseqüências e desdobramentos do aquecimento global. O estrago já está feito, o desequilíbrio da camada de ozônio tende a aumentar enquanto o homem continuar a promover a emissão de gases, que já vêem desde o inicio da industrialização, principalmente com a queima dos combustíveis fósseis. Desde a década de 60 que a usina Jorge Lacerda contribui ininterruptamente dia e noite para o efeito estufa, contaminado o ar que respiramos e fomentando a extração do carvão que poluiu três bacias hidrográficas (Araranguá, Urussanga, Tubarão), além do comprometimento das mesmas para os próximos 100 anos (de acordo com estudos da UFSC). <br /><br />Infelizmente a legislação brasileira permite a atividade de extração do combustível fóssil e a sua queima através da instalação de usinas termelétricas a carvão, mas não é suficientemente adequada e completa, pois não possui dispositivos e normas adequadas que impeçam a enorme degradação ambiental que as mesmas causam a natureza. O licenciador e o MP deveriam ater-se a legislação maior, como a prescrita no Art. 225 da CFB, no sentido preventivo e mesmo político, já que o Brasil ratificou o protocolo de Kyoto. Em nome de um outro possível ‘’apagão’’, o empreendedor da USITESC está reivindicando junto ao Governo Federal a isenção de impostos para importação de equipamentos da usina equivalente a 150 milhões de dólares.<br /><br />Portanto, os índices de poluição dos recursos hídricos e os milhões de toneladas de metais pesados continuarão contaminando o ar, agravando ainda mais a qualidade da saúde pública. E a emissão de CO2 tende a aumentar se, por exemplo, a USITESC vir a ser construída em Treviso ou o projeto ‘’Maracajá’’ também passar a ameaçar a qualidade de vida da região sul de Santa Catarina.<br /><br />Entendemos que o TAC não seria apenas para ajustar os atuais poluidores, mas os futuros também, impondo compromissos rigorosos às mineradoras e a usina termelétrica Jorge Lacerda. O problema, no nosso entender, é que as mineradoras concluíram que é mais lucrativo para elas desobedecer à legislação, mesmo com as multas impostas.<br />O caso do carvão está muito semelhante com a história do escorpião que atravessava um perigoso rio sobre a cabeça de uma girafa, quando na metade do percurso a girafa passou a sentir-se mal com uma picada, dizendo ao escorpião que ele também iria morrer! Quando então o escorpião respondeu que nada podia fazer porque era da natureza dele. Os carboníferos sabem do mal que causam a natureza, não adianta só a legislação, é preciso algo mais para impedir ou reduzir os danos ambientais, pois é da natureza da atividade poluir!<br />OBS. Sugerimos ao MPF que obtenha informações junto ao MMA a respeito do Comitê Gestor, aparentemente inativo, mas com planos e projetos de recuperação semelhantes ao apresentado, já que o mesmo foi criado sob decreto no mesmo ano da sentença (dezembro de 2000), resultado de um poderoso lobby carbonífero para tentar contornar as exigências da sentença. <br />OBS. Solicitamos ao MPF, que se possível, inclua a ONG Sócios da Natureza como litisconsorte no processo em questão, para que possamos acompanhar o desenrolar dos trabalhos.<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Ara/SC, Fev/2007.<br /><br /><br /><br />Só depois das florestas destruídas,<br />dos rios, lagos e mares poluídos, dos<br />últimos pássaros e peixes mortos,<br />da atmosfera comprometida e da<br />Natureza em desequilíbrio<br />perceberemos então<br />que o dinheiro<br />não se come !<br /><br /><br />’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA<br />E,<br />SEMPRE BUSCANDO OBJETIVOS DE INTERESSE COLETIVO ’’<br /> Sócios da Natureza<br /> ONG fundada em 05/06/1980<br /> Filiada a FEEC<br /> Av. Getúlio Vargas nº 227, sala 09 – Ed. Fronteira CEP 88900000 Fone xx48 - 9985 0053 / 3522 1818 Fax: 3522-0709<br /><a href="mailto:sociosnatureza@contato.net">sociosnatureza@contato.net</a> / <a href="http://www.tadeusantos.blogspot/">www.tadeusantos.blogspot</a> / em construção www.sociosdanatureza.org wwwww<a href="http://www.sociosdanatureza.org/">www.sociosdanatureza.org</a><a href="http://www.sociosdanatureza.org/">www.sociosdanatureza.org</a><br /><br /><br /><br /><br /> E-mail: sociosnatureza@contato.net<br /> <a href="http://www.sociosnatureza.org/">www.sociosnatureza.org</a> www.tadeusantos.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-88032488779414766432007-11-25T08:39:00.000-08:002007-11-25T08:40:18.374-08:0027 ANOS DA ONG SÓCIOS DA NATUREZA27 anos de Sócios da Natureza!