2007-11-25

INFORMATIVO ONGSN

INFORMATIVO ONGSN NOVEMBRO



UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMESC – IBAMA e DNIT estão disponibilizando apenas R$ 200 mil reais para a criação das Unidades de Conservação da AMESC (Sistema Lagunar inserido o Remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande e o Ecossistema do Banhado do Piritu, Ecossistema do Morro dos Conventos e Morros urbanos do Meleiro e Turvo) como medida compensatória aos impactos ambientais que a duplicação da BR-101 causa aos recursos naturais afetados diretamente pela obra. A proposta dos técnicos de Brasília ‘’ofende’’, por exemplo, todo o sistema lagunar afetado diretamente pela rodovia, como a Lagoa do Sombrio – a maior de água doce do Estado de SC, porque se a legislação fala em compensação ambiental a natureza pelos danos causados por empreendimentos, nada mais justo reivindicarmos parte dos recursos dos R$ 16 milhões para aplicar-mos na recuperação das áreas de preservação que serão transformadas em Unidades de Conservação - UC. Entendemos a preocupação dos técnicos do IBAMA em atender os Parques Nacionais do Itaimbezinho e São Joaquim, sob sua jurisdição, mas devem os mesmos entenderem a necessidade e direito das áreas municipais apontadas nos estudos enviados, atendendo inclusive orientação do instituto.

MESA REDONDA NA UNESC Participamos de uma mesa redonda na UNESC em função da Semana do Meio Ambiente da Engenharia Ambiental, onde foram abordados vários temas com predominância nos impactos que o carvão causa a natureza. Enfatizamos estar preocupados com a atuação do Comitê do Araranguá que infelizmente vem tomado decisões de interesses político partidário, favorecendo apenas os setores governamentais e produtivos, mas o assunto que prevaleceu foi o polêmico projeto da USITESC após a desistência de captar água do rio Mãe Luzia, que voltamos a reafirmar: seria o mesmo que tentar tirar sangue de anêmico!

BARULHO - E como está a poluição sonora em Araranguá? Para quem reside no perímetro urbano continuam as mesmas fontes poluidoras de sempre, sendo que neste final de semana intensificaram os ruídos das motos até nas madrugadas, tudo em nome da diversão e prazer dos motociclistas em apertar a aceleração ao máximo, não importando se perturbam o sossego alheio. E eu sendo processado por crime (e indenização de 10 mil) por defender o desenvolvimento sustentável, sem o barulho desnecessário, incômodo e prejudicial à saúde pública. Registramos que toleramos sim, mas o barulho de sirene das indústrias, de máquinas trabalhando, que geram divisas, empregos e etc. E para reforçar a nossa luta contra a poluição sonora, a nova resolução do CONAMA coincidentemente atende nossas reivindicações. A questão não pode ser mais atribuída à esfera municipal, mas nacional!

ACESSO BARRA VELHA - Participamos da audiência pública que apresentou o EIA-RIMA do projeto de ligação entre Ilhas e Barra Velha promovido pela FATMA no salão paroquial de Ilhas. Registra-se uma excelente presença de público. A apresentação dos trabalhos foi aquém do que esperávamos para uma simples abertura de estrada de chão com apenas 3.500 KM, se bem que grande parte por cima de dunas e área de restinga. Nossa fala inicial foi de apoio à abertura como contrapartida em favorecer a abandonada comunidade de Barra Velha, mas condicionamos a implantação de um programa de educação ambiental com a colocação de placas informativas sobre a fragilidade e vulnerabilidade do ecossistema local, principalmente da avi-fauna. Informamos a consultoria que elaborou o EIA que deveria interar-se do processo de criação das Unidades de Conservação pela Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC / AMESC, para não haver duplicidade de ações. Finalizamos alertando as comunidades presentes que receamos com um possível desenvolvimento desordenado abrangendo Ilhas num curto espaço de tempo. Como é de conhecimento público, geralmente as infra-estruturas que trazem conforto e mais qualidade de vida a coletividade, vêm acompanhadas de diversos vícios urbanos (drogas, barulho, baderna, violência, prostituição) e a especulação imobiliária, com atrativos que seduzem os nativos a venderem suas propriedades. A comunidade de Ilhas precisa urgentemente definir qual o tipo de desenvolvimento que pretende, e isto pode ser feito através do CPURMA que discute o Plano Diretor de Araranguá.

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UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

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Araranguá, Sul de SC, Brazil
Nascido em 22/07/1951, em Praia Grande/SC, na beira do rio Mampituba, próximo às encostas dos Aparados da Serra, portanto embaixo do Itaimbezinho, o maior cânion da América do Sul, contudo, orgulha-se de haver recebido em 2004, o Título de Cidadão Araranguaense. Residiu em Fpolis onde exerceu por dez anos a função de projetista de edificações e realizou o documentário em Super 8 sobre as eleições pra governador em 1982, onde consta em livro sobre a história do Cinema de SC. Casado, pai de dois filhos (um formado em Cinema e outro em História) reside em Araranguá. Instalou uma das primeiras locadoras de vídeo do estado. Foi um incansável Vídeomaker e Fotógrafo. Fã de Cinema sempre. Ativista ambiental da ONG Sócios da Natureza (Onde assumiu a primeira presidência do Comitê da bacia hidrográfica do rio Araranguá – na época um fato inédito no ambientalismo). É um dos autores do livro MEMÓRIA E CULTURA DO CARVÃO EM SANTA CATARINA: Impactos sociais e ambientais. www.vamerlattis.blogspot.com