2007-11-25

27 ANOS DA ONG SÓCIOS DA NATUREZA

27 anos de Sócios da Natureza!


O Dia Mundial do Meio Ambiente deveria ser uma data comemorativa mais do que especial. Outras datas, como o dia dos namorados, das crianças, das mães, dos pais ganham muito mais destaque e repercussão na mídia, porém, estas sabemos que são devido, sobretudo, por razões comerciais e de marketing.
O dia 5 de junho deveria merecer muito mais atenção, tanto que passa despercebido por diversas pessoas, quando teria que ser o contrário, ser um momento de muita reflexão para com a nossa Mãe Natureza. O que estamos realmente fazendo para contribuir com a mudança do preocupante cenário sócio-ambiental atual? Será que não estamos agindo mais como agentes poluidores do que procurando ser lideranças na nossa comunidade ou simplesmente ser um cidadão ecologicamente consciente?
Na verdade o meio ambiente deveria ser um tema para ser pensado, analisado, discutido todos os dias do ano na área educacional, governamental, privada, bem como de toda a sociedade civil. É ele que rege a nossa vida, tudo tem relação direta ou indireta com o nosso meio. Como ficará num futuro próximo, por exemplo, a situação do abastecimento de água, recurso indispensável para viver? Por que esperar chegar a um ponto ainda mais caótico se podemos desde já tentar mudar a realidade?
É com essa breve reflexão que se insere os Sócios da Natureza, que nasceu exatamente há 27 anos atrás, no Dia Mundial do Meio Ambiente de 1980. A preocupação com a vida do Rio Araranguá fez surgir esta Organização Não Governamental que hoje é uma das mais atuantes e antigas de Santa Catarina. O seu foco de atuação continua sendo a poluição do Rio Araranguá causada principalmente pela mineração do carvão. Acompanhamos o debate mundial em torno do polêmico aquecimento global e a indústria do carvão, contraditoriamente, contribui com a emissão de CO2 através de suas usinas termoelétricas há mais de quatro décadas em nosso país.
É com muita disposição e força que os Sócios da Natureza tentam ao longo de sua trajetória proporcionar uma melhor qualidade de vida para região sul catarinense, atuando em várias frentes, com ênfase nesta questão do carvão, nas questões ambientais do processo de Duplicação da BR 101 e na preservação do ecossistema do Morro dos Conventos, além disso conta com a parceria de diversas entidades municipais, estaduais, nacionais e até mesmo internacionais para o fortalecimento do movimento ambiental que, infelizmente, é difícil de se obter resultados positivos num curto prazo, o que exige dos ambientalistas muita persistência e otimismo.
As ONGs em geral não passam muita credibilidade, já que várias são criadas com o objetivo único de angariar recursos, porém há de se acreditar que existem, diga-se pouquíssimas, que trabalham e são motivadas verdadeiramente pela causa ambiental. Os Sócios da Natureza são uma delas e ainda com o diferencial que durante todos estes anos vem sobrevivendo sem recursos, sendo, portanto, um trabalho estritamente voluntário. Demonstrando, dessa maneira, verdadeira paixão pela natureza e também muita preocupação com as futuras gerações que herdarão um triste cenário ambiental, caso não seja revertido radicalmente.



Juliana Vamerlati
Historiadora e Mestranda em História na UFSC

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UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

UM OLHAR SOCIOAMBIENTAL

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Araranguá, Sul de SC, Brazil
Nascido em 22/07/1951, em Praia Grande/SC, na beira do rio Mampituba, próximo às encostas dos Aparados da Serra, portanto embaixo do Itaimbezinho, o maior cânion da América do Sul, contudo, orgulha-se de haver recebido em 2004, o Título de Cidadão Araranguaense. Residiu em Fpolis onde exerceu por dez anos a função de projetista de edificações e realizou o documentário em Super 8 sobre as eleições pra governador em 1982, onde consta em livro sobre a história do Cinema de SC. Casado, pai de dois filhos (um formado em Cinema e outro em História) reside em Araranguá. Instalou uma das primeiras locadoras de vídeo do estado. Foi um incansável Vídeomaker e Fotógrafo. Fã de Cinema sempre. Ativista ambiental da ONG Sócios da Natureza (Onde assumiu a primeira presidência do Comitê da bacia hidrográfica do rio Araranguá – na época um fato inédito no ambientalismo). É um dos autores do livro MEMÓRIA E CULTURA DO CARVÃO EM SANTA CATARINA: Impactos sociais e ambientais. www.vamerlattis.blogspot.com