<br /><br /><br />O Dia Mundial do Meio Ambiente deveria ser uma data comemorativa mais do que especial. Outras datas, como o dia dos namorados, das crianças, das mães, dos pais ganham muito mais destaque e repercussão na mídia, porém, estas sabemos que são devido, sobretudo, por razões comerciais e de marketing.<br />O dia 5 de junho deveria merecer muito mais atenção, tanto que passa despercebido por diversas pessoas, quando teria que ser o contrário, ser um momento de muita reflexão para com a nossa Mãe Natureza. O que estamos realmente fazendo para contribuir com a mudança do preocupante cenário sócio-ambiental atual? Será que não estamos agindo mais como agentes poluidores do que procurando ser lideranças na nossa comunidade ou simplesmente ser um cidadão ecologicamente consciente?<br />Na verdade o meio ambiente deveria ser um tema para ser pensado, analisado, discutido todos os dias do ano na área educacional, governamental, privada, bem como de toda a sociedade civil. É ele que rege a nossa vida, tudo tem relação direta ou indireta com o nosso meio. Como ficará num futuro próximo, por exemplo, a situação do abastecimento de água, recurso indispensável para viver? Por que esperar chegar a um ponto ainda mais caótico se podemos desde já tentar mudar a realidade?<br />É com essa breve reflexão que se insere os Sócios da Natureza, que nasceu exatamente há 27 anos atrás, no Dia Mundial do Meio Ambiente de 1980. A preocupação com a vida do Rio Araranguá fez surgir esta Organização Não Governamental que hoje é uma das mais atuantes e antigas de Santa Catarina. O seu foco de atuação continua sendo a poluição do Rio Araranguá causada principalmente pela mineração do carvão. Acompanhamos o debate mundial em torno do polêmico aquecimento global e a indústria do carvão, contraditoriamente, contribui com a emissão de CO2 através de suas usinas termoelétricas há mais de quatro décadas em nosso país.<br />É com muita disposição e força que os Sócios da Natureza tentam ao longo de sua trajetória proporcionar uma melhor qualidade de vida para região sul catarinense, atuando em várias frentes, com ênfase nesta questão do carvão, nas questões ambientais do processo de Duplicação da BR 101 e na preservação do ecossistema do Morro dos Conventos, além disso conta com a parceria de diversas entidades municipais, estaduais, nacionais e até mesmo internacionais para o fortalecimento do movimento ambiental que, infelizmente, é difícil de se obter resultados positivos num curto prazo, o que exige dos ambientalistas muita persistência e otimismo.<br />As ONGs em geral não passam muita credibilidade, já que várias são criadas com o objetivo único de angariar recursos, porém há de se acreditar que existem, diga-se pouquíssimas, que trabalham e são motivadas verdadeiramente pela causa ambiental. Os Sócios da Natureza são uma delas e ainda com o diferencial que durante todos estes anos vem sobrevivendo sem recursos, sendo, portanto, um trabalho estritamente voluntário. Demonstrando, dessa maneira, verdadeira paixão pela natureza e também muita preocupação com as futuras gerações que herdarão um triste cenário ambiental, caso não seja revertido radicalmente.<br /><br /><br /><br />Juliana Vamerlati<br />Historiadora e Mestranda em História na UFSCTadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-52010472244128918492007-11-25T08:34:00.000-08:002007-11-25T08:37:01.971-08:00Furacão Catarina poderá trazer Al Gore a Santa CatarinaFuracão Catarina poderá trazer Al Gore ao Sul de SC!!!<br /><br /><br /><br /><br /><br />A idéia surgiu após tomarmos conhecimento do discurso do Senador Fernando Collor na semana passada propondo ao Congresso Nacional trazer o ex Vice-Presidente Al Gore ao Brasil para proferir uma palestra sobre aquecimento global. Imediatamente enviamos um e-mail a Senadora Barriga Verde Ideli Salvati para que oportunamente incluísse na agenda do Congresso uma visita do produtor do filme ‘’Uma Verdade Inconveniente’’ à região onde ocorreu o epicentro do inédito furacão Catarina no qual ele cita em seu documentário, o que torna possível a ousada proposta.<br />O ‘’Primeiro Encontro na Região do Furacão Catarina sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas’’ que realizamos em Araranguá no ano de 2005, a principio parecia difícil, mas 700 pessoas participaram, inclusive com registro da presença de estudiosos de 12 estados brasileiros. Caso o ex-futuro presidente dos EUA como se autodenomina concordar em vir à região afetada pelo ‘’primeiro furacão do Atlântico Sul’’ – um fato científico tão relevante quanto à ocorrência do Katrina já que o mesmo ocorreu numa região propícia à ocorrência dos mesmos, abrilhantará o Segundo Encontro no qual estamos organizando para o final do segundo semestre deste ano. Enquanto os governos não adotam políticas públicas voltadas à preservação dos recursos naturais e a redução às conseqüências e efeitos das mudanças climáticas, a sociedade civil organizada afetada pelo Catarina vem procurando formas adequadas de adaptação aos impactos socioambientais que virão mais cedo já que a região tem sido vulnerável a ocorrência de fenômenos naturais intensos e violentos.