2007-11-25

OLHAR SOCIOAMBIENTAL

OLHAR SOCIOAMBIENTAL
sociosnatureza@contato.net
tadeusantos


Este espaço de cidadania será dedicado a todas as ações relacionadas às questões socioambientais de Araranguá e região. Afinal, devemos preocupar-se não só localmente, mas regionalmente e globalmente, já que na natureza “tudo” relaciona-se, tanto que o equilíbrio só é possível quando os recursos naturais como a água, ar, solo e flora são utilizados e/ou explorados de forma ordenada e sustentável. Um outro aspecto relevante que merece destaque nesta breve avaliação da nossa biodiversidade é a relação entre os homens e os animais. O artigo abaixo aborda uma denúncia/reflexão sobre a ‘’última’’ relação entre ambos: quando o animal racional mata o irracional para sobreviver.

‘’ABATE HUMANITÁRIO’’

Que o homem às vezes é mais irracional que os animais é um fato. Atrocidades existem desde que o ser humano começou a perder o equilíbrio da razão pela disputa de espaço, poder e bens materiais. Entidades voltadas à defesa dos Direitos Humanos continuam a denunciar violência em todo o planeta, com significativos avanços em alguns países. Agora o que é preciso urgentemente ser discutido e de forma pública é a violência contra os animais (na mesma linha defendida por Brigitte Bardot).
Aqui em Araranguá atuamos num movimento contra os maus tratos aos cães de rua (estamos em vias de processar os covardes agressores). A caça predatória na região continua causando revolta, principalmente de espécies ameaçadas de extinção. No início do ano, repassamos a todas as autoridades do estado uma grave denúncia sobre as violentas formas utilizadas para enfurecer animais nos rodeios, como por exemplo, apertando seus órgãos genitais ao extremo. E tem ainda a barbárie da tradicional herança cultural açoriana da ‘’farra do boi’’ e o inadequado transporte de animais, mas o que mais tem nos causado revolta e indignação é a forma cruel e brutal como alguns matadouros abatem os animais, como os bovinos e suínos que são a pauladas. Isto é revoltante! A forma caracteriza crime pela explícita violência enquadrando-se na Lei de Crimes Ambientais No. 9.605/98. Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
Existem outras formas de abate sem causar tanto sofrimento aos animais, como o abate humanitário, que pode ser é realizado, por exemplo, através de armas específicas ou de ‘’métodos humanitários’’ que promovam a insensibilização dos animais.
O apelo é endereçado as autoridades responsáveis pela fiscalização e proteção de animais, como também aos legisladores, que podem propor a criação de um selo de qualidade para o ‘’abate humanitário’’ e/ou para a ‘’carne ética’’, desde restaurantes, supermercados até aos matadouros que adotarem programas, normas e formas de abate consideradas ‘’suportáveis’’ com o menor sofrimento possível dos animais, sistema já adotado em outros países.


UMA OPORTUNA OBSERVAÇÃO.
Colhi esta pérola numa escrita do amigo Alexandre Rocha.
‘’’’A linguagem é tão rica, já dizem tais especialistas, que a gramática, que é apenas a sua representação gráfica, não dá conta desta riqueza e dinamicidade. Portanto, reafirmamos que a gramática é uma representação simbólica, mas não total, da linguagem. Esta, nós a fazemos todos os dias e, independente do uso formal, é "como um riacho cristalino, piscoso e sem poluição, portanto vivo". E viva é a nossa língua. Mais que tudo, é nosso patrimônio cultural e patrimônio cidadão, não devendo ser objeto de qualquer tipo de preconceito quanto ao seu uso. Ao contrário, sua riqueza e versatilidade ajuda a recriar todos os dias novas possibilidades de uso lingüístico e de sua grafia, fazendo-a ser ainda mais rica, exuberante e nossa’’’’

Inga kommentarer:

UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

Mitt foto
Araranguá, Sul de SC, Brazil
Nascido em 22/07/1951, em Praia Grande/SC, na beira do rio Mampituba, próximo às encostas dos Aparados da Serra, portanto embaixo do Itaimbezinho, o maior cânion da América do Sul, contudo, orgulha-se de haver recebido em 2004, o Título de Cidadão Araranguaense. Residiu em Fpolis onde exerceu por dez anos a função de projetista de edificações e realizou o documentário em Super 8 sobre as eleições pra governador em 1982, onde consta em livro sobre a história do Cinema de SC. Casado, pai de dois filhos (um formado em Cinema e outro em História) reside em Araranguá. Instalou uma das primeiras locadoras de vídeo do estado. Foi um incansável Vídeomaker e Fotógrafo. Fã de Cinema sempre. Ativista ambiental da ONG Sócios da Natureza (Onde assumiu a primeira presidência do Comitê da bacia hidrográfica do rio Araranguá – na época um fato inédito no ambientalismo). É um dos autores do livro MEMÓRIA E CULTURA DO CARVÃO EM SANTA CATARINA: Impactos sociais e ambientais. www.vamerlattis.blogspot.com