<br />Estamos tentando junto a Marinha a instalação de um sensor / bóia na costa do Atlântico Sul próximo a região, no qual responderam haver um projeto denominado de Plano Transversal que inclui a nossa solicitação. Para nós que quase fomos vítimas do vento de 180 KM / hora nunca mais esqueceremos a força da violência quando a natureza está revolta. Torceremos para que nunca mais ocorra outro furacão, mas devemos investir na prevenção para reduzir os impactos em nossas vidas na possível ocorrência dos fenômenos naturais que ameaçam a região, desde os furacões até as violentas enchentes (29 vitimas fatais só no natal de 95) e os imprevisíveis tornados.<br />A tentativa parece impossível, mas não é. Em 2002 uma Missão do BID de Washington veio a Araranguá para decidir um conflito gerado pela duplicação da rodovia BR-101 por causa de um abençoado e-mail que enviamos denunciando o empreendedor DNER que não queria atender a reivindicação de um movimento social ambientalista que não concordava com a passagem da super-rodovia por dentro da cidade, mas que apontava um traçado alternativo por fora do perímetro urbano, sabiamente acolhido pelos técnicos do banco. Um caso inédito no país que só investiu em estradas em detrimento das ferrovias que são economicamente mais sustentáveis!<br />OBS. Coincidentemente a Região Sul de SC é uma das maiores emissoras de CO² da América Latina pela incessante queima de carvão através da usina Jorge Lacerda 858MW (Tractebel/Suez) desde a década de 60.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-50601524584012116582007-11-25T08:33:00.000-08:002007-11-25T08:34:36.229-08:00As Unidades de Conservação da AMESCAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC) DA AMESC E<br />AS MEDIDAS COMPENSATÓRIAS DA DUPLICAÇÃO DA BR-101.<br /><br />A justa reivindicação de contemplar o vulnerável ecossistema lagunar do extremo sul catarinense e outras áreas de relevante interesse ecológico da região, com as disputadas medidas compensatórias da obra de duplicação da BR-101 iniciou quando a ONG Sócios da Natureza, coordenadora do Movimento Pró-Araranguá tomou conhecimento que a Diretoria de Ecossistemas / DIREC do IBAMA e o DNIT/MT anunciaram que os 16 milhões, equivalente a 0,5% (percentual mínimo estipulado pela legislação) seriam destinados apenas aos Parques Nacionais dos Aparados da Serra – Itaimbézinho e São Joaquim. Lembramos que na época, a FATMA como convidada do IBAMA, reivindicou a destinação de recursos ao Parque Estadual do Tabuleiro, onde destinaram 2.8 milhões e 180 mil ao Parque Municipal do Maracajá, as únicas ‘’áreas constituídas’’, portanto habilitadas no trecho catarinense. Contestamos junto aos órgãos argumentando que a decisão poderia até ser legal, mas era imoral, já que as áreas realmente impactadas estavam aqui embaixo, não lá em cima da serra. Em vários e-mails aos órgãos responsáveis insistentemente citávamos a Resolução Nº 002 do CONAMA na íntegra (em anexo), onde determina a aplicação dos recursos na região afetada.<br />A estratégica ‘’Marcha dos Prefeitos da AMESC’’, ocorrida em 2005, comandada pelo então Presidente José Milton Scheffer, Prefeito de Sombrio, levou entre suas reivindicações um pedido ao IBAMA de Brasília, para que reconsidera-se a divisão dos recursos das Medidas Compensatórias da obra de duplicação da BR-101, destinando um percentual às áreas impactadas diretamente pela rodovia no trecho do extremo sul catarinense. Prontamente acenou positivo a possibilidade, mas desde que as áreas apontadas fossem transformadas em Unidades de Conservação, obedecendo os procedimentos exigidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação / SNUC, possibilitando assim as mesmas a habilitarem-se na busca dos recursos da obra de duplicação.<br />Os estudos foram realizados pela Socioambiental Associados, concluídos no final de 2006 e apresentados aos Prefeitos e a Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC no início de março, quando se decidiu iniciar as audiências públicas pelo Turvo, município no qual possui um morro revestido de Mata Atlântica. O mesmo ocorrendo com o Meleiro, onde ambos deverão estar presentes para decidir pela classificação da unidade que a população deseja. Se aprovada a proposta de Área de Proteção Ambiental - APA, os prefeitos Tramontin e Coral poderão através de um decreto municipal criar a UC do Turvo e Meleiro, respectivamente. Observa-se que todas as áreas escolhidas já são Áreas de Preservação Permanente - APP, de acordo com a legislação brasileira. A transformação em UC as tornarão mais protegidas e habilitadas a receberem recursos, de acordo com os respectivos Planos de Manejos a serem elaborados.<br />A Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC, com a coordenação da ONG Sócios da Natureza e Gerência da AMESC, deverão distribuir os R$ 200,000.00 que a DIREC / IBAMA está remetendo para o custeio dos estudos, levantamentos e a dinâmica das audiências públicas, bem como outras despesas inerentes ao processo. Proporemos a alteração de parte da aplicação para um programa de educação ambiental e informativo sobre a importância das Unidades de Conservação.<br />Estamos sugerindo ao novo presidente da AMESC, Prefeito Nailor Biava de Timbé do Sul, que inclua na pauta da Marcha dos Prefeitos de abril próximo, uma articulação com a Senadora Ideli Salvati para reivindicar junto ao IBAMA e o DNIT, uma forma de contemplar as Unidades de Conservação do Extremo Sul que estarão concluídas até o final de abril, atendendo inclusive a condição imposta pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Já estamos antecipando aos prefeitos que os técnicos argumentarão que as verbas já estão definidas, que o prazo esgotou, entre outras desculpas e que já estão previstos 200 mil para as UC. Numa estimativa provisória calculamos um montante de R$ de 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil) para atender as necessidades de preservação destas Unidades de Conservação, que voltamos a enfatizar, de uma forma ou de outra, recebem diretamente impactos ambientais da obra de duplicação, principalmente o sistema lagunar, o maior e mais importante de Santa Catarina.<br />As forças políticas do Extremo Sul não podem deixar passar esta oportunidade única de trazer recursos da União para aplicar na necessária preservação do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável da região. A solicitação é historicamente justa, já que o seu principal rio recebe toda a carga poluidora do carvão desde os tempos da estatal Companhia Siderúrgica Nacional / CSN. Causa enormes danos à biodiversidade e prejuízos socioeconômicos a população, já que impossibilita o uso da água para qualquer atividade, inviabiliza a pesca que poderia ser uma complementação da ceia alimentar de centenas de famílias carentes, além da ‘’grade’’ da rodovia BR-101, trecho de 7 KM entre Araranguá e Maracajá (o único trecho federal no país que sofre alagamento de pista com enchentes), cria um obstáculo (efeito dique) as cheias do rio Araranguá, causando intensos transtornos a população local, principalmente os agricultores, além da péssima divulgação nacional que trás para Araranguá e região.<br /><br />Tadeu Santos<br />Coordenador da Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC.<br />Araranguá / SC, 22/03/07<br />Sócios da NaturezaTadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-69764224534484552682007-11-25T08:28:00.000-08:002007-11-25T08:30:13.525-08:00BUROCRACIA INTERFIRIRÁ NA QUALIDADE DA BR-101ALERTA: BUROCRACIA INTERFERIRÁ NEGATIVAMENTE NA QUALIDADE DE DUPLICAÇÃO DA BR-101.<br /><br /><br /><br /><br />Como um órgão governamental consegue desvencilhar-se tão facilmente de obrigações e deveres como o atendimento a reivindicações emanadas da sociedade civil, de comunidades afetadas diretamente pelas obras que realiza? A grandiosidade da obra de Duplicação da Rodovia BR-101, por exemplo, comprovadamente resulta em imensos impactos ambientais e socioeconômicos nas comunidades de entorno. Araranguá só ganhou o desvio da duplicação por fora do perímetro urbano, diga-se com uma segunda ponte, entre outras vantagens, porque precisou vir uma missão de acompanhamento do BID de Washington e pacientemente ouvir a sociedade civil organizada numa reunião pública no ATC. Sabiamente o banco interferiu no DNER/MT solicitando a execução de um projeto do traçado alternativo, atendendo inclusive as recomendações do EIA-RIMA (Atente-se a um caso raro de estudo que contraria os interesses do empreendedor). Não fosse a pressão do Movimento pró-Araranguá (49 entidades equivalente a 80% das mais representativas) o empreendedor haveria executado a duplicação por dentro da cidade de Araranguá. Querem agora fazer o desvio através de aterro num dos locais mais vulneráveis as cheias de toda a BR-101 e não viabilizar um acesso a cidade de Araranguá pelo lado norte da rodovia (sic).<br />Mesmo sob outro governo continuaram os técnicos do DNIT sendo intransigentes, não aceitam sugestões, muito menos criticas. Consideram-se os donos absolutos da verdade. O órgão não inova o quadro de técnicos, continuam os de sempre, mesmo aposentados. Nada contra aposentados, mas se tivessem evoluído com as novas políticas públicas, como as estabelecidas no inovador Estatuto da Cidade, por exemplo. Estamos solicitando ao DNIT e ao IBAMA, desde 2002, uma reunião pública aqui em Araranguá, para discutir a forma do desvio, mas os técnicos já demonstraram não gostam de conversar sobre o projeto com as comunidades afetadas e usuárias. Os engenheiros acham que não é necessário ou podem ter receio de surgirem soluções mais adequadas que as adotadas por eles ou mesmo porque tem medo de confrontos democráticos, principalmente depois que, pela primeira vez no país, perderam uma disputa com a sociedade usuária. Já com as empreiteiras existe um amplo canal de comunicação.<br />Por outro lado, asseguram-se os técnicos do DNIT/MT na condição de benfeitores inatingíveis, afinal acham eles que, porque estão fazendo uma obra de indiscutível necessidade para o desenvolvimento e segurança da população, ninguém deve ousar contestar suas fraquezas e erros, que se o fizer poderão ficar sujeitos a antipatia da opinião pública. Talvez preocupado com a delicada situação exposta, o competente MPF que poderia ter cobrado do IBAMA e do DNIT a realização das necessárias e esclarecedoras audiências públicas complementares (Resolução Nº 009 do CONAMA), incompreensivelmente não o fez.<br />Os conflitos socioambientais não solucionados ao longo do trecho Palhoça/SC – Osório/RS são preocupantes, como também a qualidade da rodovia no quesito segurança e conforto dos usuários, por causa da retrógrada burocracia do DNIT e do IBAMA. Culpamos também a classe política que tem coadunado e se submetido a prepotência do órgão e a mídia catarinense que não investiga as denúncias e publica apenas as informações constantes nos releases ou no site do DNIT, que pouco mostra a obra de duplicação. Registra-se que ambos só buscaram resultados imediatos, também importantes, como o ‘’início’’ das obras e agora o ‘’final’’, mas não interessando como a mesma irá ficar.<br />O complicado processo do trecho Norte parece não ter servido de exemplo. Lá não destinaram medidas compensatórias ao meio ambiente e a rodovia é insegura tanto na qualidade da pista quanto nas travessias urbanas. Haja vista uma ação do MPF contra o DNIT e um relatório apontando todas as irregularidades e defeitos da obra encomendado pela ACIC de Joinville, além de um recente estudo da Reitoria da UFSC abordando o aspecto segurança e o altíssimo índice de acidentes e mortes no trecho duplicado.<br />Desafiamos (no bom sentido!) para um debate democrático, civilizado (sem rancor!) quem contestar ou não concordar com o que abordamos acima.<br /><br /><br />NÃO PODEMOS PERMITIR QUE OS ERROS COMETIDOS NA DUPLICAÇÃO DO TRECHO NORTE SEJAM REPETIDOS NO TRECHO SUL!<br /><br />Tadeu Santos Sócios da Natureza Araranguá / SC, Março 2007.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-41698013326352686842007-11-25T08:25:00.001-08:002007-11-25T08:25:39.781-08:00DESCARGAS ALTERADASAs descargas alteradas e o aquecimento global.<br /><br /><br /><br /><br />Felizmente reduziu o índice de poluição sonora no centro de Araranguá/SC, embora tenha quem afirme que não, que terminando a temporada de verão ''eles voltarão!". É bem provável que isso ocorra, porque sem uma campanha informativa / educacional, não se resolve um problema crônico, mesmo que as medidas tomadas tenha sido enérgicas, pois como sempre não deixam de ter um efeito paliativo. Mesmo assim agradecemos as autoridades que de uma forma ou de outra intercederam junto aos infratores de emissão de som alto, porém registramos que ainda existem alguns motoristas que continuam a exagerar, principalmente os que absurdamente alteram o escapamento / descarga para aumentar o ruído do motor, que além de desobedecer frontalmente a legislação de trânsito, ajudam a aumentar o aquecimento global, passando a emitir mais gás carbônico na atmosfera, portanto, muito pior que a indesejável programação musical imposta. O interessante é que projetistas das montadoras levam anos estudando formulas para diminuir a emissão do gás resultante da combustão provocada pelo motor do veículo ou mesmo de uma motocicleta, preocupados com a qualidade do ar que respiramos como também para evitar a contaminação da atmosfera, daí vem um idiota que em segundos retira o silenciador junto com o catalisador do escapamento, permitindo a saída do invisível mas venenoso gás carbônico e emitindo ruídos que atingem até 90 decibéis. (OBS. Até a Formula Um está preocupada com aquecimento global, pois investirá na redução do gás carbônico e consequentemente do ruído - <a href="http://www.g1.com.br/" target="_blank">www.g1.com.br</a>). Como é de conhecimento público, o gás expelido pela descarga pode matar em minutos se o veículo estiver num local fechado – esta é a ‘’comprovação cientifica’’ do quanto é maligno. A atitude destes que pensam estar na moda é tão irresponsável (e desequilibrada!), como das indústrias que não usam filtros adequados em suas chaminés ou de clubes e casas noturnas que insistem em não investir em tratamento acústico. Se não houver um imediato e rígido controle sobre esta criminosa alteração nos veículos, em breve as vias públicas parecerão pistas de corridas. Tirem para reparar, quando estes ‘’fenômenos’’ param nas rótulas, ficam acelerando como se estivessem numa competição e geralmente, arrancam em velocidade para aumentar o ‘’ronco’’. A desobediência destes jovens a legislação com objetivo de exibir-se, pode ser por alguma forma de rebeldia, frustração ou mesmo por ignorância, pois talvez nem saibam que estão prejudicando a saúde pública e contribuindo para o desequilíbrio ambiental que resulta no problemático aquecimento global.<br /><br />OBS. Solicitamos encarecidamente uma imediata ação das autoridades responsáveis para que não permitam aumentar ainda mais o número deste tipo de contravenção em nossa cidade e região, já que estamos a respirar ar contaminado emitido pela queima do combustível fóssil, através das chaminés da usina Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, a maior emissora de CO² da América Latina.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-24590171369377260092007-11-25T08:24:00.001-08:002007-11-25T08:24:41.449-08:00DURMA COM BARULHO DESTES‘’DURMA COM UM BARULHO DESTES’’<br /><br /><br /><br /><br />‘’Barulho no ouvido dos outros não incomoda’’, a não ser das crianças, das mães, dos pais, dos idosos, enfim, dos cidadãos que residem nas proximidades do Clube Grêmio Fronteira (CGF), centro de Araranguá, que precisam do sossego da noite para repousar e dormir, depois de um cansativo dia de trabalho. A Constituição Brasileira garante este direito ao cidadão, através do Art. 225 e de tantas outras leis, como a de Contravenções Penais, no seu Art. 42, que fala da perturbação do sossego alheio, como também os artigos 9, 12, 13, 23, 24 da Lei Municipal Nº. 1481/94, que dispõe sobre a poluição sonora de qualquer natureza.<br /><br />O CGF tem todo direito de promover o que bem entender e na hora que quiser em seu espaço físico, afinal é a sua função, mas desde que respeitem o direito dos outros, no caso em questão, os da vizinhança. Investir em infra-estrutura para o conforto dos associados é uma necessidade (parece ser prioridade única), mas devem os senhores da diretoria considerar que o obrigatório tratamento acústico também é um investimento, daí para o conforto da vizinhança.<br /><br />A mídia divulgou depoimentos contrários a liminar judicial, comentando que o embargo traria prejuízos financeiros ao clube e que a juventude ficaria sem diversão, mas esqueceram de citar os prejuízos morais e danos psicológicos que a comunidade vizinha tem sofrido ao longo dos últimos dez anos, desde que o clube foi construído no local, já que antes funcionava ali apenas o campo de futebol (Portanto, os moradores estão ali há muito mais tempo que o clube (que antes era no calçadão), daí a necessidade de se adaptar a legislação para haver uma convivência pacifica e harmônica com a vizinhança).<br /><br />Os conflitos socioambientais em questão não são de hoje, muitas famílias circunvizinhas ao clube nos procuraram por volta de 2000 para reclamar do barulho, esperando que a ONG denunciasse a poluição sonora causada pela ocorrência de eventos noturnos. Em 2001 ou 2002, conversamos com o Presidente do Clube, para que não permitisse que as bandas exagerassem com a altura do som, mas não obtivemos muito sucesso, apenas em alguns eventos levaram em consideração nossa recomendação. Apoiamos a reivindicação da comunidade de entorno, que desde 2005 vem tentando uma solução junto à diretoria, inclusive elaborou um abaixo assinado pedindo providências, apoiamos também o Promotor Público que impetrou a ação e o Juiz que sentenciou o clube a implantar o sistema de tratamento acústico. <br /><br />Esperamos que o embargo à decisão judicial seja revogado, que o CGF implante um ‘’adequado sistema de tratamento acústico’’ e passe a obedecer as normas e regulamentos como faz qualquer clube ou casa noturna de qualidade. Ao mesmo tempo, alertamos para a ‘’delicada baderna’’ que fazem alguns jovens pós baile (ou qualquer evento noturno) nas imediações do clube, com som alto nos veículos, berros e algazarras, isto sempre nas altas horas da madrugada de sábado ou domingo. Durma com um barulho destes!!!<br /><br />A adequada implantação do Programa Silêncio Padrão (instituído pelo Ministério Público Estadual), envolvendo órgãos governamentais e a participação da sociedade civil, seria a alternativa mais eficaz para combater a poluição sonora em Araranguá ou em qualquer outra cidade. Enfatizamos que além das medidas mais duras para conter a desobediência civil é preciso o acompanhamento de campanhas de educação / informação junto aos ‘’corações e mentes’’ da população. <br />O caso do Grêmio Fronteira trás a tona o incessante movimento da ONG Sócios da Natureza contra a poluição sonora em Araranguá (desde 1998), no qual ‘’estou pagando um alto preço’’ por defender a redução do barulho na cidade, com objetivo de se obter mais sossego a coletividade, tornando melhor a vivência em nossa cidade, onde todos tenham direitos e obrigações iguais, enfim mais qualidade de vida aos araranguaenses, sendo que por isso, estou injustamente sendo processado (civil e criminalmente).Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-37807908053322812462007-11-25T08:22:00.001-08:002007-11-25T08:22:40.609-08:00DENÚNCIASenhor Jose Machado<br />Diretor da ANA<br /><br /><br /><br />Senhor Diretor, é preciso reavaliar o projeto da barragem do rio do Salto (agora Areia Branca), pois comprovadamente trata-se uma obra que irá beneficiar apenas o bem sucedido setor da rizicultura de Turvo e Meleiro do Sul de Santa Catarina, responsável direto como os carboníferos pela escassez de água na sofrida Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. Acreditamos que no máximo 10 mil pessoas serão beneficiadas como o abastecimento do reservatório e não 100 mil como divulgam.<br /><br />Tanto a ‘’São Bento’’ já construída quanto a ‘’Rio do Salto’’ deveriam ser custeadas pelos mesmos, como medida compensatória pelos danos causados ao meio ambiente.<br /><br />84 famílias serão literalmente expulsas de suas terras trocadas por moedas no qual pouco contato tem, já que ainda são agricultores, ou melhor dizendo, colonos nativos que praticamente ainda vivem da troca de mercadorias. Das 84, apenas quatro concordaram em sair das suas terras.<br /><br />O processo todo está sendo empurrado ‘’goela abaixo’’ pela tropa do governo do estado conforme poderá verificar no documento em anexo, caso tenha interesse em conhecer o outro lado do conflito.<br /><br />Na audiência pública apresentamos uma série de condicionantes ao empreendedor, mas não levaram em consideração porque não estão preocupados com os aspectos sociais e ambientais, apenas com o político.<br /><br /><br />Atenciosamente<br /><br /><br />Tadeu Santos<br />Sócios da Natureza ONG<br />(Desde 1980 voluntariamente defendendo a natureza e uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina).<br />Araranguá, Santa Catarina - Dezembro de 2006.Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34097790.post-16496652975740790222007-11-25T08:21:00.001-08:002007-11-25T08:21:47.354-08:00BARRAGEM DO RIO DO SALTODoc. entregue para a FATMA, MPF e para alguns agricultores na audiência pública no dia 08/0//2006.<br />OBS. No dia da AP da Interpraias entregamos mais cópia ao Gerente da FATMA de Criciúma como também enviamos via internet aos endereços da Fundação e da ANA.<br /><br /><br /><br /><br />Projeto<br />BARRAGEM RIO DO SALTO<br /><br /><br /><br /><br /><br />Água, o recurso natural mais valioso do planeta, já apresenta escassez na região sul de SC, mais precisamente na bacia hidrográfica do rio Araranguá, por causa do uso desordenado, do desperdício e da falta de planejamento. No lado norte da bacia, a atividade de exploração do carvão contaminou toda a micro bacia do rio Mãe Luzia, fazendo com que o estado tivesse que gastar mais de R$ 60 milhões na barragem do rio São Bento, quando quem deveria custear seriam as mineradoras como medida compensatória pelo prejuízo e dano ambiental. No lado sul da bacia, a atividade da rizicultura comprometeu todo o ecossistema hídrico superficial e, provavelmente, o subterrâneo com agrotóxico, além do desmatamento de florestas nativas e mata ciliares, importantes para a manutenção de nascentes e para a integridade dos cursos d’água.<br /><br />Mais uma grande barragem na mesma bacia ? Será esta a solução mais vantajosa para resolver a escassez de água ? O setor privado polui e o estado tem que bancar milhões para que os mesmos poluidores possam continuar suas atividades e continuar poluindo ? Já não estaria na hora de buscarmos soluções e/ou alternativas que não mais causassem ou reduzissem a contaminação dos recursos hídricos ? Ou programas (sérios!) que ordenassem o uso adequado da água para evitar escassez ? Esta obra não estaria beneficiando uma monocultura em detrimento de outras ? O setor agrícola, comprovadamente desprezado pelos governos, principalmente se comparado com as mineradoras que ganham subsídios oficiais, não deveria receber apoio para todas as culturas agrícolas ? Ou repensar toda a política agrícola ? Uma nova postura governamental que valorize o trabalho do homem rural de forma que evite o êxodo para a cidade ? Esperamos que o EIA-RIMA responda satisfatoriamente estes preocupantes questionamentos !!!<br /><br />Toda barragem causa um imenso impacto ambiental na biodiversidade local, como também causa segregação social obrigando a retirada de famílias das suas terras por ‘’injustas’’ indenizações. O prejuízo é tão intenso às comunidades, que já existe um poderoso movimento de resistência denominado de Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB atuando no Brasil e em outros paises.<br /><br />Estaremos alerta para que os mesmos erros e malabarismos da São Bento não sejam repetidos neste licenciamento. Exigiremos junto ao MP quantas audiências públicas forem necessárias para o completo esclarecimento junto à população, principalmente a afetada pela obra, de acordo com a Resolução do CONAMA.<br /><br />A terminologia da palavra colono ou agricultor identifica o homem rural, que vive fora do perímetro urbano, que produz alimentos em sua terra, desde verduras, frutas e até flores. Atualmente estas características são difíceis de encontrar, principalmente na nossa região, já que a grande maioria adotou a monocultura do arroz, usando toda a propriedade só para a rizicultura. Dificilmente registra-se uma propriedade rural com horta, um arvoredo, um jardim ou mesmo um potreiro como antigamente. Concordamos que os tempos são outros, mas nos países europeus, por exemplo, ainda existe a tradicional vida do campo, a preservação dos costumes interioranos, de forma saudável e em equilíbrio com a natureza.<br /> <br /> Grande parte dos homens rurais entraram na modernidade urbana, adquirindo conforto familiar, mas junto veio à busca do lucro imediato, o stress e as dividas bancárias. Isto é muito preocupante !<br /><br />OBS. I Encaminhamos a FATMA ofício sugerindo a ampliação da Reserva Biológica do Aguaí, como uma das medidas compensatórias para a barragem do Rio do Salto, com objetivo de proteger as nascentes da bacia do rio Araranguá.<br />OBS. II Sugerimos uma rígida, mas construtiva condicionante à aprovação do licenciamento da barragem, no sentido de só viabilizar o uso dos recursos hídricos do reservatório às propriedades rurais que adotarem um programa de reflorestamento de mata nativa num índice acima de 20% do território da propriedade. <br />OBS. III Já que o empreendedor é o Estado, solicitaremos um ‘’relatório’’ da atual situação dos ‘’atingidos’’ da barragem do Rio São Bento, se possível com depoimentos dos atingidos. <br />OBS. IV Entendemos que o empreendedor deve apresentar o projeto da obra ao Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Araranguá, para que a comissão técnica responsável possa avaliar a proposta amparada nas diretrizes da Lei 9.433/98 e na da atual situação da bacia hidrográfica. <br />INFORMAÇÃO - No Brasil, 1 milhão de pessoas já foram atingidas diretamente pela construção de barragens e 3,4 milhões de hectares de terra estão alagadas pelos reservatórios. Após a formação dos lagos, a cada 10 mil famílias atingidas, apenas três receberam algum tipo de indenização. Entre as famílias que conseguiram nova moradia, o índice de empobrecimento é muito alto, já que elas perderam seus meios de produção - a terra para o cultivo e os rios para a pesca. <a href="http://www.mst.org.br/">www.mst.org.br</a><br /><br />‘’se atenderem as condicionantes apontadas, se adotarem as medidas mitigadoras e compensatórias de forma séria e responsável, poder-se-á vislumbrar-se um reservatório ecologicamente sustentável’’Tadêu Santoshttp://www.blogger.com/profile/04706888222871517835noreply@blogger.com0